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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

terça-feira, junho 30, 2020

# Portugal é o 7.º país da UE com menor produtividade por hora de trabalho

https://observador.pt/2020/06/27/portugal-e-o-7-o-pais-da-ue-com-menor-produtividade-por-hora-de-trabalho/

Portugal é o sétimo país da União Europeia com menor produtividade por
hora de trabalho, revela a Pordata, num retrato ao tecido empresarial,
a propósito do Dia das Micro, Pequenas e Médias Empresas.

Agência Lusa 27 jun 2020, 08:53 1

Portugal é o sétimo país da União Europeia com menor produtividade por
hora de trabalho, divulgou a Pordata, num retrato ao tecido
empresarial do país, a propósito do Dia das Micro, Pequenas e Médias
Empresas.

"Em termos de produtividade por hora de trabalho, face à média da UE27
(=100), Portugal é um dos países com menor produtividade (65% da média
da UE27)", revelou hoje a base de dados estatísticos da Fundação
Francisco Manuel dos Santos, que analisou dados de 2018. Por outro
lado, Irlanda, Luxemburgo e Dinamarca estão no topo da lista dos que
geram mais riqueza por hora trabalhada.

A Pordata concluiu também que, em média, as PME gastam cerca de 1.000
euros mensais por trabalhador, metade do custo mensal de uma grande
empresa, que gasta cerca de 2.000 euros mensais por trabalhador. Entre
2008 e 2018, os gastos das grandes empresas com o pessoal decresceram
9% (a preços constantes), acrescenta o documento.

Em termos de setores, os gastos médios por trabalhador são maiores nas
atividades financeiras (quase 3.400 euros mensais), transportes e
armazenagem, indústrias extrativas e na eletricidade, gás e água (cada
um com cerca de 2.000 euros mensais).

Com cerca de 800 euros de gastos mensais com cada trabalhador estão os
setores das atividades de saúde e apoio social, o alojamento e
restauração e as atividades imobiliárias. A educação gasta, em média,
cerca de 700 euros, e a agricultura e pescas menos de 500 euros
mensais, sendo o setor que mais viu decrescer os gastos com pessoal
entre 2008 e 2018.

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# As plantas vão conquistar o Mundo? Alimentação vegan a caminho dos 21 mil milhões

https://marketeer.sapo.pt/as-plantas-vao-conquistar-o-mundo-alimentacao-vegan-a-caminho-dos-21-mil-milhoes

Por Marketeer em 08:00, 29 Jun, 2020

Em 2026, o mercado mundial da alimentação vegan deverá valer 24 mil
milhões de dólares (aproximadamente 21,4 mil milhões de euros), sendo
que no ano passado chegou já aos 13,2 mil milhões de dólares (11,8 mil
milhões de euros). Isto significa que no espaço de sete anos, o valor
poderá saltar 9,1%, de acordo com dados da Global Data, graças a uma
revolução na dieta que ainda está a dar os primeiros passos: 70% da
população está a reduzir o consumo de carne.

Nos Estados Unidos da América, por exemplo, registou-se um aumento de
600% entre 2014 e 2017 no número de pessoas que se identifica como
vegan. Do outro lado do planeta, na Austrália, perto de 2,5 milhões de
pessoas (12% da população) tem uma dieta à base de plantas, sendo o
terceiro mercado vegan que mais rápido cresce. O país com mais
vegetarianos, por seu turno, é a Índia: 38% das pessoas identifica-se
como vegetariana.

Mas qual a diferença entre vegan e vegetariano? As descrições variam,
mas a mais consensual parece ser de que os consumidores vegan não
comem qualquer tipo de produto de origem animal, incluindo ovos ou
mel. Os vegetarianos, por outro lado, não comem carne mas aceitam
alguns tipos de derivados, como é o caso do queijo. Juntam-se ainda os
flexitarianos, que optam em grande parte por uma alimentação de base
vegetal mas que, por vezes, incluem carne.

