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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sábado, janeiro 26, 2013

# Apple ainda não se livrou do trabalho infantil nas suas fábricas

PÚBLICO 25/01/2013 - 23:25

Empresa chinesa empregava crianças com menos de 16 anos.

Não é a primeira vez, mas o problema permanece por resolver. Uma
auditoria interna ordenada pela Apple concluiu que continua a haver
trabalho infantil na cadeia de produção da empresa norte-americana,
incluindo uma fábrica chinesa, que empregava 74 crianças com menos de
16 anos.

Só no ano passado foram detectados 106 casos de trabalho infantil na
cadeia de fornecimento da Apple, diz o mesmo relatório, citado pelo
jornal Guardian.

Este relatório surge após suicídios de funcionários na fábrica da
Foxconn, fornecedora da Apple em Taiwan, onde são montados aparelhos
como o iPad e o iPhone.

A auditoria anual da Apple – que analisou 400 fornecedores – detectou
crianças em 11 fábricas que participam na montagem de produtos da
empresa norte-americana. Algumas delas foram recrutadas com recurso a
documentos falsos.

O relatório refere ainda outras práticas ilegais, como testes de
gravidez obrigatórios ou trabalhadores verem os seus salários
confiscados para pagar às empresas de recrutamento.

A Apple quebrou o contrato com a empresa chinesa que empregava as 74 crianças.

O director-executuvo Tim Cook tinha qualificado o trabalho infantil
como algo "detestável" e prometeu erradicar esta prática nos
fornecedores da empresa.

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sexta-feira, janeiro 25, 2013

# Meditar

Meditar a vida! A palavra "meditação", em grego, vem daquilo que faz a
abelha: meléte, o laborioso trabalho para fazer mel. Mas há quem seja
como a formiga que produz continuamente: lê livros, vê filmes, viaja
pelo mundo, consome todas as notícias, mas não labora, não faz mel. É
uma tentação comum ser como a formiga rica, que despreza a cigarra
gaiteira. Mas a formiga não chega aos calcanhares da abelha.

NÃO HÁ SOLUÇÕES, HÁ CAMINHOS
365 vezes por ano não perguntes porquê, mas para quê
Vasco P. Magalhães, sj

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terça-feira, janeiro 22, 2013

# Ficou sem 7 filhos por recusar laqueação de trompas decretada pelo Tribunal

Sol, 18 de Janeiro, 2013 por Margarida Davim

Liliana Melo ficou sem sete dos seus dez filhos há sete meses. Por
ordem do Tribunal de Sintra, as crianças, com idades entre os seis
meses e os sete anos, foram sujeitas à medida de protecção de menores
mais extrema: dadas à confiança para adopção, perdendo todos os
vínculos parentais para sempre.
A sentença determinou que as filhas mais velhas ainda menores, na
altura com 16 e 11 anos, ficassem com os pais. Mas o tribunal entendeu
que a menor de seis meses, os gémeos de dois anos e os irmãos de três,
cinco, seis e sete anos estavam em risco, e resolveu retirá-los de
casa.
No processo, não há qualquer referência a maus-tratos físicos ou
psicológicos ou a outro tipo de abusos.
Na sentença, a que o SOL teve acesso, considera-se mesmo que há laços
de afectividade fortes na família e refere-se que as filhas mais
velhas têm sucesso escolar e estão bem integradas no seu ambiente
social. A decisão do Tribunal de Sintra sustenta-se nas dificuldades
económicas da família e no facto de a mãe ter desrespeitado o acordo
de promoção e protecção de menores ao recusar-se a laquear as trompas.

Tribunal determinou laqueação de trompas
Esse acordo – proposto pelas técnicas da Segurança Social e homologado
pelo juiz – obrigava os pais a tomar uma série de medidas, entre as
quais realizar uma operação para não poderem ter mais filhos.
«Tinha de arranjar emprego, zelar pela higiene e vestuário das
crianças, assegurar a pontualidade e a assiduidade deles na escola,
ter em dia os planos de vacinação e fazer uma laqueação das trompas»,
conta a mãe, lembrando que deixou claro ao juiz que, por ser
muçulmana, não se poderia submeter a essa operação. «O que o juiz me
disse foi que tínhamos de deixar em África os nossos hábitos e
tradições e que aqui tínhamos de nos adaptar».

segunda-feira, janeiro 21, 2013

# Miúdos e a história do Natal!

http://www.youtube.com/embed/zduwusyip8M

sexta-feira, janeiro 18, 2013

# Pensão média da CGA é três vezes mais elevada do que a pensão média no regime geral

Discutir o Estado social sem falar de recuos civilizacionais
José Manuel Fernandes 18/01/2013 Público
http://o-povo.blogspot.pt/2013/01/discutir-o-estado-social-sem-falar-de.html

