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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sábado, fevereiro 21, 2004

Imagens de atrocidades ao serviço do consumo

http://jn.sapo.pt/textos/out6029.asp

Imagens de atrocidades ao serviço do consumo

Representação do espectáculo e da monstruosidade é fabricada para nos
manipular
Beja Santos

Visto no jornal ou na revista, na televisão ou no
computador, na publicidade institucional ou
comercial, o sofrimento dos corpos esventrados,
fuzilados, torturados, tornou-se uma espécie de
lugar-comum chocante que orienta para outros
lugares comuns da catástrofe, dos intermináveis
conflitos e do caos planetário. Não sabemos viver
sem a representação do heroísmo, do espectacular
e da monstruosidade das guerras, acidentes e toda
a sorte de inseguranças.
Em "Olhando o Sofrimento dos Outros" (Gótica,
Lisboa, 2003), a escritora Susan Sontag
oferece-nos uma vigorosa análise da representação
moderna do chocante, do horrífico e do aterrador,
eixos normalizadores da vida quotidiana. Graças à
imagem e ao efeito devastador da fotografia,
somos informados, podemos tirar partido.
Estas imagens do sofrimento podem originar
respostas contraditórias, como a paz, a vingança,
a indignação. Como tudo quanto ocorre na
sociedade de consumo, trata-se de imagens que são
fabricadas para caberem dentro dos media. Aí,
impõem-se pela autoridade, oportunidade e
autonomia da leitura. São provas, documentos,
testemunhos, independentemente da encenação.
Observa a autora que "num mundo em que a
fotografia está de modo brilhante ao serviço das
manipulações consumistas, ninguém pode assegurar
o efeito de qualquer fotografia de uma cena de
sofrimento". Por isso, há enormes possibilidades
de recordarmos e de nos emocionarmos através das
imagens, já que queremos justificar a nossa ira,
o nosso protesto, a nossa solidariedade.
Não há provas de que sejamos mórbidos ou brutos
só porque contemplamos estas imagens permanentes
do sofrimento dos outros. Não se trata de
retardamento emocional ou voyeurismo de sangue ou
de corpos desmembrados. No auge do tremor de
terra, na chacina no campo de prisioneiros, no
despojar dos cadáveres ou no saque de palácios,
não podemos verdadeiramente imaginar o que há de
aterrador naquela violência.
Como não podemos imaginar o que se passou (não
participámos, mas queremos ver) resta-nos a fúria
avassaladora destas imagens, onde assumimos na
plenitude o papel de consumidores.

A complexidade da vida

Sherlock Holmes e Dr. Watson vão acampar... Montam a barraca e, depois de
uma boa refeição e uma garrafa de vinho,deitam-se para dormir. Algumas
horas depois, Holmes acorda e interroga seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.
Watson responde:
- Vejo milhares e milhares de estrelas.
Holmes então pergunta:
- E o que isso significa?
Watson pondera por um minuto, depois enumera:
1) Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias e,
potencialmente, biliões de planetas.
2) Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de
sorte.
3) Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03h15min pela altura em
que se encontra a Estrela Polar.
4)Teologicamente, posso ver que Deus é todo poderoso e somos pequenos e
insignificantes.
5) Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia amanhã. Correcto?
Holmes fica um minuto em silêncio, então responde:
- Watson, seu imbecil! Significa apenas que alguém roubou a nossa
barraca!!!

A VIDA É SIMPLES... NÓS É QUE TEMOS A MANIA DE A COMPLICAR.

Serei mundialmente rico?

Para nós que dizemos que ganhamos pouco, a verdadeira imagem ao nível
plenetário do que ganhamos.

Get the true picture about your income and see where you stand in the
global list of income's, at:

http://www.globalrichlist.com/


DID YOU KNOW...?
Three billion people live on less than $2 per day while 1.3 billion get by
on less than $1 per day. Seventy percent of those living on less than $1
per day are women.

Portugal foi o país que mais cresceu entre 1965 e 1995

in: www.semanarioeconomico.iol.pt

Estudo do NBER confirma convergência na economia mundial

Portugal foi o país que mais cresceu entre 1965 e 1995

19-06-2003, João Silvestre, jsilvestre@economica.iol.pt

Considerando o bem-estar resultante de uma maior longevidade, a economia
nacional foi a que mais cresceu no conjunto dos países desenvolvidos. Mas houve, além disso, uma aproximação entre os vários países.

A economia portuguesa foi a que mais convergiu entre 1965 e 1995 no conjunto dos países desenvolvidos. Esta é a conclusão dum estudo para 49 países publicado recentemente pelo National Bureau of Economic Research (NBER) dos EUA, da autoria de Gary Becker, prémio Nobel da Economia em 1992, Tomas Philipson e Rodrigo Soares. Os autores incorporaram a
evolução da esperança de vida à nascença no rendimento total e observaram que, de facto, existiu uma diminuição das desigualdades económicas ao longo dos trinta anos considerados.

