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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sexta-feira, julho 31, 2009

# Comprar um pedaço de um país

Por Rui Herbon | Sexta-feira, 31 Julho , 2009, 11:09

Landgrab e landgrabbing são dois termos que aparecem frequentemente nas notícias, em especial nas que se referem a África, e aos quais convém encontrar equivalentes em português, já que se referem a problemas que não só não vão desaparecer da actualidade, senão que podem adquirir especial importância. Ambos têm que ver com a ocupação de terras, como a dos portugueses no Brasil, por exemplo, ou a dos europeus em África, quando repartiram o continente. Só que agora não se trata de uma conquista pelas armas, mas pelo dinheiro, que permitiu que uma série de países ricos tenham conseguido o controlo de 15 a 20 milhões de hectares na Ásia, América Latina e, sobretudo, em África (clique na imagem para aumentar).

 
O seu principal objectivo é o de destiná-las a plantações para a produção de bioetanol, o combustível ecológico para os automóveis. Um desses projectos, o da empresa sueca SEKAB, começou com uma plantação de 22 mil hectares na costa da Tanzânia, que serão irrigados pela água do rio Wami. Só que as vantagens que se podem conseguir com o facto de que os automóveis suecos consumam etanol ver-se-ão mais que compensadas pela destruição da floresta tropical e pelos danos causados à fauna (incluindo aos humanos que vivem dos recursos da zona) pelo desvio da água e pela poluição marítima, causada pelas grandes quantidades de fertilizantes e pesticidas empregados na plantação. O que poderia ter sucedido se se tivessem concretizado os projectos de estender estas plantações a uma superfície de 400 mil hectares, roçaria as dimensões de uma catástrofe natural. Por sorte, as acusações de colonialismo climático surgidas da imprensa sueca levaram a empresa a renunciar aos seus planos.
 
Muito mais séria ainda é a ameaça das explorações organizadas para proporcionar alimentos aos consumidores de outros países, que vêem como mais seguro produzir por sua conta em terras alheias do que depender da insegurança e dos preços oscilantes do mercado internacional. A Arábia Saudita recebeu este ano a primeira colheita de arroz produzida na Etiópia, em terras cedidas em condições que lhes permitem exportar toda a produção, enquanto milhões de etíopes estão ameaçados pela fome. China, Japão, Coreia do Sul, Malásia e inclusive Líbia e Egipto, participam nesta caça às melhores terras (com a correspondente água) para assegurar alimentos. O caso mais revelador é o da China, que não só está a planear grandes plantações para a produção de etanol no Congo (fala-se de 2,8 milhões de hectares), mas também sabe com clareza que para assegurar um consumo adequado de alimentos à sua população vai necessitar de produzi-los fora do seu território.
 
A pressão sobre os recursos de terra e água disponíveis levou um especialista da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas a afirmar que o país não tem outro remédio a não ser sair para o exterior em busca da terra e água necessárias. Situações como as da Etiópia ou Sudão, que arrendou um milhão e meio de hectares ao Egipto, Qatar e Kuwait, enquanto as organizações internacionais devem ocupar-se de alimentar os milhões de deslocados pela guerra no Darfur, podem no futuro dar lugar a graves conflitos sociais. Na instabilidade que se viveu em Madagáscar este ano, um dos assuntos que separava os dois grupos em contenda era a validade de um contrato assinado pelo governo derrubado com a empresa sul-coreana Daewoo, que lhe concedia 1,3 milhões de hectares – quase metade da terra arável do país – por um período de 99 anos para que neles produzisse cereais e óleo de palma que exportaria para a Coreia do Sul.Que o acordo fosse criar 45 mil postos de trabalho num país com cerca de 20 milhões de habitantes não parece suficiente para justificar semelhante cessão.
 
