/* Commented Backslash Hack hides rule from IE5-Mac \*/

PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sexta-feira, dezembro 30, 2016

# 8 predictions for the world in 2030

https://www.weforum.org/agenda/2016/11/8-predictions-for-the-world-in-2030/

As Brexit and Donald Trump's victory show, predicting even the
immediate future is no easy feat. When it comes to what our world will
look like in the medium-term – how we will organise our cities, where
we will get our power from, what we will eat, what it will mean to be
a refugee – it gets even trickier. But imagining the societies of
tomorrow can give us a fresh perspective on the challenges and
opportunities of today.

We asked experts from our Global Future Councils for their take on the
world in 2030, and these are the results, from the death of shopping
to the resurgence of the nation state.

1. All products will have become services. "I don't own anything. I
don't own a car. I don't own a house. I don't own any appliances or
any clothes," writes Danish MP Ida Auken. Shopping is a distant memory
in the city of 2030, whose inhabitants have cracked clean energy and
borrow what they need on demand. It sounds utopian, until she mentions
that her every move is tracked and outside the city live swathes of
discontents, the ultimate vision of a society split in two.

2. There is a global price on carbon. China took the lead in 2017 with
a market for trading the right to emit a tonne of CO2, setting the
world on a path towards a single carbon price and a powerful incentive
to ditch fossil fuels, predicts Jane Burston, Head of Climate and
Environment at the UK's National Physical Laboratory. Europe,
meanwhile, found itself at the centre of the trade in cheap, efficient
solar panels, as prices for renewables fell sharply.

3. US dominance is over. We have a handful of global powers. Nation
states will have staged a comeback, writes Robert Muggah, Research
Director at the Igarapé Institute. Instead of a single force, a
handful of countries – the U.S., Russia, China, Germany, India and
Japan chief among them – show semi-imperial tendencies. However, at
the same time, the role of the state is threatened by trends including
the rise of cities and the spread of online identities,

4. Farewell hospital, hello home-spital. Technology will have further
disrupted disease, writes Melanie Walker, a medical doctor and World
Bank advisor. The hospital as we know it will be on its way out, with
fewer accidents thanks to self-driving cars and great strides in
preventive and personalised medicine. Scalpels and organ donors are
out, tiny robotic tubes and bio-printed organs are in.

5. We are eating much less meat. Rather like our grandparents, we will
treat meat as a treat rather than a staple, writes Tim Benton,
Professor of Population Ecology at the University of Leeds, UK. It
won't be big agriculture or little artisan producers that win, but
rather a combination of the two, with convenience food redesigned to
be healthier and less harmful to the environment.

6. Today's Syrian refugees, 2030's CEOs. Highly educated Syrian
refugees will have come of age by 2030, making the case for the
economic integration of those who have been forced to flee conflict.
The world needs to be better prepared for populations on the move,
writes Lorna Solis, Founder and CEO of the NGO Blue Rose Compass, as
climate change will have displaced 1 billion people.

7. The values that built the West will have been tested to breaking
point. We forget the checks and balances that bolster our democracies
at our peril, writes Kenneth Roth, Executive Director of Human Rights
Watch.

8. "By the 2030s, we'll be ready to move humans toward the Red
Planet."What's more, once we get there, we'll probably discover
evidence of alien life, writes Ellen Stofan, Chief Scientist at NASA.
Big science will help us to answer big questions about life on earth,
as well as opening up practical applications for space technology.

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

terça-feira, dezembro 27, 2016

# Holograma interactivo de assistente pessoal faz de esposa virtual para homens sós (Japão)

Até manda mensagens pelo Whatsapp para saber como vai o dia!

http://www.businessinsider.com/gatebox-female-hologram-japan-wife-ai-assistant-companion-her-master-azuma-hikari-2016-12

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

sexta-feira, dezembro 23, 2016

# Tolentino Mendonça - Quantidade de segundos regressos à Igreja é muito grande

http://snpcultura.org/quantidade_de_segundos_regressos_a_igreja_e_muito_grande_diz_tolentino_mendonca.html
José Tolentino Mendonça | Enric Vives-Rubio/Público | D.R.

As pessoas estão hoje disponíveis «para dar uma segunda oportunidade
ao discurso religioso» e à Igreja, considera José Tolentino Mendonça
em entrevista publicada hoje no Público e na Renascença, que o
qualificam de «padre-poeta que gosta de construir pontes entre crentes
e não-crentes, entre fé e pensamento».

«São pessoas que nasceram num ambiente católico e que se distanciaram
por uma crise no processo de transmissão, por um qualquer acidente
biográfico de percurso, por uma crise de pertença em relação à Igreja.
Mas hoje, perante o discurso do papa Francisco, apresentam-se
sensibilizadas e disponíveis para o ouvir e para buscar a Igreja»,
afirma o primeiro diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da
Cultura.

O vice-reitor da Universidade Católica e responsável pela Capela do
Rato, em Lisboa, evoca «a quantidade de pessoas que estão tocadas pelo
exemplo do papa Francisco e que no contar da sua biografia, da sua
itinerância, referem o Papa Francisco e o seu discurso como uma
palavra de hospitalidade que permitiu o clique, o momento do
repensamento e da transformação, ou que fez acordar de novo o desejo
de uma revelação espiritual».

«Haver uma espécie de lugar de portas abertas para um primeiro
acolhimento, uma espécie daquilo que o papa Francisco usa
habitualmente como metáfora da Igreja — um "hospital de campanha" —, é
alguma coisa que ao longo dos anos a Capela do Rato, como aposta da
Igreja de Lisboa, tem sido», assinala.

