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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sexta-feira, outubro 22, 2010

# Diálogo entre o Director do Publico e o Bispo do Porto

Conversa extremamente interessante entre José Manuel Fernandes e
Manuel Clemente.

http://snpcultura.org/vol_dialogo_em_tempo_de_escombros_ao_vivo_1.html

quinta-feira, outubro 21, 2010

# Um quinto dos portugueses vivia em privação material em 2009

Dois milhões não conseguem pagar rendas a tempo ou manter a casa aquecida
21.10.2010 - 07:35 Por Natália Faria
http://www.publico.pt/Sociedade/um-quinto-dos-portugueses-vivia-em-privacao-material-em-2009_1462075

No ano passado, 21,4 por cento dos portugueses viviam em privação
material, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Tradução
prática: tinham dificuldade, por exemplo, em pagar as rendas sem
atraso, manter a casa aquecida ou fazer uma refeição de carne ou de
peixe pelo menos de dois em dois dias.

O pior é que aqueles números já estão desactualizados, segundo o padre
Jardim Moreira, da Rede Europeia Antipobreza, e vão ficar ainda mais
quando as medidas de austeridade inscritas no próximo Orçamento do
Estado saírem do papel.

"O cenário vai agravar-se e muito. Aliás, já hoje falar de pobreza em
termos de números é pura especulação", reagiu aquele responsável, para
quem "o mais escandaloso é que a grande maioria dos pobres em Portugal
são crianças". Igualmente grave, para Jardim Moreira, "é que 12 por
cento dos pobres em Portugal são pessoas que trabalham mas que recebem
muito pouco".

Voltando aos números que o INE divulgou ontem, verifica-se que a
percentagem de portugueses a viver em privação material diminuiu de
22,2 por cento em 2004 para 21,4 por cento em 2009. As famílias
compostas por um adulto e uma ou mais crianças e as famílias com dois
adultos e pelo menos três crianças registavam as taxas de privação
mais altas (46,8 e 47,5 por cento, respectivamente). Na prática,
duplicam a taxa de privação material observada para o total da
população.

As estimativas do INE mostram ainda que, no ano passado, 14,1 por
cento dos indivíduos viviam em casas sobrelotadas - menos que os 15,3
por cento de 2004. Daqueles, 4,7 por cento vivam em casas que
apresentavam um ou mais dos seguintes problemas: inexistência de duche
ou sanita com autoclismo no interior do alojamento, tecto que deixa
passar água, humidade nas paredes ou luz natural insuficiente num dia
de sol.

No tocante ao risco de pobreza, a taxa diminuiu de 20,4 para 17,9 por
cento, entre 2004 e 2008. O INE destaca aqui a população idosa, onde a
diminuição foi de 8,9 pontos percentuais. "Foi uma redução meramente
estatística, conseguida à custa do Complemento Solidário para Idosos",
relativiza Jardim Moreira, para quem "não são 50 ou 100 euros mensais
que tiram alguém da pobreza". Sem surpresas, a taxa de risco de
pobreza é maior entre os casais com três ou mais crianças dependentes
(42,8 por cento) e nas famílias monoparentais com pelo menos uma
criança dependente (38,8 por cento).

Censos 2011 vão custar 50 milhões

Os Censos 2011 vão custar aos cofres do Estado 50 milhões de euros,
mas, segundo adiantou ontem à TSF a presidente do INE, Alda de Caetano
Carvalho, é impossível fazer diminuir aquela despesa sem afectar a
qualidade do trabalho. Na operação de recolha dos elementos
estatísticos estarão envolvidas cerca de 25 mil pessoas. O
recenseamento da população realiza-se desde 1864 e o de 2011 será o
último a ser realizado pelo método tradicional, devendo seguir-se um
modelo menos pesado e capaz de disponibilizar informação com
periodicidade mais curta.

