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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

terça-feira, julho 23, 2013

# "O negócio da infidelidade é à prova de recessão e cresce neste contexto"

Por Ana Rute Silva e Joana Bourgard
http://www.publico.pt/portugal/jornal/o-negocio-da-infidelidade-e-a-prova-de-recessao-e-cresce-neste-contexto-26860398

23/07/2013 - 00:00

"Há uma economia da infidelidade"

Noel Biderman lançou em Portugal um site de encontros entre pessoas
comprometidas com mais de 20 milhões de utilizadores. O mote: "a vida
é curta, curta um caso".

O canadiano Noel Biderman, de 41 anos, criou o Ashley Madison em 2002,
um site que põe em contacto pessoas à procura de uma relação
extraconjugal. Está em 29 países, tem mais de 20 milhões de "membros
anónimos" e, sem peso na consciência, lançou no passado fim-de-semana
a versão para o mercado português. Promover a infidelidade, que lhe
permitiu facturar perto de 100 milhões de dólares (75,7 milhões de
euros) em 2012, ajuda a manter o casamento, argumenta.

O seu site de encontros está em 28 países e chegou a Portugal. Porquê?
Estamos em Portugal pelas mesmas razões que nos levam a estar nos
outros 28 países. Homens e mulheres têm relações extraconjugais em
Portugal, da mesma forma que no Canadá, Estados Unidos ou Brasil.
Chegou a altura de ter uma operação aqui.

Há procura em Portugal?
O que vemos em Portugal é que há um apetite, um desejo de aceder a
esta comunidade. Tivemos milhares de tentativas de pessoas a tentarem
registar-se nos últimos meses.

Quantos membros já têm?
Teremos provavelmente pouco menos de 100 utilizadores registados mas
não temos dúvida de que nos próximos meses teremos centenas de
milhares de pessoas a aderirem.

A crise é boa para o negócio?
O negócio da infidelidade não só é à prova de recessão como cresce
neste contexto. Muitos casos de traição acontecem por motivos
económicos. As pessoas tendem a preocupar-se com o pagamento do
empréstimo da casa, a educação dos filhos e é quando perdem o emprego
que mais precisam do apoio da mulher ou do marido. Em muitos casos,
isso não sucede e, por isso, procuram conforto de outras formas.

Refere-se à infidelidade como um negócio. Quanto é que vale?
É um negócio global de milhões de milhões de dólares. A Ashley Madison
ou as casas de strip tiram partido desse negócio de forma directa, mas
se olharmos para, por exemplo, este hotel Four Seasons onde nos
encontramos, garanto que uma boa parte das receitas é conseguida com
hóspedes que são infiéis e alugam um quarto de hotel. O mesmo vale
para joalharias ou restaurantes.

Não se sente mal em promover a traição?
Não, e há várias explicações. Primeiro, não se pode convencer alguém a
ter um caso fora do casamento. Podia implorar para que usasse a Ashley
Madison, mas se não quisesse não usaria. Segundo, usar o local de
trabalho para ter um caso extraconjugal é um pouco imprudente e quem o
faz arrisca-se a perder o emprego. Além disso, há dois tipos de
infidelidade: a que é detectada, com todas as consequências (como a de
Bill Clinton ou Tiger Woods), e a escondida, a realidade para a larga
maioria dos homens e mulheres que usam os meus serviços. Nunca serão
descobertos e isso vai permitir-lhes manter o casamento.

Qual é o perfil dos membros?
Temos duas tendências. Percebemos que os homens têm o seu primeiro
caso quando as mulheres engravidam do primeiro filho. Não se ajustam
bem às mudanças e, por isso, há muitos homens na casa dos 30 a usar o
serviço. Depois, e este tem maior representatividade, são os homens na
casa dos 40 e 50 anos. Estão há muitos anos casados, os filhos estão
na escola ou já fora de casa e sentem que, nesta fase da vida, têm
direito a fazer algo por si próprios.
Nas mulheres é mais complicado. Não é tanto a idade. É sentirem-se
negligenciadas numa relação onde antes recebiam flores e o marido lhes
dizia que eram bonitas. Procuram alguma coisa fora quando sentem que
já não há paixão no casamento.

No geral, têm mais homens do que mulheres?
Estamos em 29 países e nunca como agora tivemos tanta adesão de
mulheres. No início, recebemos um email de um senhor que se queixava
que as mulheres não conseguiam encontrar o seu perfil. Tinha 72 anos
e, na altura, só permitíamos pesquisa até aos 65 anos. Nunca tinha
pensado na geração Viagra.

Depois de Portugal, para onde se vão expandir?
Para a semana, estarei na Holanda. A infidelidade acontece em todos os
países. Não é como um negócio que junta pessoas solteiras (não é o
mesmo em Portugal ou na Índia, onde há casamentos arranjados). A
infidelidade é universal. Ashley Madison é a terceira maior empresa
desta área no mundo e tem a hipótese de ser a maior.

Quem procura um caso extraconjugal escolhe algum dia específico da semana?
Sim. Não o procura depois de ver um anúncio na televisão.

Anunciam na TV?
A intenção é mostrar a nossa credibilidade, o investimento que fazemos
e divulgar o serviço. Porque numa manhã de segunda-feira alguém pode
acordar e pensar: "Não vou ter mais um fim-de-semana destes, nem mais
um domingo cheio de discussões. Quero ter paixão, afecto". As
segundas-feiras são o dia em que temos mais acessos. Tal como nos dias
seguintes ao Dia do Pai, Dia da Mãe, Dia de S. Valentim.

As pessoas estão infelizes com a vida que têm?
Sim. Pode surpreender à primeira vista, mas estes dias são de
auto-reflexão. É suposto estar feliz nestes dias. Recorrer ao site não
é como ter um anel de diamantes. É conseguir o afecto que não se tem.
Aos 39 anos, perto da crise de meia-idade, tendemos a questionar a
carreira, a relação, e é por isso que com estas idades há quase tantos
homens como mulheres registados.