Depois de os jornalistas terem mencionado a importância das
«periferias» para o papa e sugerirem que a atitude católica tem de
mudar, por exemplo em relação à «comunidade gay» e aos «casais
recasados», o biblista frisa que «a Igreja tem de realizar como
experiência central da sua missão o acolhimento».

«O acolhimento da Igreja não é ideológico, não parte de uma ideia.
Parte das vidas concretas das pessoas, mostrando-se disponível para
fazer o caminho com cada uma, o caminho necessário. E, como diz o
Evangelho, "se alguém te pede para caminhar uma milha, caminha duas".
É essa disponibilidade para um caminho longo que, no desafio do Papa
Francisco, a Igreja tem que ter», explica Tolentino Mendonça.

O «espírito missionário não é apenas partir para territórios de missão
distantes. Ele vive-se hoje no meio da cidade, nesse espaço cheio de
fronteiras e cheio de muros invisíveis e de bloqueios existenciais em
que hoje os cristãos são chamados a ter uma consciência renovada e a
criar efetivamente uma cultura de acolhimento. Ninguém pode ser
excluído do amor e da misericórdia de Cristo. E essa experiência de
misericórdia tem de ser levada a todos. Sejam os cristãos recasados,
feridos por experiências matrimoniais de naufrágio, seja a realidade
das novas famílias, sejam as pessoas homossexuais, que na Igreja têm
de encontrar um espaço de auscultação, de acolhimento e de
misericórdia», sublinha.

Questionado sobre a relevância da identidade católica em António
Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa, realça que «é um desafio» para a
Igreja ser «uma escola do compromisso político. E ser um lugar de
acompanhamento próximo da realidade, sobretudo no trabalho com os mais
jovens, no sentido de gerar uma sensibilidade humana para que depois,
na diversidade do espetro político, um determinado ADN de valores
esteja presente».

O estímulo a «abraçar uma tarefa de formação, de transmissão de
valores, de apaixonar as novas gerações pela causa pública e pela
nobreza da vida política» é «um trabalho que a Igreja tem de fazer com
maior intensidade», retomando a «bandeira muito expressiva do viver
cristão» que ocorreu no catolicismo em Portugal durante as décadas de
60 e 70.

Referindo-se ao anúncio do fim do Teatro da Cornucópia, em Lisboa,
Tolentino Mendonça afirma que tem «uma dívida muito grande de
gratidão» por aquilo que a companhia de Luís Miguel Cintra e Cristina
Reis lhe ofereceu.

Edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 22.12.2016

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

terça-feira, dezembro 20, 2016

# O mistério da estrada de Arruda (sobre o ranking das escolas)

http://observador.pt/opiniao/o-misterio-da-estrada-de-arruda-sobre-o-ranking-das-escolas/

João Pires da Cruz 20/12/2016, 0:52

Nos rankings e comparando com o concelho de Oeiras, o mais educado de
todos os concelhos do país e o segundo em poder de compra, nenhuma
escola consegue chegar aos pés da população de Arruda. Porquê?

Não fosse o celebérrimo bacalhau assado do "Fuso" e o concelho de
Arruda dos Vinhos seria tão conhecido dos leitores como Sobral de
Monte Agraço, Cadaval ou Alenquer. Arruda dos Vinhos é um concelho
agrícola da chamada zona Oeste, no distrito de Lisboa a cerca de 40 km
do centro da capital, numa zona de difíceis acessos e, por isso, ainda
não atacada dos bairros de moradias de subúrbio.

O mistério que ataca este pacato concelho prende-se com a estranha
composição genética da sua população. Por algum acaso da natureza, o
concelho de Arruda apresenta resultados escolares muito estranhos a
nível nacional. Porque é que digo que deriva da composição genética da
população? Vejamos, o concelho está longe de ser um dos mais ricos do
país. Se compararmos com o concelho de Lisboa, o mais rico de todo o
país, a população de Arruda tem uma performance escolar melhor que
todas as escolas públicas da capital. Ora, Arruda é, tirando Alenquer,
o concelho com o poder de compra per capita mais reduzido de todos os
do distrito de Lisboa e ocupa o lugar 71 entre os 308 do país.

Por outro lado, se formos comparar com o concelho de Oeiras, o mais
educado de todos os concelhos do país e o segundo em poder de compra
per capita, nenhuma escola consegue chegar aos pés da população de
Arruda. Ora, sabendo nós que os resultados escolares são
essencialmente determinados pela condição social e cultural das
famílias e Arruda está muito longe de ser o nosso Silicon Valley, só
uma conclusão se pode tirar daqui. A biologia pregou uma partida aos
portugueses e desenvolveu nos vales vinícolas da Estremadura uma
singular estirpe de Homo sapiens cuja capacidade escolar ultrapassa em
muito o vulgo. E, curiosamente, foi muito localizado. Se olharmos para
os concelhos vizinhos de Sobral, Cadaval, Alenquer ou Mafra, a estirpe
de super alunos parece não se ter propagado, dado que os resultados
escolares nestes concelhos não se comparam. Outra explicação, que os
sociólogos não concordarão, prende-se com o facto de a única escola do
concelho de Arruda ser uma escola com acordo de associação chamada
Externato João Alberto Faria, a 48ª melhor do país, a acreditar nos
resultados do secundário.