Temos sistemas de protecção que, além de pouco eficientes, por vezes
são iníquos. Mesmo assim, parecem intocáveis

Um dos paradoxos da actual discussão sobre a reforma do Estado é a
contradição insanável entre o discurso "social" dos que não querem
mudar nada (nem poupar nada) e a realidade "associal" de alguns dos
nossos sistemas públicos de protecção aos mais desfavorecidos. Porque
um dos segredos mais bem escondidos do nosso "Estado social" é este
ser menos "social" do que parece: em vez de realmente proteger os mais
desfavorecidos, garante com frequência certas benesses dos que têm
mais. Isso sucede nos sistemas de pensões, educativo e de saúde, mas é
tema tabu. Suspeito mesmo que a fúria das corporações contra o
relatório do FMI resulta mesmo de este deixar essa realidade bem
clara: "Por comparação com vários outros países da OCDE e da UE, as
transferências sociais em Portugal asseguram mais benefícios a grupos
sociais com maiores rendimentos do que a grupos com menores
rendimentos, agravando as desigualdades".
Não se trata de uma constatação original, pois consta também de um
estudo da OCDE (What are de best policy options for fiscal
consolidation?), onde se mostra que 65% das transferências sociais vão
para a metade da população que ganha mais. Isto ocorre porque, como
escreveu Luciano Amaral em Economia Portuguesa, As Últimas Décadas
(2010), um ensaio da FFMS, "a despesa social em Portugal tem carácter
regressivo, ou seja, não beneficia preferencialmente aqueles com
rendimentos mais baixos, mas, antes pelo contrário, alguns grupos
sociais com rendimentos próximo ou acima da média". (Note-se que estas
conclusões não são contrariadas por um dos artigos publicados esta
semana no Boletim de Inverno do Banco de Portugal, pois dele se exclui
o sistema de pensões, quando são estas prestações as que mais dinheiro
consomem).
A leitura cuidadosa de todos estes relatórios e artigos - e não apenas
dos seus sumários executivos ou das conclusões - permite encontrar
pontos de vista nem sempre coincidentes, algumas áreas menos estudadas
e até identificar erros (menores) de análise (como sucede no relatório
do FMI). Não é, contudo, possível iludir três problemas que os
situacionistas se recusam a admitir. O primeiro desses problemas é o
que nos faz estar a ter, por fim, esta discussão: o nosso Estado
social custa mais do que os portugueses parecem estar dispostos a
pagar por ele em impostos e em taxas. O segundo problema deriva de, em
muitas áreas, esse Estado social não produzir resultados proporcionais
ao dinheiro que consome, ou seja, ser pouco eficiente e gerar muitos
desperdícios. O terceiro e mais perturbador dos problemas é o nosso
Estado social ser, em muitas áreas, um factor de iniquidade em vez de
promover a diminuição das desigualdades e uma redistribuição mais
justa dos rendimentos.
Continuar a negar estes três problemas, e recusar-se a qualquer debate
porque, nos dias ímpares, os do FMI são uns vendidos ao Governo, ou
porque, nos dias pares, é o Governo que não passa de um bando de
colaboracionistas, não é apenas enfiar a cabeça na areia: é o
equivalente intelectual a negar a lei da gravidade porque se acha que
podemos voar.
Vejamos o sistema de pensões. Este, para ser justo, deveria assegurar
algum grau de equidade entre os que trabalham e financiam o orçamento
e os que já estão reformados. Deveria igualmente assegurar algum
equilíbrio entre gerações. Ora o nosso sistema de pensões, depois da
mais recente reforma, ao mesmo tempo que melhorou a sustentabilidade
de longo prazo, criou distorções graves no curto e médio prazo.
Manteve uma enorme diferença entre as regalias dos trabalhadores do
sector privado e os que beneficiam da Caixa Geral de Aposentações.
Basta dizer que a pensão média da CGA é três vezes mais elevada do que
a pensão média no regime geral, apesar de os trabalhadores da função
pública se reformarem, em média, mais cedo. Dentro da CGA criou-se
também uma clivagem entre os que já eram trabalhadores do Estado antes
de 1993 e todos os que entraram depois, conservando os primeiros as
condições mais favoráveis que existiam antes da reforma. Finalmente,