Já era casado quando criou a empresa?
Estava noivo e o meu casamento quase foi cancelado. Mas não criei este
negócio por estar com dúvidas quanto ao casamento. Representei atletas
profissionais e metade do meu tempo era dedicado a conseguir-lhes bons
contratos, e a outra metade era gasta a resolver problemas pessoais.
Mas, na verdade, foi depois de ler um artigo de um jornalista sobre a
bolha da Internet em 2001.

Gosta de ser chamado o rei da infidelidade?
De início, não. Mas hoje uso esse "título" como uma distinção. Sabemos
muito pouco sobre a infidelidade e, se eu sou uma das poucas vozes por
aí a tentar mostrar o quão comum é, penso que isso é útil para a
sociedade.

Ver video de entrevista em:
http://www.publico.pt/multimedia/video/entrevista-noel-20130722-192316

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quarta-feira, julho 17, 2013

# Reino Unido vende 14 mil milhões de euros de armas (incluindo à Síria e ao Irão)

http://www.publico.pt/mundo/noticia/reino-unido-vende-armas-a-siria-e-ao-irao-1600467
17/07/2013 - 11:32

Comissão parlamentar conclui que o governo de Cameron autorizou a
venda de armamento no valor de 14,1 mil milhões de euros

Londres vende armas a Assad e aos rebeldes Reuters

O Reino Unido vende armas a quase todos os países que constam da sua
própria lista de "países sensíveis", entre eles à Síria e ao Irão, diz
um relatório divulgado esta quarta-feira por uma comissão parlamentar.

O Governo britânico, nas mãos do conservador David Cameron, renovou ou
passou 3000 licenças de exportação de armas, para um montante de 14,1
mil milhões de euros, "uma soma gigantesca", revelou o antigo ministro
da Defesa e presidente da comissão parlamentar que preparou o
relatório, John Stanley. "Até pensei que alguém tinha acrescentado
alguns zeros".

Dos 27 países considerados sensíveis na lista do Governo britânico só
dois não têm contratos de fornecimentos de armas com o Reino Unido, a
Coreia do Norte e o Sudão do Sul. O Irão assinou 62 contratos,
sobretudo para fornecimento de material de criptografia, e a Rússia
tem 27 para equipamentos de biotecnologia, armas de precisão,
armamento de laser e drones. Estes dois países fornecem armas ao
regime do Presidente Bashar al-Assad, na Síria.
O próprio Governo britânico aprovou três autorizações de fornecimento
de material bélico à Síria - veículos todo o terreno e peças de sonar.
Na terça-feira, Londres autorizou o fornecimento de material de
protecção contra armas químicas à oposição síria.
A China é o país com mais licenças com o Governo britânico (1163 para
entregas no valor de 1,8 mil milhões de libras). Israel é quem mais
paga ao Reino Unido: 7,7 mil milhões de libras gastos sobretudo na
compra de material de criptografia para utilização militar e civil.
Num ponto especialmente sublinhado está a Argentina, país com quem o
Reino Unido travou uma guerra em 1982 (pela posse das Falklands), e a
quem concedeu 57 licenças para a compra de armamento. A Argentina faz
parte dos cinco países que motivaram interrogações por parte da
comissão parlamentar, apesar de não constam da lista de países
sensíveis a quem o Reino Unido vende armamento. Os outros são o
Egipto, a Tunísia, o Bahrein e Madagáscar.
O Governo assegurou os parlamentares que realizaram o relatório que as
três mil licensas de exportação não incluem equipamento "cuja natureza
permita a sua utilização na repressão interna" ou que "provoque ou
prolongue conflitos regionais ou internacionais". Mas John Stanley
exigiu "um comportamento mais prudente no momento de conceder as
licenças a regimes autoritários".

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terça-feira, julho 16, 2013

# 'A paranoia é uma defesa contra o sentimento de que ninguém pensa em nós'

Entrevista com Stephen Grosz, psicanalista americano

Aos 60 anos, escreveu o seu primeiro livro e converteu-se num
bestseller mundial, traduzido em mais de 19 línguas. O segredo está na
forma de contar histórias, inspiradas nos seus casos clínicos

Clara Soares 17:23 Sexta feira, 12 de Julho de 2013 |
http://visao.sapo.pt/a-paranoia-e-uma-defesa-contra-o-sentimento-de-que-ninguem-pensa-em-nos=f737239

Nasceu e cresceu nos Estados Unidos mas escolheu a Europa para
trabalhar e viver. O segundo de três irmãos, todos terapeutas,
confessa-se apaixonado pela natureza humana. Casado e pai tardio,
entendeu legar aos seus filhos, de sete e dez anos, as lições que
aprendeu ao longo de mais de 50 mil horas de consultas. O timing não
foi ao acaso: com a sua idade, o seu pai teve dois ataques cardíacos
(a mãe morreu aos 64). "Estava na hora de partilhar as lições que
aprendi". A vida em Exame (Temas e debates, €16,60, 240 págs.) é o
relato de 31 momentos singulares na relação entre analisando e
analista. Com artigos científicos e participações nos media (Granta
incluída), Grosz apresenta-se ao mundo num estilo comparável ao dos
grandes repórteres e contadores de histórias. Em entrevista exclusiva
à VISÃO, ele partilha vislumbres de viagens em terras desconhecidas.
As nossas e as dele, mediadas por um divã. Para, no final, chegarmos
às nossas próprias conclusões

O que o levou a transpor a experiência clínica de uma vida em 31
narrativas curtas?

Cresci numa família de contadores de histórias. Elas são a melhor
maneira de comunicar uma verdade ou realidade psicológica. Na minha
casa sempre se cultivou a curiosidade e o interesse genuíno pelas
pessoas. Perceber como elas se tornam naquilo que são, a partir da
experiência com elas, no aqui e no agora. Quis revisitar alguns
estudos de caso que me permitissem ilustrar temas comuns a todos nós.

Não é comum um 'catedra' despojar-se dos termos técnicos, nem adotar
um estilo literário.