# Ser deputado na Suécia...



terça-feira, outubro 19, 2010

# Só 30 por cento dos portugueses conclui o 12.º ano

19.10.2010 - 14:28 Por Lusa
http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/so-30-por-cento-dos-portugueses-conclui-o-12%C2%BA-ano_1461735

Citando dados do mais recente relatório do CNE, que será divulgado
esta quinta-feira, o investigador adiantou que em cada 109 mil alunos
que entram no primeiro ano de escolaridade em Portugal só 32 mil
chegam ao 12.º ano.

Numa intervenção na conferência "A Escola de Hoje", em Lisboa, o
presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica
Portuguesa defendeu a real autonomia das escolas como o caminho para
melhorar o ensino em Portugal e evitar o abandono escolar precoce.

O professor e investigador lembrou que a autonomia das escolas já foi
"decretada" em Portugal quatro vezes, em 1989, 1992, 1998 e 2002 e
que, apesar disso, "tem sido difícil construir um ambiente de
autonomia e de liberdade".

Contestando a "infindável produção legislativa" na área da educação, o
responsável da Universidade Católica propôs a suspensão de toda a
legislação durante cinco anos, ficando as escolas obrigadas apenas a
ter planos anuais de melhoria gradual.

"Cada escola estabeleceria planos anuais próprios, assentes em
diagnósticos locais, identificando pequenos passos a melhorar que
seriam contratualizados com o Ministério da Educação", especificou o
também conselheiro do CNE.

Joaquim Azevedo propôs ainda "que se desfaça toda a máquina da
educação actualmente existente", criando agências de apoio às escolas.
Estas agências teriam como missão apoiar as escolas nas suas
dificuldades concretas e garantir a igualdade de oportunidades. A par
destas agências, a Inspecção-Geral da Educação deveria ter uma acção
mais ampla, verificando os progressos obtidos pelas escolas.

Para o especialista em Ciências da Educação e antigo secretário de
Estado da Educação de Cavaco Silva, "as escolas têm sido infantilmente
tratadas pela administração central", que mostra não confiar nos
estabelecimentos de ensino. "A liberdade tem de conduzir à autonomia
real de cada escola e à livre escolha por parte de cada família",
defendeu Joaquim Azevedo, contestando também a confusão que se tem
feito em relação ao papel da escola na sociedade.

Aliás, o professor e investigador considera que um dos problemas da
educação em Portugal é um problema político e de confusão entre os
vários atores sociais, transformando os vários problemas sociais em
problemas escolares.

"A escola não é o substituto da família. O lugar dos pais em termos
educativos é em casa, não na escola. E as escolas não existem para
fazer educação sexual ou rodoviária. A escola pública está a ser
acantonada na escola da ocupação social dos meninos e a escola privada
é a escola da educação e da aprendizagem", criticou.

# Portuguesas trabalham cinco horas mensalmente mais do que a média europeia

19 Outubro 2010 | 10:22 Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

São mães pela primeira vez aos 28 anos, têm menos de dois filhos, uma
esperança de vida semelhante, mas trabalham mais e estudaram menos. É
o retrato estatístico da mulher portuguesa média comparado com o da
mulher média europeia.
Os dados foram hoje divulgados pelo INE e pelo Eurostat, para
demonstrar a importância de simplificar a realidade através de
números, em antecipação do "Dia Mundial da Estatística" que amanhã se
comemora.

Em Portugal, a mulher-média tem cerca de 41 anos e pode esperar viver
mais 42 anos; é mãe pela primeira vez aos 28 anos e tem menos de dois
filhos (em 2008, o número médio de filhos por mulher era de 1,37).
Tem, por outro lado, um nível de escolaridade completo correspondente,
no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico e se estiver empregada
trabalha essencialmente em actividades do sector público e dos
serviços sociais. Em média, uma mulher empregada por conta de outrem
trabalha 38 horas por semana.

Na União Europeia, a mulher-média tem cerca de 42 anos e pode esperar
viver mais 41.
É também mãe pela primeira vez aos 28 e tem menos de dois filhos.
Trabalha nos serviços públicos e sociais, cerca de 33 horas por semana
e completou pelo menos o ensino secundário.