acentuou-se a diferença entre os mais novos e os mais velhos: os
primeiros têm hoje de descontar mais do que os seus pais e avós e
receberão muito menos do que estes quando se reformarem.
Por que é que nessa reforma de 2007 não corrigiram estas iniquidades?
A resposta é simples e é política: é fácil retirar direitos a quem
olha para a reforma como uma coisa ainda longínqua (os trabalhadores
mais novos), é mais difícil retirá-los a quem já começou a contar os
dias para se reformar. Tomaram-se decisões erradas porque, no fundo,
se seguiu a máxima esta semana lapidarmente expressa por José Lello a
propósito da ADSE: não se deve tocar nos interesses das bases
eleitorais dos partidos que exercem o poder.
Este tipo de comportamento dos agentes políticos foi estudado por
James Buchanan, o Prémio Nobel da Economia que morreu a semana
passada. Na sua teoria da escolha pública ele explicou-nos como grupos
de interesses especiais podem condicionar os poderes políticos,
levando a aumentos da despesa pública que basicamente os favorecem. Ou
seja, Buchanan mostrou que não existem apenas "falhas do mercado" que
os Governos devem corrigir, há também "falhas dos Governos" (mesmo dos
Governos democráticos, e até por serem democráticos) das quais as
sociedades devem defender-se.
É por isso que, quando olhamos para o actual debate, não podemos vê-lo
apenas, ou sobretudo, como uma forma de cortar quatro mil milhões nas
despesas do Estado. Isso é necessário e, do meu ponto de vista, até
constituiu uma oportunidade para conseguir fazer aquilo que o Banco de
Portugal voltou a recomendar: diminuir o peso que o Estado representa
para a economia privada, dando a esta espaço para respirar e, assim,
crescer e criar riqueza. Mas isso é também insuficiente. Os problemas
de iniquidade e de ineficiência do nosso Estado social só se resolvem,
no médio prazo, questionando o seu modelo. Esse é o debate que só
muito marginalmente estamos a ter.
Uma das coisas mais absurdas e mais tristes da forma como se debate em
Portugal é a incapacidade das nossas elites para se libertarem de
preconceitos. Isso traduz-se nessa espécie de dogma que ocupou as
rádios, as televisões e os jornais: o nosso modelo de Estado social é
"o modelo", só podemos discutir a sua eficiência; tudo quando seja
sair desse espaço tolerado é um "retrocesso civilizacional". Ora
sucede que o nosso modelo de Estado social está longe de ser o único,
mesmo na Europa.
O dogma português no sistema de pensões, na educação e na saúde é
tipicamente napoleónico: o Estado central define o que devem ser as
prestações sociais, e ao mesmo tempo actua como provedor de serviços e
como regulador desses serviços. Ou seja, ocupa todas as funções e,
idealmente, comanda tudo a partir do Terreiro do Paço. Não tinha de
ser assim, não tem de ser assim e dificilmente teremos, no futuro, um
Estado social sustentável se mantivermos este modelo.
O princípio geral deste tipo de Estado social é que há uma espécie de
bondade intrínseca na actuação das autoridades públicas e uma maldade
congénita em tudo o resto. Já vimos como, mesmo em democracia, isso é
falso. Temos agora de acrescentar que países com Estados sociais bem
mais antigos, generosos e eficientes do que o nosso, como a Suécia, a
Holanda, o Reino Unido ou a Alemanha, ou nunca tiveram este modelo
centralizador e absoluto, ou têm vindo a trocá-lo por outras fórmulas
que, em última análise, devolvem poder aos cidadãos e, assim, ajudam a
compensar as "falhas do Governo" sem cair nas "falhas dos mercados".
No curto prazo talvez consigamos cortar quatro mil milhões sem mudar
muito a arquitectura do nosso Estado social. No médio e longo prazo
necessitamos de modelos mais maleáveis, onde todos tenham mais
liberdade e sejam mais responsabilizáveis, do cidadão ao burocrata
sentado no Terreiro do Paço. Os que se preocupam realmente com a
equidade, e não os que andam preocupados em repetir frases
grandiloquentes sobre a igualdade, sabem que também aqui chegámos ao
fim de uma linha e que é necessário mudar e reformar para sobreviver.
Voltarei a estes temas e às novas ideias nas próximas semanas.

