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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sábado, novembro 20, 2010

# Instituto Pedro Nunes é a melhor incubadora de base tecnológica a nível mundial

20.11.2010 - 14:01 Por PÚBLICO
http://economia.publico.pt/Noticia/instituto-pedro-nunes-e-a-melhor-incubadora-de-base-tecnologica-a-nivel-mundial_1467244

O Instituto Pedro Nunes (IPN), venceu o prémio internacional de Melhor
Incubadora de Base Tecnológica do mundo, evidenciando-se entre
cinquenta concorrentes de 26 países, anunciou hoje a Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Em comunicado, citado pela Lusa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia
da Universidade de Coimbra anunciou que a "atribuição deste prémio é
baseada na análise de uma combinação de 25 indicadores de performance
da própria incubadora e das empresas incubadas".

A instituição foi premiada pelos "excelentes resultados" ao nível de
um modelo de negócio autosustentado com forte retorno do investimento
público, de uma taxa de sobrevivência das empresas incubadas superior
a 80 por cento, por um volume de negócios agregado superior a 70
milhões de euros, e na criação de mais 1500 postos de trabalho
directos, "muito qualificados", desde o seu inicio de actividade.

O concurso decorreu entre quinta e sexta-feira, em Liverpool,
Inglaterra, durante a 9.ª conferência anual sobre boas práticas em
incubadora de base tecnológica e envolveu cinquenta incubadoras de 26
países.

Já no final de 2008, conforme escreveu o PÚBLICO na altura, o IPN
tinha ficado em segundo lugar no concurso "Best Science Based
Incubators", que decorreu em Paris e envolveu 53 incubadoras
provenientes de 23 países diferentes. A vencedora foi então a
incubadora italiana da "Città della Scienza", em Nápoles.

A funcionar desde 1996, a incubadora do IPN conseguiu já apoiar o
lançamento de mais de 130 projectos empresariais, a maioria dos quais
são "spin-off's" de universidades, com destaque para a Universidade de
Coimbra. No total, mais de mil postos de trabalho directos, altamente
qualificados, foram criados, gerando um volume de negócios que, em
2008, chegou aos 50 milhões de euros. Foi a partir daqui que surgiram
empresas como a Critical Software ou a Crioestaminal.

Raio-X da IPN-Incubadora


• Surgiu em 1996, em Coimbra, para promover a criação de empresas de
base tecnológica oriundas de instituições de ensino superior, do
sector privado e de projectos de investigação em consórcio com a
indústria.

• Foi eleita a segunda melhor incubadora do mundo no concurso "Best
Science Based Incubators" no final de 2008, organizado pela Technopoly
Network (rede gerida por vários centros de investigação), com um júri
formado por peritos e cientistas.

• Foi criada pelo Instituto Pedro Nunes e pela Universidade de Coimbra.

quarta-feira, novembro 17, 2010

# Frase de Platão

Os homens sábios falam porque têm alguma coisa para dizer; os tontos
falam porque têm que dizer alguma coisa...

# Lonely Planet classifica a Lello como a terceira melhor livraria do mundo

17.11.2010 - 12:50 Por Sérgio C. Andrade
http://www.publico.pt/Cultura/lonely-planet-classifica-a-lello-como-a-terceira-melhor-livraria-do-mundo_1466651

A livraria centenária portuense Lello foi classificada pela Lonely
Planet como a terceira melhor do mundo, no guia que esta editora
fundada na Austrália acaba de lançar para o próximo ano. Numa listagem
em que faz o "top ten" dos países, regiões e cidades a visitar em
2011, a Lonely Planet coloca a livraria situada na Rua das Carmelitas,
no Porto, na terceira posição, depois da City Lights Books, em São
Francisco, nos Estados Unidos, e da El Ateneo Grand Splendid, em
Buenos Aires.

No guia "Lonely Planet's Best in Travel 2011", a editora classifica a
Lello, fundada em 1906, como "uma pérola de arte nova", que se mantém
como uma das livrarias – e talvez mesmo uma das lojas – "mais
espantosas do mundo".

