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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sexta-feira, dezembro 30, 2005

#Laboratório de Felicidade...

"A felicidade é a consciência de viver na verdade para ser cada vez mais
livre."

"A felicidade não é uma obrigação, não é um direito, não é uma conquista, é
uma tarefa."

"A felicidade depende do que faço com o que me acontece."

"A felicidade é a prova de que sou inacabado, estou em processo de
crescimento. O desejo de felicidade é a prova da minha insuficiência."

"Ninguém tem toda a felicidade. Ninguém nasce limitado, impedido de ser
feliz."

"A felicidade não depende só das circunstâncias, mas sim do meu QUERER."

"Todas as coisas existem para sermos felizes."

"A felicidade vem quando eu for completamente eu, sem medo de nada, de
ninguém, nem de mim."

"A felicidade dá imenso trabalho."

"A felicidade não vem quando eu deixar de ter problemas e frustrações, vem
quando eu os aceitar e os incluir no que sou."

"Se criares oportunidades para os outros serem felizes podes ser ainda mais
feliz."

"Confundimos muitas vezes o bom e o agradável, e o bom pode ser
desagradável."

"A felicidade não é repetir momentos."

"Não há felicidade sem feridas. Ela não é indolor."

"A maturidade é a capacidade de não fugir de mim."

"Nada ajuda tanto à liberdade como a verdade."

"A verdade gera liberdade, e a liberdade gera verdade. Destas duas surge a
felicidade."

Carlos Carneiro sj

#Your muscle

"I do not want to talk about what you understand about this world.
I want to know what you will do about it.

I do not want to know what you hope.
I want to know what you will work for.

I do not want your sympathy for the needs of humanity.
I want your muscle." - Robert Fulghum

quarta-feira, dezembro 28, 2005

#Encontra um meio...

Quem quer fazer algo encontra um meio, quem não quer fazer nada arranja uma
desculpa.
(Provérbio árabe)

O fácil é sermos como muitos. O difícil é sermos únicos.
(José António Salcedo, in "O Fácil e o Difícil")

"Nossas loucuras ficarão guardadas para sempre, nos corações dos loucos e
na ignorância dos caretas. "
(Anónimo)

"A minha alma é presa da mais livre loucura"
(Anónimo)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos
os sonhos do mundo.
(Álvaro de Campos)

terça-feira, dezembro 27, 2005

#Aquilo que Jesusnão é - C. S. Lewis

(do autor de As Crónicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa)

Deus deu à espécie humana aquilo que eu chamo bons sonhos: quero dizer,
histórias piegas espalhadas pelas religiões pagãs acerca de um deus que
morre e regressa à vida e, pela sua morte, de algum modo, dá vida nova ao
homem. Ele também escolheu um povo particular e gastou vários séculos a
martelar nas suas cabeças o tipo de Deus que Ele era ? que Ele era Um e que
Ele se preocupava com a boa conduta. Essa gente eram os Judeus e o Velho
Testamento dá-nos conta do processo da martelada.

É aí que entra o verdadeiro choque. Entre estes Judeus, de repente há um
homem que começa a falar como se Ele fosse Deus. Ele diz que perdoa os
pecados. Ele diz que Ele existiu sempre. Ele diz que vem para julgar o
mundo no fim dos tempos. Aqui tenhamos isto claro. Entre os Panteístas,
como os Indianos, qualquer um pode dizer que é uma parte de Deus, ou um com
Deus: isto não será nada estranho. Mas este homem, que era Judeu, não podia
querer dizer que era esse tipo de Deus. Deus na língua daquela gente,
significava o Ser fora do mundo que tinha feito o mundo e que era
infinitamente diferente de qualquer outra coisa. E quando se percebe isto,
pode-se ver como o que aquele homem dizia era, simplesmente, a coisa mais
chocante alguma vez sussurrada por lábios humanos.