Cegos pelos efeitos de uma crise económica de origens financeiras que se apresenta como algo transitório, perdemos de vista o facto de que estamos também numa outra crise mais profunda e global: a dos recursos disponíveis para assegurar os níveis de vida do conjunto da humanidade. Deveríamos começar a pensar nisso para nos acomodarmos a novos padrões de vida, posto que a festa em que temos vivido até agora está prestes a acabar.

 (in A escada de Penrose)

Source: http://simplex.blogs.sapo.pt/56489.html

terça-feira, julho 28, 2009

# Excelência por Aristóteles

Excelência é uma arte que se domina com treino e habituação.
Não agimos correctamente porque temos a virtude da excelência, mas
podemos possuí-la porque agimos correctamente.
Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.
Excelência, portanto, não é um acto, mas um hábito.
Aristóteles

segunda-feira, julho 27, 2009

# Ameaçados com despedimento, trabalhadores chineses espancam director até à morte

A compra da siderurgia pública chinesa Tonghua Iron and Steel foi
anulada depois de o seu director-geral ter sido espancado até à morte
por trabalhadores a quem acabava de anunciar despedimentos, noticiou
hoje a imprensa chinesa.

Trata-se de um caso inédito na China, apesar de os conflitos sociais
no país serem cada vez mais frequentes e por vezes violentos.

Os factos ocorreram sexta-feira na siderurgia Tonghua, principal
produtor da província de Jinlin (nordeste), quando cerca de 3 mil
operários pararam a produção e atacaram o director-geral, Chen Guojun,
que acabava de os informar do despedimento de até 30 mil trabalhadores
devido à compra da siderurgia pelo grupo privado Jianlong.

"Chen desiludiu e provocou os operários ao anunciar que a maior parte
deles seria despedido nos três dias seguintes. A multidão enfureceu-se
quando Chen disse que o número total de trabalhadores ia ser reduzido
para 5 mil", escreve o jornal China Daily.

Depois de espancarem violentamente o director-geral, os trabalhadores
da Tonghua enfrentaram a polícia e impediram uma ambulância de se
aproximar de Chen. Gravemente ferido, o director-geral acabou por
morrer no hospital quando ao fim da tarde o conseguiram retirar da
fábrica.

Um porta-voz do governo provincial de Jilin confirmou a morte do
director-geral, mas recusou adiantar qualquer pormenor.

"O governo provincial decidiu suspender a fusão. A polícia está a
investigar o homicídio", disse o mesmo porta-voz.

Segundo a agência Nova China, a compra da Tonghua foi suspensa "para
impedir um agravamento da situação".

Esta era a segunda tentativa do grupo privado, com 17 filiais na China
e sede em Pequim, de comprar a siderurgia, classificada no 244.º lugar
na lista das 500 maiores empresas do país.
27.07.2009 - 13h03 Por Lusa
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1393499

sexta-feira, julho 24, 2009

# Filme premiado num festival de curtas de Berlin cujo tema era "Food, Taste and Hunger"

terça-feira, julho 21, 2009

# Estónia: limpar o país inteiro num só dia!

Um exemplo inspirador!

quarta-feira, julho 15, 2009

# Risco de pobreza mantém-se nos 18 por cento da população mas a desigualdade está a descer

Os 20 por cento mais ricos têm 6,1 vezes mais rendimentos do que os 20
por cento mais pobres, segundo os resultados provisórios do Inquérito
às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC) do Instituto Nacional de
Estatística (INE), realizado em 2008 mas que incidiu sobre os
rendimentos de 2007. No ano anterior, eram 6,5.

A população residente em situação de risco de pobreza mantinha-se o
ano passado nos 18 por cento. "O impacto das transferências sociais
(excluindo pensões) na redução da taxa de risco de pobreza foi de
aproximadamente seis pontos percentuais", salienta o INE.

Se considerássemos apenas os rendimentos do trabalho, de capital e
transferências privadas, "41 por cento da população residente em
Portugal estaria em risco de pobreza".