No caso da economia nacional, de acordo com esta medida, o rendimento cresceu 298,3% entre 1965 e 1995, quando pelo PIB per capita o ganho seria de apenas 203,8%. Portugal foi mesmo a economia desenvolvida que mais rapidamente cresceu nas três décadas em análise. Em média, os países desenvolvidos registaram um crescimento do PIB per capita de
111,6% neste período e um avanço de 140,2% quando incorporado o equivalente em termos de rendimento dos ganhos de longevidade. A economia nacional que ocupava a segunda posição, a seguir ao Japão, no que toca ao andamento do PIB per capita passa, assim, para a primeira posição quando é considerado o indicador de rendimento total proposto.
Ao todo, os ganhos de longevidade nacionais representaram, em termos monetários, um valor acumulado de 64,290 mil dólares e cerca de um terço de todo o crescimento registado nesse período. Isto é explicado pelo facto da esperança de vida em Portugal ter aumentado de 64 para 74 anos e ter sido a uma das subidas mais pronunciadas no conjunto dos 49 países.
Nos países em desenvolvimento a média de crescimento do PIB per capita atingiu os 137,3%, aumentando para 191,9% quando incorporado o ganho de bem-estar decorrente da maior longevidade.

Afinal as economias estão a aproximar-se

Uma das principais conclusões deste trabalho é que, ao contrário do que tem
sido diversas demonstrado por análises anteriores, houve de facto convergência entre as várias economias mundiais nas últimas décadas. Isto se a riqueza per capita for ajustada com base nos ganhos de bem-estar resultantes dos melhores cuidados de saúde e das menores taxas de mortalidade que lhes estão associadas.

A metodologia de quantificação dos ganhos de longevidade não é totalmente nova, mas está a ser utilizada pela primeira vez num estudo sobre convergência e com resultados inovadores. Trata-se apenas de medir qual o equivalente em termos de rendimento que corresponde ao aumento de bem-estar resultante de melhores condições de saúde.
É que, se em termos de PIB per capita, as conclusões quanto à convergência não são muito animadoras, no que toca à esperança média de vida o cenário é o inverso. Assim, calculando qual seria o rendimento em 1995 que proporcionaria o mesmo bem-estar se as taxas de mortalidade fossem as observadas em 1965 é possível chegar a uma nova parcela a somar ao simples PIB per capita.

Esta abordagem faz toda a diferença no estudo do comportamento das economias mundiais nas últimas décadas. Os países em desenvolvimento tendem a apresentar melhorias mais rápidas da esperança de vida que normalmente não são consideradas nos indicadores estatísticos da
riqueza. Mesmo sem investirem em investigação sequer valores próximos dos
países mais ricos, estes países conseguem beneficiar, a custos reduzidos, do conhecimento técnico e científico que vai sendo produzido nas economias mais avançadas e apresentar ganhos significativos de bem-estar para as populações.

Segundo os cálculos dos autores, cerca de 27% de todo crescimento verificado
nestes 49 países entre 1965 e 1995 deveu-se à redução da taxa de mortalidade. Um valor que não deve ser negligenciado e que, no fundo, pretende medir, em termos económicos, a quantidade de vida. Esta pode ser um conclusão animadora, numa altura em que o processo de globalização
em curso na economia tem merecido inúmeras críticas.

Sobre os noruegueses...

Sobre a visita de Jorge Sampaio à Noruega... que dizer dos Bárbaros
Noruegueses???

Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo
(às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos
seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um
serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e
nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.

A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível
salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao
argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente
que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em
auto-estradas(só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros.

É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga
ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados
«devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades
móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os
poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica.

Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários
portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já
agora, os políticos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF
naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas nem
pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se
ofendem quando os tratam por tu.

Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com
vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos
cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.

Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com
despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas
públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin
assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso
desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.

Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres
lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus
jogadores quatrocentos salários mínimos por mês para que estes joguem à
bola.

Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali
montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do
círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia
nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social.

Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos
de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não
clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios.

É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho
andado para nos civilizarmos.

Agostinho da Silva

Meu caro amigo:

Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe
disse;
nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem
todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que
todos os acertos, se eles forem meus, não seus. Se o criador o tivesse
querido juntar a mim não teríamos talvez dois corpos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem.
Agostinho da Silva

Juventude de outrora

Em conversa com o irmão mais novo de um amigo, cheguei a uma triste
conclusão.
A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida.
E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que
hoje rondam os trinta.
O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom
Sawyer.
"Quem? " , perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu
Deus...

Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: " Tu que
andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil
amigos deixarás, aqui e além... " era para ele como o hino senegalês
cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não
conhece outros ícones da juventude de outrora.

O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche;
Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs;
Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves
triangulares;
O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus;
O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no
meio dos dedos;
A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de
roupa (era às voltas, lembram-se?);
O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma
coisa.
Naquela altura era actual ...
E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou
mais gente numa só geração: O Verão Azul.
Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não
passaram, o que os torna fracos. Ele nunca subiu a uma árvore! E pior,
nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um
dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando
brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos
que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é
inconcebível que se vá a uma obra.
Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce.
O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho ...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.
Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara
Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas,
nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.
Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar
pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em
casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído.
Doenças com nomes tipo " " , que não existiam
antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezes chamado de "terno")
nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de
terra espalhada por cima não estancasse.
Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas,
porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.
Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo.
Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda
com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.
Não estamos cá?
Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com
menos idade?
E ainda nos chamavam geração "rasca"...
Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim.
Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à
rasca para entrar na universidade, sempre à rasca a ver se a namorada
estava grávida, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o
carro. Agora não falta nada aos putos.
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se
juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto.
Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro,
pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele
pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela
versão da bicicleta.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu
que 8 em cada dez putos sejam cromos.
Antes, só havia um cromo por turma. Era o tóto de óculos, que levava
porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É
certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma
empresa de computadores, mas não curtiu nada.
Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos
dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às
dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele.

sábado, fevereiro 14, 2004

Chinese parable

A water bearer in China had two large pots, each hung on the ends of a pole
which he carried across his neck. One of the pots had a crack in it, while
the other pot was perfect and always delivered a full portion of water.

