/* Commented Backslash Hack hides rule from IE5-Mac \*/

PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

quarta-feira, março 25, 2009

# Recomeça...

Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.

Miguel Torga
Sent by: Maria João Tavares

segunda-feira, março 23, 2009

# O Papa e a Sida

Grande clamor provocaram as palavras de Bento XVI sobre o preservativo
e a sida. Já seria de esperar. Uma resposta a um jornalista tem mais
destaque do que vários discursos que contêm o que da sua mensagem é
mais relevante. Mas desta vez não são apenas os jornais a criticar o
Papa, são ministros de governos europeus, que o acusam de
insensibilidade perante o flagelo da difusão dessa doença.

Uma acusação profundamente injusta, porém.

O Papa não ignora os males da difusão da sida. Apontou um remédio
(disso não falam os jornais) não só moralmente mais correcto, mas mais
eficaz. A educação e alteração de comportamentos, a abstinência e a
fidelidade, são caminhos que ninguém pode contestar como mais eficazes
de combate a essa difusão. O preservativo não garante uma eficácia
absoluta e as campanhas que o promovem como se fosse um
"salvo-conduto" que torna inofensiva a promiscuidade criam uma
segurança ilusória e contraproducente. A experiência do Uganda, o país
africano com mais sucesso neste âmbito, que optou por campanhas que
privilegiam a alteração de comportamentos, demonstra-o. Também me
recordo de ter ouvido uma vez uma religiosa moçambicana dizer que,
apesar de promoção do uso de preservativos chegar a todos os cantos do
seu país (a ponto de não saber o que seria possível fazer mais no
sentido dessa promoção), a difusão da doença não deixa de aumentar.

Parece-me muito pouco respeitoso – direi até ofensivo – para os povos
em questão dizer que não é realista apelar à abstinência e fidelidade
da população e juventude africanas em geral. Como se os africanos
tivessem uma menor capacidade de dominar os seus instintos, capacidade
que nos define como pessoas. Também neste aspecto a experiência do
Uganda revela o contrário.

E se há grupos da população indiferentes a esse apelo do Papa, também
esses grupos serão certamente indiferentes ao juízo moral que o Papa
possa fazer sobre o uso do preservativo.

A Igreja Católica é a instituição que, à escala mundial, mais se tem
dedicado à assistência às vítimas da sida. Em África tem-se destacado,
entre muitas outras, a acção da Comunidade de Santo Egídio (o
movimento a cujos esforços diplomáticos se ficou a dever o fim da
guerra civil em Moçambique), que procura tornar tratamentos
antiretrovirais acessíveis a todos os doentes.

Governos tão reticentes a "abrir as mãos à bolsa" quando se trata de
apoiar o desenvolvimento de África (mesmo contra compromissos já
assumidos) talvez não tenham muita autoridade para criticar a Igreja,
que, com menos recursos, talvez faça mais do que qualquer deles pela
promoção da saúde neste continente.

Pedro Vaz Patto

sexta-feira, março 20, 2009

# Em 2008 morreram menos 10% das pessoas nas estradas do que em 2007

Relatório anual de sinistralidade rodoviária é apresentado hoje
Acidentes nas estradas portuguesas mataram 776 pessoas no ano passado
20.03.2009 - 09h49 Lusa
Durante o ano passado foram registados 33.613 acidentes nas estradas
portuguesas, provocando 776 mortos, 2606 feridos graves e 41.327
feridos ligeiros, segundo o relatório anual de sinistralidade
rodoviária que será apresentado hoje.

Em comparação com 2007, registaram-se menos 1698 acidentes, menos 82
mortos, menos 529 feridos graves e menos 2457 feridos ligeiros.

O documento indica também que a colisão foi o tipo de acidente mais
frequente, representando 52 por cento do total de acidentes e
provocando 41 por cento dos mortos e 46 por cento dos feridos graves
de 2008. Seguem-se os despistes e os atropelamentos.

