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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sexta-feira, janeiro 31, 2014

# Grafito em Roma do Super-papa

Veja o grafito em: http://www.snpcultura.org/maupal_superpapa.html

Maupal, criador do grafito do "SuperPapa": Não vou à igreja mas gosto de Francisco; é o único a usar o poder para o bem

Na segunda-feira, com a escuridão a seu favor («em teoria é uma ação ilegal, faz-se sempre de noite»), Mauro Pallota, pintor de profissão, artista de rua por paixão, desenhou na parede de uma das ruas de Roma, a dois passos do Vaticano, o "SuperPapa".

«É um grafito ecológico e removível» que retrata o papa Francisco nas vestes de um super-herói», diz Mauro, nascido em 1972, que esta quarta-feira não teve descanso, com o telefone a tocar todo o dia.

«Disseram-me para ir à Via Plauto [onde o grafito foi desenhado] e encontrei câmaras de filmar, fotógrafos, jornalistas», recordou o artista, que esperava uma apreciação favorável mas nunca imaginou que desse a volta ao mundo.

«Os meus trabalhos de rua tiveram sempre reações positivas; pensava que este iria fazer um pouco mais de rumor, mas não que chegasse a todo o lado», disse sobre o grafito que o Pontifício Conselho das Comunicações Sociais publicou no seu perfil na rede social Twitter.

«Levei mais tempo a encontrar a parede certa sobre o qual o fixar do que a desenhá-lo», conta "Maupal", como assina. «Quanto à zona - prosseguiu - nunca tive dúvidas: em Borgo Pio, o bairro papal por excelência, onde nasci e cresci, e aqui hoje todos adoram Francisco.»

Mauro Pallota junto do grafito

«Precisamente pela empatia que consegue criar à sua volta, o papa é muito pop, e quis desenhá-lo pop, como numa banda desenhada. Os superpoderes de que o dotei representam o enorme poder de que dispõe, que ele usa, o único líder no mundo, para fazer o bem. É o único que faz aquilo que diz e diz aquilo que faz.»

«Os heróis das bandas desenhadas americanos descendem dos da mitologia grega, e eu quis interpretá-lo nessa chave, mas com toques de humanidade, como o cachecol da equipa argentina do San Lorenzo, por quem ele torce, os sapatos velhos e aquela mala preta de que nunca se separa.»

«A ideia chegou-me numa tarde, há algumas semanas: estava a folhear um pequeno jornal de super-heróis quando na televisão começaram a falar do papa. Na minha cabeça foi como um curto-circuito: o papa é um super-herói.

Pallota teve uma educação católica, mas hoje «não frequenta». Por isso, parece-lhe que a sua homenagem a Francisco faz ainda mais sentido: «Gosto precisamente dele como homem, não porque acredite».

 

Piero Negri
In Vatican Insider

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quinta-feira, janeiro 30, 2014

# Carta sobre o futuro do planeta!

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quinta-feira, janeiro 23, 2014

# Liberdade no mundo recuou em 2013 pelo oitavo ano consecutivo

"Os limites aos média e ao debate público permitem às pessoas no poder
ganhar eleição após eleição através da distorção do ambiente político
antes da própria votação", acrescentou

O estado da liberdade no mundo declinou em 2013 pelo oitavo ano
consecutivo, conclui hoje a organização Freedom House, que destaca
ainda o fenómeno do 'autoritarismo moderno', mais subtil e mais eficaz
do que o tradicional.

No seu relatório anual, intitulado 'Liberdade no Mundo 2014' e hoje
divulgado, a organização de defesa da democracia escreve que no ano
passado 54 países registaram declínios das suas liberdades, enquanto
40 tiveram ganhos.

"Pelo oitavo ano consecutivo, o relatório 'Liberdade no Mundo'
registou mais declínios na democracia no mundo do que ganhos, o mais
longo período do género nos 41 anos de história do relatório", pode
ler-se no documento.

No prefácio do relatório, que analisa as liberdades políticas e civis
em 195 países e 14 territórios, o vice-presidente de investigação da
Freedom House, Arch Puddington, lamenta que o último ano da vida de
Nelson Mandela, "um verdadeiro gigante da luta pela liberdade", tenha
ficado marcado por uma série de recuos perturbadores das liberdades.

Embora reconheça que a quebra não é severa, o responsável alerta que
alguns dos países que recuaram são Estados económica ou
estrategicamente significativos, cujas trajetórias políticas
influenciam muito além das suas fronteiras, como o Egito, a Turquia, a
Rússia, a Ucrânia, o Azerbaijão, o Cazaquistão, a Indonésia, a
Tailândia ou a Venezuela.

O relatório recorda que o ano ficou também marcado por um aumento da
lista de países afetados por guerras civis ou campanhas terroristas
sangrentas: República Centro-Africana, Sudão do Sul, Afeganistão,
Somália, Iraque, Iémen e Síria.

A organização sediada em Washington alerta no entanto para um fenómeno
igualmente relevante: "a utilização de técnicas mais subtis, mas em
última análise mais eficazes, por parte daqueles que praticam um
'autoritarismo moderno'".

Esses líderes, explica a organização, dedicam-se intensamente ao
desafio de estropiar a oposição sem a aniquilar e de violar do Estado
de Direito enquanto mantêm uma aparência de ordem, legitimidade e
prosperidade.

Para estes regimes, é central capturar as instituições que protegem o
pluripartidarismo político e dominar, não só os braços executivo e
legislativo, mas também os media, a justiça, a sociedade civil, a
economia e as forças de segurança, acrescenta a organização.

"Os nossos dados mostram que nos últimos cinco anos, os mais graves
declínios na democracia se deveram a maiores restrições à liberdade de
imprensa, aos direitos da sociedade civil e ao Estado de direito",
disse Arch Puddington.

"Os limites aos média e ao debate público permitem às pessoas no poder
ganhar eleição após eleição através da distorção do ambiente político
antes da própria votação", acrescentou.

