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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

segunda-feira, maio 29, 2006

# Ser Feliz...

"Posso  ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não me  esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar  que ela vá à falência. Ser  feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios,  incompreensões e períodos de crise. Ser  feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-me um autor da  própria história. É atravessar desertos fora de mim, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma. É agradecer a Deus, todas as manhãs, pelo milagre da vida. Ser  feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É  saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter  segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho?  Guardo todas, um dia vou construir um castelo...  "

Fernando Pessoa
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terça-feira, maio 23, 2006

# "Escuto"

Escuto mas não sei
Se o que oiço é silêncio
Ou Deus
 
Escuto sem saber se estou
                        ouvindo
O ressoar das planícies do vazio
Ou a consciência atenta
Que nos confins do universo
Me decifra e me fita
 
Apenas sei que caminho
                         como quem
É olhado amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco
 
Sophia de Mello Breyner Andresen in Obra Poética,
 Editorial Caminho
 
Enviado por: Mónica



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quinta-feira, maio 18, 2006

# Unicer e Microsoft vencem a 2ª edição do Prémio Empresa Mais Familiarmente Responsável

Menção honrosa - Huf Portuguesa

2ª Edição do Prémio Empresa Mais Familiarmente Responsável

O Prémio Empresa Mais Familiarmente Responsável foi criado com o objectivo de distinguir as organizações que favorecem a conciliação entre a vida no trabalho e a família. Esta é a segunda edição da atribuição do Prémio em Portugal que distingue a empresa que mais se destaca em termos de Responsabilidade Familiar. Pretende-se alertar o mundo empresarial e a sociedade em geral para esta problemática do equilíbrio entre a família e a carreira.

Rosa Freitas, partner da Deloitte, diz que «a conciliação da vida profissional e familiar não é uma questão simples, mas hoje sabemos que, se a empresa promover o equilíbrio entre ambas, os colaboradores respondem com maior empenho e produtividade.

A iniciativa Empresa Mais Familiarmente Responsável tem como objectivo premiar estas organizações». Correspondem aos parâmetros como empresas mais familiarmente responsáveis as organizações que desenvolvem uma política de apoio às famílias, com a adopção de medidas para favorecer a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar.

A preocupação com a política de equilíbrio entre família e trabalho tem demonstrado ser um instrumento adequado para a retenção dos colaboradores mais talentosos e este tipo de inovações na gestão interna pode ser quantificado através da motivação dos colaboradores o que, de acordo com estudos e relatórios em matéria de recursos humanos, aumenta a produtividade.

Na 1ª edição do Prémio Empresa Mais Familiarmente Responsável foram distinguidas a PT e IBM (grande empresa e média empresa, respectivamente), e a empresa Têxtil Nortenha recebeu uma menção honrosa. O Prémio Empresa Mais Familiarmente Responsável foi criado com o objectivo de distinguir as organizações que favorecem a conciliação entre a vida no trabalho e a família.

Do júri que vai atribuir o Prémio fazem parte Artur Santos Silva (presidente do júri), Carlos Seixas da Fonseca, Francisco Murteira Nabo, Inês Barros Batista, Josefina Leitão, Laurinda Alves, Margarida Neto, Maria de Belém Roseira e Vítor Bento. A validação das empresas familiarmente responsáveis foi baseada no questionário para o Índice de Empresas Familiarmente Responsáveis.

Deloitte e AESE promovem iniciativa que distingue a empresa portuguesa de maior Responsabilidade Familiar.
Foram conhecidas as empresas portuguesas que mais favorecem a conciliação da vida profissional com a vida familiar com a entrega do Prémio Empresa Mais Familiarmente Responsável, iniciativa da Deloitte e da AESE (AESE- Escola de Direcção e Negócios) que conta com o apoio mediático do Diário Económico, numa cerimónia que decorreu no dia 20 de Abril no auditório da AESE.