Dados compilados pelo site Visual Capitalist mostram ainda que a
Alemanha é o país com o maior número de novos lançamentos no campo da
comida e bebida vegan em todo o Mundo. Ultrapassa mesmo o Reino Unido
e os Estados Unidos da América. Ainda no Velho Continente, destaque
também para a Irlanda, cuja capital apresenta uma taxa de 21% de
restaurantes vegan-friendly.

Os motivos que levam alguém a mudar a sua dieta variam de pessoa para
pessoa, podendo ir desde questões de saúde a preocupação com o
ambiente ou com o bem-estar dos animais. Seja qual for a razão, o
impacto na sociedade parece ser benéfico: segundo a National Academy
of Science, se mais pessoas optarem por um estilo de vida à base de
plantas, a mortalidade global poderá cair entre 6 e 10% até 2050.
Também por essa altura, as emissões de gases de efeito de estufa
poderão recuar 29 a 70% e a economia poderá ganhar até 31 milhões de
milhões de dólares (27,6 milhões de milhões euros).

Considerando o interesse crescente por parte dos consumidores, não é
de estranhar que as grandes empresas se queiram juntar ao movimento.
Nestlé, McDonald's e Danone estão entre as multinacionais que
decidiram desenvolver novos produtos com os consumidores vegan e
vegetarianos em mente ou estabelecer parcerias com marcas como Beyond
Meat.

Há, porém, ainda alguns obstáculos a contornar para que as
alternativas à carne se possam tornar acessíveis a todos. Excluindo os
legumes e vegetais na sua forma natural, dados da Barron mostram que
os produtos vegetarianos (hambúrgueres já preparados, por exemplo) são
mais caros do que a carne.

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quarta-feira, junho 24, 2020

# Leigos e mulheres à frente de paróquias: Igreja Católica alemã ensaia novos modelos de liderança

https://setemargens.com/leigos-e-mulheres-a-frente-de-paroquias-igreja-catolica-alema-ensaia-novos-modelos-de-lideranca/
Joaquim Nunes, em Offenbach (Alemanha) | 21 Jun 20

"Que formato necessita a Igreja para estar capaz de enfrentar o
futuro? Como responder às mudanças profundas que acontecem na
sociedade, na pastoral e nos campos profissionais dentro da Igreja, de
forma a que a Igreja possa responder aos desafios do nosso tempo?"

Com esta introdução, a diocese de Münster, uma das maiores da
Alemanha, acaba de apresentar um documento sobre o tema "Liderança e
responsabilidade na Igreja". Trata-se de uma brochura destinada a
provocar debate e reflexão a todos os níveis diocesanos. Apresentam-se
vários modelos de liderança para as comunidades paroquiais, como
alternativas ao modelo tradicional de um padre/pároco por paróquia.

Segundo o documento, este modelo tradicional não é praticável, por
falta de recursos humanos (padres), nem é desejável numa Igreja que,
desde o Concílio Vaticano II, não se cansa de sublinhar a
responsabilidade conjunta de todos os baptizados. E também não tem
futuro numa sociedade que cada vez mais tem dificuldades em perceber,
por exemplo, a exclusão das mulheres dos ministérios ordenados da
Igreja ou a falta de participação democrática de todos os membros ao
nível das decisões que a todos dizem respeito. "A liderança na Igreja
tem muitos rostos", podia bem ser o título deste documento publicado
neste mês de Junho.

Entre esses rostos, entre os diferentes modelos possíveis, está a
possibilidade de a responsabilidade pela paróquia do futuro ser
entregue a um leigo, homem ou mulher, possibilidade aliás já prevista
no cânon 517 §2 do Código de Direito Canónico.

Münster está a reflectir, mas outras dioceses já o concretizaram. Na
diocese de Osnabrueck, vizinha de Münster, uma mulher orienta duas
paróquias em Bad Iburg. Trata-se, neste caso concreto, de uma mulher,
leiga, com estudos de teologia, a assumir a responsabilidade
correspondente à do pároco.