Este fenómeno, escreve a Freedom House, está a vingar em países como o
Zimbabué de Robert Mugabe, na Venezuela de Nicolas Maduro, no Equador
de Rafael Correa, na Rússia de Vladimir Putin, na Ucrânia de Viktor
Yanukovych, na China ou na Turquia.

Apesar do tom marcadamente negativo, o relatório destaca alguns pontos
positivos, como a melhoria das liberdades civis na Tunísia, "o mais
promissor dos países da Primavera Árabe"; a realização de eleições bem
sucedidas no Paquistão; as melhorias em países africanos como o Mali,
Costa do Marfim, Senegal, Madagáscar, Ruanda ou Togo.

Além disso, sublinha o relatório, o número de democracias eleitorais
aumentou em quatro, para 122, no ano passado, com as Honduras, o
Quénia, o Nepal e o Paquistão a alcançarem a designação.

http://www.ionline.pt/artigos/mundo/liberdade-no-mundo-recuou-2013-pelo-oitavo-ano-consecutivo/pag/-1

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quarta-feira, janeiro 22, 2014

# Maioria das pessoas em situação de pobreza não se revê nessa realidade

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/maioria-das-pessoas-situacao-pobreza-nao-se-reve-nessa-realidade

A classe social média-baixa representa 8% do universo do estudo e a
classe social média 2%

Seis em cada dez pessoas que vivem em situação de pobreza não se
reveem nessa realidade, projetando-se numa classe social superior,
revelam as conclusões de um estudo da Assistência Medica Internacional
(AMI) hoje divulgado.

O estudo "Vivência da pobreza – O que sentem os pobres?" foi realizado
ao longo de 2012/2013 e envolveu os beneficiários dos Centros Porta
Amiga da AMI em todo país (31.842), tendo sido validadas 50
entrevistas (26 mulheres e 24 homens).

A classe social média-baixa representa 8% do universo do estudo e a
classe social média 2%.

Apesar de 88% dos entrevistados terem um rendimento 'per capita'
inferior a 421 euros, valor considerado como limiar da pobreza, apenas
48% se autoavaliam na situação de pobreza.

"Segundo os indicadores oficiais de pobreza as pessoas foram
classificadas, na sua maioria, na classe social pobre (40%) e muito
pobre (48%)", mas quando lhe perguntamos em que classe se veem, a
maior parte das pessoas classifica-se na classe social pobre ou média
baixa, adiantou a diretora do Departamento de Ação Social da AMI e
orientadora do estudo.

Ana Martins explicou, no final da apresentação, do estudo, que "há uma
décalage entre a maneira como a sociedade classifica estas pessoas e a
maneira como elas se veem".

"Esta questão tem a ver essencialmente com os sentimentos e a maneira
como os pobres se projetam. Ou seja, é o sentir deles, o estereótipo
somos nós, sociedade, que o fazemos", acrescentou.

Contudo, quando são questionados sobre a existência ou não de pobreza
em Portugal, 64% dos inquiridos referem que mais de metade da
população está em situação de pobreza.

"A análise comparativa entre a classe social estipulada pelo estudo e
a auto classificação permite detetar uma resistência por parte de
todos os grupos socioeconómicos em assumir a sua situação de pobreza,
principalmente na classe social muito pobre", refere o estudo.

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segunda-feira, janeiro 20, 2014

# Milionários mais do que duplicaram fortuna em três décadas

O relatório da Oxfam sublinha que a metade mais pobre da população
mundial possui a mesma riqueza que as 85 pessoas mais ricas do mundo

Cerca de metade da riqueza mundial é atualmente detida por 1% da
população, denunciou hoje a ONG Oxfam, adiantando que as desigualdades
económicas aumentaram rapidamente na maioria dos países desde o início
da crise.

No relatório "Governar para as elites: sequestro democrático e
desigualdade económica", a Oxfam conclui que a concentração de 46% da
riqueza em mãos de uma minoria supõe um nível de desigualdade "sem
precedentes" que ameaça "perpetuar as diferenças entre ricos e pobres
até as tornar irreversíveis".

A Oxfam refere ainda que os cerca de 1% dos mais ricos aumentaram os
rendimentos em 24 dos 26 países para os quais os dados estão
disponíveis entre 1980 e 2012 e que sete em cada dez pessoas vivem em
países onde a desigualdade económica aumentou nos últimos 30 anos.

Assim, os cerca de 1% dos mais ricos na China, em Portugal e nos
Estados Unidos mais do que duplicaram os rendimentos nacionais desde
1980 e mesmo nos países com a reputação de serem mais igualitários
como a Suécia e a Noruega, a riqueza dos 1% mais ricos aumentou 50% no
período em referência.

O relatório da Oxfam sublinha que a metade mais pobre da população
mundial possui a mesma riqueza que as 85 pessoas mais ricas do mundo.

A ONG calcula ainda que há 18,5 biliões de dólares (13,6 biliões de
euros) não registados e em países terceiros de baixa tributação, pelo
que na realidade a concentração de riqueza é muito maior.

Segundo os dados da Oxfam, 210 pessoas juntaram-se em 2013 ao clube
dos multimilionários cuja fortuna é superior aos mil milhões de
dólares, formado por um conjunto de 1.426 pessoas que concentram uma
riqueza 5,4 biliões de dólares (quase quatro biliões de euros).

Para a Oxfam, este aumento das desigualdades deve-se em grande parte à
desregulamentação financeira, aos sistemas fiscais e às regras que
facilitam a evasão fiscal.

A organização também denuncia as medidas de austeridade, as políticas
desfavoráveis para as mulheres e a confiscação das receitas
provenientes do petróleo e da extração de minérios.

Por outro lado, a ONG associa as desigualdades económicas extremas e a
confiscação do poder político por uma elite rica, que governa para
servir os seus próprios interesses.

"Sem uma verdadeira ação para reduzir estas desigualdades, os
privilégios e as desvantagens vão-se transmitir de geração em geração,
como no antigo Regime. Viveremos então num mundo onde a igualdade de
oportunidades será apenas uma miragem", conclui a Oxfam.