Há uma tendência a trairmo-nos com o rótulo de especialistas. Por isso
pus de lado o jargão especializado e abordei os problemas que
encontrei - e procurei entender - através dos meus pacientes. Acredito
que a psicanálise é uma forma de não saber. Só se sabe quando se faz o
caminho em conjunto, com aquele que desconhecemos.

Afirma que podemos perder-nos nas nossas histórias pessoais. Porquê?

A vida funciona assim. A todos sucede ficar num impasse com outros: o
marido com a mulher, os pais com os filhos, o terapeuta com o
paciente. E vice-versa. É a partir do impasse, do equívoco, que se
pode estabelecer uma ponte e chegar à compreensão e aprendizagem mútua
do que não se sabia até aí.

O que faz quando os pacientes lhe pedem para mudar, mas sem que nada
altere as suas vidas?

Mudar implica deixar algo para trás. Ir para a escola, para o banco da
universidade, iniciar uma profissão ou uma família, são etapas novas
que nos retiram do conforto das anteriores. Ganhar o jogo implica
sempre perder alguma coisa. Mas isso nem sempre é claro.

Num dos capítulos menciona a vantagem de nos sentirmos um pouco
loucos, paranóicos até.

A paranóia é uma defesa contra o sentimento de que ninguém pensa em
nós. Por mais trágico que seja sentirmo-nos traídos, perseguidos ou
não gostados, é sempre melhor do que a ideia de não estarmos no
pensamento de alguém. Essa tendência evidencia-se à medida que se
envelhece. Homens que foram poderosos e mulheres que foram bonitas ou
com influência descobrem que o mundo os vota à indiferença.

Como interpreta a teoria da conspiração, tão enraizada na psique
colectiva dos EUA?

Partilho a tese de um amigo meu, aqui do Reino Unido, [David
Aaronovitch]. No livro Voodoo Histories, ele explica que as grandes
conspirações modernas em torno de eventos dramáticos, como o 11 de
Setembro ou o assassinato de JFK, são demasiado dolorosos e
intoleráveis para serem admitidos, tal como aconteceram.

Por contraste, cultiva-se a imagem de estar sempre bem e em alta. O
que acha disso?

Há uma diferença entre estar excitado e vivo. Na sociedade actual,
espera-se que estejamos sempre alegres e a fazer muitas coisas, para
não sermos vistos como tristes ou chatos. Ser pensativo é hoje
sinónimo de estar deprimido. Tenho acompanhado pessoas, muitas delas
jovens, que não conseguem sair da medicação, incapazes de sentir. De
chorar. De tomar decisões. Parte do meu trabalho é acompanhá-las nesse
processo, ajuda-las a viver como são, a sentirem-se vivos, presentes,
merecedores de serem pensados.

Uma das críticas apontadas à psicanálise é ser um processo lento e dispendioso.

Em Londres existem profissionais que fazem preços sociais a uma
minoria dos seus pacientes. Reconheço que é pouco e há quem nunca
chegue a considerar esta via. Por razões culturais, por não ter tempo,
dinheiro ou ambos. O livro é, também, a pensar naqueles para quem a
psicanálise não está acessível.

Nenhum dos seus pacientes se queixou de ter sido reconhecido no
material que publica?

Não, porque os casos são alterados em pormenores identificáveis e
costumo mostrá-los aos pacientes antes de publicar. Mesmo quando se
trata de alguém que já morreu, a preservação da identidade e o sigilo
são a regra.

Dada a sua fama, acompanha pessoas à distância?

Pontualmente, sim. Faço algumas consultas e supervisões por telefone e
também já atendi no meu consultório alguns portugueses. Confesso que
gostava de ir a Portugal, que associo a uma cultura de grandes
contadores de histórias.

Que diferenças há entre um estudo de caso e a narrativa literária?

Há quem defenda que são registos distintos. Muita coisa mudou desde
Freud, Klein e Winnicott, mas há algo que se mantém. Escrever é,
essencialmente, editar, ter a capacidade de vislumbrar um instante e
captar o essencial, tal como um jornalista faz. Este livro tem 50 mil
palavras e chegou a ter 150 mil. O psicanalista entra numa viagem,
como os antropologistas Levi Strauss e Margaret Mead, ou o grande
repórter Stanley Kapuchinsky. O que une os grandes contadores de
histórias é a partilha de uma verdade única, onde a vivência tem muita
força.

Refere-se ao exercício de estar na pele do outro?

Exatamente. Por vezes, enquanto clínico, sinto que sou penetrado pelos
outros, ou a penetrar neles. Sento-me a escrever uma experiência
intensa que tive com alguém diferente. Descrevo o que testemunhei, os
detalhes e emoções que captei, porque estive lá. O propósito é sempre
o mesmo: Se o leitor tivesse lá estado, tiraria as mesmas conclusões
que eu?


Ler mais: http://visao.sapo.pt/a-paranoia-e-uma-defesa-contra-o-sentimento-de-que-ninguem-pensa-em-nos=f737239#ixzz2ZDTXkScV

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segunda-feira, julho 15, 2013

# Homicídios e crimes violentos diminuíram em relação a 2012

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/homicidios-crimes-violentos-diminuiram-relacao-2012

Quase metade dos crimes estão associados à força física. Em
contrapartida, envenenamentos e ameaças psicológicas têm vindo a
descer

O uso de armas de fogo e armas brancas em crimes praticados em
Portugal tem vindo a diminuir nos últimos anos. Em contrapartida, o
recurso à violência física está a subir. As estatísticas da
Direcção-Geral da Política de Justiça, que têm em conta apenas uma
amostra dos crimes registados em cada ano, demonstram que em 2012
foram utilizadas armas brancas e armas de fogo em 20% dos crimes. Por
outro lado, mais de 45% da criminalidade diz respeito a situações que
envolveram força física. Os números contrastam com os de 1995, ano em
que um terço da criminalidade registada esteve ligada a armas (brancas
e de fogo) e 30,5% ao recurso a força. No ano passado aconteceram
quase 405 mil crimes, sendo 87 mil contra pessoas.