quinta-feira, janeiro 17, 2013

# A girl do PCP que se reforma aos 47 anos

Henrique Raposo
8:00 Quarta feira, 16 de janeiro de 2013
http://expresso.sapo.pt/a-igirli-do-pcp-que-se-reforma-aos-47-anos=f779599

Ana Teresa Vicente Custódio Sá é uma menina de 47 anos, é autarca do
PCP (presidente da Câmara de Palmela) e vai reformar-se pela Caixa
Geral de Aposentações. Com apenas 26 anos de trabalho, esta menina,
coitadinha, vai ter acesso à reforma. Este caso seria sempre
revoltante, mas é ainda mais repulsivo no contexto que estamos a
viver. Milhares e milhares de portugueses com uma idade fatal (na casa
dos 50 anos) estão a cair no desemprego e sabem duas coisas:
dificilmente encontrarão novo emprego e ainda estão a uma década ou
assim da idade legal da reforma; sabem que um pedido antecipado de
reforma significa (e, lamento, tem de significar) um corte no valor da
pensão. Ao lado deste drama, aparece uma menina de 47 anos com acesso
à pensão completa só porque passou pela política. Pobre Ana, a vida de
um autarca é tão desgastante como a vida de um mineiro, não é verdade?

Quando se fala de boys, tendemos a pensar apenas no PS e PSD. Mas o
PCP, dada a sua dimensão autárquica, também tem os seus boys e as suas
girls.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/a-igirli-do-pcp-que-se-reforma-aos-47-anos=f779599#ixzz2IEiVx4oZ

quarta-feira, janeiro 16, 2013

# Que futuro para Deus?

por ANSELMO BORGES DN.pt

É sobre o tema em epígrafe que Marie Drucker publicou uma entrevista
com Frédéric Lenoir, da École des Hautes Études en Sciences Sociales,
Paris. Faz parte do livro Dieu (Deus).Alguns indicadores estatísticos.
Actualmente, dois terços da população mundial confessam acreditar em
Deus. O outro terço reparte-se entre as religiões sem Deus (religiões
chinesas, budismo, animismo, xamanismo...) e uma pequena parte que se
declara sem pertença religiosa (menos de 10% da população mundial,
principalmente na China e nos países europeus descristianizados).
Mesmo se a fé está a diminuir progressivamente desde há várias
décadas, cerca de 90% dos americanos e dois terços dos europeus
acreditam em Deus. A França e a República Checa constituem excepção,
pois são os países que contam hoje com a taxa mais elevada de ateus na
Europa.
De qualquer modo, mesmo na França, a fé em Deus resiste melhor do que
a pertença religiosa e permanece estável: 52%. As projecções para 2050
dizem que os cristãos passarão de dois mil milhões para três mil
milhões; os muçulmanos, de mil e duzentos milhões para dois mil e
duzentos milhões; os hindus, de oitocentos milhões para mil e duzentos
milhões; os budistas, de trezentos e cinquenta milhões para
quatrocentos e trinta milhões; os judeus, de catorze milhões para
dezassete milhões. Estes números não consideram, evidentemente,
"evoluções internas profundas" que as mentalidades podem vir a
conhecer nem catástrofes ou agitações excepcionais. Segundo a evolução
das mentalidades, é a Europa que indica a tendência: "uma
secularização crescente, sem que a fé em Deus se afunde. Assim, as
religiões terão cada vez menos domínio sobre as sociedades e serão
cada vez mais numerosos os indivíduos a declarar-se sem religião, sem
que isso signifique o fim da fé em Deus."
Acentua-se, portanto, aquele movimento que os sociólogos caracterizam
como "crer sem pertencer", emancipação progressiva dos indivíduos em
relação às instituições religiosas, mas continuando a ter fé em Deus
ou uma espiritualidade pessoal. Este fenómeno está na linha dos "três
grandes vectores da modernidade": "individualização, espírito crítico,
mundialização". Assim, no quadro do que Marcel Gauchet chamou uma
"revolução da consciência religiosa", é expectável que já não seja "o
grupo a transmitir e impor a religião ao indivíduo, mas que seja este
a exercer a sua livre escolha em função do seu desejo de realização
pessoal". "Salvo se houver uma enorme catástrofe, nenhuma ditadura
poderá manter-se na Terra e nenhuma religião conseguirá impor a sua
lei aos indivíduos.
Os principais vectores da modernidade vão progressivamente, com recuos
pontuais, conquistar o mundo todo. Neste contexto, a religião tem
razões para preocupar-se, mas não necessariamente Deus e ainda menos a
espiritualidade, isto é, a procura do sentido da vida." De facto, as
pessoas continuarão a interrogar-se sobre o enigma da existência e as
suas questões essenciais: qual o sentido último?, como fazer face ao
sofrimento e à morte?, como ser feliz?, quais são os valores que
alicerçam a vida?Por isso, ao mesmo tempo que assistimos à crise da
prática religiosa constatamos que a fé em Deus "regressa docemente,
mas de modo seguro". Significativamente, os dois elementos que se
mantêm estáveis na Europa ao longo dos últimos trinta anos são as
cerimónias funerárias religiosas e a fé em Deus, o que mostra que,
apesar do distanciamento em relação às Igrejas, ainda se considera que
a religião traz respostas à questão do enigma da vida e face à morte.
Por isso, "enquanto a existência permanecer um enigma, enquanto a
experiência do amor e da beleza nos fizer tocar no sagrado, enquanto a
morte nos interpelar", há fortes chances de Deus, seja qual for o nome
que se lhe dê, permanecer para muitos "uma resposta credível, um
absoluto, uma força transformadora." Mas há "metamorfoses" do rosto de
Deus na modernidade que se acentuam: "Passa-se de um Deus pessoal a um
divino impessoal; de um Deus masculino a um divino de qualidades
femininas de amor e protecção; de um Deus exterior a um divino que se
encontra no interior, no mais íntimo."