A boa notícia é a diminuição da distância entre os 20 por cento com
maiores rendimentos e os 20 por cento com menores rendimentos. Segundo
o INE, "em 2007, o rendimento monetário líquido equivalente dos 20 por
cento da população com maiores recursos correspondia a 6,1 vezes o
rendimento dos 20 por cento da população com mais baixos recursos".

15.07.2009 - 11h45 Ana Cristina Pereira
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391855&idCanal=62

# Segundo aborto devia ser a pagar, diz director do Hospital de Santa Maria

As mulheres que fazem mais do que um aborto deviam começar a pagar
pela segunda interrupção, preconizou ao PÚBLICO Luís Graça, director
do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria
(HSM).

Apesar de fazer um balanço "extremamente positivo" dos primeiros dois
anos de vigência da lei - que despenaliza o aborto até às dez semanas
- que hoje se assinalam, aquele responsável lembra que, desde o início
do ano, mais de 20 mulheres recorreram ao HSM para fazer um segundo
aborto. "Se estas mulheres tivessem que pagar o custo hospitalar da
segunda IVG, pelo menos pensariam duas vezes", declarou Luís Graça.

"Em Inglaterra, a primeira interrupção é gratuita e a segunda é a
pagar. Creio que isso ajudaria estas mulheres a perceber que isto tem
um custo e que a disposição da sociedade para lhes pagar o direito a
fazer um aborto tem limites", insiste Graça, ressalvando que o preço
"teria que ser sempre mais baixo que o aborto na clandestinidade".

No HSM, duas em cada três mulheres não aparecem à consulta de
planeamento familiar que, nos termos da lei, deve ocorrer no prazo de
um mês após o aborto. "É a negligência pura e simples. Algumas
mulheres não fazem anticoncepção e jogam na sorte, o que é muito
triste para quem, como eu, se bateu muito por esta lei", lamenta.

Esta posição não é consensual. Admitindo que "algumas mulheres têm
repetido o aborto", o director da Maternidade Alfredo da Costa, Jorge
Branco, considera que tal não permite concluir que tenha havido
negligência ao nível da contracepção. "Temos mulheres que repetem a
interrupção mas não podemos deixar de a fazer, até porque a lei não
limita o número de abortos por mulher", sublinha. De resto, para
Branco, que coordena o Programa Nacional de Saúde Reprodutiva, limitar
o número de abortos empurraria muitas mulheres de volta ao circuito
clandestino. "Seria andar para trás. E a legalização da IVG surgiu
precisamente para evitar situações que possam pôr em perigo a vida da
mulher".

Porque os números divulgados pela Direcção-Geral de Saúde (DGS)
mostram que 433 mulheres que fizeram IVG em 2008 já tinham quatro
abortos no seu historial, a Associação de Planeamento Familiar (APF)
promete fazer um estudo sobre as razões que levam as mulheres a
repetir abortos num curto espaço de tempo. "A ideia é apurar os
contextos e as razões das gravidezes não planeadas e, a partir daí,
desenvolver acções que previnam esses comportamentos de risco",
adiantou Duarte Vilar, director executivo da APF.

Ligeiro aumento em 2009

Numa coisa os profissionais da saúde concordam: "Deixámos de ter nas
urgências hospitalares as consequências do aborto clandestino.
Praticamente já não fazemos corretagens e isso é um grande ganho em
termos de saúde", sintetizou Luís Graça. "Num ano, quase 18 mil
mulheres puderam interromper uma gravidez não desejada sem terem de se
submeter à indignidade do aborto ilegal", reforça Duarte Vilar.

Quanto aos números, só em Agosto é que a Direcção-Geral de Saúde (DGS)
deverá divulgar as estatísticas do aborto no primeiro semestre de
2009. Nas instituições contactadas pelo PÚBLICO, registou-se um
ligeiro aumento. "É uma variação sazonal normal, inferior a cinco por
cento", minimizou Luís Graça, para especificar que, a manter-se o
ritmo actual, "isto significa que, no fim do ano, "o Santa Maria terá
feito 525 abortos, em vez dos 500 do ano passado". Já na Maternidade
Alfredo da Costa, nos primeiros cinco meses deste ano, tinham sido
registadas mais 51 IVG do que no mesmo período de 2008. "Fizemos 765
e, no ano passado, tínhamos feito 714", adiantou Branco.

Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, continua
a lamentar que a lei não seja acompanhada de um quadro de estruturas
de apoio à mulher. "Algumas que chegam às nossas instituições desistem
do aborto depois de ajudas tão simples como as que lhes dão a conhecer
os apoios sociais existentes", exemplifica, considerando "escandaloso"
que, dois anos depois, o Tribunal Constitucional continue sem se
pronunciar quanto ao pedido de fiscalização sucessiva da lei. "Os 40
deputados pediam tão simplesmente que o tribunal dissesse se esta lei,
da forma como está feita, protege o direito à vida como vem consagrado
no artigo 26.º da Constituição".

O aborto em 2008

Quando a lei 16/2007, de 17 de Abril, entrou em vigor, as previsões
dos especialistas apontavam para uma média de 20 mil abortos por ano.
Em 2008, primeiro ano de vigência da lei, foram realizadas 17.511 IVG,
das quais 9.492 em Lisboa e Vale do Tejo. Houve variações sazonais: em
Janeiro, houve 1.610 e, em Dezembro, esse número tinha descido para
1.313.
Do universo total, 244 mulheres fizeram fizeram duas IVG em 2008. Do
mesmo modo, 2.659 mulheres declararam já ter feito um aborto ao longo
da vida, enquanto 433 declararam ter feito mais de quatro.
Quanto à idade, em 11.470 casos (65,5 por cento) as mulheres tinham
entre 20 e 34 anos. A faixa etária dos 15-19 foi responsável por 11,7
por cento das IVG.
Cerca de metade vivia em casal e as trabalhadoras não qualificadas
surgiam à frente (20,7 por cento), enquanto as desempregadas e as
estudantes perfaziam 15,8 e 15,5 por cento, respectivamente. Em termos
de escolaridade, 31,6 por cento das mulheres tinham o ensino
secundário e 24,8 por cento o básico.

15.07.2009 - 08h52 Natália Faria
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391817&idCanal=62

terça-feira, julho 14, 2009

# Frase de Albert Einstein

Uma perfeição de meios e uma confusão de objectivos, é o que parece
ser o nosso principal problema.

# Candidata à Câmara de Valongo regista programa eleitoral no notário e irá a tribunal se não cumprir

Se em Outubro próximo Maria José Azevedo for eleita presidente da
Câmara Municipal de Valongo e durante o seu mandato não cumprir uma
lista de 51 compromissos, os munícipes podem, diz ela, levá-la a
tribunal e pedir uma indemnização.

Numa iniciativa inédita, a candidata independente registou ontem o seu
programa eleitoral no Cartório Notarial de Valongo. O documento pode
ser aí consultado pelos munícipes e funcionará como um mecanismo legal
para que estes possam, literalmente, cobrar os compromissos que Maria
José Azevedo assumirá na campanha eleitoral. Depois deste registo
formal, os eleitores poderão accionar mecanismos judiciais caso as
promessas, aliás, compromissos, como Maria José prefere chamar-lhes,
não forem cumpridos até 2013. Ou seja, poderão ser colocados processos
em tribunal contra a presidente - e não a câmara - exigindo
indemnizações por incumprimento.

"Tenho ouvido, no terreno, uma grande irritação das pessoas com a
política. Dizem que os políticos são todos iguais, que prometem mas
não cumprem, que só andam atrás dos tachos", conta Maria José. "Não
enfio a carapuça, embora seja também seguramente culpa de alguns
políticos." Por isso, esta é a sua "contribuição para credibilizar a
política".