A explicação desta tendência poderá estar em parte relacionada com a
lei das armas que entrou em vigor a 4 de Junho de 2009 e tornou mais
pesadas as penas para este tipo de crimes. Esta é pelo menos uma das
razões que o ex-inspector da brigada de homicídios da Polícia
Judiciária de Lisboa encontra para explicar o fenómeno. A legislação
define que quem vender ou ceder armas sem autorização é punido com uma
pena de dois a dez anos de prisão. "Hoje é muito mais difícil ter uma
arma e quem as tem paga mais pela licença do que há uns anos", explica
António Teixeira, defendendo que o "mérito e o trabalho" de todas as
polícias nesta matéria tiveram também peso nessa diminuição.

Considerando apenas os crimes com armas de fogo, de 2005 para 2010
houve uma diminuição de 4,5%, passando de 14,9% para 10,4%. A
criminalidade associada a armas brancas também diminuiu de forma
drástica. Em 1995 eram quase 30% do total da amostra. Em 2012 já só
representam 10,3%. E só de 2005 para 2010 houve um decréscimo de 13%
(de 25,5% dos crimes para 12,4%). Explicar a redução de homicídios e
outros tipos de crime com uso de armas brancas é que já é mais
complicado, diz António Teixeira: "Trata--se de um fenómeno mais
tradicional e que está associado a crimes passionais e a ódios. É por
isso que é mais complexo analisar a trajectória destes crimes."

Estes não foram contudo os únicos tipos de crime a diminuir na última
década. O envenenamento também desceu. Apesar de em Portugal nunca
terem tido grande expressão, em 1995, os homicídios ou tentativas de
homicídio com veneno representavam 1,4% do total, enquanto no ano
passado se situaram nos 0,2%. "São métodos que sempre foram mais
utilizados pelas mulheres, mas que obrigatoriamente tinham de diminuir
com as restrições criadas nos últimos anos à comercialização de
produtos tóxicos. Hoje não se compra 605 forte como há alguns anos",
conta António Teixeira.

As ameaças psicológicas estão igualmente a diminuir - há uma década
significavam pouco mais de 17% da criminalidade. O ano passado não
atingiram 5% do total de crimes (4,7%). António Teixeira adverte porém
que os dados podem estar subestimados, dado que, além de estas
percentagens terem como base uma amostra, os totais não representam a
realidade do crime: "Os relatórios e os números são relativos aos
crimes participados, mas existem sempre mais casos." O recurso à
violência física é que não está a acompanhar a tendência de
decréscimo. De acordo com as estatísticas do Ministério da Justiça,
que juntam os dados de todas as autoridades nacionais, o aumento foi
significativo, de 30,5%, em 1995, para mais de 45%.

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# Cubanos há 50 anos com caderneta de racionamento nas mãos

Por PÚBLICO 13/07/2013 - 16:46
http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-caderneta-de-racionamento-de-cuba-faz-50-anos-1600154

Raúl Castro anunciou o seu fim progressivo em finais de 2010, depois
de ter retirado o tabaco e os produtos de higiene da famosa libreta,
instituída em 1963 por Fidel.

A caderneta foi instituída em 1963 para fazer face à escassez de
produtos no país AFP

Tem uma sentença de morte anunciada desde 2010, mas ainda alimenta
cerca de 60% da população cubana. A caderneta de racionamento
instituída por Fidel Castro, que já chegou a alimentar famílias
inteiras durante todo o mês, faz 50 anos.

Ao longo de grande parte da sua existência, a libreta serviu para pôr
carne e leite na mesa de milhões de cubanos e deu-lhes acesso a
artigos de higiene, mas também a cigarros, por exemplo. Quando foi
implementada, a 12 de Julho de 1963, surgiu como uma forma de colmatar
a escassez de produtos no país, que o regime de Fidel Castro atribuía
ao bloqueio económico dos Estados Unidos – Havana importava bens
essenciais e depois disponibilizava-os aos cidadãos em postos de
abastecimento criados pelo Governo.

Nos últimos anos, a lista de produtos disponíveis na caderneta tem
encolhido, à medida que o valor da comparticipação do Estado se tem
tornado numa dor de cabeça para as contas do país – estima-se que
ultrapasse os mil milhões de dólares por ano, a que se somam muitos
outros milhões desembolsados pelos próprios cubanos no mercado
paralelo.

O primeiro indício de que a caderneta de racionamento tinha os dias
contados surgiu a 18 de Dezembro de 2010, pela voz de Raúl Castro,
perante o Parlamento. "Estou convencido de que vários problemas que
enfrentamos hoje têm a sua origem nesta medida de distribuição, que
constitui uma manifesta expressão de igualitarismo, que beneficia da
mesma forma os que trabalham e os que não trabalham", declarou o mais
jovem dos irmãos Castro.

O líder cubano disse aos deputados que o país não podia continuar a
gastar milhões a importar vários produtos para disponibilizá-los à
população a custos reduzidos e fez saber que alguns desses produtos
deveriam ser produzidos pelos próprios cidadãos.

Em Setembro de 2010, Raul Castro ordenou a retirada do tabaco e dos
artigos de higiene pessoal da caderneta de racionamento. Com o fim da
União Soviética, primeiro, e agora com os problemas económicos da
Venezuela, a margem para a existência da libreta vai sendo cada vez
mais reduzida.

Em Abril de 2011, o VI Congresso do Partido Comunista de Cuba começou
a discutir o fim progressivo da caderneta de racionamento, mas a
medida foi recebida com grande contestação nas ruas.

"Despedir trabalhadores ociosos, fechar empresas, criar novos
impostos, incentivar o trabalho por conta própria, tudo isso se pode
discutir. Pode ser bom ou pode ser mau. Ninguém sabe. Mas se o Governo
quer realmente acabar com a libreta, estará a cometer um genocídio",
disse a cubana Ivany Valdés, uma médica de 52 anos, citada pelo portal
brasileiro iG. José Escobedo, um agricultor reformado de 82 anos,
preferiu a ironia para reagir à intenção do regime cubano: "O Governo
está certo. A culpa de todos os males de Cuba é da libreta, não é dos
políticos."