terça-feira, janeiro 15, 2013

# Lance Armstrong pôs fim às dúvidas sobre o doping

Por Victor Ferreira
http://www.publico.pt/desporto/noticia/lance-armstrong-pos-fim-as-duvidas-sobre-o-doping-1580748
15/01/2013
- 08:06

Depois de mais de uma década a negar as acusações e suspeitas, o
norte-americano terá reconhecido que se dopou para competir ao mais
alto nível. Confissão foi feita a Oprah Winfrey, numa entrevista
gravada na segunda-feira.

O ciclista que mais vezes ganhou a Volta a França recorreu, afinal, a
drogas proibidas para melhorar a sua prestação atlética. Depois de
anos a negar essa realidade, o norte-americano Lance Armstrong, 41
anos, terá confessado o uso de doping numa entrevista, a Oprah
Winfrey, que será transmitida nos Estados Unidos na próxima
quinta-feira às 21h (2h de sexta-feira em Portugal continental).

O conteúdo da entrevista, gravada na segunda-feira, não é conhecido,
nem as palavras exactas do ciclista, que ganhou sete vezes (1999-2005)
a principal prova mundial daquela modalidade. Mas alguma coisa
transpirou para a imprensa americana, que afirma nesta terça-feira que
o atleta, natural do Texas, admitiu o recurso a substâncias proibidas.

O The New York Times cita duas pessoas a quem foram passadas
informações sobre a entrevista, gravada em Austin, Texas. O jornal USA
Today cita uma pessoa "familiarizada com a situação" . Essa fonte,
acrescenta o jornal, falou à agência Associated Press, sob anonimato.

A conhecida entrevistadora norte-americana nada adianta sobre o
conteúdo da conversa. No Twitter limitou-se a deixar uma mensagem, na
segunda-feira à noite, dizendo que tinha acabado de gravar com
Armstrong, durante duas horas e meia, e que ele foi ao programa
"preparado".

Armstrong perdeu os sete títulos do Tour em 2012. Em Junho desse ano a
Agência norte-americana Antidopagem (USADA) acusou-o de batota,
baseado em testemunhos de ex-colegas e de análises a amostras de
sangue.

Num relatório com mais de 1000 páginas, a USADA garantia que os dados
provam, "sem margem para dúvidas", que o antigo ciclista
norte-americano e a equipa US Postal "montaram o mais sofisticado,
profissional e bem-sucedido programa de doping da história do
desporto". Conclusão: a União Ciclista Internacional adoptou as
conclusões desse extenso documento, retirando a Armstrong todos os
títulos e prémios monetários conquistados desde 1 de Agosto de 1998, e
baniu o atleta para sempre.

O rei da Volta a França, como chegou a ser chamado, negou, durante
mais de uma década, o uso de substâncias proibidas. Na véspera da
entrevista com Oprah, Lance disse à imprensa que estava tranquilo.
"Estou calmo, estou à vontade e preparado para falar com franqueza",
disse à Associated Press, em declarações citadas pelo jornal online
Huffington Post.

Nas horas que antecederam a gravação, passou também pela sede da
fundação Livestrong – que criou na sequência da luta que travou contra
um cancro nos testículos – para, num discurso emocionado, pediu
desculpa aos colaboradores. Uma porta-voz da fundação descreveu que o
ciclista falou durante 20 minutos, se engasgou de emoção e arrancou
algumas lágrimas na sala, não admitiu o uso de doping e pediu desculpa
pela confusão gerada pelo caso que o envolve.

sexta-feira, janeiro 11, 2013

# Quase metade dos alimentos de todo o mundo vão para o lixo

Técnicas agrícolas, de armazenamento e de transporte, desadequadas, a
que se soma a lógica da sociedade de consumo, levam a que entre 30 a
50% dos alimentos produzidos anualmente acabem no lixo, indica a
Instituição britânica dos Engenheiros Mecânicos.
Alexandre Costa
17:50 Quinta feira, 10 de janeiro de 2013
http://expresso.sapo.pt/quase-metade-dos-alimentos-de-todo-o-mundo-vao-para-o-lixo=f778604

Entre 1,2 a 2 mil milhões toneladas dos alimentos - 30 a 50% dos
produzidos anualmente em todo o mundo - acabam no lixo, segundo indica
um relatório hoje divulgado pela Instituição britânica dos Engenheiros
Mecânicos .