Eu comecei a interessar-me pela história do Externato quando dois
jovens oriundos de Arruda começaram a trabalhar comigo. E, um dia, por
acaso, um deles deixou escapar que durante a vida escolar
pré-universitária nunca percebeu o conceito de "furo". Por alguma
razão estranha, os professores dos alunos de Arruda não faltam, não
fazem greves, não vêm para Lisboa em defesa da escola pública. Estas
pobres crianças são sujeitas à inacreditável tortura de terem as aulas
que estão marcadas no horário. E perguntei: mas quanto é que custava o
externato? Nada. Apesar de ser privado, o Ministério da Educação paga
para todos os alunos do concelho poderem ter aulas no externato e, por
isso, é público. Como é a única escola do concelho, nem sequer podem
selecionar os alunos que querem, como acontece com as escolas de
Oeiras, por exemplo, que num esquema simples de afunilamento vão
atirando os alunos mais fracos para escolas "lixeira", deixando os
bons alunos nas "boas" escolas.

Em tempos, o Ministério da Educação resolveu alterar este "vergonhoso"
estado de coisas naquela terriola saloia e tentou iniciar a construção
de uma escola do Estado em Arruda. A pronta intervenção da câmara
municipal e dos cidadãos, que exigiram judicialmente ao Ministério a
publicação dos custos por turma nas escolas do Estado que justificasse
a construção, evitou que a escola fosse construída e a educação da
população foi protegida até hoje. O custo para o Estado é,
curiosamente, inferior ao Orçamento do Estado para a educação a
dividir pelo número total de turmas no país, o que significa que fica
abaixo da média do custo de uma turma nas escolas do Estado. E isto
sem contar que as escolas privadas pagam TSU e as escolas do Estado
não, o que significa que, se contarmos com o proveito da segurança
social, uma turma no Externato João Alberto Faria custa menos 25%
daquilo que custa uma turma nas escolas do Estado dos concelhos
vizinhos, cujos resultados escolares as colocam 200 a 400 lugares
abaixo no ranking de 2016.

Em termos de "ciência sociológica", o caso de Arruda dos Vinhos é
aquilo a que se chama "uma maçada". Afinal, há um concelho cuja
totalidade da população, ricos e pobres, cultos e incultos são
servidos por uma escola privada que presta o serviço público e,
pasme-se, os resultados ultrapassam consideravelmente os do concelho
mais ricos e com mais educação do país, com o maior número de
licenciados, mestrados e doutorados e cujas escolas são do estado.
Mas, ao contrário dos ilustres académicos destas "ciências", não vou
cair no erro de achar que os professores são melhores ou piores
dependendo de quem assina a sua folha salarial. Mas vou dizer que o
profissionalismo deles depende. E é isso que está em causa.

O caso do Externato de Arruda mostra que, sem selecionar alunos, é
possível ter bons resultados. O que se calhar não é possível, é tê-los
sem selecionar professores. Como o Externato recebe menos do Estado
que as escolas do Estado e, nesse bolo, ainda tem que pagar TSU, é
relativamente óbvio que os professores do Externato terão que receber
menos que os seus colegas do Estado, se viverem apenas daquilo que o
contrato de associação permite. A lógica económica diz-nos que os
melhores professores seriam então aqueles que estão no Estado porque
podem ganhar mais. Mas os resultados dizem o contrário, que os bons
professores são os que estão no Externato de Arruda. A resposta terá
de vir de onde metemos menos dinheiro e apresenta melhores resultados.
Os professores do Estado não estão à altura dos professores do
Externato de Arruda, apesar de ganharem mais.

Como pai, tenho um filho numa escola do Eestado e um filho numa escola
privada. Como ambos têm os mesmos pais, digamos que estão em igualdade
de circunstâncias, socialmente falando. Vêm de uma casa de rendimentos
razoáveis com mais graus académicos que 99% das restantes casas do
país. O primeiro, de carácter mais reservado e cumpridor, manteve-se
na escola do Eestado até à universidade, sempre nos quadros de honra.
O segundo, mais dado à festa, teve de ser colocado numa escola privada
porque as notas estavam sempre em perigo. São os professores da escola
privada mais conhecedores da matéria que os da escola do Estado? Vamos
ser razoáveis, se pomos em causa os conhecimentos a este nível de
pessoas licenciadas então mais vale mudar de país. A resposta é,
obviamente, não. Os professores do Estado são tão, ou mais,
conhecedores da matéria que os seus colegas do privado. Mas entre os
meus filhos a diferença também não se coloca nesse nível porque, como
imaginarão, em casa deles não falta quem os possa ensinar.

O que diferencia os professores pode ser resumido numa frase muitas
vezes repetida entre os professores do Estado que é "sou pago para
ensinar, não sou pago para educar". O simples pronunciar da frase
deveria ser justa causa de despedimento, porque ensinar sem educar
fazem milhares de vídeos no YouTube, que têm pessoas bem mais
qualificadas que quem diz a frase, a darem aulas muito melhor
estruturadas. Um professor que assume que é pago para educar é um
profissional e a diferença do Externato de Arruda, da escola privada
onde o meu filho anda e a escola do Estado onde o meu outro filho
andou, é essa. O meu filho que andou na escola do Estado até ao fim,
não precisava de um professor profissional porque, na verdade, nem de
professor precisava. Uma escola que só serve para alunos assim, não
serve para nada, porque alunos assim não precisam de professores,
podem ser ensinados no YouTube. Onde os professores são precisos é
quando os alunos precisam de um professor. E quando precisam é quando
têm dificuldades, quando são distraídos, quando os pais não são
doutorados, quando não têm dinheiro para as coisas mais básicas.
Assim, quando os sociólogos justificam os resultados da escola do
estado com base nas características sociais dos alunos, estão a
declarar a inutilidade da escola do estado. Se a escola do Estado só
serve para os alunos ricos e educados, então os pais deles que paguem.

Onde o Externato João Alberto Faria e centenas de escolas privadas/com
contrato de associação atuam, não é por terem os melhores professores.
É por terem professores profissionais que tomam a responsabilidade de
educar os miúdos que têm pela frente.