Mulheres em cargos directivos nas dioceses alemãs é algo que vem de há
algum tempo e deixaram de ser casos "exóticos" ou raros. Há várias
cúrias diocesanas que incluem mulheres. A diocese de Limburgo tem uma
mulher à frente da cúria da pastoral diocesana, responsável directa
por vários secretariados. A diocese de Mainz tem também uma mulher no
grupo de pessoas que todas as semanas se reúne com o bispo para, em
conjunto, tomar decisões e ditar directivas para a diocese. Segundo
um estudo da Conferência Episcopal Alemã, já em 2018, cerca de 19% dos
responsáveis diocesanos – ao mais alto nível, isto é, membros das
cúrias diocesanas – eram mulheres (contra 42% de homens leigos e 39%
de clérigos). De então para cá, a percentagem de mulheres deve ter
aumentado. Já nos quadros intermédios (responsabilidade por
secretariados ou institutos diocesanos) a percentagem de mulheres
atingia, em 2018, os 23%.

Apesar disso, os movimentos de mulheres católicas alemãs não se dão
por satisfeitos. Aquando da preparação do debate sinodal em curso,
designado "Caminho Sinodal", iniciado no Advento de 2019 e cuja
primeira assembleia geral teve lugar em Frankfurt em finais de Janeiro
passado, a questão do lugar das mulheres na Igreja foi admitida à
última hora como "fórum" (quatro no conjunto), sob pressão dos grupos
de mulheres e das suas delegadas ao Comité Central dos Católicos
Alemães. Nada de relevante acontece na Igreja alemã – como seja uma
assembleia plenária da Conferência Episcopal ou uma jornada nacional –
que as mulheres não se mobilizem para manifestar o seu protesto contra
a exclusão das mulheres dos ministérios ordenados.

O presidente-cessante da Conferência Episcopal, cardeal Reinhard Marx,
levantou mesmo a possibilidade de colocar uma mulher como
vigário-geral, num duo em conjunto com um padre. O cardeal Marx
defende claramente a necessidade de colocar mais mulheres nas
instâncias de liderança da Igreja. Num relatório apresentado ao
Conselho dos Cardeais, o órgão de consulta do Papa do qual é membro,
Marx afirmava que "mulheres na liderança da Igreja dão um um
contributo decisivo para a superação de círculos clericalistas
fechados", círculos esses que seriam meio propício para fenómenos como
a violência e os abusos sexuais sobre menores. "Para que acreditem em
nós como Igreja, e como bispo desta Igreja, temos de tentar tudo para
conseguir mais mulheres para tarefas e instâncias directivas",
afirmava Marx perante o Conselho de Cardeais.

O sucessor de Marx na presidência da Conferência Episcopal Alemã,
Georg Bätzing, bispo de Limburgo, considerado um moderado dentro da
conferência, segue, no entanto, a mesma linha reformadora. Interrogado
sobre a questão das mulheres na Igreja, afirmava: "Como bispo tenho de
verificar que a exclusão das mulheres dos ministérios ordenados é
vista pela sociedade como uma injustiça e como uma postura nada
adaptada ao nosso tempo". No entanto, numa entrevista recente ao
Kölner Stadtanzeige, Bätzing recuava, afirmando que exigir igualdade
entre homens e mulheres dentro da Igreja não implica necessariamente
defender a ordenação das mulheres. A crítica a esta posição
conciliadora não se fez esperar. Um grupo de mulheres do movimento
Maria 2.0, da diocese de Hildesheim, numa carta que lhe dirigiu,
protestava que a igualdade não se pode fragmentar. Ou se trata de
igualdade em tudo ou não é igualdade.

O tema do lugar das mulheres na Igreja é, na Alemanha, um tema de
actualidade permanente. A vizinhança das Igrejas luteranas que, como é
sabido, têm mulheres como pastores e como bispos, não deixará de ter a
sua influência. Mas, mais que a experiência ecuménica, é decisiva a
evolução no seio da própria Igreja Católica na Alemanha e na teologia.
E aqui há que referir o peso das faculdades de teologia, com um número
crescente de mulheres catedráticas, bem como a percentagem maioritária
de mulheres entre os estudantes de teologia. Estudantes de teologia
que, uma vez formadas, têm acesso não só a aulas de religião e moral,
mas aos secretariados diocesanos e capelanias, bem como aos lugares de
assistente pastoral.