At the end of the long walk from the stream to the house, the cracked pot
arrived only half full. For a full two years this went on daily, with the
bearer delivering only one and a half pots full of water to his house.

Of course, the perfect pot was proud of its accomplishments, perfect for
which it was made. But the poor cracked pot was ashamed of its own
imperfection, and miserable that it was able to accomplish only half of
what it had been made to do.

After 2 years of what it perceived to be a bitter failure, it spoke to the
water bearer one day by the stream. "I am ashamed of myself,
and because this crack in my side causes water to leak out all the way back
to your house."

The bearer said to the pot, "Did you notice that there were flowers only on
your side of the path, but not on the other pot's side? That's because I
have always known about your flaw, and I planted flower seeds on your side
of the path, and every day while we walk back, you've watered them.

For two years I have been able to pick these beautiful flowers to decorate
the table. Without you being just the way you are, there would not be this
beauty to grace the house"

Moral: Each of us has our own unique flaws. We're all cracked pots.

But it's the cracks and flaws we each have that make our lives together so
very interesting and rewarding. You've just got to take each person for
what they are, and look for the good in them. Blessings to all my crackpot
friends.

Escassez de alimentos

A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial.

A pergunta era: "Por favor, diga honestamente, qual a sua opinião sobre a
escassez de alimentos no resto do mundo."
O resultado foi desastroso.
Os europeus do norte não entenderam o que é "escassez".
Os africanos não sabiam o que era "alimentos".
Os espanhóis não sabiam o significado de "por favor".
Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo".
Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião".
E o parlamento português ainda está a debater o que significa
"honestamente".

A população do mundo inteiro numa vila...

SABIAM QUE:

Se fosse possível reduzir a população do mundo inteiro a uma vila
de 100 pessoas, mantendo a proporção do povo existente agora no mundo, tal vila seria composta de:
· 57 Asiáticos
· 21 Europeus
· 14 Americanos (Norte, Centro e Sul)
· 8 Africanos

· 52 seriam mulheres
· 48 homens

· 70 não brancos
· 30 brancos

· 70 não cristãos
· 30 cristãos

· 89 seriam heterossexuais
· 11 seriam homossexuais

· 6 pessoas possuiriam 59% da riqueza do mundo inteiro e todos os 6 seriam
dos EUA
· 80 viveriam em casas inabitáveis
· 70 seriam analfabetos
· 50 sofreriam desnutrição
· 1 estaria para morrer
· 1 estaria para nascer
· 1 teria computador
· 1 teria formação universitária

Se o mundo for considerado sob esta perspectiva, a necessidade de
aceitação, compreensão educação torna-se evidente.
Considera ainda que se acordaste hoje mais saudável que doente,
tens mais sorte que um milhão de pessoas, que não verão a próxima semana.
Se nunca experimentaste o perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão,
a agonia da tortura, a dor da fome, tens mais sorte que 500 milhões de
habitantes no mundo. Se podes ir à igreja sem o medo de ser
bombardeado, preso ou torturado, tens mais sorte que 3 milhões de pessoas
no mundo.
Se tens comida na frigorífico, roupa no armário, um tecto sobre a
cabeça,um lugar para dormir, considera-te mais rico que 75% dos habitantes
deste mundo. Se tiveres dinheiro no banco, na carteira ou uns trocos em
qualquer parte, considera-te entre os 8% das pessoas com a melhor qualidade de vida no mundo.
Se teus pais estão vivos e ainda juntos, considera-te uma pessoa
muito,muito rara. Se puderes ler esta mensagem, recebeste uma dupla
benção, pois alguém pensou em ti e tu não estás entre os dois mil milhões
de pessoas que não sabem ler. Vale a pena tentar:

a.. Trabalha como se não precisasses de dinheiro;
b.. Ama como se nunca ninguém te tivesse feito sofrer;
c.. Dança como se ninguém estivesse olhando;
d.. Canta como se ninguém estivesse ouvindo;
e.. Vive como se aqui fosse o paraíso!

O Dilúvio. Versão portuguesa.

"Dentro de seis meses farei chover ininterruptamente durante 40 dias 40
noites, até que todo o Portugal seja coberto pelas águas. Os maus serão
destruídos, mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal.
Vai e constrói uma arca de madeira". No tempo certo, os trovões deram o
aviso e os relâmpagos cruzaram o céu. Noé da Silva chorava, ajoelhado no
quintal de sua casa, quando ouviu a voz do Senhor soar, furiosa, entre as
nuvens:

- "Onde está a arca, Noé?"