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# Meses excepcionais: Produção de energia a partir de renováveis atinge recorde de 72% até Junho

Por Catarina Gomes 14/07/2013 - 14:53 Publico.pt

Um ano mais húmido e ventoso do que a média permitiu maior recurso às
energias hídrica e eólica.

Paulo Pimenta

A produção total de energia eléctrica a partir de fontes renováveis
atingiu níveis recorde no primeiro semestre deste ano, chegando a 72%.
Esta é uma das conclusões do balanço feito pela Quercus-Associação
Nacional de Conservação da Natureza sobre a produção de electricidade
em Portugal continental, com base nos dados da REN (Redes Energéticas
Nacionais).

A Quercus comparou a produção de electricidade com fontes renováveis
no primeiro semestre do ano passado – que se ficava pelos 38% – com o
mesmo período deste ano. Contas feitas, constatou que houve um aumento
absoluto de 34%, lê-se em comunicado de imprensa divulgado este
domingo.

A associação ambientalista explica que o aumento se fica dever à
potência instalada de renováveis, mas principalmente às condições
climáticas favoráveis. Este ano tem sido mais húmido do que o normal,
o que permitiu um maior recurso ao uso de energia hídrica, e também
mais ventoso, resultando numa maior produção eólica.

A produção da electricidade de origem renovável em regime especial
(que representa toda a produção renovável excepto a grande hídrica)
aumentou, tendo sido responsável por 49% de toda a electricidade
produzida em Portugal continental no primeiros semestre deste ano.

Na electricidade de origem fóssil, houve um recuo no uso de carvão da
ordem dos 22%, o que, aliado ao maior peso da produção renovável,
conduziu a uma redução de emissões entre os dois primeiros semestres
de 2012 e 2013 de cerca de 1,9 milhões de toneladas de dióxido de
carbono.

Destaca-se ainda que Portugal exportou mais 50% de electricidade do
que importou, o que é uma situação contrária à verificada em 2012,
refere a associação. Mas, enquanto que ao longo de 2012 houve uma
redução do consumo de electricidade de 2,8% em relação ao ano
anterior, no primeiro semestre de 2013 a redução foi menos acentuada
(-1,7%, por comparação com igual período de 2012). A Quercus considera
que Portugal tem um enorme potencial para o aproveitamento das
energias renováveis, em particular aquelas com menor impacte
ambiental, como é o caso da energia solar. A Quercus quer Portugal com
100% de electricidade de fontes renováveis até ao ano de 2050.

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sexta-feira, julho 12, 2013

# Feliz convivência de povos, religiões, costumes com palavras portuguesas

Páscoa à portuguesa numa ilha indonésia

LUCIANO ALVAREZ (Ilha das Flores)
http://www.publico.pt/portugal/noticia/pascoa-a-portuguesa-numa-ilha-indonesia-1589535#/0
29/03/2013
- 12:59

Na imensa muçulmana Indonésia, apenas uma ilha tem uma maioria de
católicos. Nas Flores, garantem os locais, a Páscoa é celebrada como
os portugueses ensinaram há quatro séculos. A língua lusa já não é
falada, mas ainda se reza em português. E o Ronaldo é o Ronaldo.

É um momento de fé único no mundo cristão. Numa pequena ilha das cerca
de 14 mil habitadas do maior país muçulmano do mundo, a Indonésia, a
Semana Santa da Páscoa é festejada nas Flores como missionários
portugueses terão idealizado há cerca de quatro séculos. Só nesta ilha
existe uma maioria católica no país e tudo é feito passo a passo como
numa viagem ao passado. Bem-vindo a uma impressionante manifestação de
fé.

Os barcos avançam devagar. São dezenas deles, de simples pirogas de
madeira a enormes embarcações de pesca. Estão abarrotar de gente.
Milhares de pessoas que rezam em conjunto. Nas margens da cidade
costeira de Larantuca, especialmente junto ao cais, esperam outros
milhares. Uns em silêncio, outros acompanhando a oração com enorme
devoção.

É o início das festividades da sexta-feira santa da Páscoa numa ilha
de um país em que 89% dos cerca de 250 milhões de habitantes são
muçulmanos. A ilha das Flores é excepção: entre os cerca de um milhão
de habitantes, 85% são católicos.

A herança foi deixada pelos missionários dominicanos portugueses que,
em finais do século XVI, quando da queda da possessão portuguesa de
Macaçar, chegaram em grande número às Flores. As tradições por eles
avançadas mantêm-se até aos dias de hoje. A Semana Santa, assim mesmo
em português, é uma delas.

Os habitantes, embora já não falem a língua de Camões, continuam a
rezar na língua lusa, agora num mistura com o indonésio que já
predomina nas orações. Porém, todas as celebrações continuam a
reger-se pelas práticas deixadas pelos dominicanos. E os locais juram
que continuam praticamente iguais.

O caixão que nunca foi aberto
É o caso da impressionante procissão dos barcos desta sexta-feira,
dedicada ao "Santo Meninu", em Larantuca, o centro de todas as
festividades. O enorme cortejo é encabeçado por um barco tradicional
remado por dois homens em que é transportado um pequeno caixão.

Os locais acreditam conter uma relíquia da imagem do Menino Jesus e
que terá dado à costa do Mar das Flores no século XVII.

Um caixão que, asseguram, nunca foi aberto. É a fé que os faz
acreditar naquilo que séculos de passagem de palavra dizem ser assim.

As emoções e orações sobem de tom assim que o pequeno caixão chega a
terra. Os locais e os muitos milhares de visitantes cristãos (na
Indonésia estima-se que sejam cerca de oito milhões) que vêm de várias
ilhas rezam a uma só voz. Acendem-se centenas de velas que seguem o
cortejo até à "Kapela Santo Meninu" não muito longe do porto. Aí,
milhares de pessoas que durante semana veneraram o seu santo vão
continuar a rezar. Horas sem fim, com uma enorme devoção e
indiferentes aos mais de 30 graus e um nível elevado de humidade que
desespera os que não estão habituados a tão pesado clima.