Quando, no início deste ano letivo, o Ministério da Educação decidiu
eliminar alguns dos contratos de associação com escolas como o
Externato de Arruda com base no argumento – falso, ainda por cima – de
que, devido ao custo, se deveriam canalizar os recursos financeiros
para as escolas do Estado, esqueceu-se de garantir a educação para os
alunos que estava a prejudicar. Sim, uma escola eles tiveram.
Professores, não sabemos. Em instante algum o Ministério se preocupou
em atribuir um profissional de educação a essas crianças.

É claro que, como comecei a dizer, é possível que a minha primeira
hipótese esteja correta. Tudo isto se deve a um qualquer fenómeno
genético localizado, quem sabe provocado pela radiação dos escapes de
uma nave espacial de visita aos vales do Oeste, ou se trate mesmo de
uma povoação de extraterrestres que se esconde entre nós. E os
sociólogos tenham razão.

PhD em Física, Co-Fundador e Partner da Closer

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

segunda-feira, dezembro 19, 2016

# Don’t blame MPs: British bombs wouldn’t have saved Aleppo


Wednesday 14 December 2016 18.53 GMT
Owen Jones 

Critics of non-intervention in Syria in 2013 should show some humility – and its supporters should show some consistency

As east Aleppo falls to Bashar al-Assad's murderous regime, the postmortem has begun. How could this sickening onslaught and its miserable human cost have been avoided? All too predictably, fingers point back at the culprits of 2013, those who prevented the west from bombing Assad's forces. Those who backed the wars in Iraq and Libya feel tainted by the bloodshed in the calamities that followed. 
They accept that the killing fields of Iraq and the disintegrated state of Libya substantially weakened the moral case for western intervention. The horror of Aleppo presents the counter-argument: the cost of inaction. Those who opposed intervention are also stained with blood, goes the argument. It feels grubby to enter such a debate as Aleppo burns, but the revision of history demands a response.

Let us be clear. Assad and Vladimir Putin are responsible for heinous crimes. Social media abounds with their apologists, those who think they are so radical, the arch-critics of western imperialism, but who are actually both hypocrites and a moral disgrace. Yesterday's front page of the Morning Star rightly provoked revulsion when it described Aleppo's fall as a "liberation". When the US pummels countries with bombs, such apologists would never dream of denying civilian casualties. When Russia and its allies are responsible, they echo the language of the most ardent neocon: that the dead in Aleppo are not civilians but terrorists; that civilian deaths are either inventions or entirely the responsibility of rebel militia; that civilians are all rejoicing at their "liberation". On Tuesday Syria's ambassador to the United Nations, Bashar Jaafari, held up a photograph of a kindly soldier helping a woman from a truck. "This is a Syrian soldier," he claimed. "She is a woman fleeing eastern Aleppo." In the age of the internet, such lies are unwise. It was swiftly discovered that this was, in fact, a woman in Falluja, in neighbouring Iraq, being helped by state militia.

Falluja itself is a reminder of the moral bankruptcy of those who criticise western imperialism but apologise for Russia. They were the first to – rightly – denounce US forces who assaulted the city in 2004, using white phosphorus as they did so, a substance that can burn down to the bone. And yet they deny an even worse atrocity today, because it is not being committed by the US. The UN has received credible evidence of up to 82 Aleppo civilians being shot dead where they stood. Amnesty International speaks of "reports that civilians – including children – are being massacred in cold blood", and that Russian-backed Syrian forces "have repeatedly displayed a callous disregard for international humanitarian law".

Up to 100,000 civilians are said to be crammed into an area of no more than two square kilometres: Lina Shami, an activist in Aleppo, reports there are "no safe areas" and that civilians are "threatened with field executions or are dying under bombing". Russian bombing has been indiscriminate, annihilating local infrastructure. Yes, what began as a democratic struggle in Syria more than five years ago has been sabotaged by Islamist extremists – such as Islamic State, which came in from post-invasion Iraq – but Aleppo had a democratically elected council and independent civil society, now lost.

Are those who opposed military intervention against Assad in 2013, before the west turned its firepower on his Islamist extremist opponents, to blame? Here is what the then prime minister, David Cameron, told the House of Commons in 2013 in the debate before proposed intervention. "It is not about taking sides in the Syrian conflict, it is not about invading, it is not about regime change, and it is not even about working more closely with the opposition: it is about the large-scale use of chemical weapons and our response to a war crime – nothing else." Whatever the argument for larger-scale intervention – and why it would have been opposed, because of Iraq and Libya, because of the ascendant extremist groups in Syria's conflicts – it wasn't even on the table.

Neither was it proposed by the US president, Barack Obama. As the New York Times reported in August 2013, action was considered to "deter and degrade"Assad's "ability to launch chemical weapons" – but it was explicitly not about regime change or even "forcing him to the negotiating table".

Nothing about specific areas of Syria, nothing about the rebels. It was explicitly sold as a limited operation focused entirely on chemical weapons. Yes, there was the obvious fear that this would mean creeping direct military involvement, and there is no precedent of western military intervention in the Arab world ending in anything other than disaster. It was, nonetheless, not what was debated.

There are, however, concrete actions that the west could be undertaking now. As Mark Boothroyd from Syria Solidarity Movement UK tells me, the case for British humanitarian airdrops in Aleppo and elsewhere is overwhelming. These would show support for people who are besieged, whom Assad and his Russian backers are trying to starve out. A UN-monitored evacuation plan needs to be put in place. Russia needs to come under pressure for its criminal behaviour in Syria – with further sanctions considered.