- "Perdoai-me, Senhor" - suplicou o homem. - "Fiz o que pude, mas
encontrei dificuldades imensas. Primeiro tentei obter uma licença da Câmara
Municipal, mas para isto, além das altas taxas para obter o alvará, pediram-me ainda uma contribuição para a campanha da reeleição dos Presidentes de Câmaras.
Como precisava de dinheiro, fui aos bancos e não consegui empréstimos,
mesmo aceitando aquelas taxas de juros. Afinal, nem teriam mesmo como me cobrar depois do dilúvio. Depois veio o Corpo de Bombeiros exigir um sistema de prevenção de incêndio e alguma ajuda para a compra de uns helicópteros, mas consegui contornar, subornando um funcionário. Começaram então os problemas com a extracção da madeira nas áreas ardidas. Eu disse que eram ordens "Suas" mas eles só queriam saber se eu tinha "projecto de reflorestamento" e um tal de "plano de manejo". Neste meio tempo a Quercus descobriu também uns casais de animais guardados em meu quintal. Além da pesada multa, o fiscal falou em "prisão inafiançável" e acabei por ter que matar o fiscal, pois para este crime a lei é mais branda. Quando resolvi começar a obra na praça, apareceu a Fiscalização, que me multou porque eu não tinha um
engenheiro naval responsável pela construção. Depois, apareceu o Sindicato
exigindo que eu contratasse seus marceneiros que ficaram desempregados com este Governo e com garantia de emprego por um ano. Veio em seguida o
Fisco, acusando-me de "sinais exteriores de riqueza" e também me multou.
Finalmente, quando a Secretaria de Estado do Ambiente pediu o "Relatório de
Impacto Ambiental" sobre a zona a ser inundada, mostrei o mapa de Portugal.
Aí quiseram internar-me num hospital psiquiátrico!" Noé da Silva terminou
o relato chorando mas notou que o céu clareava.

- "Senhor, então não vais mais destruir Portugal?"

- "Não!" - respondeu a voz entre as nuvens - "Pelo que ouvi de ti, Noé,
cheguei tarde! Alguém já se encarregou de fazer isso antes de mim!".

Um português contribuinte...

Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social. O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social. E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.

Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19 euros para si.

Em resumo:
· Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55.
· Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 19.
· Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.
· Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
· Eu pago e acho muito bem, portanto, exijo: um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para o meu filho. Serviços de saúde exemplares. Um hospital bem equipado a menos de 20 km de minha casa. Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o País. Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam. Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano. Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.
· Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida. E jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros. Policia eficiente e equipada.
· Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público. Uma orquestra sinfónica. Filmes criados em Portugal. E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e de miséria nesta terra.
· Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita. Portanto Doutor Durão Barroso, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo!
Um português contribuinte
by Bruno Martinho

Proposta à senhora ministra das Finanças

Lido algures:C. Pio

Vou fazer uma proposta à senhora ministra das Finanças:

Alterar a minha condição de funcionário público, passando à qualidade
de empresa em nome individual (como os taxistas) ou de uma firma do
tipo "Jumentos & Consultores Associados Lda"; em vez de vencimento passo a
receber contra factura, emitida no fim de cada mês. Ganha a ministra,
ganho eu e o país que se lixe! Vejamos:
Ganha a ministra das Finanças porque:

Fica com um funcionário a menos e livra-se de um futuro pensionista.
Poupa no que teria que pagar a uma empresa externa para avaliar o
meu desempenho profissional.
Ganha um trabalhador mais produtivo porque a iniciativa privada é, por
definição, mais produtiva que o funcionalismo.
Fica com menos um trabalhador que pode fazer greves e reinvidicações.
E ainda dou uma contribuiçãozinha para a secção do PSD da minha
Freguesia.

E ganho eu porque:

Deixo de pagar um balúrdio de impostos, pois passo a considerar o
salário mínimo para efeitos fiscais e de segurança social.
Vou comprar fraldas, shampoo, papel higiénico, fairy, skip e uma
infinidade de outros produtos à Makro que me emite uma factura com a
designação genérica de "artigos de limpeza", pelo que contam como
custos para a empresa.
Deixo de ter subsídio de almoço, mas todas as refeições passam a ser
consideradas despesa da firma.
Compro um BMW em leasing em nome da firma e lanço as facturas do
combustível e de manutenção na contabilidade da firma.
Promovo a senhora das limpezas a auxiliar de limpeza da firma.
E, se no fim ainda tiver que pagar impostos não pago, porque três anos
depois a senhora ministra adopta um perdão fiscal; nessa ocasião vou
ao banco onde tinha depositada a quantia destinada a impostos fico com os
juros e dou o resto à DGCI.

Mas ainda ganho mais:

Em vez de pagar contribuições para a CNP faço aplicações financeiras e
obtenho benefícios fiscais se é que ainda tenho IRS para pagar.

Se tiver filhos na universidade eles terão isenção de propinas e
direito à bolsa máxima (equivalente ao salário mínimo) e se morar longe da
universidade ainda podem beneficiar de um subsídio adicional para
alojamento; com essas quantias compro-lhes um carro que tal como o
outro será adquirido em nome da firma.