Segundo as estimativas das Nações Unidas (ONU), a população mundial
terá atingido os 9,5 mil milhões de pessoas em 2075, o que significa
que o planeta terá mais 3 mil milhões de pessoas para alimentar.

O relatório "Global Food, Wast Not, Want Not" refere a previsão da ONU
sobre o aumento da população mundial, a par dos seus números sobre o
desperdício, para alertar para a importância de se atuar sobre as
causas que levam a que grande parte dos alimentos produzidos em todo o
planeta sejam desaproveitados.

Alterar as mentalidades


Uma produção que tem elevados custos ambientais, dada a quantidade de
terrenos, de energia, fertilizantes e água que requere. E caso não se
resolva o problema do desperdício, a produção terá de aumentar
significativamente.

Técnicas agrícolas, de armazenamento e de transporte desadequadas, a
par do modo de funcionamento dos mercados e da sociedade de consumo,
são apontadas como as causas do problema.

O relatório recomenda que a ONU trabalhe conjuntamente com os
diferentes governos e com instituições de apoio ao desenvolvimento
para "alterar as mentalidades em relação ao desperdício,
desencorajando as práticas de desperdício de agricultores, produtores
de alimentos, supermercados e consumidores".


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/quase-metade-dos-alimentos-de-todo-o-mundo-vao-para-o-lixo=f778604#ixzz2Hg5zM7iE

sexta-feira, janeiro 04, 2013

# Menos 15,8% de mortes nas estradas em 2012 (menos 4748 pessoas mortas em 10 anos)

Por Mariana Oliveira 03/01/2013 - 13:49
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/menos-10-de-mortes-nas-estradas-em-2012-1579348

Queda no número de vítimas mortais de acidentes de viação é uma das
maiores de sempre, diz Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Em 2012 morreram 580 pessoas nas estradas em Portugal continental, o
que significa uma redução de 15,8% face ao ano anterior. Os números,
ainda provisórios, foram divulgados nesta quinta-feira pela Autoridade
Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que sublinha que o número de
feridos graves em acidentes de viação baixou para 2.033 (menos 16,5%)
e o de feridos ligeiros para 35.727 (menos 10,1%).

"Durante o ano 2012, o número total de vítimas de acidentes de viação
apresentou uma redução de 10,5%, uma das maiores de sempre", afirma a
ANSR, em comunicado.

Segundo aquela autoridade, no ano passado ocorreram, em média, dois
mortos e seis feridos graves por dia, menos de metade do que o
verificado em 2003, em que se registaram aproximadamente quatro mortos
e 13 feridos graves por dia. "Na última década, e tendo por base os
valores registados em 2003, pode-se concluir que se salvaram 4.748
vidas e se evitaram 15.004 feridos graves e 70.735 feridos ligeiros",
lê-se na nota. E continua-se: "É necessário recuar até à década de 50
para se encontrarem valores inferiores a 600 vítimas mortais. Nessa
época, no entanto, existiam cerca de 150.000 automóveis ligeiros e
pesados em circulação, enquanto em 2011 o parque automóvel seguro
atingiu um valor superior a 6.000.000 de veículos".

Os dados da sinistralidade registada no ano passado agregam números
dos Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação, que permitem
caracterizar as circunstâncias em que ocorrem os acidentes e os
utentes envolvidos, até Setembro passado e elementos das chamadas
ANTENAS, que apenas contêm informação sobre o número total de
acidentes e vítimas registado por distritos.

Os resultados definitivos só serão divulgados em Março, mas estes
ainda não incluirão os mortos a 30 dias, que só serão publicados em
Setembro. Estes dados contabilizam as vítimas cujo óbito ocorra no
local do acidente ou durante o percurso até à unidade de saúde, mas
também as que ocorrem nos 30 dias seguintes ao acidente.

Esta contabilidade, realizada na maioria dos países da União Europeia,
está a ser feita em Portugal apenas desde 2010. Nesse ano o total de
mortes nas estradas chegou às 937, mais 196 do que as inicialmente
contabilizadas. Até Abril do ano passado, os últimos dados
disponíveis, tinham morrido na sequência de acidentes de viação 220
pessoas, mais 51 pessoas do que as registadas no local do acidente ou
durante o percurso até à unidade de saúde.