Syria is a reminder of the need for consistency. Those of us who passionately opposed the disastrous western wars in Iraq and Libya are not apologists for Putin or Assad. Similarly, those who denounce the opponents of western intervention should have far more humility about Iraq and Libya: the hundreds of thousands dead, the sectarian conflict, the millions displaced and traumatised, the extremist groups flourishing in the chaos. They should speak out about the west's alliance with a head-chopping dictatorship such as Saudi Arabia, which exports extremism - including to Syria - and which is butchering Yemeni civilians with British-made bombs.

If you oppose war crimes, if you oppose the murder of innocent civilians, you should speak out about whoever is responsible. There is no contradiction in opposing the crimes of western or Russian foreign policy, or in denouncing both the bombs of Syria and of Saudi Arabia. As I say, call it consistency. Or perhaps a better word is humanity.

--

---
Recebeu esta mensagem porque subscreveu ao grupo "Pensantes" do Grupos do Google.
Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, visite https://groups.google.com/d/optout.

sexta-feira, dezembro 16, 2016

# Rússia vai ter um Reality Show onde é permitido matar e violar

http://observador.pt/2016/12/16/russia-vai-ter-um-reality-show-onde-e-permitido-matar-e-violar/

A Rússia quer ter um Reality Show inspirado no filme "Hunger Games",
onde será permitido não só matar como também violar os concorrentes.
Para entrar, basta assinar um contrato.

"No inverno tudo é permitido. Lutar, beber álcool, matar, violar, fumar, tudo"

Recorda-se do filme "The Hunger Games", em que os protagonistas entram
num Reality Show onde só um pode sair vivo? Na Rússia, um milionário
russo vai avançar com um programa de televisão que parece inspirado
neste filme onde cada concorrente assina um contrato em que toma
conhecimento que pode não sobreviver num desafio de nove meses no
deserto da Sibéria, ser mutilado ou até morto. Ainda assim, caso
crimes de morte ou violação sejam cometidos durante o jogo, os
concorrentes podem ser presos de acordo com as leis russas,noticia o
jornal britânico The Guardian.

O programa está previsto ir para o ar no próximo ano, com o nomeGame
2: Winter. O cenário é o inverno extremo do deserto da Sibéria, onde
trinta concorrentes serão deixados durante nove meses, "sem regras":
tudo é permitido. O programa é organizado por um milionário russo, de
35 anos, que afirma que se recusa a aceitar quaisquer acusações dos
participantes, mesmo que eles matem ou violem outros concorrentes. O
Reality Show será transmitido 24h por dia.

Para o vencedor há um prémio chorudo à espera: 1,53 milhões de euros.

O espaço já está a ser montado e nele estarão cerca de duas mil
câmaras que irão cobrir os cerca de 900 hectares de terreno e a vida
das trinta pessoas que neles irão habitar durante nove meses. Os
concorrentes terão também uma câmara própria que grava os momentos
individuais de cada um. Ainda que "tudo seja permitido" a polícia é
livre de prender qualquer concorrente que cometa um crime durante o
jogo, e os concorrentes sabem disto.

Para competir, é necessário ter mais de 18 anos e ser estável
emocionalmente. O show é internacional e já existem cinco países que
se mostraram interessados em participar nas audições de entrada.
Segundo conta o The Guardian, já existem 60 inscritos e um deles é
americano.

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

# Millennials want purpose over paychecks. So why can't we find it at work?

https://www.theguardian.com/sustainable-business/2016/sep/14/millennials-work-purpose-linkedin-survey

Companies and employees could both benefit from collectively creating
a meaningful work culture for millennials

Lauren Vesty Wednesday 14 September 201620.25 BST

Millennials get a lot of recognition for being the purpose-driven generation.

There's no shortage of headlines about millennials – those aged 18-35
– searching for jobs that offer a strong sense of meaning, not just a
paycheck. And these headlines appear to be justified. From incredible
social ventures like the social change volunteering organization Do
Something to popular startups like Warby Parker, millennials are
bringing purpose to the forefront of today's business culture.

So you can imagine my surprise when a recent global surveyof 26,000
LinkedIn members, run with Imperative, found millennials to be the
least purpose-driven generation. The survey results show that sense of
purpose deepens the further along you are in your career: 48% of baby
boomers (those aged 51+) report that they prioritize purpose over pay
and titles. They're followed by Gen X (aged 36-51) with 38%, and
finally, millennials at 30%.

The survey asks LinkedIn users to grade the personal importance of
different employment attributes: money, purpose and status. The
responses come from professionals across 40 countries, including
Sweden, Russia, the United States, China and Brazil, and industries
ranging from media and entertainment to manufacturing and engineering.

The survey helped to identify people who prioritize purpose above all
other employment attributes. For example: if you prioritize money or
status, you can still care about purpose, but it's not the ultimate
deciding factor for what work you pursue.

Achieving a low score doesn't necessarily mean that millennials don't
want meaningful work. The survey also revealed 74% of candidates want
a job where they feel like their work matters. That means both
companies and employees should make creating meaningful work a
priority.

But the results fly in the face of the assumptions many, myself
included, have made about the hierarchy of generations. Why are
millennials not as purpose-oriented as many of us assume them to be?

This survey suggests a big gap between what millennials deeply desire,
as expressed anecdotally through the media, and what they put into
practice. Two reasons might explain why. One is that millennials
haven't had enough work experience to figure out what aspects of their
job they find most energizing. Second, there is still work to be done
on aligning a mutually beneficial relationship between employers and
employees. If a company can help individuals better find purpose at
work, then the organization will benefit from having more productive
and successful employees.

Age and experience seem to play critical roles in establishing an
individual's view on purpose. Research by psychoanalyst Erik Erikson
has found that young adults tend to focus foremost on establishing an
income and home, seeking out a life partner and potentially starting a
family. As people age, they start to think more about their
contribution to society. This psychological shift leads them to
increasingly prioritize purpose more.