A inspiração foi Maria José buscá-la a Espanha: "Na Catalunha, há
autarquias onde isto é feito, é uma espécie de contrato público
perante os cidadãos". O documento depositado no notário é subscrito
pelos nove candidatos da lista Coragem de Mudar, pelo mandatário e
candidatos a outros órgãos autárquicos, como a Assembleia Municipal.
Ao todo, são 16 pessoas a quem podem ser imputadas responsabilidades -
caso a lista ganhe.

"Só não cabem no direito de reclamação os compromissos que não
dependem de nós", avisa a ainda vereadora pelo PS. Por exemplo? "Somos
contra as portagens na A4 em Ermesinde e vamos empenhar-nos para que
não existam, mas essa decisão não depende da autarquia."

Será esta uma estratégia de pura notoriedade política? Joaquim Barata
Lopes, ex-bastonário da Ordem dos Notários, acredita que sim.
Considera "interessante" que a candidata queira dar a ideia de que
"não são só promessas, mas que está formalmente disposta a cumprir".

Já legalmente a questão é mais difícil. Que tem fundo legal, é
inegável, que comporta alguns riscos efectivos para a autarca, também
- nem que seja de imagem. "Um munícipe pode alegar que teve prejuízos
e tem que provar que a culpa é da presidente, ou seja, que há um nexo
entre a conduta da autarca e o dano no munícipe."

Mas só poderia ser condenada num processo de responsabilidade civil
contratual, e para isso teria que ser um contrato com duas partes,
quando neste caso só há uma - os candidatos. "O que significa que,
pela letra da lei, dificilmente poderia ser condenada e nem sequer há
tradição de os nossos tribunais condenarem uma pessoa que não tenha
cumprido promessas feitas em campanha eleitoral", remata Barata Lopes.
14.07.2009 - 10h12 Maria Lopes
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391670&idCanal=59

quinta-feira, julho 09, 2009

# Localidade australiana proíbe venda de água engarrafada

A pequena localidade rural de Bundanoon foi a primeira da Austrália a
proibir a venda de água engarrafada para proteger o Ambiente, através
da redução de emissões poluentes associadas ao engarrafamento e
transporte.

Os 2500 habitantes de Bundanoon, destino turístico a 150 quilómetros
de Sidney, votaram ontem a proibição da venda de garrafas de água para
reduzir a pegada de carbono. Os lojistas aceitaram substituir todas as
garrafas por garrafas reutilizáveis que se possam encher com água dos
fontanários.

"A água engarrafada tem um papel a jogar em várias regiões da
Austrália e do mundo mas nós não precisamos dela, verdadeiramente,
porque temos uma maravilhosa água distribuída pelo município",
explicou o empresário local Huw Kingston, responsável pela campanha.

"Não somos um bando de ambientalistas loucos mas só queremos mostrar
que podemos trabalhar juntos, enquanto comunidade, em prol da
sustentabilidade", acrescentou.

Kingston, dono de um café e de uma loja de bicicletas, disse que a
proibição foi voluntária, sem a criação de uma "polícia da água em
Bundanoon". Assim, cabe aos cerca de 60 empresários da localidade
implementar a medida.
09.07.2009 - 12h46 Reuters
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391043&idCanal=2100

quinta-feira, julho 02, 2009

# 7 imagens distorcidas de Deus

"Deus".
Quando dizemos esta palavra temos alguma ideia na cabeça, uma "imagem"
de Deus. Claro que qualquer ideia que tivermos de Deus, por melhor que
ela seja, será sempre incompleta (Deus é sempre muito maior que a
nossa cabeça). Mas, por vezes, para além de incompleta, a ideia que
temos de Deus está distorcida. Aqui vão algumas dessas imagens
distorcidas de Deus:

1. O Deus-energia. Algumas pessoas pensam que Deus é uma "energia
positiva", talvez a energia do amor. De facto, Deus dá muita energia a
quantos dele se aproximam. Mas a energia não é Deus. A energia é
impessoal e Deus é pessoal. Ou seja: Deus é um Alguém que nos conhece
e com quem podemos falar e ter uma relação de amizade. Ninguém fala
com a energia eléctrica! (a não ser num hospital psiquiátrico!)