Fonte: Deloitte Portugal - Portugal (Português)

sexta-feira, maio 12, 2006

# Emídio Rangel diz que há jornalistas que se vendem

Apresentação de livro de Manuel Maria Carrilho
Emídio Rangel diz que há jornalistas que se vendem
11.05.2006 - 21h33 Lusa
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1256879

O ex-director-geral da SIC e da RTP Emídio Rangel afirmou hoje que há jornalistas que se ?vendem e prostituem na praça pública? e que trabalham com avenças de agências de comunicação que ?tudo compram?.

Na sessão de lançamento do livro do deputado do PS Manuel Maria Carrilho, intitulado ?Sob o Signo da Verdade?, coube ao jornalista Emídio Rangel fazer a apresentação da obra com um discurso duro contra alguma comunicação social.

Segundo Emídio Rangel, ?há agências de comunicação social com jornalistas avençados das formas mais variadas para o serviço sujo, para silenciar e comprar estratégias comunicacionais, para fabricar heróis, construir imagens positivas ou para destruir a imagem de alguém?.

?O mau jornalismo tem vindo a impor-se e a ganhar muitas batalhas ao bom jornalismo. No mundo da política, então, assume proporções alarmantes perante a indiferença do Estado, do Governo, da tutela dos jornalistas?, acrescentou.

Emídio Rangel afirmou que as agências de comunicação ?tudo compram? e que ?estes jornalistas que se vendem e se prostituem na praça pública têm de ser banidos dos meios para salvaguarda daqueles que exercem bem a profissão?.

?Existe uma canalha que frequenta as televisões, as rádios e os jornais que não respeita nada nem ninguém. Faz notícia, gere informação, opina, interpreta e analisa, não de acordo com as normas jornalísticas, não de acordo com códigos de conduta, mas segundo regras de interesse próprio e ditames de ódios encapuçados na sociedade portuguesa?, acusou.

quinta-feira, maio 11, 2006

# Trabalho infantil é um problema ultrapassado em Portugal

Secretário de Estado diz que desafio é aumentar escolaridade obrigatória
Trabalho infantil é um problema ultrapassado em Portugal
11.05.2006 - 10h42 Lusa

O trabalho infantil está ultrapassado em Portugal, cujo desafio é agora elevar a escolaridade obrigatória para 12 anos, considera o secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional.

Fernando Medina considera que a evolução positiva dos últimos anos resulta das políticas sociais desenvolvidas nesta áreas a partir da década de 1990.

Segundo dados recentes da Inspecção-Geral de Trabalho (IGT), em 2005 foram detectados oito casos de menores em situação laboral ilegal, metade dos sinalizados em 2004. Em 2004, na sequência de 11.755 visitas de fiscalização foram sinalizados 16 casos. Só no último trimestre de 2005, a IGT sinalizou seis empresas que infringiram a lei laboral ao ter ao seu serviço menores de 16 anos e sem a escolarida de obrigatória.

Hoje, frisa o secretário de Estado, Portugal já não se confronta com problemas de trabalho infantil no sentido clássico do termo, sendo este quase diminuto, limitando-se a casos pontuais no sector da agricultura numa perspectiva de ajuda à família depois da escola.

Lisboa recebe a partir de hoje e até sábado a conferência internacional sobre o combate à exploração do trabalho infantil no mundo da Língua Portuguesa. No encontro será apresentado o relatório da Organização Internacional d e Trabalho, no qual não é feita qualquer referência a Portugal.

Fernando Medina destaca o trabalho desenvolvido pelo Programa para a Prevenção e Eliminação do Trabalho Infantil para contrariar os números que no passado colocavam Portugal na lista dos países em que este flagelo tinha muita expressão.

Em 2003, adiantou, houve uma declaração positiva do Conselho da Europa sobre a evolução da situação portuguesa, tendo o país sido referenciado como um caso de sucesso na resolução do problema.

Agora, explicou o governante, o desafio com o qual Portugal está confrontado é fundamentalmente o da elevação geral da escolaridade ao nível dos 12 anos. Segundo o secretário de Estado, o futuro passa pela diversificação da oferta formativa e por um sistema educativo mais inclusivo, promovendo o acesso através de apoios sociais a públicos mais desfavorecidos de forma a evitar o abandono escolar.