When I was first starting work (as many millennials still are) I
didn't feel that I had a choice when it came to my job. There was an
overwhelming conflict of trying to find the perfect path and the need
to have a job to support myself. While finding fulfilling work eluded
me, I got a job where I earned good money and had promotions to work
towards. I figured that was what employment was all about.

However, my perception completely changed when I moved into a role
working with nonprofits and building social innovation programs. For
the first time, I felt like I was making an impact – my work mattered
and made a difference well beyond my company. That feeling was
invigorating and motivating, and in retrospect, changed how I went to
work. I poured my heart, passion and a lot of effort into the job.

Helping millennials figure out how to define this sense of purpose
will benefit both employees and employers. In fact, my biggest
takeaway from the survey results is that companies and all employees
could both benefit from collectively creating a meaningful work
culture. It could be as simple as identifying the best ways to use an
employee's skills.

Employees who feel like their work creates positive impact are more
likely to feel fulfilled, promote their company and stay on the job
longer. Studies have shown that inspired employees are almost three
times more productive than dissatisfied employees. Imagine what you
could do if you could triple your current workforce with inspiration,
rather than more hiring.

As an employee, how can you bring more purpose into the workplace?
First off, get a better understanding of what it is. Purpose can feel
vague and intangible – expanding your knowledge of how purpose shows
up at work can make it more actionable. What motivates you most about
your work? Do you like solving big problems, or seeing the difference
you make with one person? Next, think through your company's mission
and vision. How does the work you're doing roll up to it?

Once you are able to define meaningful work, you should encourage
coworkers to do the same. Looking for people who have purpose figured
out? Reach out to the baby boomers in your office. Set up mentorship
programs that bring generations together.

A business doesn't have to be a nonprofit or social venture to create
an environment where employees feel like their work matters. The
younger generation may not score high in surveys about trading higher
pay for meaningful work, but that doesn't mean they don't want it.

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

terça-feira, dezembro 13, 2016

# Malária mata menos 30% do que há cinco anos

http://observador.pt/2016/12/13/malaria-mata-menos-30-do-que-ha-cinco-anos-mas-ainda-morrem-aos-milhares/

HÁ 30 MINUTOS Agência Lusa

A taxa de mortalidade por malária caiu quase 30% desde 2010, mas em
2015 ainda morreram no mundo 429 mil pessoas devido à doença, revela o
relatório anual da Organização Mundial de Saúde.

A taxa de mortalidade por malária caiu quase 30% desde 2010, mas em
2015 ainda morreram no mundo 429 mil pessoas devido à doença, revela o
relatório anual da Organização Mundial de Saúde sobre o paludismo,
divulgado esta terça-feira.

"Fizemos progressos excelentes, mas o nosso trabalho está incompleto.
Só no ano passado, o saldo global da malária atingiu os 212 milhões de
casos e as 429 mil mortes", escreveu a diretora-geral da Organização
Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, no prefácio do documento.

Publicado anualmente pela OMS, o relatório de 2016 conclui que a taxa
de incidência (novos casos) de malária caiu 41% em todo o mundo, entre
2000 e 2015, e 21% entre 2010 e 2015.

Já a taxa de mortalidade diminuiu 62% globalmente entre 2000 e 2015 e
29% entre 2010 e 2015.

Entre as crianças com menos de cinco anos, a taxa de mortalidade terá
caído 69% nos últimos 15 anos e 35% nos últimos cinco.

Ainda assim, em 2015, o paludismo matou 303 mil crianças com menos de
cinco anos em todo o mundo (70% de todas as mortes).

Entre 2000 e 2015, 17 países eliminaram a malária, ou seja, estiveram
pelo menos três anos sem casos indígenas da doença, e seis destes
países foram certificados como livres de malária pela OMS.

Além destas, há outras boas notícias destacadas no documento,
nomeadamente no diagnóstico e tratamento das crianças e mulheres da
África Subsaariana, região que concentra 90% dos casos e 92% das
mortes por malária.

Segundo o relatório, em 2015 mais de metade (51%) das crianças com
febre que recorreram aos cuidados de saúde públicos em 22 países
africanos foram sujeitas a um teste de diagnóstico de malária, quando
em 2010 apenas 29% o faziam.

Também a percentagem de mulheres grávidas que receberam as três doses
recomendadas de tratamento preventivo da malária aumentou cinco vezes,
de 6% em 2010, para 31% em 2015.

A proporção da população em risco na África Subsaariana que dorme sob
uma rede mosquiteira tratada com inseticida ou protegida por
vaporização residual aumentou de 37% em 2010 para 57% em 2015.

"Estamos definitivamente a ver progressos", afirmou o diretor do
Programa Global de Malária da OMS, Pedro Alonso, citado num comunicado
da organização.

Contudo, o mesmo responsável alertou que "o mundo ainda está a lutar
para alcançar os níveis elevados de cobertura que são necessários para
vencer esta doença".

Os autores do relatório confirmam que cerca de 43% da população em
risco na África Subsaariana não está ainda protegida pelos métodos
primários de controlo do vetor da malária, as redes mosquiteiras e a
vaporização residual e em muitos países os sistemas de saúde não têm
recursos suficientes e são pouco acessíveis às pessoas mais
vulneráveis.

Em 2015, 36% das crianças com febre não foram levados aos serviços de
saúde em 23 países africanos.

No relatório, a diretora-geral da OMS considera "uma prioridade
urgente" o aumento do financiamento dos programas de controlo da
malária.

Segundo o relatório, o financiamento quase estagnou entre 2010 e 2015,
ano en que totalizou 2,9 mil milhões de dólares, menos do que metade
do objetivo.