Aos participantes de Davos, a Oxfam apela para um seja acordado um
"compromisso" para não se utilizarem paraísos fiscais, não trocar
dinheiro por favores políticos e exigir aos governos para que garantam
a saúde, a educação e a proteção social dos cidadãos com a arrecadação
de receitas fiscais.

O relatório da Oxfam surge na semana em que se realiza o Fórum
Económico Mundial (WEF) de Davos na Suíça, uma reunião durante a qual
se analisarão os problemas emergentes do mundo e onde se tentarão
encontrar soluções para as crescentes situações de desigualdade.

O WEF, que se reúne a partir de quarta-feira em Davos, na Suíça,
identificou as desigualdades económicas como um importante risco para
o progresso humano.

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/milionarios-mais-duplicaram-fortuna-tres-decadas/pag/-1

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quinta-feira, janeiro 16, 2014

# Britânico lança campanha para encontrar homem que o impediu de se suicidar

Jonny Benjamin tentou saltar da ponte londrina de Waterloo, em 2008,
mas um desconhecido dissuadiu-o e salvou-lhe a vida

Fez ontem seis anos desde que o inglês Jonny Benjamin se tentou
suicidar saltando da ponte de Waterloo, em Londres.

Hoje está vivo para contar a história graças à preocupação de um
desconhecido, que na altura o conseguiu demover da decisão de pôr fim
à própria vida e que, agora, Jonny Benjamin está determinado a
encontrar.

Para isso, lançou uma campanha chamada "Finding Mike", com a qual
espera chegar ao homem que lhe salvou a vida e agradecer-lhe.

"Eu quero encontrar este homem para que lhe possa agradecer o que fez
por mim. Se não fosse ele hoje provavelmente não estaria aqui", contou
Benjamin ao jornal "Metro".

Na altura em que se tentou suicidar, o britânico lutava contra um
transtorno esquizoafectivo, um distúrbio entre o transtorno bipolar do
humor e a esquizofrenia.

Jonny Benjamin recorda que o gesto de boa vontade daquele estranho
mudou completamente a sua perspectiva sobre a vida e admite que, desde
então, nunca mais deixou de pensar nesse homem, que na altura se
aproximou de si e lhe disse, de forma calma: "Por favor não faça isso.
Eu já estive no seu lugar e você pode melhorar. Vamos tomar um café
para podermos falar sobre isso".

Jonny Benjamin participa actualmente em diversas iniciativas de
sensibilização sobre doenças mentais e conta com a ajuda da associação
Rethink Mental Illness para encontrar o desconhecido que o salvou.

A campanha "Finding Mike" foi colocada em várias redes sociais onde
poderão ser fornecidas informações sobre o paradeiro e identidade do
bom samaritano

Veja o video em: http://www.youtube.com/watch?v=hEhDHDdYDVI

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sábado, janeiro 11, 2014

# Na época do Natal, este ano a criminalidade em Portugal baixou 27%

por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
26 dezembro

A PSP deteve 504 pessoas, desde o dia 13, quase metade por condução
sob o efeito de álcool, no âmbito da Operação Festas Seguras, anunciou
hoje aquela polícia, referindo que a criminalidade baixou 27 por
cento.

Até quarta-feira, a PSP contabilizou 235 condutores com taxa de
alcoolemia superior a 1,2 gramas por litro de sangue.

A PSP destaca, em comunicado, que a criminalidade em geral baixou 27
por cento, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Na criminalidade violenta e grave, a redução foi de 16 por cento e nos
furtos em residência foi de 39 por cento.

De acordo com a mesma fonte, os furtos em automóveis diminuíram 38 por
cento e os de carteiristas 14 por cento.

No âmbito da sinistralidade rodoviária, verificaram-se quatro mortes,
menos uma do que em 2012.

Também o número de acidentes diminuiu: menos 641 do que os 2.083
verificados no ano passado.

Foram fiscalizados mais de 30.000 automóveis e feitas cerca de 1.300
autuações, em 13 dias, por condução sem cinto de segurança (57), uso
de telemóvel (192) , entre outras situações, como condutores que não
deram prioridade a peões nas passadeiras (30).

Além dos detidos, foram identificados 7.000 condutores com taxa de
álcool superior a 0,5 gramas.

"No que ao excesso de velocidade diz respeito, foram autuados mais de
860 condutores", afirma a PSP, precisando que 610 sofreram autuações
graves.

Foram ainda apreendidas 28 armas, 12 de fogo, e mais de 3.400 doses de
droga, sobretudo sintéticas e haxixe.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3605403&page=-1

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quarta-feira, janeiro 08, 2014

# Riqueza individual dos angolanos subiu 527% entre 2000 e 2013

Baía de Luanda D.R.
08/01/2014 | 13:43 | Dinheiro Vivo

A riqueza por pessoa em Angola subiu 527% entre 2000 e 2013, de 620
dólares para quase 3.900 dólares em 2013, o crescimento mais rápido em
África neste período, indica um relatório divulgado hoje.

De acordo com o relatório da New World Wealth (NWW), uma consultora
sediada em Londres, a que a Lusa teve acesso, os angolanos registaram
o maior aumento na sua riqueza individual (per capita), mas ficam em
nono lugar quando analisados apenas os números sobre os rendimentos de
2013: enquanto os habitantes de Angola obtiveram, em média, 3.890
dólares no ano passado, os sul-africanos registaram quase o triplo,
com 11.310 dólares, ao passo que nos países mais ricos, como a Suíça
ou a Austrália, os valores rondam os 250 mil dólares.

Veja também o vídeo: Luanda em 20147? É assim nesta campanha da BAR

O rápido crescimento da riqueza individual dos angolanos tem também um
reflexo direto no aumento do Produto Interno Bruto do país, com a NWW
a registar que, entre 2000 e 2012, Angola teve o maior crescimento de
África (737%), passando de um PIB 'per capita' de 656 dólares para
5.485 dólares - estes valores são diferentes da riqueza individual
porque incluem os rendimentos de toda a economia, e não apenas de cada
cidadão considerado individualmente.