Portugal é um dos países da União Europeia com a mais elevada taxa de a bandono escolar precoce (41,1 por cento), mais do dobro da média europeia (18,1 por cento), sendo apenas ultrapassado por Malta.

Um dos objectivos da conferência que começa hoje é elaborar uma Declaração assinada pelos ministros dos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e um Plano de Acção para a colaboração dos países da CPLP no âmbito da prevenção e eliminação da exploração do trabalho infantil

O relatório da OIT, cuja versão portuguesa será apresentada hoje, revela que o trabalho infantil no mundo diminuiu 11 por cento, uma tendência que acontece pela primeira vez, embora na África subsaariana o número de crianças que trabalham continue a subir.

Segundo o documento, a Ásia é o continente com mais crianças trabalhadoras, 122,3 milhões, menos cinco milhões do que em 2000, enquanto na África subsaariana há 49,3 milhões, mais 1,3 milhões do que em 2000, o que, em termos de população total, faz com que haja uma prevalência de 26,4 por cento, a mais elevada do mundo.

De acordo com a OIT, a evolução mais positiva deu-se na América Latina e Caraíbas, que apresentava em 2004 5,7 milhões de crianças trabalhadoras, contra os 17,4 milhões de 2000.

quarta-feira, maio 10, 2006

# Portugal é o país com maior número de divórcios da União Europeia

Estudo a apresentar amanhã no Parlamento Europeu
Portugal é o país com maior número de divórcios da União Europeia
08.05.2006 - 09h25 Lusa
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1256409&idCanal=90


Portugal é o país que regista o maior número de divórcios da União Europeia. A cada 33 segundos um casamento europeu é desfeito, de acordo com um estudo do Instituto de Política Familiar (IPF) de Madrid. O estudo vai ser apresentado amanhã no Parlamento Europeu, por ocasião do Dia da Europa.

Nos países que formam a União Europeia formalizam-se quase um milhão de rupturas matrimoniais por ano, escrevem hoje o "Diário de Notícias" e o "Jornal de Notícias", que citam o estudo do Instituto de Política Familiar (IPF).

Segundo o DN, Portugal registou, entre 1995 a 2004, o maior aumento na taxa de divórcios - 89 por cento. Seguem-se a Itália (62 por cento) e a Espanha (59 por cento).

O presidente do IPF, Eduardo Hertfelder, classificou a situação como "alarmante" e diz que para se ter a percepção da "importância dos números, é necessário assinalar que, em apenas 15 anos (de 1990 a 2004), registaram-se na Europa dos 15 mais de dez milhões de divórcios".

Para Eduardo Hertfelder, "a agravar a situação está o facto de a diferença entre matrimónio e divórcios ter diminuído para metade nos últimos anos, de maneira que, por cada dois casamentos que se realizam na UE, um termina em divórcio".

O Instituto de Política Familiar é um organismo internacional sediado em Madrid, que tem por missão a defesa e promoção da instituição familiar.

#

Não posso adiar o coração

Não posso adiar o amor

 
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
 
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
 
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
 
Não posso adiar o coração
 
António Ramos Rosa

segunda-feira, maio 08, 2006

# Britânicos põem diversão e dinheiro antes dos filhos

Inquérito publicado hoje no jornal "Guardian"
Britânicos põem diversão e dinheiro antes dos filhos
02.05.2006 - 10h43 PUBLICO.PT

Os britânicos acreditam que é mais importante que as mulheres se divirtam do que tenham filhos, mostra uma sondagem publicada hoje no diário "The Guardian", num momento em que os peritos analisam os motivos da queda da taxa de natalidade no Reino Unido.

Segundo o Gabinete de Estatísticas britânico, 20 por cento das mulheres britânicas que estão a chegar ao fim da sua vida fértil não têm filhos, em comparação com os dez por cento na mesma situação nos anos 1940. O "Guardian" assinala que em 2004 a taxa de natalidade britânica era de 1,77 filhos por mulher, quando na década de 1960 era de 2,95 filhos por mulher. A taxa mais baixa no Reino Unido foi registada em 2001, com 1,63 filhos por mulher.