Como se pode ver, só teria a ganhar e, afinal, em Portugal ter prejuízo
é uma bênção de Deus! Assim dava gosto ser ultra liberal e eu até votava
eternamente no partido da senhora ministra...

in O JUMENTO

FÁBULA DE EXECUTIVO

Esta é a fabula de um alto executivo de um grande banco. Stressado com o
desenvolvimento, entrou em colapso nervoso e foi ao médico. Relatou ao
psiquiatra o seu caso. O médico, experiente, logo diagnosticou ansiedade,
tensão e insegurança. Recomendou ao paciente:

- O Sr. precisa se afastar por duas semanas da sua actividade profissional.
O conveniente é que vá para o interior, se isole do dia-a-dia e procure
algumas actividades que o relaxem.

Então o nosso executivo procurou seguir as orientações do clínico. Munido
de vários livros, CD's e laptop, mas sem o celular, partiu para a herdade de
um amigo.
Passados os dois primeiros dias, já havia lido dois livros e ouvido quase
todos os CD's. Continuava inquieto. Pensou então que alguma actividade
física seria um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava.

Chamou o caseiro da herdade e pediu para fazer algo. Este ficou pensativo e
reparou numa montanha de esterco que havia acabado de chegar, e resolveu:

- O Sr. pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será
preparada para o cultivo.

E pensou consigo "Ele deverá gastar uma semana com essa tarefa". Ledo
engano. No dia seguinte o executivo já tinha distribuído o esterco por toda
a área. Pediu logo uma nova tarefa.

O caseiro então disse-lhe: Estamos iniciando a colheita de laranjas. O Sr.
vá ao laranjal levando três cestos para distribuir as laranjas por tamanho.
Pequenas, médias e grandes.

No fim daquele primeiro dia o nosso executivo não retornou. Preocupado, o
caseiro dirigiu-se ao laranjal. E deparou-se com a seguinte cena:
o homem, com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios, falando
consigo mesmo:

- Esta é grande! Não, é media! Ou será pequena ???????

- Esta é pequena! Não, é grande! Ou será média ???????

- Esta é grande! Não, é pequena! Ou será média ???????

Moral da historia?

Espalhar "merda" é fácil .
O difícil é tomar decisões.

Salários portugueses

"Actualmente uma economia competitiva não é a que se baseia em baixos
salários mas sim a que dispõe de um sistema produtivo moderno, inovador e
tecnologicamente avançado, capaz de produzir bens e serviços de qualidade e
valorizados nos mercados internacionais"

Jorge Sampaio, na sua visita à Noruega.

Como podem comprovar no quadro seguinte, Portugal tem os salários mais
baixos da Europa dos 15 e mais baixos que o Chipre e ao mesmo nível que a
Malta. Estamos a falar em toda a massa salarial.

Fonte:
http://europa.eu.int/comm/eurostat/newcronos/queen/display.do?screen=detail&language=en&product=THEME2&root=THEME2_copy_200579925957/
yearlies_copy_597844084039/db_copy_326658639582/dbb_copy_68087978319/
dbb12560_copy_961889079342

Existe ainda uma estatística que mede a desigualdade entre a distribuição
de salários.

«the ratio of total income received by the 20 % of the population with the
highest income (top quintile) to that received by the 20 % of the
population with the lowest income (lowest quintile)»

Como podem verificar, aqui somos mesmo os piores de toda a Europa,
incluindo os países em adesão à União Europeia
Portugal: 6.5
Noruega: 3.2
Roménia: 4.6

http://europa.eu.int/comm/eurostat/newcronos/queen/display.do?screen=detail&language=en&product=THEME3&root=THEME3_copy_491347045042/
strind_copy_763396310863/socohe_copy_88803726593/sc010_copy_3991870892

Carroças...

Tornei-me adulto e, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa de todo mundo, ou quando eu mesmo, por distração, vejo-me prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão de estar ouvindo a voz do meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!

Os dubliners

Clara Ferreira Alves

Para desenjoar da choldra portuguesa não há nada como passar uns dias na Irlanda, esse pequeno país da Europa que estava também na cauda da Europa e que agora está entre os mais ricos e com maior taxa de crescimento.
A Irlanda apostou nas novas tecnologias, na educação, poupou o dinheiro que recebeu da Europa em vez de o desbaratar, investiu na saúde e no bem-estar dos seus habitantes, bateu-se pelos direitos humanos no mundo (através do papel desempenhado pela sua ex-Presidente, a senhora Mary Robinson), usou com frugalidade e inteligência os seus recursos e impediu que o turismo selvagem e de pé descalço desse cabo do seu país.
A beleza do país de James Joyce e de vários Prémios Nobel de Literatura, o último dos quais o poeta Seamus Heaney, permanece intocada e bravia, um grande plano cinematográfico com água e céu e vento, e uma terra verde-lavanda, cor indefinida como só a natureza consegue criar. A Irlanda não tem má arquitectura, condomínios privados, favelas, televisões privadas, lumpen, telejornais imbecis. Não tem estradas novas, nem estádios novos, nem rasgões na paisagem. A educação é o seu objectivo essencial, educação universal e gratuita, educação qualificada, que não arredou os escritores e a literatura dos currículos. Na Irlanda, a memória literária é poderosa, impõe respeito.
O progresso e desenvolvimento terceiro-mundista que deram cabo da paisagem portuguesa não se apresentam ali, e a classe dos novos ricos, se existe, vive com discrição e recato e segundo as regras do bom gosto. As pessoas lêem livros e jornais de qualidade e a televisão é uma coisa dispensável.
Não espanta que tantos europeus nacionais de outros países tenham decidido «exilar-se» na Irlanda, desde o jornalista da BBC John Simpson ao escritor francês Michel Houellebecq. A Irlanda tornou-se um lugar que escapa ao ruído e vulgaridade contemporâneas. Um lugar conservador, conservado, com algumas semelhanças com Portugal. Eles são um pequeno povo de poetas e de bêbados e nós também. Mas, eles são corteses e civilizados e nós somos brutos e desbragados. Olhar a Irlanda e os irlandeses é olhar o que Portugal podia ter sido se tivesse tomado as decisões certas sobre o seu modelo de crescimento. Somos mais do que eles e podíamos ter sido melhores do que eles, tínhamos tudo para isso, incluindo o clima ameno que eles não têm. Tornámo-nos nisto.