Na descrição que faz do seu interior, destaca "as prateleiras
neogóticas" que fazem mesmo concorrência aos livros na atenção dos
visitantes, mas também a decoração nas paredes com os bustos
esculpidos de escritores portugueses, além, claro, da "escadaria
vermelha em espiral" que leva os clientes até ao primeiro andar e que
parece "uma flor exótica". O trilho e o carrinho para o transporte dos
livros e a pequena cafetaria no primeiro andar, de onde se vê a luz do
dia filtrada por coloridos vitrais, são outras notas deixadas aos
leitores deste que se tornou já num dos mais populares guias de viagem
em todo o mundo.

Esta classificação da Lello repete aquela que a loja portuense já
tinha conquistado em Janeiro de 2008, quando o diário britânico "The
Guardian" também a considerou como a terceira mais bela livraria do
mundo, igualmente a seguir à Ateneu da capital argentina, que ocupa o
lugar de um antigo teatro – dessa vez, em primeiro lugar, surgia a
livraria holandesa em Maastricht, Boekhandel Selexyz Dominicanen,
instalada numa antiga igreja.

O actual edifício da Livraria Lello, que foi desenhado de raiz para
ser uma livraria pelo engenheiro Francisco Xavier Esteves, já tinha
também sido considerado pelo escritor catalão Enrique Vila-Matas como
"a mais bonita livraria do mundo".

No "top ten" agora divulgado pela Lonely Planet, logo após a Lello
surge a Shakespeare & Company, em Paris, seguindo-se a Daunt Books, em
Londres, a Another Country, em Berlim, a The Bookworm, em Beijing, a
já citada Selexyz Dominicanen, em Maastricht, a Bookàbar, em Roma, e,
na décima posição, a Atlantis Books, em Santorini, na Grécia.

terça-feira, novembro 02, 2010

# Terapia conjugal com procura crescente, até por casais de namorados

Em 12 anos, o número de terapeutas familiares em Portugal
multiplicou-se por cinco, segundo dados da Sociedade Portuguesa de
Terapia Familiar, que conta actualmente com 271 terapeutas.
http://www.publico.pt/Sociedade/terapia-conjugal-com-procura-crescente-ate-por-casais-de-namorados_1463885
02.11.2010 - 08:55

Cada vez mais portugueses recorrem à terapia de casal como forma de
tentar evitar o divórcio e há já também casais de namorados à procura
de ajuda especializada para "prevenir" problemas futuros.

O primeiro curso português de terapia familiar surgiu em 1981, mas foi
só na última década que se começou a acentuar a tendência de uma
procura específica para a terapia conjugal, segundo contou à agência
Lusa a presidente da Sociedade, Elisabete Ferreira.

"Aquilo que se tem observado actualmente na clínica privada é que os
pedidos são muito mais frequentes de intervenção com casal do que para
terapia familiar", corrobora Natália Colaço, terapeuta há mais de 25
anos.

Muitas vezes acontece também que há processos que começam por ser de
apoio aos filhos e acabam por se tornar numa intervenção de apoio ao
casal.

Os casais dirigem-se aos terapeutas quando sentem que precisam de
ajuda externa e técnica para poder sair dos impasses e dos conflitos
vivenciados.

"Cada vez mais aparecem casais jovens, com poucos anos de casamento a
pedir terapia de casal", nota a presidente da Sociedade Portuguesa de
Terapia Familiar, para quem as fases de namoro actuais são muito
curtas e dão pouca margem à planificação, à construção da identidade
de casal.

Há já também, embora com menor frequência, pedidos de casais de
namorados que não vivem juntos mas que sentem necessidade de reavaliar
a sua relação.

"Não são capazes de se separar, nem de viver uma relação estável e
pedem ajuda até num sentido preventivo", relata a terapeuta Natália
Colaço.

Outro tipo de clientes da terapia são os casais na fase do "ninho
vazio", que, após os filhos já saíram de casa, se deparam com a
dificuldade de voltar a viver bem só os dois.

Tanto mulheres como homens não se coíbem em pedir ajuda, apesar de o
fazerem em situações distintas: elas dão o primeiro passo nas
situações de desgaste e conflito; eles fazem apelos de apoio urgentes
numa situação iminente de ruptura.

As duas terapeutas garantem que quando se começa a trabalhar um casal
o objectivo nunca é juntá-los nem separá-los.

"A terapia é um processo de conversação com o casal no sentido de
levantar questões que aumentem a informação que têm sobre eles
próprios. Mas muito trabalho de terapia é feito em casa, mais do que
no consultório", diz Natália Colaço.