O jornal assinala que os resultados da sondagem do "Guardian e da empresa de "research", marketing e comunicação ICM, podem ajudar a compreender a alteração nas altitudes sociais que está por trás das mudanças demográficas em curso na Europa.

O inquérito, que abrangeu 1006 adultos em entrevistas telefónicas, mostra que 64 por cento dos homens e 51 por cento das mulheres consideram que é mais importante enriquecer e divertir-se do que ter filhos. Mais importante que educar crianças e criar uma família é ter uma carreira bem sucedida e ganhar mais dinheiro, e apenas 36 por cento das mulheres inquiridas pensam que as pessoas têm os filhos como prioridade, em detrimento da carreira.

Mas a mesma sondagem indica que há vontade de constituir família enquanto jovem, mas as questões laborais e a dificuldade de encontrar parceiro contribuem para adiar o plano.

Questionados porque é que a taxa de natalidade britânica é baixa, os inquiridos culpam o custo de vida e os problemas em conciliar o trabalho e a vida familiar.

# Empresas lucrativas com políticas solidárias e ecológicas

Obra editada esta semana pela Ambar
Livro reúne casos de empresas lucrativas com políticas solidárias e ecológicas
02.05.2006 - 18h45 Lusa

Dois jovens gestores franceses, defensores do desenvolvimento sustentável, lançaram-se numa viagem de 15 meses por 38 países para descobrirem "80 Homens para Mudar o Mundo", livro editado esta semana pela Ambar.

Sylvain Darnil, com 26 anos, e Mathieu le Roux, de 29, decidiram procurar homens - e mulheres, apesar do título da obra - que tivessem alcançado êxito nos negócios mantendo, simultaneamente, preocupações com o ambiente e com a solidariedade social.

Na sua viagem conheceram arquitectos, cirurgiões, banqueiros, químicos e agricultores que reinventaram as suas profissões e conseguem ter empresas sem se sujeitarem às regras de mercado que determinam a quase exclusiva procura do lucro.

Um banco que, continuando a ser perfeitamente rentável, permite a três quartos dos seus clientes sair de uma situação de extrema pobreza, e um hospital que cuida gratuitamente de dois terços dos seus pacientes e ainda assim obtém lucros foram alguns dos exemplos encontrados por Sylvain Darnil e Mathieu le Roux .

Os autores descobriram também um agricultor que tem aumentado os seus rendimentos sem utilizar produtos químicos nas culturas e um empresário têxtil que - recusando as deslocalizações e pagando aos empregados duas vezes o salário mínimo - consegue duplicar o seu volume de negócios.

Com estas histórias profissionais de sucesso, os autores pretendem provar que o desenvolvimento sustentável não é apenas uma utopia ecologista e mostrar que já há pessoas a dar passos para "construir o mundo com que sonham, em vez de aguentar o que existe".

Inspirados pela biografia de Muhammad Yunus - professor de Economia do Bangladesh que criou o conceito de microcrédito e fundou o Grameen Bank, conhecido como "banco dos pobres" por emprestar dinheiro aos excluídos do crédito tradicional para que iniciem uma actividade económica -, Darnil e le Roux investigara m 113 tipos de empresa.

A lista inclui também Peter Malaise, criativo da Ecover, a empresa belga que se tornou líder europeia em detergentes ecológicos, Carlo Petrini, o mentor do Slow Food, movimento internacional para a "gastronomia ecológica", e Allen Chan, fundador da Sino Forest, um projecto que visa plantar mais árvores do que as que são abatidas e que se tornou no líder chinês no sector da "madeira renovável".