O relatório indica ainda que Angola, com 76,2 mil milhões de dólares
no total da riqueza das pessoas, está no 7.º lugar da lista de 20
países mais ricos de África: a África do Sul lidera, com 571 mil
milhões de dólares, seguida do Egito, com 367 milhões de dólares e da
Nigéria, o maior produtor africano de petróleo, com 227,5 mil milhões
de dólares.

O relatório hoje divulgado segue-se a outro publicado há cerca de um
mês, que revelava que o número de milionários em Angola subiu 68%
entre 2007 e 2013, situando-se nos 6400. De acordo com os dados, havia
3.800 cidadãos angolanos com um valor líquido superior a um milhão de
dólares em bens (728.500 euros), nos quais se exclui o valor da
residência oficial.

Neste período entre 2007 e setembro de 2013, a subida percentual de
Angola (68%) só é ultrapassada pela da Etiópia, cujo número de
milionários mais que duplicou em seis anos: de 1.300 para 2.700,
segundo os dados da consultora britânica, com representação em
Joanesburgo, na África do Sul.

Se Angola está em segundo lugar na curva de crescimento percentual
relativa ao número de milionários, em termos absolutos também aparece
no 'top ten' africano, ficando em sexto lugar, atrás da África do Sul
(48.700 milionários), Egito (22.800), Nigéria (15.700), Quénia (8.300)
e Tunísia (6.400).
Segundo as previsões da NWW, em 2030 Angola passará para o quinto
lugar da lista de milionários em África, subindo 144% para os 15.600,
e ficando atrás da África do Sul, que mantém a liderança da lista, e
da Nigéria, Egito e Quénia, ultrapassando a Tunísia.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO311802.html?page=0

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segunda-feira, janeiro 06, 2014

# Menos de dois dólares...

José Tolentino Mendonça
In Expresso, 4.1.2014

A "pegada ecológica" diz muito acerca de nós: quantos recursos (e que
recursos) hipotecamos para construir o que é o nosso estilo de vida,
quais as necessidades que consideramos vitais e como as priorizamos,
que tráfico de bens e serviços temos de colocar em funcionamento para
realizar o nosso sonho (ou a nossa ilusão) de bem-estar. Os
indicadores coincidem no seguinte: as sociedades avançadas geram uma
inflação permanente de necessidades, indiferentes aos desequilIbrios
que causam, e que são, em grande medida, não só de sustentabilidade
ambiental mas de sustentabilidade espiritual.

A verdade é que cada um de nós traz vazios por preencher, carências e
interrogações submersas, desejos calcados que procura compensar da
forma mais imediata. Não é propriamente de coisas que precisamos, mas,
à falta de melhor, condescendemos. À falta desse amor que nem sempre
conseguimos, desse caminho mais aberto e solitário que evitamos
percorrer, à falta dessa reconciliação connosco mesmo e com os outros
que continuamente adiamos... O consumo desenfreado não é outra coisa
que uma bolsa de compensações. As coisas que se adquirem são,
obviamente, mais do que coisas: são promessas que nos acenam, são
protestos impotentes por uma existência que não nos satisfaz, são
ficções do nosso teatro interno. Os centros comerciais apresentam-se
como pequenos paraísos, indolores e instantâneos. Infelizmente, de
curtíssima duração também.

Li há dias, e impressionou-me muito, que, quando Gandhi morreu, os
bens materiais que deixou valiam menos de dois dólares. Voltei a ler
para verificar se me tinha enganado: menos de dois dólares. Os bens
espirituais e civis que legou ao futuro tinham, porém, uma dimensão
incalculável. O que nos enfraquece não é, de facto, a escassez, mas a
sobreabundância; não é a indagação, mas o ruído de mil respostas
fáceis que conflituam; não é a frugalidade, mas sim o desperdício. O
que nos enfraquece é não termos escutado até ao fim o que está por
detrás da fome e da sede, da nossa urgência e da nossa fadiga, do
atordoamento, dos medos ou da abstenção.

Há aquela cena do filme de Steven Spielberg "A Lista de Schindler". O
ator Liam Neeson representa o papel do industrial alemão que salvou a
vida a mais de mil judeus. Na cena final, os resgatados oferecem-lhe,
expressando a sua gratidão, uma aliança com uma frase do Talrnude.
«Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro». E a resposta de
Oskar Schindler é inesquecível: «Podia ter feito mais. Não sei, eu...
Podia ter salvo mais. Desperdicei tanto dinheiro com futilidades. Não
fazes ideia. Se soubesses... Não fiz o suficiente. Este carro...
Porque fiquei eu com ele? Alguém o teria comprado. Teria salvo dez
pessoas, mais dez pessoas. Este alfinete! Duas pessoas! É de ouro.
Podia ter salvo mais duas pessoas. Por isto... eu poderia ter salvo
mais pessoas... e não o fiz». Estamos condenados a uma dor assim?

Mas há finais felizes. Lembro-me dos meses que antecederam a partida
do poeta Eugénio de Andrade. Ele ficou internado longo tempo no
Hospital de Santo António, no Porto. Nessa altura, passei por lá
algumas vezes a visitá-lo e só me recordo de ouvi-lo pedir uma coisa:
que lhe trouxessem duas maçãs. Não para comer, obviamente, mas para
ficar a olhá-las da cama, para sentir a cor, a textura, o perfume,
para distinguir a sua forma no silêncio, para amá-las como se ama uma
pintura de Cézanne. Acho que duas maçãs custam menos de dois dólares,
não é verdade?

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sábado, janeiro 04, 2014

# Portugal | Cada vez mais condenados fazem trabalho comunitário

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/cada-vez-mais-condenados-fazem-trabalho-comunitario/pag/-1

Homens e mulheres apanhados em flagrante delito a quem os tribunais
substituíram multas e penas de prisão porajuda ao próximo. Só no ano
passado a Direcção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais registou
mais de 3 mil casos

Uma operação Stop no sítio do costume na Av. Dom Carlos I, em Santos,
depois de um jantar de curso oferecido por um laboratório
farmacêutico. Um polícia, o sopro no balão e o veredicto: demasiado
álcool para guiar. A vergonha, o tribunal às 9h da manhã, uma senha
para esperar vez. A culpa. "Estar naquela sala horrível, ninguém fala
com ninguém, sente-se o ambiente de crime, apesar de não ser muito
diferente da sala de espera de uma Loja do Cidadão". Marta Ribeiro,
dentista, que acabou condenada a 80 horas de trabalho em favor da
comunidade, lembra-se de tudo como se fosse hoje.