O índice de gravidade dos acidentes, associado aos despistes, registou
um ligeiro aumento no ano passado face a 2007.

Os atropelamentos, que representaram 16 por cento dos acidentes, 16
por cento dos mortos e 20 por cento dos feridos graves, provocaram 136
vítimas mortais, menos uma do que em 2007.

Segundo o relatório, 28 por cento das vítimas mortais no ano passado
foram jovens entre os 20 e os 34 anos, apesar de ter havido uma
redução relativamente ao ano anterior. Em 2008 morreram 84 condutores
com mais de 75 anos, representando 11 por cento do total dos mortos.

A maioria das vítimas da sinistralidade rodoviária (59 por cento) são
condutores, seguindo-se os passageiros (29 por cento) e os peões (13
por cento).

Os acidentes com automóveis ligeiros foram os que provocaram um maior
número de vítimas mortais (393), menos 39 do que em 2007, e os
desastres com motas causaram 164, mais sete do que no ano anterior.

Segundo o documento, 71 por cento dos acidentes e 62 por cento dos
feridos graves ocorreram dentro das localidades em 2008, enquanto o
número de vítimas mortais foi superior fora das localidades (53 por
cento).

No entanto, houve mais 25 mortos (7,3 por cento) em acidentes dentro
das localidades relativamente a 2007.

Lisboa foi o distrito com maior número de vítimas mortais (93),
seguindo-se o Porto (84), Setúbal (77) e Aveiro (70).

Os menores índices de mortalidade rodoviária registaram-se nos
distritos de Vila Real (onze mortos), Portalegre (doze), Guarda e
Bragança (16 cada um).

segunda-feira, março 16, 2009

# Primeiro cego a disputar eleições autárquicas no Porto

O socialista António Mourão é o primeiro cego a disputar umas eleições
autárquicas na cidade do Porto, procurando retirar a Junta de
Freguesia de Cedofeita à coligação PSD/CDS.

A entrada de António Mourão na política, em 2006, foi na ocasião
saudada por Marcelo Rebelo de Sousa, no seu programa dominical, como
um acto de coragem, dados os preconceitos ainda existentes na
sociedade portuguesa. "Marcelo falou com muita propriedade. Só quem cá
anda é que sabe, há de facto ainda muita dificuldade em aceitar a
diferença, muito preconceito", disse hoje António Mourão.

Este professor de Filosofia no ensino secundário foi em 2006 eleito
presidente da secção de Cedofeita do PS com mais de 60 por cento dos
votos. Desta vez, a estrutura deu-lhe um apoio esmagador, com apenas
um branco, deixando o seu adversário na disputa pelo cargo, o
"alegrista" Ernesto Silva, sem um único voto.

António Mourão justificou a sua candidatura com "uma vontade de
intervir, de participar na vida colectiva e poder pôr em prática o
discurso" que tem proferido em vários momentos dentro do partido. O
último "palco" de uma intervenção deste dirigente foi o Congresso de
Espinho, onde Mourão viu transmitida na TVI a sua comparação entre o
Sócrates grego e aquele que lidera o PS.

Recordando que o Sócrates grego "fez descer a filosofia do céu para a
terra", Mourão elogiou o Sócrates português por "fazer descer a
política da ideologia para a acção". António Mourão admite ter pela
frente um desafio difícil, já que nas últimas autárquicas o PS
ficou-se naquela freguesia pelos 27,8 por cento, enquanto a coligação
PSD/CDS obteve 50,5 por cento.

Mas o candidato diz confiar no facto de haver já muita gente que o
conhece na freguesia, nomeadamente porque deu aulas em dois dos seus
principais liceus - o Carolina Michaëlis e o Rodrigues de Freitas, e
na sua capacidade de convencer os mais de 24 mil eleitores de
Cedofeita na ronda de contactos que pretende fazer porta-a-porta.
10.03.2009 - 18h12 Lusa

quarta-feira, março 11, 2009

# Administradores da Air Berlin renunciam a metade do valor dos prémios

A transportadora aérea alemã Air Berlin anunciou que a administração e
a direcção só vão receber 50 por cento do valor dos prémios de gestão
relativos a 2008.