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Citações + Os Romanos e o Space Shuttle

"O amor nada dá nem nada recebe senão de si próprio", diz o sábio
Khalil Gibran.

"A fobia é o controlo da emocão sobre a razão."

"Errar é humano, persistir no erro é americano, acertar no alvo é
muçulmano."
---------------------------------------------------------------------------

A bitola dos caminhos de ferro
(distância entre os 2 trilhos) dos Estados
Unidos é de 4 pés e 8,5 polegadas.

* Porque foi usado este número?

* Porque era esta a bitola dos caminhos de ferro ingleses e, como os
caminhos de ferro americanos foram construídos pelos ingleses, esta
foi a medida usada.

* Porque é que os ingleses usavam esta medida?

* Porque as empresas Inglesas que construíam os vagões
eram as mesmas que construíam as carroças antes dos caminhos de ferro e
utilizaram as mesmas bitolas das carroças.

* Porquê as medidas (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças?

* Porque a distância entre as rodas das carroças deveria caber nas
estradas antigas da Europa que tinham esta medida.

* E por que tinham as estradas esta medida?

* Porque estas estradas foram abertas pelo antigo império romano
aquando das suas conquistas, e estas medidas eram baseadas nos carros
romanos puxados por dois cavalos.

* E porque é que as medidas dos carros romanos foram definidas assim?

* Porque foram feitas para acomodar 2 traseiros de cavalo!

Finalmente... O vaivém espacial americano, o Space Shuttle, utiliza
2 tanques de combustível (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados
pela Thiokol no Utah.
Os engenheiros que projectaram estes tanques queriam
fazê-lo mais largos, porém tinham a limitação dos túneis ferroviários por
onde eles seriam transportados, que tinham suas medidas baseadas na
bitola da linha, que estava limitada ao tamanho das carroças inglesas que
tinham a largura das estradas europeias da época do império Romano, que
tinham a
largura do trazeiro de 2 cavalos.

Conclusão: O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e
tecnologia é baseado no tamanho do traseiro do cavalo romano...

T-011, Joao Cesar das Neves

Em Novembro de 2037, Portugal passou a chamar-se T-011. Essa mudança veio
de uma directiva comunitária que impôs a cada país da União Territorial (o
novo nome da Europa) a designação pela letra T seguida do número de ordem na
adesão à comunidade.
Este é, simplesmente, o resultado mais recente do processo de «neutralidade ideológica» em que a antiga Europa está empenhada há décadas. Tudo começou em 2003 com os debates à volta dos símbolos
religiosos em lugares públicos. Na ex-França (actual T-002) protestava-se
contra os véus das alunas muçulmanas nas escolas, enquanto em T-005 se
discutiam os crucifixos nas salas de aula e por toda a União alguns
rejeitavam a referência ao cristianismo na Constituição Europeia. Todos
estes casos foram resolvidos pela segunda adenda a este documento, que em
2006 decretou que o Estado deveria manter sempre a mais estrita tolerância
e neutralidade em questões ideológicas, para não ofender a sensibilidade de
qualquer minoria. Mesmo na unanimidade e consenso, jamais as autoridades
poderiam cair na tentação de ceder para evitar problemas futuros.
As questões multiplicaram-se. Logo a seguir foram denunciados os feriados
sectários, como o Natal. As festas religiosas nacionais eram um insulto a
todos os cidadãos não-cristãos. Os feriados desapareceram com mesma
directiva que obrigava a cobrir com tapumes os templos e sedes de partidos
para não ofender a sensibilidade dos transeuntes. Também os nomes dos meses
do ano, que nas línguas europeias vêm da mitologia, tiveram de ser mudados.
As sugestões dos calendários da Revolução Francesa e positivista de Comte
foram rejeitadas por igualmente facciosas. O único consenso foi passar a
usar letras nos meses. Mas na numeração dos anos manteve-se a situação,
para facilitar contactos com outras zonas. Só que se chamou «era estela» e não
«era cristã», porque o acontecimento marcante passou a ser um facto
cósmico: a «estrela dos reis magos». Deve dizer-se que este atitude era estritamente
europeia, pois as outras zonas do mundo, sobretudo EUA, Índia, China e
Islão, estavam em afirmação crescente das suas culturas. Eram aliás as
minorias vindas dessas regiões que levantavam os problemas e iam exigindo o
crescente recuo da cultural europeia para a neutralidade. Depois a questão
ultrapassou o âmbito religioso. Em 21-H-2024 as disciplinas de História,
Filosofia e Línguas foram retiradas dos programas escolares oficiais, pelas
mesmas razões que 15 anos antes tinham tirado as cadeiras de Religião: era
impossível arranjar matérias que respeitassem a neutralidade do Estado.
Além disso, a lei deixou de regulamentar casamentos ou divórcios de qualquer
espécie, por serem opções íntimas de cada um. As ruas são lugares públicos
e de repente descobriu-se muita gente afectada pelos seus nomes. Por toda a
Europa houve esforços para apear monumentos ou alterar os nomes de ruas em
honra de pessoas que só agradavam a minorias. E havia minorias ofendidas
por todas as ruas e estátuas. As controversas personalidades históricas,
sobretudo políticos e militares, não podem ser honradas pelo Estado neutro.
A única solução foi usar números nas ruas. Agora tiraram-se os nomes aos
países, que lembravam velhos impérios. Há já quem sugira que se substituam
os nomes das pessoas, que podem ser ofensivos para alguns, pelo número do
Bilhete de Identidade.
Prof. João César da Neves