Também o homem-médio português estudou menos e trabalha mais. Tem
cerca de 38 anos e uma expectativa de vida de mais 39 anos; tem
também, como as mulheres portuguesas, um nível de escolaridade
completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico. E se
estiver empregado trabalha essencialmente em actividades relacionadas
com a indústria, construção, energia e água. Em média, um homem
empregado por conta de outrem trabalha 41 horas por semana.

Já o homem-médio europeu tem cerca de 39 anos e pode esperar viver
mais 39; trabalha nos serviços comercializáveis, cerca de 40 horas por
semana e completou pelo menos o ensino secundário.

segunda-feira, outubro 18, 2010

# Franceses contra vida de "metro, trabalho, sepultura"

17.10.2010 - 08:35 Por João Manuel Rocha PUBLICO.pt

"Se mudam assim a idade da reforma, vão enterrar-nos vivos. Agora é
"metro, boulot, caveau" [metro, trabalho, sepultura]." O protesto de
Raoul Bourbot, de 56 anos, despedido da empresa de componentes
automóveis Molex, registado pela AFP em Toulouse, mostra o sentimento
dos que ontem saíram à rua em França, em luta contra a reforma do
sistema de pensões: 850 mil, segundo o Ministério do Interior, muito
perto de três milhões, segundo a CGT, principal central sindical.

Os números de adesão à quinta jornada de luta desde o início de
Setembro contra o aumento da idade mínima de acesso à reforma dos 60
para os 62 anos e de adiamento da pensão completa dos 65 para os 67
foram inferiores aos da última terça-feira, mas considerados
encorajadores pelos sindicatos.

Os 850 mil manifestantes da contabilidade do Governo são menos que os
899 mil que as autoridades reconheceram no protesto de 2 de Outubro,
também um sábado, e os 1,2 milhões que admitiram na terça-feira
passada. As centrais sindicais não coincidiram ontem na leitura dos
números das 230 manifestações promovidas em dezenas de cidades e em
que os jovens se incorporaram em grande número: a CGT anunciou quase
três milhões de participantes, a CFDT ficou-se pelos 2,5 milhões.
Ambas tinham reivindicado quase três milhões a 2 de Outubro e 3,5
milhões há cinco dias.

A tradicional disparidade nos números foi ontem mais evidente do que
em ocasiões anteriores. Na maior concentração, em Paris, desfilaram 50
mil pessoas, segundo a polícia, 310 mil, de acordo com a CFDT. Em
Marselha, houve 16.400 manifestantes ou 180 mil, conforme a fonte; em
Bordéus 13.500 ou 130 mil; e em Toulouse 24 mil ou 125 mil.

Para o Governo - que viu na adesão de ontem uma "baixa significativa"
relativamente às mobilizações anteriores -, o copo já vai meio vazio.
Para os sindicatos, que tinham estabelecido como fasquia uma
mobilização equivalente à de dia 2, está meio cheio. Porquê? No
entender de Bernard Thibault, líder da CGT, o "movimento ancora-se e
alarga-se". A opinião de Jean-Claude-Mailly, da Force Ouvrière, é de
que as manifestações de ontem deixam prever "uma mobilização ainda
mais forte" na próxima jornada de luta de greves e manifestações,
marcada já para depois de amanhã, véspera da votação pelo Senado do
projecto de reforma já adoptado pela Assembleia Nacional.

"Temos vários milhões de pessoas na rua, que nos apoiam e acreditam em
nós", disse ontem, citado pela Reu- ters, o líder da CFDT, François
Chérèque, em Paris. "O único bloqueio do país é o Governo." Para além
das sucessivas manifestações, os sindicatos têm conseguido perturbar o
estratégico sector dos transportes, particularmente os comboios, e
quase fecharam a torneira do abastecimento de combustíveis.

A determinação parece bem viva entre os milhões que se têm mobilizado
contra a impopular reforma do sistema de pensões, uma das principais
bandeiras do Governo do Presidente Nicolas Sarkozy, que a considera
indispensável para a sustentabilidade da Segurança Social. "É preciso
ir até ao fim, permanecer firme e continuar com modos de acção
diferentes", afirmou à AFP Daniel Daumières, de 54 anos, animador
sócio-cultural, um dos manifestantes que se concentraram ontem em
Bordéus.