Uma parte da pretensão tende a passar ao nosso lado despercebida porque a
ouvimos tantas vezes que já não sabemos de que se trata. Estou a falar da
pretensão de perdoar os pecados: quaisquer pecados. A não ser que quem diz
isto seja Deus, isto é tão prepóstero como cómico. Todos podemos
compreender como um homem perdoa as ofensas contra si próprio. Pisas-me o
dedo do pé e eu desculpo-te, roubas-me o dinheiro e eu desculpo-te. Mas o
que pensar de um homem, que não foi roubado ou pisado, que anunciou que te
perdoou por ter pisado os dedos do pé de outro homem e roubado o dinheiro
de outro homem? Fatuidade asinina é a descrição mais moderada que daríamos
a esta conduta. Contudo, isto é o que Jesus fez. Ele disse às pessoas que
os seus pecados estavam perdoados sem nunca ter esperado para consultar
todas as outras pessoas a quem aqueles pecados tinham sem dúvida
prejudicado. Ele comportava-se deliberadamente como se Ele fosse a
principal parte interessada, a pessoa mais gravemente ofendida com todas as
ofensas. Isto só faz sentido se Ele for realmente o Deus cujas leis são
quebradas e cujo amor é ferido com cada pecado. Na boca de quem quer que
não seja Deus estas palavras implicariam o que eu só consigo classificar
como tontice e presunção nunca antes rivalizadas por qualquer personagem na
história.

Porém (e isto é a coisa estranha e significativa) mesmo os Seus inimigos
quando liam as Escrituras, não ficavam usualmente com a impressão de
tontice e presunção. Ainda menos ficarão os leitores sem preconceito.
Cristo diz que Ele é humilde e doce e nós acreditamo-lO, não reparando, que
se Ele fosse meramente um homem, humildade e doçura são das últimas
características que poderíamos atribuir a algumas das Suas palavras.

Estou a tentar aqui evitar que alguém diga a coisa realmente idiota que as
pessoas dizem muitas vezes d?Ele: ?Estou pronto a aceitar Jesus como um
grande mestre de moral, mas não aceito a Sua pretensão de ser Deus.? Esta é
a coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse meramente homem e
dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre de moral.
Seria ou um lunático ? ao nível de um homem que diz que é um ovo escalfado
? ou então seria o Diabo do Inferno.

Temos que fazer a nossa escolha. Ou este homem era, e é, o Filho de Deus ou
então é um louco ou qualquer coisa pior. Pode-se ignorá-lo como um louco,
pode-se cuspir-Lhe e matá-Lo como um demónio; ou pode-se cair a Seus pés e
chamar-Lhe Deus e Senhor. Mas deixemo-nos de vir com disparates
condescendentes acerca d?Ele ser um grande mestre humano. Ele não nos
deixou essa saída. Ele não fez tenções disso.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

#Eunão tenho

Eu não tenho chão
Eu não tenho casa
Eu não tenho pão
Estou vendendo as asas
Que possuo por não ter nada mais
Vez em quando leite, vez um feijão
Quem jamais ganhou presente de Natal?
Eu não tenho chão
Só grão de esperança
Deixa pra lá
Há quem tenha por nós
Eu não tenho chão
Eu não tenho casa (nada)
Eu não tenho pão
Estou vendendo as asas
Que possuo por não ter nada mais
Vou longe com Deus e asas que levo
Vejo os castelos frente ao meu brinquedo
Eu não tenho som
Canto o que me dão
Viva a vida, vida viverá
Mas vejo nos olhos de esmeralda
Um dom que sossega a minha tristeza
Só ela constrói
Sem ela tudo me dói
Deixa pra lá
Há quem tenha por nós

Vanessa da Mata ( compositora e cantora de MPB)

Sent by: Mónica Claro

#Experiência....

A redacção que se segue foi escrita por um candidato numa selecção de
Pessoal na Volkswagen. A pessoa foi aceite e o seu texto está a fazer furor
na Internet, pela sua criatividade e sensibilidade.