No fundo, o terapeuta ajuda na "mudança de lente", na forma como cada
um olha para o outro e para o projecto do casal, reforça Elisabete
Ferreira.

Nem sempre a terapia desemboca no ideal de final feliz. Mas a partir
daí é possível fazer-se a terapia de divórcio.

"No fundo é ajudar as pessoas a separarem-se bem, com o mínimo
sofrimento e de danos possíveis. É uma terapia feita em conjunto e que
é muito comum quando há filhos, no sentido de proteger as crianças",
referem as terapeutas.

Cem anos depois da primeira lei do divórcio em Portugal, a taxa de
casamentos dissolvidos aumenta a cada ano. Só em 2009 houve mais de 26
mil separações, o que dá uma média de 72 divórcios por dia.

# O álcool, a droga "mais perigosa", afecta 500 mil portugueses

http://www.publico.pt/Sociedade/o-alcool-a-droga-mais-perigosa-afecta-500-mil-portugueses_1463878
02.11.2010 - 08:21 Por Alexandra Campos

O álcool é considerado a mais perigosa das drogas, à frente mesmo das
chamadas "drogas duras" como a heroína, o crack e a cocaína, numa
avaliação ontem publicada na prestigiada revista médica "The Lancet" -
que calcula de forma combinada os danos individuais e sociais.

Mas em Portugal, apesar dos sucessivos planos de combate, os jovens
começam a consumir álcool muito cedo.

Confrontado com os resultados do ranking elaborado pelo Comité
Científico Independente sobre as Drogas do Reino Unido, o ex-director
do Centro de Alcoologia de Lisboa Domingos Neto não se mostra
minimamente surpreendido. "O álcool é muito mais perigoso do que se
imagina", comenta o psiquiatra. É responsável por "cerca de 40
doenças, além de muita violência, conflitos e perturbação da ordem
pública", enumera. Ainda assim, "há imensas forças a favor do consumo
dos jovens", um "lobby fortíssimo que protege as bebidas alcoólicas".

E a dependência do álcool continua a ser "muito tolerada" em Portugal,
onde, para um máximo de "entre 70 a 80 mil toxicodependentes pesados",
existem cerca de 500 mil pessoas com síndrome de dependência de
álcool. Mas o problema não é só português. "O álcool é a cocaína da
Europa", diz o psiquiatra, que lamenta que em Portugal "falte uma
atitude de saúde pública integrada para combater" este problema.

A cocaína também surge no ranking britânico, mas bem longe do álcool,
da heroína e do crack. E o tabaco aparece logo a seguir, acima das
anfetaminas, do ecstasy e dos cogumelos mágicos (ver gráfico).
Realizado pelo comité liderado pelo ex-consultor governamental
britânico David Nutt - demitido em 2009 depois de propor a alteração
da classificação das drogas e de chegar a afirmar que andar a cavalo
era mais perigoso do que consumir ecstasy -, o ranking foi ontem
apresentado em Londres, numa reunião em que participou o presidente do
Instituto da Droga e Toxicodependência, João Goulão, agora responsável
pela aplicação da política portuguesa do álcool.

O que pensa Goulão do estudo? "É uma metodologia que, não sendo
perfeita, pode ser uma nova forma de avaliar, sem pressupostos
ideológicos, o que realmente é perigoso", concede.

Sobre a política portuguesa a este nível João Goulão lembra que o
Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool -
aprovado este ano e que prevê o aumento da idade de proibição de venda
dos 16 para os 18 anos e a redução da taxa de alcoolemia para
recém-encartados até 2012 - contempla metas que "vão demorar algum
tempo" a concretizar. Defende, aliás, que a primeira medida "não faz
sentido sem que a proibição de venda a menores de 16 anos seja
efectiva". E isto passa mais "pela educação e formação dos pais,
envolvendo os jovens e os vendedores", do que pela "repressão".

Mas reconhece que há aspectos da lei que devem ser revistos. Dá o
exemplo da fiscalização, a cargo da ASAE e das polícias. As
autoridades apenas podem abrir processos se apanharem os jovens em
flagrante delito.

Num estudo divulgado este ano, a associação de defesa dos consumidores
Deco concluiu que mais de metade dos jovens com idade inferior a 16
anos compravam bebidas alcoólicas, apesar da proibição legal.