Esta medida, que se insere num programa global de contenção de custos
da empresa, vai permitir poupar cerca de dois milhões de euros.

A decisão foi tomada apesar de as previsões da Air Berlin, segunda
maior companhia de aviação na Alemanha, apontarem para "um resultado
operacional positivo" no que diz respeito ao exercício do ano passado.
11.03.2009 - 17h15 Raquel de Almeida Correia Publico.pt

quinta-feira, março 05, 2009

# Lei e Selva

DESTAK| 05 | 03 | 2009  
Não falta muito para todos os portugueses terem cadastro na polícia. Com a ASAE e DGCI, radares de trânsito e inspecções periódicas, fiscalizações às instalações domésticas, código laboral, regulamentos ambientais e de consumo, entre muitos outros, cada cidadão, sobretudo se produtivo e inovador, conseguirá em breve uma contravenção grave no seu registo criminal.
 
Antes a lei tratava apenas dos crimes sérios. Vivia-se em liberdade mas se alguém fazia um grande mal era severamente punido. Hoje a maioria dos fiscais, inspectores, polícias e juízes trata, não de criminosos, mas de pessoas honestas. Todos vivemos debaixo de suspeita num Estado que regula os mais pequenos passos da vida.
 
A razão da mudança é clara: perda de confiança. Desde a Antiguidade que a base da vida em comum era a honra. Sempre houve malandros e abusadores, mas toda a gente era educada para ser honrada e acreditar na honra dos demais.
 
Hoje o tempo é cínico e desconfiado, convencido de que só com castigos legais se impede os outros de violarem as regras. Desapareceram as condicionantes morais porque a ética é a lei. Sem portaria que proíba e puna, tudo é permitido.
As pessoas não são nem mais nem menos corruptas do que sempre foram, mas acham que os outros são horríveis. Continuam a considerar-se honestas, mas sentem-se rodeadas por bandidos. A imprensa encarrega-se de alimentar a suspeita. Por isso, vivendo na sociedade mais sofisticada de sempre, sentimo-nos num clima de selva, só controlado por polícias e multas. Mais bárbaro que as tribos primitivas.
 
João César das Neves

terça-feira, março 03, 2009

# Assinaturas de telemóvel equivalem a 60% da população mundial + 23% usa a Web

África é o continente onde o crescimento foi maior
 
03.03.2009 - 09h55 Publico.pt
O número de assinaturas de telemóvel no mundo ascendia a 4,1 milhões de milhões no final do ano passado, o equivalente a seis décimos da população mundial, revela um relatório das Nações Unidas, citado hoje no diário britânico "The Guardian".
O crescimento exponencial do uso das comunicações móveis já permitiu que fosse ultrapassada a fasquia do número de assinaturas equivalente a metade da população mundial, nota o diário. No entanto, não é possível determinar qual é a percentagem real dos 6,7 milhares de milhões de habitantes do planeta que tem um telemóvel.
No entanto, o relatório da União Internacional das Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês, a agência das Nações Unidas para o sector das telecomunicações) revela que África é o continente onde o crescimento das comunicações móveis mais cresceu desde 2002. A penetração passou de um telemóvel por cada 50 pessoas no princípio do século para os 28 por cento actuais.
Dois terços dos telemóveis em todo o mundo estão em países em vias de desenvolvimento, onde o mesmo aparelho pode ser usado por várias pessoas diferentes, refere o "Guardian".
Entretanto, a penetração do telemóvel ultrapassou largamente a do telefone fixo, que cresceu de um milhar de milhão em 2002 para 1,3 milhares de milhões.
"Tem havido claramente uma mudança para os telefones móveis", refere a ITU. "Em contraste com este crescimento, não se verificou praticamente qualquer crescimento dos telefones fixos na última década".
Um quarto da população mundial usa a Internet
O relatório refere ainda um crescimento muito forte do número de utilizadores da Internet, que equivale actualmente a cerca de um quarto da população mundial. O número de utilizadores da Web subiu de 11 por cento da população do globo em 2002 para 23 por cento no ano passado.
No entanto, apenas cinco por cento têm banda larga em casa, um número que sobe para 20 por cento nos países desenvolvidos.
A Suécia, a Coreia do Sul e a Dinamarca aparecem nos três primeiros lugares de um ranking dos países com maior uso das telecomunicações, num total de 154 países classificados.
O relatório prevê que a crise económica global venha a afectar o ritmo de crescimento do uso do telemóvel e da Internet, em particular nos países em desenvolvimento, nos quais representam uma proporção importante do rendimento médio das populações. No entanto, isso não significará uma mudança drástica: "Apesar da crise económica, os desenvolvimentos actuais das telecomunicações não deverão mudar drasticamente, dada a natureza penetrante das tecnologias de comunicação e de informação.