Todos os condenados se lembram de tudo como se fosse hoje. E todos,
são alguns. Todos são cada vez mais. Cadeias sobrelotadas, falta de
dinheiro e juízes cada vez mais sensibilizados para as questões
sociais e para poupar recursos ao Estado optam por substituir penas de
multa ou de prisão por trabalho comunitário. As instituições que os
acolhem, quase sempre, agradecem. Os voluntários à força nunca mais
esquecem.

Dados fornecidos pelo Ministério da Justiça ao i e actualizados pela
Direcção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais à data de 13 de
Outubro de 2013, mostram mais de três mil condenações, contra menos de
900 em 2008. A maioria vem substituir pequenas penas de prisão e o
restante resulta da conversão de euros em horas de dedicação ao
próximo.

O trabalho a favor da comunidade pode ser prestado em câmaras
municipais, juntas de freguesia, na Cruz Vermelha, na Santa Casa da
Misericórdia, no Instituto Português da Juventude, em associações de
bombeiros, no Jardim Zoológico, em escolas, hospitais e num sem número
de IPSS Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Augusto Coutinho e Manuel Ramos estão ambos no Banco Alimentar, em
Alcântara, Lisboa. Bem perto do local que, durante anos, lhes
alimentou o problema: o Casal Ventoso. Foram ambos condenados a penas
de prisão, que o tribunal acabou por substituir pelo cumprimento de
horas de trabalho comunitário. Mas hoje já não cumprem pena, é ali, no
armazém da Avenida de Ceuta, o seu local de trabalho. Recebem perto de
730 euros mensais, incluindo subsídio de almoço.

"Fui a julgamento por roubo", conta Augusto Coutinho. "Tive problemas
de toxicodependência e era uma maneira de arranjar dinheiro". Roubava
em supermercados, sobretudo lâminas de barbear e perfumes caros, que
depois vendia na Feira da Ladra a metade do preço "ou naquelas
mercearias mais pequenas que, desde que nos conheçam, também compram".

"Isto [roubar] é um hábito. Só que a ganância... É fácil de mais e uma
pessoa tantas vezes vai lá que alguma vez é apanhado". E foi. Com mais
de 200 euros de mercadoria. Um dia um segurança barrou-lhe a saída e
acabou na esquadra da PSP de Carnaxide. "Deram-me a hipótese de pagar
tudo, mas era impossível, não tinha dinheiro". Ficou retido apenas
algumas horas. "Assinei um compromisso em como no dia seguinte iria ao
Tribunal de Oeiras, uma coisa um bocado ridícula. Não compareci, o que
também é crime, mas um advogado acabou por me livrar desse processo.
Uma pessoa com dependência assina qualquer papel para sair da
esquadra, como é evidente".

Veio o mandado de captura e acabou a fazer trabalho comunitário,
"qualquer coisa entre 45 a 50 horas". O Banco Alimentar não foi a
primeira instituição para onde foi, antes tinha estado nos Bombeiros
de Algés. Não resultou. "Talvez eles também não soubessem muito bem
como se processam as coisas", admite Augusto. "Eu chegava lá, assinava
a folha de presença e andava por ali... Acabei por me desinteressar".

Já lá vai um tempo, mas há duas frases que ouviu da assistente social
Ana Vara e nunca mais esqueceu. "Uma delas foi que 'tudo o que está
aqui no banco são pedras'. O significado disto é que são coisas em que
não se podem tocar - explica -, são coisas que não estão aqui para
nós, são para ser distribuídas. Pode parecer chavão, mas foi uma coisa
que me marcou. A outra foi quando me disse para não encarar este
trabalho como uma pena. Se calhar foi por causa disso que eu fiz as
horas e nem notei".

Manuel Ramos tem mais ou menos a mesma idade, 47 anos, e a sua
história não é muito diferente. "Fui parar a tribunal por causa de
furtos. Tinha de ganhar a vida..." Pois tinha, "para o vício". "Houve
um julgamento, o juiz deu-me ordem de prisão e eu falei com ele a ver
se me dava antes trabalho comunitário. Perguntou-me onde morava, eu
disse Alcântara, e sugeriu-me o Banco Alimentar. Respondi 'vou já
hoje!'" Começou a "trabalhar" no dia seguinte.

Antes disso foi apanhado muitas vezes. Roubava tinteiros para
impressoras que "vendia na candonga" por metade do valor de mercado,
porque "o vício custa muito dinheiro a alimentar". Manuel chegou estar
preso e até a ser julgado à revelia. "Um dia foram-me buscar", conta.
"O juiz deu-me perto de 400 horas horas de trabalho, sei que andei
dois meses das 9h às 18h. Fora os processos que foram aparecendo,
ainda paguei três multas, uma de 400, outra de 600, outra de 700
euros. Mas tive de pagar aos bochechos, não havia outra solução".

Chegou cheio de vontade de trabalhar. É ladrilheiro de profissão e de
vez em quando ainda faz "uns biscatezinhos". "Fui gostando das
pessoas, as pessoas foram gostando de mim, e acabei por cá ficar".

Quando chegou ninguém disse que espécie e voluntário era o Manuel. Era
um como outro qualquer. "Mas as pessoas não são parvas, vêem", diz com
ar malandro. E reconhece os que chegam na mesma situação?
"Reconheço-os logo. E pergunto: então, portaste-te mal?... (risos).
Eles contam a história deles, não sei se é verdade se é mentira. Tenho
especial simpatia por eles e eles também têm por mim. Estão sempre a
perguntar-me se preciso de ajuda e muitos deles só vêm aqui para
estorvar, mas não faz mal nenhum. Dá ânimo ajudar as pessoas".