"Para alcançarmos as nossas metas globais, as contribuições, tanto das
fontes domésticas como internacionais, devem aumentar
substancialmente, alcançando 6,4 mil milhões de dólares anuais até
2020", escreve Margaret Chan.

A malária é provocada por um parasita do género Plasmodium, que é
transmitido aos seres humanos através da picada de uma fêmea do
mosquito Anopheles.

Existem várias espécies, mas o Plasmodium falciparum é o mais perigoso
para os humanos e o mais prevalente em África, onde se concentram 90%
das mortes pela doença.

Os primeiros sintomas da malária são febre, dores de cabeça e vómitos
e aparecem entre 10 e 15 dias depois da picada do mosquito, mas se não
for tratada, a malária por P. falciparum pode progredir para uma fase
grave e acabar por matar.

O combate à doença passa por uma diversidade de estratégias, que
passam pela prevenção, através do uso de redes mosquiteiras
impregnadas de inseticida e pulverização do domicílio, assim como pelo
diagnóstico e tratamento dos casos confirmados com medicamentos
anti-maláricos.

Ainda não existe qualquer vacina para a doença, mas a OMS anunciou no
mês passado que a primeira vacina contra a doença será lançada em 2018
na África Subsaariana.

Texto de Agência Lusa.

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

segunda-feira, dezembro 12, 2016

# O grande educador sexual

http://o-povo.blogspot.pt/2016/12/o-grande-educador-sexual.html

Já no próximo ano letivo, uma criança com 5 anos pode aprender
educação sexual no pré-escolar através de temas pedagógicos como este:
"Desenvolver uma atitude positiva em relação ao prazer e à
sexualidade." Cinco anos.

Já aos 10 é possível assistirem a aulas sobre contracetivos e aborto.
Dez anos. Não sei porquê mas em Portugal convive-se bem com o conceito
do Estado Grande Educador: não aflige ninguém que o Estado nos entre
pela casa dentro e imponha como é que os nossos filhos devem ser
educados. Não é quais as competências que as crianças devem adquirir a
Matemática, Geografia ou Português. Isso é fascismo. Não, é mesmo o
que eles devem pensar, como devem ser formados. Imaginem que há por aí
famílias que só querem explicar aos filhos o que é o aborto depois de
eles saberem como nascem os bebés? Um perigo. Ora, na dúvida sobre
quem são os pais, o Estado antecipa-se através dos bancos da escola a
educar os filhos segundo os cânones de diretores-gerais de Educação e
técnicos que lhes vão recarregando as armas com relatórios e estudos.
Mas ninguém se chateia. O conteúdo do documento intitulado Referencial
da Educação para a Saúde e o facto de ainda ninguém ter invadido o
Ministério da Educação como consequência lógica deste documento é
prova dessa indiferença. Se fosse eu a entrar em casa da minha vizinha
para explicar à sua filha de 10 anos a diferença entre a interrupção
voluntária da gravidez e a não voluntária ou a dinâmica positiva do
prazer e da sexualidade, acredito que a minha vizinha chamasse a
polícia. E bem. Mas, se for a professora de ciências, não faz mal
nenhum. Afinal, ela está apenas a educar para a saúde.

Um Estado socialista como o nosso vai até onde o deixam ir e com a
convicção perigosa de quem se acha mais habilitado do que os pais para
educar os filhos. Seja em educação sexual, alimentação, religião ou
laicidade. Um Estado como o nosso não toca à campainha para entrar em
nossa casa. Entra. E é isto o mais sinistro do documento referencial:
o abuso. É que estas são portas que não se abrem a estranhos e muito
menos à figura abstrata que é o Estado.

INÊS TEOTÓNIO PEREIRA 10.12.16 DN

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

# Frase do dia - Fernando Pessoa

Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a
pena ter nascido.

Fernando Pessoa

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

sexta-feira, dezembro 09, 2016

# França criminaliza sites pró-vida

http://o-povo.blogspot.pt/2016/12/franca-criminaliza-sites-pro-vida.html

RR ONLINE 3.12.16

Bispos do país condenam a nova lei como um atentado aos princípios da
democracia e criticam o Governo por estar "obcecado" com o aborto.
Nova lei surge dias depois de o Governo ter proibido um anúncio porque
podia perturbar a consciência de quem abortou.

O Parlamento francês aprovou na sexta-feira uma nova lei que
criminaliza páginas de internet que contenham informação para tentar
dissuadir mulheres de abortar.
A lei de "interferência digital" dirige-se, segundo o texto da mesma,
a impedir o funcionamento de sites que "deliberadamente enganem,
intimidam e/ou exerçam pressão psicológica ou moral para desencorajar
o recurso ao aborto" e prevê multas até 30 mil euros para quem os
operar.

A lei foi aprovada pelos partidos de esquerda, os de direita votaram
contra, com Bruno Retailleau, do Partido Republicano, a criticar a lei
como sendo "totalmente contrária à liberdade de expressão". O senador
diz ainda que a nova lei contradiz o diploma que legalizou o aborto,
em 1975, e que pede que as mulheres sejam informadas das alternativas
a esta prática.

Do Partido Democrata Cristão também chegaram criticas, com
Jean-Frédéric Poisson a apontar para a ironia de o Governo estar
apostado em encerrar sites pró-vida enquanto se recusa a fazer o mesmo
a páginas de internet que promovam uma visão fundamentalista e
violenta do Islão, por exemplo.

Pelo menos dois bispos também condenaram a nova lei, nomeadamente o
cardeal Vingt-Trois, de Paris que acusa o Governo de estar "obcecado"
com o aborto e o arcebispo Georges Pontier, de Marselha, a dizer que a
lei constitui um sério ataque aos princípios da democracia.