segunda-feira, março 02, 2009

# É possível rir no meio da fome e da guerra

28.02.2009 - 23h16 Fernando Sousa in Publico.pt

O que é que há de comum entre uma praia de Gaza e um bando de miúdos em Kigali? Ou, dito de outra maneira: qual é a distância mais curta entre duas pessoas? O sorriso, segundo Jordi Baiget, que, tal como Georges Matichard, anda pelo mundo a arrancá-los de graça.

Imagine-se uma tenda azul virada para o mar no pequeno território do Hamas. Durante uns minutos não acontece nada. Mas depois alguém deve gritar qualquer coisa do género "vêm aí! Vêm aí!", e não está a referir-se aos israelitas. Ainda é Agosto de 2008. Ainda não chegou Dezembro, muito menos Janeiro. Ainda não há aviões nem soldados, nem bombardeamentos nem tiros. Ainda não começou a correr mundo a foto daquele miúdo palestiniano sentado na terra, a mão esquerda metida nos calções e a direita a apoiar a cabeça, à sombra do rodado de um carro esventrado.

E chega Didí, mais a sua trupe, a arrastarem malas. IhIhIhIhIh!! EhEhEh!! Trazem narizes vermelhos, bochechas cor-de-rosa, cabelos a explodir, calças XXL, axadrezadas ou brancas às bolinhas, meias às listas e bóias de praia ao pescoço. Ele é de repente o mais animado. Sopra numa gralla – um instrumento primo do oboé – para tirar sons sem jeito no meio de um nunca acabar de pantominices, de bate-cus. A tenda começa a abrir a boca e chegam os risos e as gargalhadas.

Bom, há gente que ainda não se ri: uma mulher grande de negro fica na mesma. Outra não se sabe: só se lhe vêem os olhos debaixo do véu.

Sorrisos iguais
E foi assim que Jordi Baiget, catalão, que cresceu a rir-se com Charli Rivel e a arrastar uma cadeira pela casa e a tentar sentar-se nela, tal como contou ao PÚBLICO, cumpriu uma das últimas missões dos Payasos Sin Fronteras.

Ainda foi ao outro lado, a duas povoações israelitas. Numa não o deixaram actuar – vinha do lado palestiniano. Noutra os sorrisos eram "iguais".

Mais um exercício. Agora estamos em Cabul, no Afeganistão. Matichard veste as suas calças três números acima, põe o nariz postiço, treina os trejeitos, os sons. A certa altura, pára, "apreensivo". Treinou muito no seu canto, mas assalta-o a dúvida de sempre: "Será que se vão rir disto?"