"Ja fiz cócegas à minha irmã só para que deixasse de chorar, ja me queimei
a
brincar com uma vela, ja fiz um balão com a pastilha que se me colou na
cara toda, ja falei com o espelho, ja fingi ser bruxo.

Ja quis ser astronauta, violinista, mago, caçador e trapezista; ja me
escondi atras da cortina e deixei esquecidos os pés de fora; ja estive sob
o chuveiro até fazer chichi.

Ja roubei um beijo, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e
ainda sigo caminhando pelo desconhecido.

Ja raspei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, ja me cortei ao
barbear-me muito apressado e chorei ao escutar determinada música no
autocarro.

Ja tentei esquecer algumas pessoas e descobri que são as mais difíceis de
esquecer.

Ja subi às escondidas até ao terraço para agarrar estrelas, ja subi a uma
arvore para roubar fruta, ja caí por uma escada.

Ja fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinho na
casa de banho por algo que me aconteceu; ja fugi de minha casa para sempre
e voltei no instante seguinte.

Ja corri para não deixar alguém a chorar, ja fiquei só no meio de mil
pessoas sentindo a falta de uma única.

Ja vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, ja mergulhei na piscina e
não quis sair mais, ja tomei whisky até sentir meus lábios dormentes, ja
olhei a cidade de cima e nem mesmo assim encontrei o meu lugar.

Ja senti medo da escuridão, ja tremi de nervos, ja quase morri de amor e
renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial, ja acordei no meio
da noite e senti medo de me levantar.

Ja apostei a correr descalço pela rua, gritei de felicidade, roubei rosas
num enorme jardim, ja me apaixonei e pensei que era para sempre, mas era um
"para sempre" pela metade.

Ja me deitei na relva até de madrugada e vi o sol substituir a lua; ja
chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegaram outros novos e
que a vida é um ir e vir permanente.

Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente
da emoção e guardados nesse baú chamado coração...

Agora, um questionario pergunta-me, grita-me desde o papel: " - Qual é a
sua experiência?"

Essa pergunta fez eco no meu cérebro. "Experiência.... "Experiência... "

Será que cultivar sorrisos é experiência?

Agora... agradar-me-ia perguntar a quem redigiu o questionario:

" - Experiência?! Quem a tem, se a cada momento tudo se renova???"

Sent by: Luísa Cardoso

quinta-feira, dezembro 22, 2005

#O rochedo

Quando descansarei nesta praia?
Quando atirarei a areia para o ar e mergulharei no teu abraço que pára o
tempo?

Vejo as ondas que chegam e não partem, de onde vieram? Caminharam de tão
longe, que exaustas descansam eternamente por entre cada grão de areia.
Será que imaginavam esta praia? A viagem tornou-as no que queriam ser?
Será que desejavam embater com força num rochedo e voar?

É estranho pensar que é o embate na pedra que faz voar... alguma vez vemos
isso na nossa história?
Aquele momento em que saímos de nós e voamos... pairamos...
Esses momentos em que somos o céu!
Azul como ele, lá em cima como ele, leve como ele...

O vento sopra forte e encontro-me só nesta praia, à espera de uma onda? De
um grão de areia?
Será antes a espera de uma mão, de um olhar?
Não.
Não quero descansar nesta praia.
Quero embater com toda a força da tempestade no rochedo, porque sei que vou
voar.
E sorrir...

Jorge Mayer

#Citações José Martí

Este homem é sem dúvida o pai de Cuba, reverenciado por todos os cubanos e
reconhecido como um dos maiores pensadores do seu tempo.

José Martí ( 1853 - 1895 )

José Martí es el Apóstol de la República de Cuba. Después de innumerables
intentos patrióticos por independizar la isla de Cuba del Imperio Español,
Martí organizó la guerra que lograría lo imposible.
Pero la guerra costó sangre, mucha sangre, incluyendo la vida del Apóstol.
http://www.damisela.com/literatura/pais/cuba/autores/marti/

Citações:

?La única ley de la autoridad es el amor.?

?La única verdad en esta vida y la única fuerza, es el amor.?