A nova lei surge poucos dias depois de o Governo ter proibido a
transmissão de um anúncio dirigido a mulheres grávidas de crianças
diagnosticadas com trissomia 21. No vídeo aparecem vários jovens com
trissomia que explicam tudo o que as pessoas com esta condição podem
alcançar na vida e na família, mas a entidade que regulamenta os
conteúdos televisivos e, após recurso, o Conselho de Estado,
consideram que o visionamento do anúncio pode perturbar a consciência
de mulheres que tenham optado, na mesma situação, por abortar.

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

# Custos do desemprego | Em 2004 só em IVA e SegSocial cada desempregado custou 9000€

Procurei informação sobre este questão e encontrei alguns dados
compilados pelo deputado comunista Eugénio Rosa.

Usando apenas os dados do INE e Banco de Portugal em 2004 só em IVA e
Segurança Social em média cada desempregado custou 9000€, ou 750€ por
mês.

Isto justifica a urgência de olhar para o combate ao desemprego de uma
outra forma.

Fonte Eugénio Rosa:
http://resistir.info/portugal/custos_desemprego.html

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.

# Um NEET português custa em média €8.610 por ano ao Estado

http://investimentosocial.pt/o-desemprego-jovem-em-portugal/

O Desemprego Jovem em Portugal - Laboratório de Investimento Social

"(…) De acordo com dados de 2011 do Eurofound, um NEEF português (não
empregados, não estudantes, e que não estão em formação) custa em
média €8.610 por ano ao Estado, o que representa um total de €2.690
milhões por ano."

Portugal enfrenta hoje uma séria crise no que diz respeito ao
desemprego jovem. Em Dezembro de 2014, cerca de 3 em cada 10 jovens
ativos dos 15 aos 24 anos encontrava-se desempregado, de acordo com o
Eurostat. [Jovens ativos representam os jovens empregados por conta
própria ou por conta de outrem e os desempregados, que se encontram
disponíveis para trabalhar e que nas passadas quatro semanas fizeram
algo para encontrar emprego.]

Para piorar o cenário, consideremos ainda os jovens que não entram
nesta estatística por serem inativos, isto é, os NEEF (não empregados,
não estudantes, e que não estão em formação), que representam 17,3%
dos jovens portugueses*. Existem variadíssimas razões para os jovens
pertencerem a categoria, no entanto vários estudos comprovam que as
consequências desta realidade são extremamente complexas, tendo
implicações a vários níveis.

A nível individual, um jovem que passe um longo período inativo tem
grandes probabilidades de sofrer de baixa autoestima, exclusão social
ou de um "wage scar", isto é, de no futuro ter um rendimento abaixo do
rendimento médio de pessoas com formação e experiência equivalentes. A
nível social estas pessoas tendem a ter uma atitude passiva e falta de
participação social, o que no longo prazo acaba por ter implicações
negativas para a sociedade como um todo. Finalmente a nível económico,
este problema tem custos associados para o Estado e, consequentemente
para os contribuintes, como subsídios de desemprego, contribuições
fiscais desperdiçadas e capital humano e produtividade
desaproveitados. Em suma, de acordo com dados de 2011 do Eurofound, um
NEEF português custa em média €8.610 por ano, o que representa um
total de €2.690 milhões por ano.

Popularmente, este problema é muitas vezes associado à conjuntura
macroeconómica que o país tem atravessado nos últimos anos, que levou
a ajustamentos no mercado de trabalho forçando tantas empresas a
fecharem portas ou a reduzirem o número de colaboradores.

No entanto, as causas deste problema são mais complexas que isto. Por
tal como sugerido no estudo Faz-te ao Mercadodesenvolvido pela TESE,
podemos falar da existência de um paradoxo de mercado, ou seja, um
mismatch entre procura e oferta de trabalho. Do lado da oferta, existe
um número limitado de vagas disponíveis, que se acentua mais em
algumas áreas que outras, como por exemplo enfermagem; por outro, do
lado da procura, a formação e competências de muitos jovens não se
adequa às competências exigidas pelos empregadores que admitem
deixarem vagas por preencher devido à dificuldade em encontrar os
candidatos certos com a formação e/ou as competências necessárias para
determinada posição.

Isto leva-nos a ir além do problema do desemprego, e a iniciar
conversações sobre empregabilidade, isto é, a preparação que o jovens
portugueses têm para entrarem no atual mercado de trabalho.

A melhoria da empregabilidade e o aumento do emprego jovem são
atualmente uma prioridade nas agendas nacionais e europeias, pelo que
diversas estratégias para as combater estão a ser desenhadas e
implementadas, algumas passando pela implementação de Títulos de
Impacto Social a soluções eficazes e de potencial escalabilidade.

No entanto, é necessário realçar a importância de um estudo
aprofundado do problema social, que identifique as causas e as
consequências do mesmo no contexto nacional, incluindo uma revisão
exaustiva dos custos associados. Este é um trabalho que o Laboratório
de Investimento Social está neste momento a realizar, utilizando como
objeto de estudo o programa de empregabilidade da TESE, Faz-te Foward,
a ser apresentado num futuro post.

*Dados relativos ao ano de 2013 e aos jovens entre os 15 e os 29 anos
(OECD 2015)

Rita Casimiro

A Rita integra o SIB Research Programme e está a desenvolver um estudo
de viabilidade para um Título de Impacto Social na área da
empregabilidade jovem.

--

---
Recebeu esta mensagem porque está inscrito no grupo "Pensantes" dos Grupos do Google.

Para anular a subscrição deste grupo e parar de receber emails do mesmo, envie um email para pensantes1+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, consulte https://groups.google.com/d/optout.