# Universitários sobrevivem com 271 euros por mês e comer na cantina é um luxo

17.10.2010 - 08:25 Por Ana Cristina Pereira

Nuno dá voltas à cabeça para aguentar o mês inteiro com os 271 euros
da bolsa atribuída pelo Governo de Cabo Verde. "Nem dá para comer na
cantina." Paga 150 euros pelo quarto - uns 20 de água, luz, gás. "Se
almoçasse e jantasse na cantina, cinco dias por semana, gastava 94.
Ficava com 56. E os materiais escolares? E os produtos de higiene? E a
roupa? E o calçado?"

A embaixada de Cabo Verde em Lisboa não diz quantos bolseiros do país
residem em Portugal. No ano passado, eram à volta de 300 a frequentar,
sobretudo, cursos de "engenharia, economia, direito, administração,
comunicação". Conforme as vagas atribuídas "pelo Governo português no
âmbito do acordo de cooperação no domínio do ensino superior".

Nuno, a frequentar a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto,
come em casa. Comer na cantina, por 2,15 euros, é um luxo a que só em
ocasiões especiais se pode dar. A mãe morreu-lhe aos 12 anos. E o pai
trabalha a terra, em São Domingos, interior de Santiago. "Ou não ia
para a universidade, ou ia com essas condições."

Há um grupo a mobilizar-se para engendrar formas de luta - de Cabo
Verde e de outros países lusófonos a viver em condições idênticas. Mas
Nuno não deposita grande fé na ideia. Julga que os estudantes estão
demasiado ocupados com a sobrevivência. "É como se te deitassem ao
mar. Tens de nadar. Não vais discutir por que te atiraram à água."

Chega João ao corredor do edifício onde alguns se juntam, sob nome
fictício por temerem que o desabafo resulte em algum corte. Foi ao
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) renovar a autorização de
residência para estudo. Pediram-lhe o extracto bancário. "Só?",
exclamou a inspectora, perante um saldo de 175 euros no dia 15. "Minha
senhora, isso está muito bem!" Teve de assinar um documento a garantir
que é capaz de subsistir.

Já foi pior. Agora, todos os bolseiros recebem 271 euros. Antes, havia
três níveis e alguns, como Antónia, recebiam 181 euros. Para se
aguentar, a estudante tinha de recorrer aos irmãos. Houve quem não
aguentasse. Nuno tem um amigo que não aguentou. Regressou a Cabo
Verde.

Afinam-se estratégias. Ser bolseiro do Governo de Cabo Verde é "ser
miserável", torna Nélson. "É comer mal", detalha Osório, que anda às
voltas no supermercado, em busca do mais barato, a adivinhar doenças
de estômago. "É pouco ou nada sair à noite", achega Antónia. Nuno
aponta consequências na integração na academia, na cidade. Quem gere
um orçamento tão reduzido não pode participar em actividades como a
praxe ou os jantares de curso. "Aquela capa custa quanto? 150 euros ou
quê!", interrompe Osório.

As notas também acusam as dificuldades. Habituados a falar crioulo,
falha-lhes o português. E não lhes sobra dinheiro para livros ou
workshops. Ficam pelos cadernos, algumas fotocópias. "Todos os livros
existem na biblioteca, mas não posso ficar com ele mais do que uma
semana, porque são milhares de alunos", salienta Nuno.

Há quem tenha computadores obsoletos, oferecidos pela faculdade na
hora de os trocar por novos. Como Osório, como Antónia. Paulo pediu
400 euros para comprar um portátil e pagou-os a prestações. Trabalhou
nas férias de Verão. Num ano, pagou uma parte e guardou "um
bocadinho". Noutro ano, pagou a outra.