Os norte-americanos Neil Peterson e William McDonough - o primeiro criou a Flexcar para reduzir o uso do automóvel e o segundo foi pioneiro na arquitectura bioclimática e no eco-design - são outros dos "80 Homens para Mudar o Mundo " cujo exemplo visa inspirar no sentido de uma maior solidariedade social e uma menor pegada ecológica (danos ambientais causados por alguns hábitos individuais).

quinta-feira, maio 04, 2006

# Corrida às reformas em Portugal...

151 casos entre Janeiro e Abril, contra 68 há um ano
Pensões acima dos quatro mil euros subiram 132 por cento até Abril
02.05.2006 - 10h18 http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1255816

Nos primeiros quatro meses deste ano as pensões atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações acima dos quatro mil euros totalizaram 151, o que traduz um crescimento de 132 por cento face aos 68 casos registados no mesmo período do ano passado, noticia hoje o ?Correio da Manhã?.

Este aumento de pedidos de reforma surge depois de em Outubro do ano passado o Governo ter anunciado o aumento da idade de aposentação de 60 para 65 anos.

"Só no último trimestre de 2005 entraram 19.450 processos, número que representa um crescimento de 246,5 por cento" face aos 5614 registados em 2004, de acordo com um relatório da Caixa Geral de Aposentações citado pelo jornal.

As pensões mais elevadas foram atribuídas, na sua maioria, a profissionais das Forças Armadas, da Justiça e da saúde.

# Malária: Banco Mundial acusado de não cumprir compromissos e de falsificar dados

Acusação de 13 peritos
Malária: Banco Mundial acusado de não cumprir compromissos e de falsificar dados
26.04.2006 - 13h11 PUBLICO.PT, AP
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1255255


Treze peritos internacionais afirmam que o Banco Mundial apenas doou um quarto dos 325 milhões de euros que prometeu em ajudas a Àfrica na luta contra a malária, para além de ter falsificado dados e aprovado tratamentos obsoletos. As acusações, que foram publicadas hoje na versão online da revista científica britânica "The Lancet", já foram desmentidas pela direcção da instituição.

A direcção do Banco Mundial reconhece que os seus programas dedicados à malária têm sido subfinanciados e sofrem de falta de pessoal, mas insiste que as suas equipas aprenderam com os erros e estão a voltar ao caminho certo.

Os 13 peritos afirmam que o Banco Mundial não cumpriu a promessa feita em em 2000, quando anunciou o empréstimo de entre 242 e 403 milhões de euros para o combate à doença em África.

"O banco não emprestou a África os fundos para o controlo da malária e, em vez de o admitir, escondeu esse facto com uma contabilidade sem transparência e contraditória", escreve Amir Attaran, do Instituto de Saúde Pública da Universidade de Otava, no Canadá.

O Banco Mundial é ainda acusado de reclamar sucesso na luta contra a doença graças a números obtidos através da falsificação de dados e de aprovar tratamentos desactualizados para uma forma potencialmente fatal de malária.

Juntamente com o artigo assinado por Amir Attaran é publicada a reacção do Banco Mundial, que diz ser difícil contabilizar quanto dinheiro foi destinado ao combate à doença entre 2000 e 2005 devido à dispersão do dinheiro em grandes programas de apoio.

Para os responsáveis do Banco Mundial, as críticas de Attaran "são antigas", explicando que se comprometeu com empréstimos para os próximos cinco anos no valor total de 806 milhões de euros, metade dos quais destinados ao continente africano. O banco indica ainda que um novo programa - em curso a partir do final de Junho - enviará 153 milhões de euros para programas relacionados com a malária, assim que for aprovado pela direcção.

Suprotik Basu, um especialista do Banco Mundial em saúde pública responsável pelos assuntos relacionados com a malária em África, garante que o banco também destacou mais pessoal para essa área. No ano passado, ninguém estava encarregue da malária; hoje há pelo menos 40 pessoas a trabalhar em projectos do banco relativos à doença, afirma o especialista.

No texto de opinião, Attaran sugere ao Banco Mundial que aceite ser alvo de uma auditoria independente, algo que o banco considera desnecessário.

A malária mata mais de um milhão de pessoas por ano, muitas delas crianças africanas, apesar de ser evitável através de profilaxia. A maioria das pessoas em risco vive nos países mais pobres do mundo.