?Amar no es más que el modo de crecer.?

?¡Amado será el que ama!?

?Hay que ir levantando fortalezas de cariño.?

?La capacidad de amar es la única que hace al hombre grande y feliz.?

?Así se crea: amando.?

?El amor vigoriza, enciende y fecunda.?

?El gozo de querer aviva la sangre.?

?El cariño es la llave del mundo.?

?Es hombre de veras porque ha amado.?

?Sentirse amado fortalece y endulza.?

?Amado es todo el que ama.?

?Amar es más útil que odiar.?

?Del mismo germen son la miel, la luz y el beso.?

?Sólo el amor engendra melodías.?

?Cada beso, es un huésped del corazón.?

?Patria es eso, equidad, respeto a todas las opiniones y consuelo al
triste.?

?Me parece que me matan un hijo cada vez que privan a un hombre del derecho
de pensar.?

?De los derechos y opiniones de sus hijos todos está hecho un pueblo, y no
de los derechos y opiniones
de hecho un pueblo, y no de los derechos y opiniones de una clase sola de
sus hijos.?

?Han de tenerse en grado igual y sumo la conciencia del derecho propio y
el respeto al deredcho ajeno:
y de éste se ha de tener un sentimiento más vivo y delicado que de aquél.?

?Por la soberbia e injusticia del mundo, la revolución pudiera caer en
hombres que olvidasen el derecho
y el amor de los que les pusieron en las manos el arma del poder y de la
gloria.?

?Y LA PATRIA ES DE TODOS y es justo y necesario que no se niegue en ella
asiento a nunguna virtud.?

?La patria necesita sacrificios. Es ara y no pedestal.?

?Patria es algo más que opresión, algo más que pedazos de terreno sin
libertad y sin vida, algo más que
derecho de posesión a la fuerza.?

?¡No se miente cuando se lleva a la patria en el corazón!?

?Debiera tener un astro nuevo cuando cae en la patria un hombre que la
defiende.?

?La patria no es comodín que se abre y se cierra a nuestra voluntad.?

?Prefiero ser yo extranjero en otras patrias, a serlo en la mía.?

?En cuanto huele a triunfo, caen del cielo los patriotas.?

?¿Se bebe agua, y se tiene que pagar por ella, y se quiere libertad y no se
quiere pagar por ella??

?Un buen canto es un buen huésped.?

?Lo verdadero es lo que no termina: y la música está perpetuamente
palpitando en el espacio.?

?No es lo bello en la música la nota que se toca: es más bella la nota que
se adivina y se desprende.?

?Para la gente común, su poco de música común.?

?En la música, es más bello lo que brota de ella que ella misma.?

?Sólo ama y entiende a Chopin quien le conoce a la música lo más fino y
misterioso del alma.?

?La música es el hombre escapado de sí mismo: es el ansia de lo ilímite
surgido de lo limitado y de lo
estrecho: es la armonía necesaria, anuncio de la armonía constante y
venidera.?

?Yo para entender a los hombres, estoy estudiando los insectos: que no son
tan malos como parecen, y
saben tanto como nosotros.?

?Los pueblos se amasan con sangre de hombres.?

?Sobre cada un hombre debe pesar la carga de todo el universo.?

?Los hombres cierran el paso a los que no se les encorvan.?

?Hay hombres varones y hay hombres hembras.?

?El hombre acude a la fortuna, como el mendigo al sol.?

?De un lado estarán los buenos, blancos y negros; y de otro los malos,
negros y blancos.?

?Un hombre es el instrumento del deber: así se es hombre.?

?Ya se sabe que quien entra en medio de los hombres, no saldrá a su cabeza
sino lapidado.?

?Por encima del hombre, sólo el cielo.?

?No son vanas las vidas puras.?

?La paga ha de venir después de la obra.?

?La vida es romántica. sólo la necesidad no lo es.?

?La vida es un asalto. Y se puede dormir; pero sobre la trinchera.?

?Así es la vida, que no cabe en ella todo el bien que pudiera uno hacer.?