Dou início à minha colaboração...

Amigos, companheiros, palhaços ... deste circo que é a vida,
É com muito gosto e satisfação que dou início à minha colaboração neste projecto que julgo ter um futuro risonho.

Bruno Martinho

Contéudo:

O autor é o João Pereira Coutinho, não o milionário, mas sim o jornalista.

"NÃO TENHO FILHOS e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce não numa família mas numa pista de atletismo com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis. E um exército de professores, explicadores, educadores, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o marido ou mulher de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho... Não admira que, até 2020, um terço da população mundial estará a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos.

Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência. Mas a felicidade!"

A Vida na perspectiva de George Costanza (SEINFELD)

"A coisa mais injusta na vida é o modo como acaba.
Quero dizer, a vida é dura. Ocupa-nos o tempo todo.
E o que é que você recebe no fim? A Morte. O que é isso,
um bónus?!? Acho que o ciclo da vida está ao contrário.
Primeiro devíamos morrer, e livravamo-nos da morte.
Depois íamos viver para um lar da terceira idade.
Depois atiravam-nos de lá pra fora quando fossemos
demasiado novos, e começávamos a trabalhar. No
primeiro dia ganhávamos um relógio de ouro.
Trabalha durante 40 anos até que você seja novo que
chegue para gozar a reforma.
Você bebe álcool, vai a festas, e prepara-se para a
escola secundária. Vai pra escola primária, torna-se
num miúdo, você brinca, você não tem responsabilidades,
e depois torna-se num bebé, volta para o útero, passa
9 meses a flutuar, tem luxúrias com aquecimento central,
hidromassagens e serviço de quartos, depois você
acaba em orgasmo! Amen"

Alta leviandade

Corredor de Fundo
Miguel Sousa Tavares

À mingua de ideias, de projectos e de reformas, o Portugal ³moderno²
gosta,de vez em quando, de pensar em grande: assim nasceram o CCB, a sede
da Caixa-Geral de Depósitos, a EXPO, a Ponte Vasco da Gama. Alguns dos
maiores monumentos de construção recente foram úteis,outros nem por isso,
outros teriam sido úteis noutro local ou com outra dimensão, mas todos eles
têm em comum não serem rentáveis. Agora, o governo distrai-nos com três
novos projectos megalómanos: os estádios do Euro-2004, o aeroporto da OTA e
o TGV. Os três juntos, mais o Alqueva, implicam o endividamento do Estado
para uma ou dias gerações. O que significa que não há mais margem para
erro, para o voluntarismo obreirista que,não sendo devidamente pensado e
orçamentado, acaba normalmente no desastre - como aconteceu com a
inacreditável história dos comboios pendulares Porto-Lisboa que, 120
milhões de contos depois, só são operacionais em 20 kms do percurso.

O que me mete medo nos grandes projectos de obras públicas, não é,todavia e
principalmente, a sua dimensão ou o seu custo. Todos os países precisam, a
certa altura, de ousar pensar grande e longe. O que me assusta é quando os
projectos surgem desenquadrados de qualquer pensamento prévio sobre a
estratégia de desenvolvimento do país.

É o caso do agora tão falado TGV: basta ver como, sem qualquer explicação
nem estudo que o justifique, o mapa do TGV foi radicalmente alterado,para
se perceber que, na concepção do governo, o TGV existe por si só e não em
função das necessidades esperadas de desenvolvimento estratégicodo país. È
como se o governo dissesse ³vamos fazer o TGV e depois logo se vê para que
serve².Ora, este pequeno brinquedo, na sua última versão, está orçamentado
em 1.500 milhões de contos(!) ­ o que, sendo o Estado a gastar, significa,
de facto, qualquer coisa como 2.500 milhões de contos.