2. O Deus-universo. Algumas pessoas pensam que Deus é o conjunto do
universo. De facto, o universo reflecte um pouco de quem é Deus. Mas
Deus não é o universo: Deus é o criador do universo. O universo
reflecte quem é Deus tanto quanto uma obra de arte reflecte a
personalidade do artista que a criou. Uma coisa é o quadro que
representa a Mona Lisa e outra é Leonardo Da Vinci, o autor do quadro…

3. O Deus das marionetas. Algumas pessoas pensam que Deus é como um
manipulador de marionetas. As marionetas seríamos nós!! Ou seja:
pensam que o nosso destino está traçado e controlado por Deus. Mas não
é assim: Deus dá e respeita a liberdade que deu ao mundo e a cada um
de nós. Está sempre connosco mas não nos controla, nem mesmo quando
nós decidimos negá-Lo ou não Lhe dar importância.

4. O Deus-polícia. Algumas pessoas pensam que Deus anda atrás de nós
como um polícia, para ter a certeza de que é cumprida a lei (a ordem
moral, os mandamentos). De facto, Deus anda atrás de nós e
persegue-nos mas não por causa de lei: porque nos ama. Ele anda atrás
de nós como um rapaz apaixonado anda atrás da rapariga por quem se
apaixonou. Não está interessado em que a lei seja mantida, Deus está
interessado em nós porque nos ama. Se nos dá mandamentos é para nos
indicar o caminho da nossa verdadeira felicidade. Essa é a única coisa
que lhe interessa…

5. O Deus-companhia-de-seguros. Algumas pessoas esperam que a sua fé
funcione como um seguro: se tiverem "as contas em dia" com Deus
ficarão protegidas dos perigos e problemas que mais temem (a doença, o
fim do namoro ou casamento, etc). De facto, uma boa relação com Deus
dá-nos força e um sentimento grande de "abrigo" mas não nos protege
das dificuldades da vida. Mais: uma relação séria com Deus
desafia-nos, puxa por nós e convida-nos a ir mais longe na maneira de
estarmos na vida. Leva-nos até, por vezes, a enfrentar riscos que não
teríamos sem Ele (como aconteceu aos primeiros cristãos no circo de
Roma).

6. O Deus relojoeiro. Algumas pessoas pensam que – há muito, muito
tempo - Deus criou o mundo e depois ficou simplesmente a observar.
Como um relojoeiro depois de ter acabado de fabricar um relógio ao
qual já deu corda… De facto o mundo tem a sua autonomia mas Deus não
Se limita a observar: está sempre presente e activo, encontrando mil e
uma maneiras discretas de nos bater à porta para intervir na nossa
vida. Ou seja: continua a criar-nos (tal como um pai anda a criar um
filho) falando-nos e dando-nos continuamente oportunidades e meios de
crescimento.

7. O Deus Principezinho. Algumas pessoas associam Deus ao lado
adolescente da vida: às emoções fortes, à poesia, à intimidade, à
música, ao "pôr-do-sol"... É um Deus que só está presente nos
"momentos mágicos". De facto, há momentos "mágicos" e poéticos na vida
de quem tem fé. Mas também há momentos duros. E Deus continua a estar
lá… O mesmo Deus que criou o pôr-do-sol também deu a Sua vida por nós
numa cruz. Deus revela-se na poesia mas também está presente nos
momentos duros, inspirando-nos fidelidade e capacidade de superação de
nós mesmos.

… é assim o Deus que Jesus revelou e tratava por "Pai".

P. Nuno Tovar de Lemos sj
http://essejota.net/index.php?a=vnrhrlqqvkuivvqluprhrsqhutrhqqqkqruiqjrtrurkqhvvrhqqquugrmqvrk