?La vida tiene horas de oro, en que parece que el sol sale en el alma y,
como ejército que asalta, escala
y bulle la gloria por las venas.?

?Es un pecado en este mundo tener la cabeza un poco más alta que la de los
demás.?

?Conocerás el mundo, antes de darte a él.?

?La vida es fruta áspera, que rompe los labios.?

?La vida come, y por donde pasa deja la huella de su diente.?

?Para vivir no hay más que un medio: sobreponerse a la vida.?

?Es una forma de la desventura, venir a la vida con todas las condiciones
necesarias para salirse de ella.?

?No sé yo que se vaya por calzadas al fondo de una mina.?

?No hay muerte que no se transforme en vida, ni gran esclavitud de que no
surja una grandiosa
redención.?

?La vida es como el pan, que agrada al sabor después de hecho, pero se hace
con levadura agria.?

Citações sent by: Rita Silva

quarta-feira, dezembro 21, 2005

#Oxalá...

Oxalá, me passe a dôr de cabeça, oxalá
Oxalá, o passo não me esmoreça;

Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá,
Oxalá, o povo nunca se esqueça;

Oxalá, eu não ande sem cuidado,
Oxalá eu não passe um mau bocado;
Oxalá, eu não faça tudo à pressa,
Oxalá, meu Futuro aconteça

Oxalá, que a vida me corra bem, oxalá
Oxalá, que a tua vida também;

Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá
Oxalá, o povo nunca se esqueça;

Oxalá, o tempo passe, hora a hora,
Oxalá, que ninguém se vá embora,
Oxalá, se aproxime o Carnaval,
Oxalá, tudo corra, menos mal

Madredeus

#Pairando...

"Se alguma coisa se te opõe e te fere, deixa crescer. É que estás a ganhar
raízes e a mudar. Abençoado ferimento que te faz parir de ti próprio."
(Saint-Exupéry)

"Dois importantes factos, nesta vida, saltam aos olhos; primeiro, que cada
um de nós sofre inevitavelmente derrotas temporárias, de formas diferentes,

nas ocasiões mais diversas. Segundo, que cada adversidade traz consigo a
semente de um benefício equivalente. Ainda não encontrei homem algum
bem-sucedido na vida que não houvesse antes sofrido derrotas temporárias.
Sempre que um homem supera os reveses, torna-se mental e espiritualmente
mais forte... É assim que aprendemos o que devemos à grande lição da
adversidade."
(Andrew Carnegie a Napoleon Hill)

"Se os meus livros forem publicados, cumprirei o meu sonho; se um dia se
venderem, cumprirei a minha ambição.
Caso contrário, ficarão na minha estante, lado-a-lado com os grandes."
Anónimo

"I came here tonight because when you realize you want to spend the rest of
your life with someone, you want the rest of your life to start as soon as
possible."
In When Harry Met Sally

segunda-feira, dezembro 19, 2005

#Corria...

Era uma vez um homem que corria e corria pela vida...
A vida era curta e necessitava de correr muito para gozar muito e ser
feliz.
E quanto mais corria, mais necessitava de correr! Descobria sempre mais
lugares para visitar.
Necessitava encontrar tudo e gozar de tudo. Até que um dia, cansado de
tanto correr, parou.
Então, a felicidade pôde alcançá-lo.

Anónimo

#A sombra sou eu...

A sombra sou eu

A minha sombra sou eu,
ela não me segue,
eu estou na minha sombra
e não vou em mim.
Sombra de mim que recebo a luz,
sombra atrelada ao que eu nasci,
distância imutável de minha sombra a mim,
toco-me e não me atinjo,
só sei do que seria
se de minha sombra chegasse a mim.
Passa-se tudo em seguir-me
e finjo que sou eu que sigo,
finjo que sou eu que vou
e não que me persigo.
Faço por confundir a minha sombra comigo:
estou sempre às portas da vida,
sempre lá, sempre às portas de mim!