Osório sente-se encurralado: "Para trabalhar, tenho de ter licença do
SEF. Se consigo trabalho nas férias, pedem prova de matrícula e
horário, ao qual não se pode sobrepor ao horário de trabalho. Se estou
de férias, não tenho matrícula nem horário! Não se pode trabalhar
legalmente." No ano passado, arriscou trabalhar na clandestinidade:
"Não me pagaram!"

sexta-feira, outubro 15, 2010

# Tarifa social eléctrica abrange 670 mil famílias

http://economia.publico.pt/Noticia/tarifa-social-electrica-abrange-670-mil-familias_1461065
15.10.2010 - 09:07 Por Lurdes Ferreira

Esta alteração é justificada pela entrada em vigor de mais uma etapa
da liberalização do sector eléctrico, em Janeiro próximo, com a
extinção das tarifas eléctricas e de gás natural fixadas pela Entidade
Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para os consumidores não
domésticos.

Os critérios de alargamento deste escalão, no qual se incluíam até
agora os consumidores de mais baixo consumo, alinham pela solução
espanhola, criada no âmbito do mercado ibérico de energia (Mibel) e em
vigor desde Julho do ano passado, para responder aos compromissos
acordados entre os dois países ibéricos.

O país vizinho integrou na tarifa social todos os muito pequenos
consumidores (igual ou inferior a 3 kW), os pensionistas com mais de
60 anos que recebem a pensão mínima por reforma ou invalidez, as
famílias desempregadas e as famílias numerosas. É o universo de
consumidores de menor gasto e economicamente mais vulneráveis às
subidas de preços dos combustíveis que passa a ser também abrangido em
Portugal.

Este segmento de consumo continuará a beneficiar de tarifas inferiores
à do consumo doméstico regulado, mas o diferencial terá de ser
acomodado pelos produtores de electricidade a operar no mercado e não
ser gerador de défice tarifário, segundo as regras do Governo. No
entanto, são abertas excepções para casos em que as empresas reclamem
eventualmente estar em causa o equilíbrio da concessão face a esse
diferencial.

Caberá à ERSE analisar cada situação e decidir se a empresa tem
direito ou não a uma compensação. Não é ainda, porém, conhecida a
margem de acção que poderá ser dada às empresas que aleguem esse
risco. A ERSE, que anuncia hoje as tarifas eléctricas para 2011,
deverá avançar também dados sobre os valores das tarifas sociais.

No Parlamento, a discussão sobre esta revisão apontava para a inclusão
de cerca de meio milhão de famílias, como defendia o partido do
Governo, ou de um milhão, número que os comunistas propunham de modo a
abranger os consumidores a viverem no limiar da pobreza.

quinta-feira, outubro 14, 2010

# Assinado protocolo para pôr reclusos a limpar florestas nacionais

14.10.2010 PÚBLICO http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1460964

A Autoridade Florestal Nacional (AFN) e a Direcção Geral dos Serviços
Prisionais (DGSP) assinaram ontem um protocolo que cria as condições
para que reclusos em regime aberto realizem tarefas de limpeza, gestão
e manutenção de matas nacionais.

Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 30 reclusos dos
estabelecimentos prisionais de Alcoentre, Caldas da Rainha, Covilhã,
Coimbra e Leiria vão "desenvolver tarefas de limpeza e gestão de matas
nacionais, contribuindo para a valorização do património natural e
para a prevenção dos incêndios florestais".

Os reclusos vão trabalhar nas matas nacionais de Montejunto, Abrigada,
Mestras, Vimeiro, Covilhã, Serra da Estrela, Foja e Lousã.

Entre as suas tarefas estão a reprodução de espécies florestais,
rearborização de áreas ardidas, limpezas, desbastes, podas e
desramações, bem como preparações de terrenos, plantações e
sementeiras. Os reclusos poderão realizar ainda trabalhos de
manutenção de espaços verdes, obras, arranjos exteriores e manutenção
de edifícios.

José Magalhães, secretário de Estado da Justiça e da Modernização
Judiciária, garantiu que o protocolo "não é um mero documento recheado
de boas, mas vagas intenções". "Esta é a nossa via para responder aos
problemas e com isso responder também aos demagogos que apostam na
exploração política do flagelo dos incêndios florestais e também na
diabolização do regime aberto".