Notícia corrigida às 14h40: Número de mortos baixou 15,8%. 10,5% é a
redução do número total de vítimas de acidentes rodoviários.

# Portugal com mais de 800 mil trabalhadores mal pagos, segundo padrões da UE

Por Filipe Paiva Cardoso, publicado em 4 Jan 2013 - 03:10 |
http://www.ionline.pt/dinheiro/portugal-mais-800-mil-trabalhadores-mal-pagos-segundo-padroes-europeus
Eurostat, que situa o limiar do mal pago nos 3,4 euros por hora em
Portugal, calcula em 16,1% os trabalhadores no país a ganhar abaixo
disso

O Eurostat calculou que em 2010 eram 16,1% os trabalhadores em
Portugal que ganhavam menos que o valor a partir do qual o organismo
europeu considera uma remuneração baixa. Este limiar foi estipulado
pelo Eurostat em 3,4 euros por hora ou menos para o caso português –
corresponde a dois terços ou menos do salário mediano bruto praticado
no país. Considerando 40 horas por semana, este limiar do Eurostat
para Portugal situar-se-á assim nos 590 euros brutos mensais. Como em
2010, e segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, Portugal
contava com 4,98 milhões de trabalhadores ainda com emprego, os 16,1%
de trabalhadores mal pagos identificados pelo Eurostat corresponderão
a cerca de 802 mil pessoas.

Os dados do Eurostat referentes a 2010 foram revelados ainda nos
últimos dias de 2012 e apontam para uma média de 14,8% de
trabalhadores mal pagos nos 17 países da moeda única e de 17% caso se
considerem os 27 países da União Europeia. Contudo, os limiares em
questão variam muito consoante o país considerado: na Alemanha, por
exemplo, onde 22,2% dos trabalhadores são apontados como tendo
ordenados baixos, ganhar menos de dois terços da mediana significa
ganhar 10,2 euros por hora, três vezes mais que o valor para Portugal.
Já em Espanha, Itália, França e Irlanda os valores são de 6,3 euros,
7,9 euros, 9,2 euros e 12,2 euros, respectivamente. Em Espanha, Itália
e Irlanda, a percentagem de trabalhadores com salários baixos
situa--se em 14,7%, 12,4% e 20,7%. Em França o valor fica-se pelos
6,1%.

À imagem (ou por causa) do que acontece com o salário mínimo, também
aqui as mulheres são mais prejudicadas que os homens, cenário
transversal a quase toda a Europa. Segundo os dados do Eurostat
referentes ao ano de 2010, 22,1% das mulheres com emprego em Portugal
recebiam abaixo do limiar definido pelo organismo europeu, ou seja,
perto de 515 mil, ao passo que entre os homens se contavam 10,1% com
salários baixos: menos de 300 mil.

"Existem grandes diferenças entre homens e mulheres em termos da
distribuição dos salários baixos. Na UE27, em 2010, 21,2% das mulheres
empregadas tinham remunerações baixas, o que compara com os 13,3% dos
homens. Em todos os estados- -membros, excepto na Bulgária, há uma
maior fatia de mulheres empregadas a ganhar salários mais baixos que
os homens. Os países com a mais alta taxa em mulheres são Chipre
(31,4%), Estónia (30,1%), Lituânia (29,4%), Alemanha e Letónia (28,7%)
e Reino Unido (27,6%)", salienta o comunicado do Eurostat. Do lado
oposto encontram-se a Suécia, França, a Finlândia e a Dinamarca, com
3,1%, 7,9%, 8% e 9,8%, respectivamente.

Além desta divisão por sexo, também o tipo de contrato de trabalho
determina uma enorme diferença na divisão dos salários baixos
praticados. Na Europa a 27 países há uma média de 31,3% trabalhadores
a termo certo com salários baixos, o que compara com os 15,7% destes
trabalhadores que se encontram quando se olha para contratos sem
termo. Já nos países da moeda única a diferença é de 26,9% para 13,4%,
ao passo que no caso português 23% dos trabalhadores com contrato a
termo são mal pagos, categoria em que estão apenas 14% dos contratados
sem termo.