Uma semana de enorme fé
As festividades da Semana Santa começaram no Domingo de Ramos
("Dominggu Ramu"), há quase uma semana. Na quarta-feira seguinte foi
dia de retiro. É proibido executar qualquer tipo de trabalho, não se
podem realizar festas ou mesmo viagens mais longas. É igualmente um
dia para a paz, para que não haja qualquer tipo de conflitos. "Para
alegria e não para a tristeza", dizem.

A par da oração, o dia é igualmente dedicado à limpeza da cidade,
especialmente por onde vai passar a procissão desta sexta-feira à
noite, outro dos momentos altos desta Semana Santa. Ao logo de
quilómetros, na beira das estradas, estão já construídas as estruturas
de bambu onde serão colocadas milhares de velas que vão iluminar o
cortejo, muitas delas feitas ainda de favos de mel silvestre, como nos
séculos passados.

Na quinta-feira começaram alguns dos momentos de maior devoção. Foi o
dia de cumprir "promessa" como ainda hoje se diz na ilha. São horas
impressionantes de fé. Depois da missa das 20h na Catedral "Reinha
Rosari", no bairro "Postoh" – fundado pelos portugueses em 1613 –, os
cristãos marcham rumo à Capela da Senhora Mãe ("Gereja", do original
português igreja, "Tuan Ma", consagrada a nossa senhora "Mater
Dolorosa") e à Capela do Menino Jesus ("Kapela Santo Meninu").

Milhares de peregrinos juntam-se em filas de espera silenciosas para
entrar nas igrejas. Ouvem-se orações permanentes rezadas em indonésio,
mas mescladas com dezenas de palavras portuguesas. Antes de entrarem
nas igrejas, os crentes descalçam-se. Assim que vencem as portas dos
templos ajoelham-se e, muito lentamente, dirigem-se aos altares para
uma pequena prece.

Filas toda a noite
Na Capela da Senhora Mãe veneram a imagem imponente de uma santa de
manto negro que os locais acreditam ter cerca de 500 anos e ser de
origem portuguesa. Na "Kapela Santo Meninu" adoram o caixão que nesta
manhã encabeçou a procissão marítima.

Nos templos, dezenas de mulheres queimam centenas de velas e incenso
sem parar ao longo de toda a noite e madrugada. No ar, um manto de
fumo intenso cobre todo o espaço de igreja. As orações, cantadas
também por dezenas de mulheres igualmente vestidas de negro e que se
vão revezando nas preces sentadas em bancos rasteiros, nunca param.

As filas para entrar nos templos duram toda a noite. São coordenadas
pelos membros dos chamados comités organizadores que, com notório
profissionalismo, dirigem os milhares de peregrinos. São eles o
garante de que os movimentos de entrada e saída nos espaços de fé são
constantes. Sempre num movimento lento, em silêncio, ou apenas
acompanhados de preces sussurradas.

Há gente de todas as idades nas filas. Os mais velhos ostentam as suas
melhores roupas. As senhoras de cabelos arranjados e trajes finos;
eles de fatos de gala ou camisas coloridas de tecido batik, dos
ministérios indonésios onde trabalham.

Já os jovens trazem camisolas do Barcelona ou do Real Madrid, de
selecções de vários países, incluindo a portuguesa. Nas costas das
camisas lusas surge invariavelmente o nome de Ronaldo. O nome do
goleador português é gritado sempre que percebem que o seu
interlocutor é português.

Elas usam calças e blusas apertadas, num contraste gritantes com os
trajes austeros das muitas noviças com quem se cruzam nas filas.

Há gente que segue de lágrimas nos olhos, mas, na maioria, é notória a
satisfação e o orgulho de participar nesta manifestação de fé que,
garantem, é "única no mundo" e realizada "como os portugueses faziam
há 400 anos".

Os visitantes estrangeiros são recebidos com sorrisos e com acenos de
cabeça, como que agradecendo a sua presença. "Podem entrar à vontade e
tirar fotografias. Estão a divulgar a nossa cultura e a nossa fé", diz
ao PÚBLICO um membro de um dos comités organizadores num inglês
atrapalhado.

Em 1979 um terramoto de forte intensidade atingiu a cidade de
Larantuka. Morreram mais de 150 pessoas e centenas de casas foram
destruídas, algumas delas junto a estes dois templos. As igrejas
ficaram intactas. A fé, já inquebrantável, ganhava ainda mais razão de
ser para a gente das Flores.

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# Taliban paquistaneses proíbem homens de usarem calças no Ramadão

PUBLICO.PT

AFP

12/07/2013 - 14:35

Em 2011 os islamistas queimaram milhares de metros de tecidos "não apropriado".

Primeira sexta-feira do Ramadão na mesquita de Data, em Lahore ARIF ALI/AFP


Os taliban paquistaneses proibiram nesta sexta-feira os homens de
usarem calças durante o Ramadão, que está a decorrer – esta é a
primeira sexta-feira do mês sagrado dos muçulmanos.

Segundo uma ordem dos taliban, ciada pelo jornal saudita Al-Riyadh, os
comerciantes que venderem roupa "não apropriada" durante o Ramadão
serão multados numa soma equivalente a 400 euros. As roupas
"apropriadas" são as que cobrem o corpo, estando também os homens
interditados de usarem tecidos que possam ser transparentes à luz.

Os alfaiates são ameaçados – podem ser raptados e espancados – se
forem apanhados a fazer fatos "não islâmicos".

A ordem não menciona as mulheres, pois estas devem cumprir sempre o
mesmo código de vestuário, estando obrigadas a usar a burca que as
cobre da cabeça aos pés.

Os taliban paquistaneses concentram-se na zona de fronteira com o
Afeganistão e já tinham realizado uma cruzada contra as colants e as
calças justas para homens.

Em 2011, um grupo de taliban realizou um raide nas lojas da cidade de
Wana, confiscando todas as roupas que consideraram não respeitar as
suas regras. Um comerciante local disse à AFP que milhares de metros
de tecidos "não apropriados" foram queimados.

"[Em 2011] confiscaram grandes lotes de tecidos que disseram ser
demasiado fino e há uma semana avisaram-nos para não vendermos certas
roupas", disse o comerciante.