Teria sido diferente se tivesse ficado preso? "Ai tinha, tinha. Das
vezes que estive preso sentia revolta, porque uma pessoa estava
habituada a uma vida e, de repente, sente-se enjaulado. Eu nesta
altura já estava a querer mudar de vida". Mas a vida nem sempre ajuda.

Estive no EPL - Estabelecimento Prisional de Lisboa, na Marquês da
Fronteira, e em Tires. "A EPL não tem condições, é percevejos e
baratas. Tires é mais requintada (risos), tem casa de banho dentro da
cela - camarata". Aconteceu porque deixou processos pendurados uns
atrás dos outros. Uma manhã, "estava a tomar o pequeno-almoço num café
e chega a carrinha com uns paisanas a dizer que tenho uns processos lá
em baixo para assinar. Eu disse logo à minha ex-mulher: é um mandado
de captura, vêm quatro, cercam um gajo, que é para o gajo não fugir.
Nesse dia nem tomei a metadona. Uma pessoa, logo de manhã, habituada a
tomar aquilo, começa a sentir-se mal, não é mal, mal, mas sente a
falta daquilo".

Agora, aquilo, tirando uns charritos de vez em quando, é passado. A
mãe, que é de Idanha-a-Nova, mandou os mil euros para pagar a multa,
saiu da prisão, cumpriu outras penas a fazer trabalho em favor da
comunidade e está feliz. Ainda assim, às vezes sente "uma frustração e
ainda é pior quando me lembro do dinheiro que gastei. É horrível".
Também nunca mais roubou. "Não voltei a roubar nunca mais, até parece
que me dá uma coisa. Às vezes vou ao supermercado, oiço as barreiras a
apitar e começo logo a tremer. E eu fazia aquilo na boa. Precisava...
Sabe como é, o vício é lixado".

Mas tem recebido muita ajuda das pessoas do Banco Alimentar, que sente
como a sua família. "Passados uns meses de aqui estar perguntaram-me
onde morava. Eu não queria dizer, que é mesmo assim, estava a morar
num sítio que não era meu, estava a ocupar um espaço, ao pé das bombas
da Repsol, numa fábrica de pólvora. Estive aí a morar seis anos, eu e
outros. Ocupei aquilo e para o fim foi lá uma companhia de rua mais a
polícia, bater à porta. Eu tinha feito um avançado, com uma vidraça,
parecia que estava num palácio. Quando entraram até disseram: 'eh,
senhor Manel, você tem lareira, tem um quadro para a luz... De onde
vem a electricidade?' Vem do poste, disse eu. Tinha feito uma puxada e
tinha água dentro do quintal, um poço de quinze metros de fundo...
Contei metade da história, só metade, e acabaram por me arranjar uma
casa, pagaram-me os materiais e eu fiz as obras. Está toda
arranjadinha, com as cores da moda, o amarelo alperche e o rosa
morango".

O Manuel diz que tem confiança em si próprio e não mexe em nada. "Se
vejo alguma coisa entrego, muitas vezes acho aqui carteiras ou
telemóveis e vou entregar. A má vida era a má vida, agora isto é outra
vida e gosto mais desta".

Mas não é preciso ser-se toxicodependente ou ladrão para ser condenado
a fazer trabalho em favor da comunidade. Também há miúdos que apanham
pifos e destroem propriedade pública ou privada, incendeiam caixotes
do lixo ou espicham paredes. Ou histórias como a de Marta Ribeiro,
agora já dentista. Nunca tinha sido apanhada a fazer nada, não tinha
cadastro e era responsável, "não sou propriamente delinquente. Fui
condenada a 120 dias de multa a 5 euros. Para mim não fez sentido o
país estar no estado em que está e eu pagar em dinheiro. Isso
incomodou-me. Eu estava arrependida mas não me apetecia pagar e pedi
para converter a multa em trabalho comunitário. Foi aceite e
converteram a multa em 80 horas de trabalho comunitário. Quando me
enviaram a carta, que ainda demorou, fui ao Dafundo, à Direcção-Geral
da Reinserção e Serviço Prisionais. Deram-me a escolher entre várias
instituições perto de casa, porque sabiam que ia ficar sem carta,
embora não se soubesse quando. Acabei na Entrajuda a fazer rastreio
dentário em diversas instituições de solidariedade social e comecei a
gostar do projecto".

O Luís, 53 anos, gestor de uma multinacional, também foi apanhado a
conduzir com excesso de álcool e integrou um programa semelhante, mas
na sua área de actividade. Ainda hoje as instituições por onde passou
- e continua a passar como verdadeiro voluntário - utilizam os
procedimentos que implementou a nível contabilístico, serviços
prestados e organização e métodos.

Mas também há juízes que propõem trabalho em favor da comunidade e vêm
a sua sugestão rejeitada. João Libério está entre os raríssimos casos
que considerou uma ofensa o Estado dispor assim dos seus conhecimentos
para "obter mão-de-obra barata" e recusou liminarmente qualquer
hipótese de trabalho comunitário. Pagou a taxa.

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# Interactivo: Ecossistema politico-empresarial em Portugal 1975-2013

http://pmcruz.com/eco/

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sexta-feira, janeiro 03, 2014

# Gráficos e factos sobre efeitos da austeridade em Portugal e na UE

http://www.pedro-magalhaes.org/duvidas/

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# O mundo não está assim tão mal, e Portugal também não

José Manuel Fernandes | Público | 03/01/2014 - 00:05

O pessimismo está na moda, pelo que vou ser optimista. Racionalmente
optimista: houve mais progressos do que retrocessos em 2013.

O mundo vai mal. Eis uma frase de que poucos discordarão. E a maioria
até acrescentará que Portugal ainda vai pior. A evidência parece tão
evidência, que foi assim mesmo que Mário Soares, um incorrigível
optimista, titulou o artigo que publicou no último dia de 2013. Mas… e
se não for verdade? E se, ao contrário do que é percepção comum, o
mundo estiver melhor à entrada de 2014 do que estava à entrada de
2013?