À DGSP caberá a função de seleccionar os reclusos que tenham
competências para a integração no projecto. "A AFN dará formação aos
reclusos seleccionados e garantirá a adequada orientação e supervisão
técnica dos trabalhos a realizar", explica o comunicado.

José Magalhães adiantou que o projecto vai ser avaliado por uma
comissão com quatro elementos. O grupo vai ainda elaborar propostas de
eventuais acordos adicionais.

Segundo um comunicado do Ministério da Justiça, dos cerca de 11.500
reclusos que integram o sistema prisional, 2100 encontram-se a
estudar, 166 estão em processo de certificação e validação de
competências, 1113 em cursos de formação profissional e 4670 a
trabalhar.

terça-feira, outubro 12, 2010

# Curta metragem - gravado na Rua da Boavista Porto

Nuno Rocha está de parabéns com esta curta metragem de grande
qualidade. Numa noite normal com o passado largado da memória, um
homem
reencontra, no lugar a que chama casa, lembranças de um tempo que viveu.
Fragmentos de pura felicidade e instantes de sublime partilha, surgem
como apontamentos de esperança de um presente que não voltará a ser o
mesmo.

> http://www.youtube.com/watch?v=1sgd6NuBq8w

# Frei Fernando Ventura sobre a situação do país

http://www.sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Edicao+da+Noite/2010/10/frei-fernando-ventura-sobre-a-situacao-do-pais02-10-2010-01611.htm

sexta-feira, outubro 01, 2010

# Depressão mata 1200 pessoas por ano em Portugal

01.10.2010 - 08:57 Por Lusa
http://www.publico.pt/Sociedade/depressao-mata-1200-pessoas-por-ano-em-portugal_1458934

Sob o mote "A Depressão dói. Mas pode deixar de doer", a campanha, uma
iniciativa da farmacêutica Lilly que conta com o apoio da Sociedade
Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, pretende falar sobre a
depressão "numa perspectiva integrada, informar, esclarecer e
desmistificar muitas dúvidas que ainda existem e modificar
comportamentos e atitudes perante uma doença que tem uma dimensão
emocional e física".

A campanha será difundida através da televisão, da rádio, da imprensa,
online, de cartazes em unidades de saúde e farmácias e de uma unidade
móvel interactiva que irá percorrer várias cidades até ao início de
Dezembro.

No camião, as pessoas poderão, através de conteúdos interactivos,
perceber o que é a depressão, como se manifesta e quais os sintomas
que lhe estão associados, o seu impacto no dia a dia dos doentes,
visitar as regiões do cérebro envolvidas na depressão e responder a um
autodiagnóstico que pode ser impresso para levar a um médico.

Depressão afecta um em cada cinco portugueses

A depressão afecta um em cada cinco portugueses e pode ser responsável
por mais de 1200 mortes anualmente no país. As consequências
económicas são "enormes", estimando-se um custo anual de 118 milhões
de euros na Europa, segundo o especialista em fármaco-economia Jorge
Félix.

Segundo Jorge Félix, "a depressão é o principal factor de risco para o
suicídio", sendo "enormes" as suas consequências sociais e económicas.

Dados avançados à Lusa pela consultora IMS Health indicam que, entre
Setembro de 2009 e Agosto de 2010, foram vendidas em Portugal 6,885
milhões de embalagens de anti-depressivos e estabilizadores de humor
(mais quatro por cento em relação ao ano anterior), no valor de 117,1
milhões de euros, que se manteve igual.

Até Agosto de 2009 tinha havido uma descida de nove por cento do valor
destes medicamentos face ao ano anterior.

Um estudo pioneiro realizado em Portugal em 1992 estimou que a
depressão custaria à sociedade portuguesa cerca de 1227 milhões de
euros. Deste valor, 80 por cento foi atribuído a custos indirectos
(perda de produção por incapacidade temporária) e 17 por cento a
custos directos (consumo de cuidados de saúde). Os custos associados
ao suicídio foram estimados em cerca de três por cento do total.