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quarta-feira, julho 10, 2013

# Channel 4 causa polémica no Reino Unido ao difundir apelo à oração durante o Ramadão

Por Ana Dias Cordeiro

10/07/2013 - 13:11

A estação de televisão é propriedade do Estado mas gerida como um
negócio privado. Não recebe qualquer financiamento público. Desde a
sua fundação há 30 anos, assumiu-se também como um espaço de minorias
e de uma programação que desafia as regras.

O Channel 4 vai transmitir o apelo à oração nas mesquistas de Londres
NICOLAS ASFOURI/AFP

Ao decidir difundir em directo o apelo à oração nas mesquitas de
Londres durante o mês do Ramadão, que começou esta terça-feira, o
Channel 4 quis estar em linha com o conceito que se propôs quando foi
lançado em 1982: ser um canal distinto e um espaço alternativo para
dar voz às minorias, como se lê na sua página na Internet. Será o
primeiro canal aberto, nacional e generalista, a fazê-lo no país.

Mas a estação de televisão, financiada apenas por meios privados de
publicidade e patrocínios, embora de propriedade pública e sem
participações de accionistas, também sabia que a decisão ia ser
polémica num país de 2,8 milhões de muçulmanos, alguns dos quais têm
sofrido represálias por ataques levados a cabo por radicais em nome do
islão, como aconteceu depois da morte do soldado Lee Rigby em Maio.

As primeiras críticas na semana passada surgiram logo que o canal
anunciou na segunda-feira que ia transmitir em directo o apelo à
oração pelo muezzin Hassen Rassol, em todas as mesquitas da capital,
com imagens de Londres em fundo. Além disso, o canal propõe-se
informar diariamente a hora do pôr e do nascer do sol para todos os
que queiram cumprir o tradicional jejum do dia, quebrado apenas quando
o sol se põe durante o nono mês do calendário islâmico que corresponde
ao Ramadão.

No tablóide The Daily Mail, o escritor e colunista Andrew Norman
Wilson considerou ser este "um insulto para todas as religiões" e um
gesto que iria dividir em vez de unir as comunidades. Também um
porta-voz do UK Independence Party, xenófobo e anti-europeísta,
afirmou que esta iniciativa vai "enfurecer as pessoas" e, como tal,
"não será benéfica para as relações entre comunidades".

Terry Sanderson, que preside a Sociedade Secular Nacional, foi mais
brando ao interrogar-se, em declarações ao mesmo jornal, se este não
será "mais um golpe de publicidade do canal". Ao memso tempo reconhece
como sendo "razoável" que a televisão britânica tome nota das
aspirações de uma crescente população muçulmana no Reino Unido.

"Acto deliberado de provocação"

A ideia, esclareceu um dos directores da programação Ralph Lee, era
mesmo a de ser uma "provocação no verdadeiro sentido do termo", como
disse, para todos os telespectadores que associam o islão do
terrorismo e do extremismo. O responsável falou mesmo em "acto
deliberado de provocação".

E acrescentou que era imperativo desmontar a ideia e a prática de que
os acontecimentos relativos à comunidade muçulmana só eram
transmitidos quando havia atentados ou ataques por elementos radicais,
e nunca noutras ocasiões, podendo suscitar percepções erradas e
reacções extremas. Ralph Lee deu o exemplo dos ataques contra
muçulmanos no Reino Unido que se seguiram à morte do soldado Lee Rigby
em Woolwich, a sul de Londres, em Maio.

Em defesa da decisão da sua estação de televisão disse também não ter
dúvidas de que o Ramadão, como maior acontecimento do calendário
islâmico, e que envolve cerca de 5% da população britânica, terá mais
interesse para os telespectadores do que a cobertura completa do 60º
aniversário da coroação da Rainha, como a que foi feita pelos outros
canais.

O Channel 4 tem, ao longo dos anos, alimentado a reputação de oferecer
uma programação controversa, escreve o site em inglês da estação
Al-Arabiya. Em 2008, o canal pediu ao Presidente do Irão Ahmadinejad
para pronunciar o que chamou de "mensagem alternativa de Natal".

A directora de publicidade do Channel 4 justificou à secção inglesa da
Al-Arabiya: "Faz parte da nossa missão apelar a sociedades e culturas
diversas", disse Justine Bower.

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segunda-feira, julho 08, 2013

# Empresa Women Friendly

Faz pensar e é no Porto. Fantástico!

http://www.youtube.com/watch?v=CscRkjZ6zDE

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# The Happiness of Pursuit (Revista TIME)

Americans are free to chase happiness, but too few of us actually
achieve it. The answer is in knowing how—and where to look

By Jeffrey Kluger @TIMEJune 27, 20139


If you're an American and you're not having fun, it just might be your
own fault. Our long national expedition is entering its 238th year,
and from the start, it was clear that this would be a bracing place to
live. There would be plenty of food, plenty of land, plenty of
minerals in the mountains and timber in the wilderness. You might have
to work hard, but you'd have a grand time doing it.

That promise, for the most part, has been kept. There would be land
rushes and gold rushes and wagon trains and riverboats and cities
built hard against cities until there was no place to build but up, so
we went in that direction too. We created outrageous things just
because we could — the Hoover Dam, the Golden Gate Bridge, the Empire
State Building, which started to rise the year after the stock market
crashed, because what better way to respond to a global economic
crisis than to build the world's tallest skyscraper? We got to the
moon 40 years later and, true to our hot-rodding spirit, soon
contrived to get a car up there as well. The tire tracks left on the
lunar surface (tracks that are still there) are the real American
graffiti.

All human beings may come equipped with the pursuit-of-happiness
impulse — the urge to find lusher land just over the hill, fatter
buffalo in the next valley — but it's Americans who have codified the
idea, written it into the Declaration of Independence and made it a
central mandate of the national character. American happiness would
never be about savor-the-moment contentment. That way lay the
reflective café culture of the Old World — fine for Europe, not for
Jamestown. Our happiness would be bred, instead, of an almost
adolescent restlessness, an itch to do the Next Big Thing. The terms
of the deal the founders offered are not easy: there's no guarantee
that we'll actually achieve happiness, but we can go after it in
almost any way we choose. All by itself, that freedom ought to bring
us joy, but the more cramped, distracted, maddeningly kinetic nature
of the modern world has made it harder than ever. Somehow there must
be a way to thread that needle, to reconcile the contradictions
between our pioneer impulses and our contemporary selves.