Olhamos para o traçado agora proposto e ficamos perplexos: o antigo T
deitado da primeira versão, com uma única ligação a Espanha, pelo centro do
país, aparece agora transformado numa extensa e completa rede de alta
velocidade que se propõe ligar Portugal a Espanha em
nada menos do que quatro pontos diferentes ­Vigo, Salamanca, Badajoz e
Huelva. E, como a
abundância proposta é tamanha, até já começaram as discussões de paróquia,
com Coimbra,Castelo Branco, Aveiro e Évora, todas reclamando a passagem do
TGV. Mas, pergunto eu: quantos passageiros haverá diariamente para
embarcarem em Coimbra ou Évora com destino a Madrid ou vice-versa? E para
que servirá uma linha Lisboa-Faro-Huelva, se a única coisa que o Algarve
importa ou exporta é turismo e os turistas estrangeiros chegam de avião,
enquanto que os portugueses certamente que não irão chegar de TGV e
prescindirem do carro durante as férias.

Mas o mapa é apenas uma das questões que se coloca. Outra é, por exemplo,
saber para que serve exactamente o TGV. O presidente da RENFE afirma que o
TGV não é rentável sem transportar mercadorias, além de passageiros; um
administrador da CP afirmava há dias,
publicamente, o exacto contrário: que a alta velocidade não é rentável para
mercadorias.
Em que ficamos, afinal?

Outra questão: com o TGV Lisboa-Porto, que se faz ao pendular ­desiste-se?
E as carruagens já compradas, deitam-se fora? E a rede clássica da CP, que
vem sendo alegremente desmantelada ao longo das últimas décadas, vai
continuar abandonada e obsoleta, acentuando cada vez mais a desigualdade
territorial do país e fazendo despovoar cada vez mais o interior?

Tudo isto são questões que parecem não ter sido pensadas por ninguém, antes
que se lembrassem de tirar da cartola esta visão mágica de um Portugal
atravessado em todas as direcções por um comboio de alta velocidade directo
a Espanha, com quem vai directo a
um oásis. Ou como quem vai direito a um desastre, em alta velocidade.

17-05-2001 10:44:21

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Compacto de citações

There is no absolute knowledge. And those who claim it, whether they are
scientists or dogmatists, open the door to tragedy. All information is
imperfect. We have to treat it with humility: J. Bronowski
=
The things that will destroy us are: politics without principle; pleasure
without conscience; wealth without work; knowledge without character;
business without morality; science without humanity; and worship without
sacrifice: Mahatma Mohandas K. Gandhi
=
During war, the laws are silent: Cicero Quintus Tullius
=
"The contest for ages has been to rescue liberty from the grasp of
executive power." -- Daniel Webster
=
"Peace, commerce, and honest friendship with all nations -- entangling
alliances with none." -- Thomas Jefferson
=
"From such beginnings of governments, what could be expected, but a
continual system of war and extortion?" -- Thomas Paine
=
Nothing can bring you peace but the triumph of principles: Ralph Waldo
Emerson:
=
One is left with the horrible feeling now that war settles nothing; that to
win a war is as disastrous as to lose one: Agatha Christie:
=
The peace and welfare of this and coming generations of Americans will be
secure only as we cling to the watchword of true patriotism: "Our country
-- when right to be kept right; when wrong to be put right.": Carl Schurz:
=
The propagandist's purpose is to make one set of people forget that certain
other sets of people are human: Aldous Huxley
=
"Few men have virtue to withstand the highest bidder ": George Washington
=
"We in America do not have government by the majority. We have government
by the majority who participate.": Thomas Jefferson
=
The cry has been that when war is declared, all opposition should therefore
be hushed. A sentiment more unworthy of a free country could hardly be
propagated. If the doctrine be admitted, rulers have only to declare war
and they are screened at once from scrutiny: William Ellery Channing
=
"Fascism should more properly be called corporatism because it is the
merger of state and corporate power." -- Benito Mussolini
=
I wouldn't call it fascism exactly, but a political system nominally
controlled by an irresponsible, dumbed down electorate who are manipulated
by dishonest, cynical, controlled mass media that dispense the propaganda
of a corrupt political establishment can hardly be described as democracy
either: Edward Zehr
=
One needs to be slow to form convictions, but once formed they must be
defended against the heaviest odds: Mahatma Gandhi
=
We must be prepared to make heroic sacrifices for the cause of peace that
we make ungrudgingly for the cause of war: Albert Einstein
=
Behind the ostensible government sits enthroned an invisible government
owing no allegiance and acknowledging no responsibility to the people. To
destroy this invisible government, to befoul the unholy alliance between
corrupt business and corrupt politics is the first task of the
statesmanship of the day": Theodore Roosevelt, April 19, 1906
=
Whoever undertakes to set himself up as a judge of Truth and Knowledge is
shipwrecked by the laughter of the Gods: Albert Einstein:

domingo, fevereiro 01, 2004

Petição «Aposentação igual para todos»

Acha que os políticos devem poder reformar-se antes
de cumprirem 60 anos de idade e 36 anos de serviço?

NÓS NÃO!

www.reformaigual.net
Assina a petição

by: Vasco Soares