"Senhoras e senhores, os palhaços!" Ele e a trupe entram, o ambiente aquece, os miúdos gostam e os adultos também. Resultou. Este é sempre um momento diferente. Confundido entre os mais novos, "um velho barbudo afegão de olhar negro estala em risos como as crianças".

E foi assim também, tal como Baiget, que o francês Georges Matichard, dos Clows Sans Frontières, que há 28 anos trocou, com os quatro filhos, a cidade pelas montanhas de Cévennes, foi fazer rir muito, muito longe de Lozère, num país onde as únicas notícias todos dias são mais x talibans mortos, mais um soldado da força multinacional caído, ou como há mais campos de dormideiras do que antes.

Mas a profissão de arrancar risos pode ser perigosa – ou pesada. Didí teve o seu baptismo de fogo nos Balcãs, em 1993,e não achou piada nenhuma. Foi quando foi à Bósnia-Herzegovina. A região metia era medo. "De repente éramos um grupo de palhaços no meio do caos, a trabalharmos duramente e em condições adversas", lembra.

Ainda tem aquilo à flor da pele. "Um dia lançaram uma granada durante uma representação em Mostar [Leste]. Assistiam umas 800 pessoas, na maior parte crianças. De um momento para o outro desapareceram todos e nós ficámos imóveis e sozinhos no meio da praça, sem tempo de perguntarmos o que se estava a passar".

O que aconteceu depois foi tão rápido como a bomba. Exigiram-lhes que continuassem. Então ele pegou na sua gralla e voltou a arrancar sons sem jeito. As crianças voltaram. O espectáculo continuou e a guerra também, com sorrisos de um lado e rajadas de metralhadora do outro.

Mas pode haver pior – ou melhor, depende da perspectiva. Uma vez, estava na Serra Leoa, num hospital de Lunsar. Depois de visitar as instalações, de onde saiu "com o coração encolhido e um peso no estômago", foi ao encontro dos miúdos.

"Vê-los no pátio sentados no chão a agarrarem as bolsas de quimioterapia e a rirem-se é talvez uma das melhores lições de luta pela vida, e transformamos as nossas lágrimas e damos tudo." No fim "todos querem tocar-nos, abraçar-nos, e isso é o melhor que nos pode acontecer, no meio da tristeza, que é um banho de crianças, o palhaço incluído".

Um palhaço não chora
Lágrimas transformadas: "Creio que um palhaço nunca deve chorar à frente de meninos e meninas; para eles, chorar é sinónimo de dor e nós somos os embaixadores da alegria e do riso".

Com Matichard, foi em Cabul. E também ele nunca mais esqueceu. Entre as muitas recordações "incríveis", uma das mais fortes foi quando um dia representava no terraço de um edifício para meia centena de crianças, umas surdas-mudas outras sem um braço, ou uma perna, ou as duas coisas, por culpa da guerra.

"Uma criança que perdeu tudo continua a ser uma criança. O pior é quando é a própria imaginação que desaparece. Quando se perdeu tudo, pode-se ainda sonhar, esperar; mas, e quando já não se pode imaginar?"

Estas foram só algumas das missões dos Palhaços Sem Fronteiras, movimento iniciado há 16 anos na Catalunha com muito mundo já feito. Uma das últimas visitas foi a El Salvador, entre Janeiro e agora: 40 representações em escolas, creches, hospitais, centros penais e pequenas aldeias, para um total de 7 mil crianças.

"Em alguns casos, quando chegávamos às povoações, estavam à nossa espera empoleiradas nas árvores. Noutros, famílias inteiras fizeram trajectos de várias horas, a pé, para ver a nossa actuação", contou Júlio Pedrosa numa entrevista ao jornal digital Hoy.

Em Março vão a Montevideu, Uruguai. O programa inclui música, ilusionismo, magia. E a seguir vão a muitos mais sítios. Desde 1993 que é assim, num mundo cada vez mais pequeno, porque, diz Didí, "a distância mais curta entre duas pessoas é o sorriso".