Eu, que tendo mais depressa a ser um incorrigível pessimista, vou
agora ser fiel a um dos meus outros instintos, o de contrariar a
percepção comum. Para concluir que esta pode ser profundamente
enganadora. A começar por essa ideia de que tudo vai de mal a pior.
Irá mesmo? Será que no final de 2013 a humanidade está mais pobre,
mais doente, menos culta, menos pacífica?
A resposta a estas dúvidas é simples: não, não está. Em 2013 a riqueza
média por habitante deste planeta atingiu o seu valor mais elevado de
sempre, 12,7 mil dólares. Essa riqueza ficou menos mal repartida do
que estava antes, pois o crescimento foi maior nos países mais pobres,
o que lhes permitiu aproximarem-se dos países mais ricos. A esperança
de vida está a aumentar em praticamente todos os países do mundo,
fruto dos avanços da medicina mas também de uma melhor alimentação e
de melhores condições de vida. Há mais crianças nas escolas, sobretudo
em África e na Ásia, e, imaginem, até há mais jornais a serem lidos.

Extraordinários avanços científicos continuaram a fazer recuar as
fronteiras do desconhecido e a tornar possível o tratamento de doenças
tidas por incuráveis. Tal como produtos inovadores continuaram a
tornar acessíveis muitos bens e serviços que antes só estavam ao
alcance de alguns. Hoje já há mais indianos do que americanos a usarem
telemóvel e em 2013 o total de passageiros a fazer voos de avião
chegou aos 3,1 mil milhões, o que corresponde a mais de 40% da
população mundial.

O mundo não é local perfeito, o bem que se deseja para a Humanidade
estará sempre um passo além do possível, continua a haver demasiadas
guerras, demasiada pobreza, demasiada opressão para que possamos
distrair-nos um segundo que seja do esforço por melhorar a vida de
todos e de cada um, mas tudo isso não nos deve levar a olhar para o
mundo apenas com as lentes da nossa depressão e da nossa ansiedade.
2013 não foi um mau ano e 2014 será melhor para a grande maioria dos
seres humanos, e isso é que importa.
Se algo tem caracterizado a forma como olhamos para a nossa crise é a
tendência para carregarmos nos tons sombrios e para procurarmos
encontrar sempre o lado mais negativo de qualquer evolução dos nossos
assuntos públicos. Lendo o que por aí se escreve e ouvindo o que se
diz nas televisões, já ocorreram inúmeras "rupturas sociais", o país
"recuou 50 anos", a pobreza "está por todo o lado", a fome tornou-se
uma realidade omnipresente e "a desigualdade aumentou" porque, ao lado
da "miséria crescente", "há cada vez mais milionários". É certo que
tem faltado, para tornar este quadro lógico, a explosão social
violenta que tantos prognosticaram, mas isso vai ficando por conta dos
nossos brandos costumes.
Com maior ou menor compreensão, ou revolta, com as políticas de
austeridade, este foi o retrato que todos mais ou menos
interiorizaram. E que muito poucos tentaram verificar olhando para as
estatísticas. Até que surgiu, esta semana, a perplexidade com alguns
indicadores.

O tema apareceu no blogue de Pedro Magalhães, Margens de Erro, num
post intitulado "As consequências sociais da austeridade – algumas
dúvidas". Não posso aqui resumir todo o conteúdo desse texto, que é
muito interessante e deve ser lido na íntegra, com todos os seus
gráficos (http://www.pedro-magalhaes.org/duvidas/ ), pelo que fico
pelo essencial. E o essencial é que Pedro Magalhães, quando começou a
recolher dados para comparar as condições de vida nos países mais
afectados pela crise com as atitudes dos seus cidadãos face à
democracia, deparou-se com números surpreendentes. Números que, como
reconhece, "não reflectem bem o que esperava encontrar".

Em causa estiveram várias análises comparadas envolvendo seis países
(Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e Chipre): a evolução do
risco de pobreza e de exclusão social, a evolução do número de pessoas
a viverem em condições de grave privação material e a evolução da
desigualdade social. Todos os gráficos apontaram para uma mesma
conclusão: enquanto na generalidade dos outros países todos os
indicadores sociais se degradaram muito depressa e de forma muito
acentuada, isso não estava a acontecer em Portugal pelo menos até
2012, o último ano com dados estatísticos publicados. Daí a
perplexidade de Pedro Magalhães: "O que explica que Portugal tenha,
pelo menos à luz destes indicadores, escapado ao mesmo grau de aumento
da pobreza e da privação material que se verificou nos restantes
países, ou que as consequências em termos de desigualdade de
rendimentos tenham sido mais graves em Espanha, Grécia ou até Itália?"
Será que "as nossas políticas de austeridade foram mais 'targeted' de
forma não afectar tanto os segmentos mais desfavorecidos, em
comparação com os outros países da 'austeridade'?"

Este texto suscitou um interessante debate na blogosfera, com outros
autores a sugerirem deficiências nos indicadores utilizados –
deficiências que de facto existem, mas não explicam tudo – ou a
adiantarem algumas explicações possíveis. Infelizmente não dei por o
debate ter chegado à comunicação social tradicional, o que é pena,
pois estou certo que muitos ficariam tão surpreendidos com aqueles
dados como ficou Pedro Magalhães.