Those impulses are very deeply rooted: pilgrims to the New World were
a self-selected group. Not every person suffering under the whip of
tyranny or the crush of poverty had the temperamental wherewithal to
pick up, pack up and travel to the other side of the globe and start
over. Those who did were looking for something — pursuing something —
and happiness is as good a way of defining that goal as any. Once that
migrant population started raising babies on a new continent, the odds
were that the same questing spirit would be bred into or at least
taught to the new generations as well.

And it has been. It took us 100 years to settle the continent and less
than 200 to become the world's dominant power. We snatched and grabbed
and extracted, yes, but we gave back too. Happy people don't just
accumulate fortune; they invent things — the lightbulb, the telegraph,
the movie camera, the airplane, the mass-produced automobile, the
polio vaccine, the personal computer, social media, the iPhone. And
happy people are also generous people, rebuilding other nations
(hello, Marshall Plan) and donating to charities; the U.S. still ranks
No. 1 among all nations in per capita charitable giving.

But what happens to a breed of people hardwired by genes or culture or
both to build, build, build when most of the building is done? What
happens when the sprinting dog actually catches the car? That first
moon landing — Apollo 11 — was a very big deal, something we had
pursued like nothing else. But Apollo 12? Sort of a letdown.

It's not as if we don't have the financial means to keep ourselves
stimulated. We spent $118 billion on travel abroad in 2012; we spend
close to $25 billion per year to attend sporting events and, combined
with Canada, nearly $11 billion on movie tickets. We buy ourselves an
annual $140 billion worth of recreational equipment and $200 billion
of electronics.

(Infographic: The Game of Happiness–find out what makes us happy at
each stage of life.)

But that's consumptive happiness, the happiness that comes not from
sowing but from reaping, not from building the house but from watching
TV in your new living room. That may be the goal of the work, but it's
a goal that, once achieved, can leave us feeling bored.

Since 1972, only about one-third of Americans have described
themselves as "very happy," according to surveys funded by the
National Science Foundation. Just since 2004, the share of Americans
who identify themselves as optimists has plummeted from 79% to 50%,
according to a new TIME poll. Meanwhile, more than 20% of us will
suffer from a mood disorder at some point in our lifetimes and more
than 30% from an anxiety disorder. By the time we're 18 years old, 11%
of us have been diagnosed with depression.


Artigo completo em
http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,2146449,00.html/2/
Read more: http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,2146449,00.html#ixzz2YSimrNn2

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terça-feira, julho 02, 2013

# Adultos chineses obrigados por lei a visitar os pais

Por PÚBLICO 01/07/2013 - 12:38

Em 2010 havia 178 milhões de idosos na China. Em 2030 o número terá duplicado.

Há mais de 178 milhões de pessoas com mais de 60 anos na China LIU Jin/AFP

A Lei dos Direitos dos Idosos entrou em vigor esta segunda-feira na
China e obriga os filhos adultos, tenham que idade tiverem, a
visitarem os seus pais. Quem não cumprir é multado e pode ir para a
prisão.

Na base desta lei está a ideia de que os idosos não devem ser
negligenciados e que os filhos devem preocupar-se com as suas
necessidades.

De acordo com as estatísticas oficiais, em 2010 mais de 178 milhões de
chineses tinham 60 ou mais anos. No final de 2030, de acordo com as
previsões, esse número terá duplicado. E à medida que a população
envelhece as histórias de negligência para com os mais velhos
aumentam.

A BBC conta que houve uma onda de indignação quando os media
noticiaram que uma idosa de 91 anos foi espancada pela nora por pedir
uma taça de arroz. Dois dias depois, os internautas da rede social
chinesa Weibo, relataram várias histórias semelhantes, uma delas sobre
uma mulher de cem anos que era obrigada a dividir o quarto com o porco
que a família estava a criar.

A lei foi considerada por alguns sectores como uma forma de alertar a
população para o abandono dos idosos, um fenómeno que está a crescer
na China. Mas muitos consideram o seu carácter obrigatório é errado.
Primeiro, porque uma boa parte da população migrou para muito longe
das suas zonas de origem, não podendo viajar com frequência para
visitar a família que deixou para trás. Segundo, porque não há forma
de averiguar se a lei está a ser cumprida - não é estipulado um
regulamento, por exemplo quantas vezes por ano (ou de quanto em quanto
tempo) os filhos devem visitar os pais. O texto diz apenas que "os que
vivem longe devem ir a casa com frequência". Finalmente, há quem
considere que as relações familiares devem ser regidas por laços
emocionais e não por leis.

Trata-se de uma "mensagem educacional", explicou à BBC Zhang Yan Feng,
advogado de Pequim. "É difícil pôr esta lei em prática, mas não é
impossível. E é uma base para futuras acções judiciais. Mas se um caso
for levado a tribunal acredito que o resultado seja um acordo [sobre o
número de visitas]. Se não houver acordo, então o tribunal pode forçar
um indivíduo a ir a casa um determinado número de vezes por mês".

"Quem não quer ir a casa com frequência? E o que é que quer dizer
'frequência'?", perguntava um chinês no Weibo. "Claro que gostamos dos
nossos idosos, mas andamos muito ocupados a ganhar a vida e a pressão
é muito grande", notava outro. Outro exemplo: "Aceito que não nos
paguem para irmos visitar os nossos familiares, mas alguém tem que nos
dar folgas para o fazermos".

http://www.publico.pt/mundo/noticia/adultos-chineses-obrigados-por-lei-a-visitar-os-pais-1598863

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segunda-feira, julho 01, 2013

# Almoçar com o Papa

Reportagem da SIC sobre este homem que tem surpreendido:

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