Na sua maioria, são as mulheres que coordenam de facto as actividades
e iniciativas diocesanas. E aí sim está a grande força das mulheres, o
seu lobby, na Igreja da Alemanha. A questão da ordenação das mulheres
é uma entre muitas outras. A presença de facto das mulheres na
liderança das comunidades – mulheres-pároco – já é uma realidade, um
"facto consumado", um passo em frente neste tema da igualdade dentro
da Igreja, tanto ou mais importante que a questão da ordenação.

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segunda-feira, junho 15, 2020

# Movimento Cinco Estrelas foi financiado pelo chavismo, revelam documentos secretos

https://observador.pt/2020/06/15/movimento-cinco-estrelas-foi-financiado-por-nicolas-maduro-revelam-documentos-secretos/

Partido no governo de Itália recebeu uma mala com 3,5 milhões de euros
vindos da Venezuela em 2010. Financiamento foi intermediado por
suspeitos de narcotráfico. País nunca reconheceu Guaidó.

Marta Leite Ferreira 15 jun 2020, 08:50

O Movimento Cinco Estrelas, a que pertencem alguns ministros do
governo de coligação italiano de Giuseppe Conte, recebeu um
financiamento de 3,5 milhões de euros autorizado por Nicolás Maduro,
atual Presidente de facto da Venezuela, no tempo em que Hugo Chávez
era o Chefe de Estado. O dinheiro foi enviado em 2010, quando Maduro
era ministro dos Negócios Estrangeiros, numa mala recebida no
consulado venezuelano em Milão.

A notícia está a ser avançada pelo ABC, que teve acesso a documentos
secretos da Direção Geral de Espionagem Militar venezuelana. O
financiamento foi intermediado por Gian Carlo di Martino, cônsul da
Venezuela em Itália, que depois entregou o dinheiro a Gianroberto
Casaleggio, co-fundador do partido ao lado de Beppe Grillo.

O dinheiro foi enviado "de maneira segura e secreta através de mala
diplomática" e saiu dos fundos de reserva geridos pelo então ministro
do Interior, Tareck el Aissami, ex-vice-presidente da Venezuela
acusado de tráfico de drogas e corrupção nos Estados Unidos, Canadá e
Reino Unido.

Uma vez no consulado, a mala foi encontrada por um funcionário
diplomático que relatou a descoberta a Hugo Carvajal, diretor-geral da
espionagem militar em 2010 e também ele suspeito de narcotráfico.
Depois disso, "foram dadas instruções verbais ao nosso funcionário em
Itália para não continuar a relatar o assunto, o que poderia tornar-se
um problema diplomático", diz o documento a que o ABC teve acesso.

Nem o governo venezuelano, nem os atuais líderes do Movimento Cinco
Estrelas responderam às perguntas do jornal espanhol sobre o
financiamento. No entanto, já durante as eleições em Itália o partido
tinha sido criticado pelo aparente apoio (nunca totalmente
verbalizado) ao chavismo.

Itália é um dos três países europeus (além do Chipre e Eslováquia) que
não reconhece Juan Guaidó como Presidente da Venezuela. "Não
consideramos conveniente apressarmo-nos em reconhecer investiduras
que, de qualquer forma, não passaram por um processo eleitoral", disse
em 2019 o primeiro-ministro Giuseppe Conte.

Era uma mensagem que contrastava com um tweet de Matteo Salvini feito
no início desse ano: "Entendo que há diferentes sensibilidades no
governo, mas é a Constituição da Venezuela que diz que, terminado o
mandato de Maduro, ditador vermelho, o Presidente da Câmara toma
posse, Guaidó".

Manlio di Stefano, sub-secretário do Ministério de Assuntos Exteriores
e membro do Movimento, justificou então que Itália não reconhece Juan
Guaidó porque é "totalmente contra o facto de um país ou um grupo de
países terceiros poder determinar as políticas internas de outro
país".

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