Julgo que uma parte da surpresa tem origem na forma enviesada e pouco
objectiva, mas muito melodramática, como temos noticiado e comentado a
nossa crise e a nossa austeridade. Na verdade o que aqueles dados
parecem indicar – e sublinho o parecem por uma questão de rigor e
honestidade intelectual, pois faltam elementos para 2013, o nosso ano
mais difícil – é que os "cortes" afectaram em Portugal sobretudo as
classes de rendimentos médios ou mais elevados, o que fez diminuir o
rendimento disponível mas não afectou de forma dramática os
rendimentos mais baixos. De resto basta lembrarmo-nos que os cortes
salariais e os cortes nas pensões foram progressivos e que, no caso
dos reformados, mais de quatro em cada cinco, os mais pobres, não
viram sequer o seu rendimento afectado, para suspeitarmos que esses
dados reflectem afinal escolhas de políticas públicas.
Mesmo assim, como há outros factores que influenciam, e muito, a
evolução de indicadores sociais como os referidos por Pedro Magalhães,
o principal dos quais será o desemprego, é cedo para podermos
responder às questões que coloca, em especial a de saber se a nossa
austeridade foi ou não melhor calibrada do que a de outros países da
Europa do Sul. Mesmo assim fica a evidência contra-intuitiva de que as
coisas não terão corrido tão mal como se tem proclamado. Ou como
esperaria quem apenas ouvisse as queixas de quem sofreu os cortes e
nos quis fazer crer, porventura até com a melhor das intenções, de que
a sua razão de queixa não era em causa própria mas em nome de quem
está no fundo da escala social.

Nada disto transforma num mar de rosas a situação que vivemos, apenas
ajuda a ser-se mais objectivo e rigoroso. Nada disto nos salvou do
difícil ano de 2013, ou salvará de um 2014 que continuará a ser
difícil. Mas tudo isto ajuda-nos a perceber melhor essa outra
realidade que também começou a surpreender-nos na segunda metade do
ano passado, a viragem na evolução do desemprego e nos principais
indicadores económicos. Ou seja, há um retrato que se compõe e que nos
permite ser um pouco menos pessimistas. Aproveitemo-lo.

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# 300 pessoas mais ricas do mundo ganharam 524 mil milhões em 2013

Lusa 15:47 Quinta feira, 2 de janeiro de 2014

Nova Iorque, 02 jan (Lusa) - As 300 pessoas mais ricas do mundo
somaram durante o ano passado mais de 524 mil milhões de dólares às
suas fortunas, que agora ultrapassam os 3,7 milhões de milhões de
dólares, segundo dados da Bloomberg.

O índice, atualizado diariamente, foi hoje publicado pela agência de
notícias norte-americana, citada pela Efe, que elabora o ranking
recorrendo às variações das ações que cada um destes bilionários
detém.

Bill Gates, o fundador da Microsoft, ficou 15,8 mil milhões de dólares
mais rico no ano passado, ultrapassando o mexicano Carlos Slim, tendo
agora 78,5 mil milhões, muito à custa da valoração das ações da
empresa, que subiram mais de 40% no último ano.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/maiores-bilionarios-ganharam-524-mil-milhoes-no-ano-passado=f848564#ixzz2pKUeUGvA

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quinta-feira, janeiro 02, 2014

# O "Rei Leão" já tem 20 anos: hoje em dia não seria realizado

Henrique Raposo 8:00 Quinta feira, 2 de janeiro de 2014

Ontem percebi que o "Rei Leão" já tem 20 anos. Sim, o Simba já passou
a adolescência, o que quer dizer que eu vou a caminho dos 35. Não é
por acaso que os meus primos mais novos me tratam por tio. E, com esta
idade profética de tio, posso garantir que "Rei Leão" não seria
realizado hoje em dia. No ano da graça de 2014, seria muito difícil,
quase impossível, fazer um filme para crianças tão adulto, tão negro,
tão shakesperiano como "Rei Leão". Se tivessem surgido com a ideia
ontem e não em 1994, Roger Allers e Rob Minkoff (os realizadores) não
teriam agora a liberdade criativa e o dinheiro para desenvolvê-la. No
espaço de uma geração, a infantilização desceu a um nível difícil de
antecipar em 1994. Se descermos até 1984, o abismo é ainda mais
pronunciado. Basta rever a série da minha infância, "Era uma vez no
Espaço". Parece de outra era, é lenta, dá tempo para pensar, coloca
questões morais e filosóficas às crianças . Não é apenas mais complexa
do que as séries e filmes de animação de hoje, é mais densa do que boa
parte dos filmes para adultos de 2013.

É triste, mas a maioria das crianças e adolescente de hoje não
consegue ver "O Rei Leão" (já fiz a experiência). Não têm a capacidade
de ficarem sossegadas a ver uma história densa. Para ser visível hoje
em dia, "O Rei Leão" precisaria de distracções a cada cinco minutos e
a história nunca poderia ser tão trágica. O nosso ambiente
infantilizado assim o exigiria. Querem um exemplo? Ontem, mesmo antes
do "Rei Leão", a SIC passou um filme do Urso Pooh. O coelho do grupo
empunhava um mata-moscas velho e dizia que queria um mata-moscas novo
pelo Natal. Mas alguém achou que o coelhinho não podia dizer
"mata-moscas" e, por isso, inventaram o termo "enxota-moscas". A
palavra "mata-moscas" seria demasiada negra para as criancinhas, não é
verdade? Os desenhos animados de hoje são assim: polidos "enxota
moscas", histórias cobertas por uma camada higiénica que impede a
entrada de questões morais como o mal, a perda, o medo, a morte.
Aliás, já nem sequer há histórias. Os canais de desenhados animados
que enchem a tv por cabo substituíram as histórias por programas
interactivos. Os bonecos já não são personagens de narrativas com um
fundo moral, são anfitriões de jogos de computador que interagem com
as crianças, "olhem, vocês aí em casa, agora aprendam a contar",
"agora dancem como eu".

No espaço de uma geração, o Ocidente inteiro esqueceu a lição dos
contos de Anderson e dos Grimm: o terror e o mal existem nas histórias
infantis, porque o contacto com o medo é o único caminho para a
formação de entes morais. A moral não se ensina em abstracto. O mal e
a tragédia do "Rei Leão" têm um papel formativo na cabecinha das
crianças. E na nossa também, porque os tios também vêem o "Rei Leão",
um filme para crianças de 1994 que é mais adulto do que a maioria dos
filmes para adultos que Hollywood faz hoje em dia.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-rei-leao-ja-tem-20-anos-hoje-em-dia-nao-seria-realizado=f848502#ixzz2pF5h6wRp

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