ALMADA NEGREIROS

Sent by :Monica Claro

quinta-feira, dezembro 15, 2005

#Perder no tempo...

Um dia a maioria de nós irá separar-se.

Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das
descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e
momentos que
partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos
finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que
trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar
cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha
vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em
diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua
vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a
vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades....

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos
os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

Sent by: Rui Oliveira

#O meu olhar...

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender. ..

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro

quarta-feira, dezembro 14, 2005

#Posso ter defeitos

"Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo,
e que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa
Sent by: Maria Joao Tavares

terça-feira, dezembro 13, 2005

#Grameen bank - O banco dos pobres (Microcrédito)

Esta é informação sobre o banco dos pobres que começou no Bangladesh, que
provou que quando as pessoas são a prioridade a economia e o mercado global
podem ser usadas para acabar com a pobreza.
2.4 milhões de famílias e 2700 milhões de USD emprestados sem quaisquer
garantias bancárias são números que fazem pensar. Jorge Mayer
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In: http://www.grameen-info.org/index.html




A short history of Grameen Bank
The origin of Grameen Bank can be traced back to 1976 when Professor Muhammad Yunus, Head
of the Rural Economics Program at the University of Chittagong, launched an action
research project to examine the possibility of designing a credit delivery system to
provide banking services targeted at the rural poor. The Grameen Bank Project (Grameen
means "rural" or "village" in Bangla language) came into operation with the following
objectives:
- extend banking facilities to poor men and women;
- eliminate the exploitation of the poor by money lenders;
- create opportunities for self-employment for the vast multitude of unemployed
people in rural Bangladesh;
- bring the disadvantaged, mostly the women from the poorest households, within the
fold of an organizational format which they can understand and manage by
themselves; and
- reverse the age-old vicious circle of "low income, low saving & low investment",
into virtuous circle of "low income, injection of credit, investment, more income,
more savings, more investment, more income".
The action research demonstrated its strength in Jobra (a village adjacent to Chittagong
University) and some of the neighboring villages during 1976-1979. With the sponsorship
of the central bank of the country and support of the nationalized commercial banks, the
project was extended to Tangail district (a district north of Dhaka, the capital city of
Bangladesh) in 1979. With the success in Tangail, the project was extended to several
other districts in the country. In October 1983, the Grameen Bank Project was transformed
into an independent bank by government legislation. Today Grameen Bank is owned by the
rural poor whom it serves. Borrowers of the Bank own 90% of its shares, while the
remaining 10% is owned by the government.




Grameen Bank Grameen Bank (GB) has reversed conventional banking practice by removing the
need for collateral and created a banking system based on mutual trust, accountability,
participation and creativity. GB provides credit to the poorest of the poor in rural
Bangladesh, without any collateral. At GB, credit is a cost effective weapon to fight
poverty and it serves as a catalyst in the over all development of socio-economic
conditions of the poor who have been kept outside the banking orbit on the ground that
they are poor and hence not bankable. Professor Muhammad Yunus, the founder of "Grameen
Bank" and its Managing Director, reasoned that if financial resources can be made
available to the poor people on terms and conditions that are appropriate and reasonable,
"these millions of small people with their millions of small pursuits can add up to
create the biggest development wonder."


Today, in September, 2002, it has 2.4 million borrowers, 95 percent of whom are women.
With 1,175 branches, GB provides services in 41,000 villages, covering more than 60
percent of the total villages in Bangladesh.


Grameen Bank's positive impact on its poor and formerly poor borrowers has been
documented in many independent studies carried out by external agencies including the
World Bank, the International Food Research Policy Institute (IFPRI) and the Bangladesh
Institute of Development Studies (BIDS).


http://www.grameen-info.org/bank/moa.html
Recomendo vivamente a leitura do livro (O banco dos pobres" da Difel, 2002)

#Aúnica coisa admirável na vida...