O nível escolar é outra das subdivisões com que o Eurostat avança. Em
Portugal, e durante 2010, 25,3% dos trabalhadores com um nível escolar
baixo eram mal pagos, situa o organismo estatístico europeu; com o
nível escolar intermédio encontravam-se 10,1% trabalhadores mal pagos.
Com o nível mais alto de educação encontravam-se apenas 1% de
trabalhadores com salários abaixo de dois terços da mediana das
remunerações brutas em Portugal. Já na zona euro são 27,8%, 14,2% e
3,1% de trabalhadores com salários baixos, respectivamente na faixa da
escolaridade baixa, média ou alta.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

# Vinho do Douro é "a melhor compra" nos EUA em 2012

Publicado em 2012-11-22

O vinho Vega Douro tinto de 2009, produzido pela DFJ Vinhos, empresa
com sede no Cartaxo, foi considerado pela revista norte-americana
"Wine Enthusiast" o melhor do ano 2012 na relação preço/qualidade.

Vega Douro lidera lista dos 100 melhores vinhos na relação qualidade/preço

Em comunicado, a DFJ realça o facto de ser a primeira vez que um
vinho português surge no topo da lista dos 100 melhores vinhos à venda
nos Estados Unidos.

Em 2012 os especialistas da "Wine Enthusiast", que baseiam a
classificação na relação preço/qualidade, provaram 17.000 vinhos,
dando a designação "Best Buy" (melhor compra) a 1.134 (6,7%).

"Dessa lista selecionaram os 100 melhores, e o melhor de todos foi o
Vega Douro tinto 2009, da DFJ Vinhos", refere a nota.

Sublinhando que desde há cinco anos a empresa tem tido sempre vinhos
seus na lista dos 100 melhores, a DFJ refere que este ano ganhou 29
"Best Buys" nesta revista, depois de em 2011 o Grand'Arte Alvarinho
2010 ter ficado em nono lugar, tendo sido o primeiro vinho branco
português no "Top 10".

A "Wine Enthusiast" tem em conta, na sua classificação, não só a
relação entre pontuação e preço, mas também a disponibilidade nos
Estados Unidos e o reconhecimento no mercado, considerando ainda o
equilíbrio global da lista, que procura incluir uma "gama ampla de
estilos e origens", com variedades para "todos os gostos e
preferências".

O enólogo e administrador da DFJ Vinhos, José Neiva Correia,
declarou-se "orgulhoso por mais uma vez ver reconhecido" o seu
trabalho, agora com "um dos troféus mais importantes no mundo do
vinho".

Criada em 1998, a DFJ Vinhos é uma companhia exclusivamente
portuguesa, que controla 400 hectares de vinhas em quintas
maioritariamente nas regiões vitivinícolas de Lisboa, Tejo, Douro,
Terras do Sado e Alentejo, orientando a sua produção para a
exportação.

Produzindo anualmente uma média de seis milhões de garrafas, a empresa
exporta 95 por cento da sua produção e tem vindo a conquistar vários
prémios nacionais e internacionais, como o troféu Red Wine of The
Year, por duas vezes, em Londres, e, já em 2012, o prémio de melhor
companhia portuguesa de vinhos do ano nos Estados Unidos, no New York
International Wine Competition.

quarta-feira, janeiro 02, 2013

# O PCP vai despedir pessoas?

Henrique Raposo (www.expresso.pt) 8:10 Quarta feira, 2 de janeiro de 2013

As contas da instituição não são animadoras, e comprometem o raio de
acção. Neste momento, os livros registam um saldo anual negativo de
200 mil euros, e estes números negativos arrastam-se há algum tempo,
ou seja, está a ser escavado um abismo que coloca em causa o futuro.
Maior problema? A despesa com funcionários. O que dizem os
responsáveis? "Para atingir o equilíbrio financeiro, podemos não
dispensar - e não dispensaremos certamente - uma efectiva contenção de
despesa, nomeadamente de funcionamento e, nalguns casos, de
estrutura". Que instituição é esta? Será uma empresa neoultraliberal?
Será uma repartição pública? Serão aquelas declarações da lavra do
ministro das finanças? Não. O Vítor Gaspar desta história é dirigente
do PCP e dá pelo nome de Alexandre Araújo. Ficámos, portanto, a saber
que o PCP vai implementar políticas de austeridade.

"Uma efectiva contenção (...) nalguns casos de estrutura". Este
palavreado obscuro e típico da tribo quer dizer exactamente o quê? Que
o PCP vai despedir pessoas? Se sim, quererá isso dizer que o PCP é
neoultraliberal? Claro que não. O PCP despede pessoas porque é
obrigado, os outros despedem pessoas porque gostam, ora essa.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-pcp-vai-despedir-pessoas=f776849#ixzz2Gpci5AQ2

# Frase do dia

"Criámos a civilização das Star Wars, com as emoções da idade da
pedra, com instituições medievais e com uma tecnologia própria de
Deus."
Biólogo Edward O. Wilson em The Social Conquest of the Earth