A vida real é espantosa, a vida comum é única, a vida ordinária é
extraordinária. Quando foi que nos esquecemos disto? A sociedade ocidental,
em nome de um suposto realismo, perdeu a chispa de transcendência que
penetra todo o real. Essa é a origem do seu drama patético. Assim, cada um
vive projectado fora de si, mergulhado em ficções que considera reais.
Vivemos num mundo de aparência. Somos arrastados numa enxurrada de filmes,
romances, novelas, jogos de computador, publicidade. Esta é a era dos
génios, campeões, estrelas, personagens míticas cuja vida queremos viver em
vez da nossa. Os auscultadores e os SMS isolam os jovens do mundo.
A suprema mentira é o reality show, ficção com a ilusão de realismo, que
vai muito para lá do telelixo. Nesta "era da informação" a maior parte da
informação que recebemos é falsa. Se pretendêssemos obter retratos
fidedignos do mundo leríamos as publicações do INE, relatórios das
direcções-gerais e centros de estudo, volumes das organizações
internacionais. Sem paciência, escolhemos os telejornais e a imprensa. Aí
saímos do real e entramos no reality show.
Um repórter, ao cobrir um evento, não está interessado em descrever o que
aconteceu. O que procura é um ângulo de abordagem, um ponto picante, uma
nota polémica. Os jornais publicam, não informação, mas "notícias", textos
dramáticos concebidos livremente a partir da vida monótona. Empolam
alarmes, incitam discussões, sublinham o insólito. Baseiam-se, afinal, no
fundamento das coscuvilhices de comadres. Ver o relato jornalístico de algo
em que participámos é ficar, em geral, com a sensação de ouvir a única
pessoa na sala que não percebeu nada do que ali aconteceu.
O chamado jornalismo de investigação é pior. Pretendendo aprofundar um
tema, estatística, tendência ou fenómeno, o jornalista assume então o lugar
de dramaturgo. Oculta o aborrecido, corrente, natural, para tomar os
aspectos mais incríveis, as interpretações mais alvoroçadas. Depois
colecciona opiniões de especialistas e comentadores, mas escolhidos
artisticamente para encaixar nos papéis destinados. Por vezes procura muito
até conseguir o palpite que compõe o ramalhete.
Não é só nos jornais e televisões que a realidade é distorcida como num
reality show. O debate político há muito que abandonou a objectividade. Não
só usa vorazmente a distorção jornalística, com os desvios referidos, mas
deixou mesmo de se incomodar com o real. A maior parte dos discursos,
entrevistas e comentários ocupa-se exclusivamente de discursos, entrevistas
e comentários. O tema da política é a política. Muitos são influentes só
por serem abstrusos. O mais engraçado é ouvir um político a condenar o
desinteresse de outro pela realidade, sem notar que, ao fazê-lo, cai
precisamente no que condena.
Mas a maior ficção é a divulgação científica. O nosso tempo venera a
ciência como mestra suprema, mas, como a desconhece, toma-a antes como tema
de espectáculo. Romances científicos e canais temáticos divertem fingindo
ensinar teorias rigorosas. A verdadeira divulgação científica existe, mas é
muito difícil e rara, pois necessita, simultaneamente, de profundos
conhecimentos teóricos e forte dose de pedagogia. O que esses livros e
canais fornecem é, em geral, algo muito mais comum, mixordice científica,
um reality show concebido com tons laboratoriais. O resultado inclui as
maiores patranhas intelectuais de sempre, muito mais perigosas que as
antigas lendas mitológicas, que nunca se pretenderam exactas.
Vivemos assim num mundo de doutos ignorantes, que falam com autoridade
sobre o Bush ou a fusão do átomo, porque leram as aldrabices que alguns
lhes impingiram. Consideram-se largamente informados sobre a realidade que
nos rodeia, tendo esquecido totalmente a realidade que os rodeia. Nem
sequer sabem que não sabem. Mas, pior de tudo, vivem projectados fora de
si, num mundo de ficção que lhes tapa a beleza incomparável de si mesmos.
Porque a única coisa admirável na vida é a vida vivida.

Anónimo