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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sexta-feira, novembro 29, 2013

# Mulheres sauditas não podem conduzir para proteger sociedade do mal

A Arábia Saudita é regida por uma rigorosa aplicação da lei islâmica,
e as mulheres precisam de autorização de um responsável masculino para
viajar, trabalhar e casar

Um responsável religioso da Arábia Saudita afirmou que a proibição de
conduzir para as mulheres destinava-se a "proteger a sociedade do
mal", noticiou hoje a imprensa saudita.

O xeque Abdel Aziz al-Cheikh pediu, durante uma conferência realizada
na quarta-feira em Medina - cidade santa do oeste da Arábia Saudita -
que "não se fizesse desta questão (autorizar as sauditas a conduzir)
uma das principais preocupações da sociedade".

O "mufti", um académico a quem é reconhecida a capacidade de
interpretar a lei islâmica (sharia), defendeu que "esta questão devia
ser vista como uma necessidade para proteger a sociedade do mal", o
que seria impossível caso as sauditas fossem autorizadas a conduzir.

Esta posição de um dos principais responsáveis religiosos sauditas
reflete a hostilidade dos meios religiosos ao direito das sauditas de
conduzir.

Militantes sauditas disseram, na quarta-feira, ter recebido garantias
do ministro do Interior, príncipe Mohammed ben Nayet, que a questão do
direito das mulheres a conduzir estava a ser estudada.

Aziza al-Youssef, que participou na campanha, a 26 de outubro, pelo
direito das mulheres a conduzir, declarou à agência noticiosa francesa
AFP ter estado na terça-feira com o ministro, juntamente com outra
militante, Hala al-Dosari.

"O ministro disse que a questão do direito das mulheres a conduzir
estava sobre a mesa e disse para esperarmos um resultado positivo",
acrescentou, sobre o encontro que decorreu por videoconferência.

"A questão será resolvida pelas instâncias legislativas e nós somos
uma instância executiva, disse-nos o príncipe Nayef", indicou Aziza
al-Youssef.

As duas militantes afirmaram esperar "um decreto real que conceda o
direito de conduzir", já que o rei Abdallah é o principal legislador e
o Conselho da Choura tem uma função meramente consultiva.

Em outubro, três mulheres membros do Conselho da Choura depuseram uma
recomendação para o fim da proibição de conduzir, sem êxito.

Militantes sauditas marcaram para 26 de outubro um movimento de
desobediência, apelando às sauditas para conduzirem nesse dia. O apelo
foi retirado, na sequência de várias advertências das autoridades,
para evitar a possibilidade de confrontos.

Pelo menos 16 mulheres foram detidas ao volante a 26 de outubro e
tiveram que pagar multas. Cada mulher e o respetivo tutor (pai, irmão,
marido ou qualquer outro homem da família) foram obrigados a assinar
um documento em que se comprometeram a respeitar as regras em vigor no
reino.

A Arábia Saudita é regida por uma rigorosa aplicação da lei islâmica,
e as mulheres precisam de autorização de um responsável masculino para
viajar, trabalhar e casar.

http://www.ionline.pt/artigos/mundo/mulheres-sauditas-nao-podem-conduzir-proteger-sociedade-mal-diz-religioso

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quarta-feira, novembro 27, 2013

# 'Evangelii Gaudium' amounts to Francis' 'I Have a Dream' speech

John L. Allen Jr. | Nov. 26, 2013

Dreams can be powerful things, especially when articulated by leaders
with the realistic capacity to translate them into action. That was
the case 50 years ago with Martin Luther King Jr.'s famous "I Have a
Dream" speech, and it also seems to be the ambition of Pope Francis'
bold new apostolic exhortation, "The Joy of the Gospel."

In effect, the 224-page document, titled in Latin Evangelii Gaudium
and released by the Vatican Tuesday, is a vision statement about the
kind of community Francis wants Catholicism to be: more missionary,
more merciful, and with the courage to change.

Francis opens with a dream.

"I dream of a 'missionary option,' " Francis writes, "that is, a
missionary impulse capable of transforming everything, so that the
church's customs, ways of doing things, times and schedules, language
and structures can be suitably channeled for the evangelization of
today's world, rather than for her self-preservation."

In particular, Francis calls for a church marked by a special passion
for the poor and for peace.

NCR's work is possible thanks to the generosity of people like you.
Please donate today.

The theme of change permeates the document. The pope says rather than
being afraid of "going astray," what the church ought to fear instead
is "remaining shut up within structures that give us a false sense of
security, within rules that make us harsh judges" and "within habits
that make us feel safe."

Though Francis released an encyclical letter titled Lumen Fidei in
June, that text was based largely on a draft prepared by Benedict XVI.
"The Joy of the Gospel," designed as a reflection on the October 2012
Synod of Bishops on new evangelization, thus represents the new pope's
real debut as an author.

Early reaction suggests it's a tour de force.

The text comes with Francis' now-familiar flashes of homespun
language. Describing an upbeat tone as a defining Christian quality,
for instance, he writes that "an evangelizer must never look like
someone who has just come back from a funeral!"

At another point, Francis insists that "the church is not a
tollhouse." Instead, he says, "it is the house of the Father, where
there is a place for everyone." At another point, he quips that "the
confessional must not be a torture chamber," but rather "an encounter
with the Lord's mercy which spurs us to on to do our best."

Francis acknowledges that realizing his dream will require "a reform
of the church," stipulating that "what I am trying to express here has
a programmatic significance and important consequences."

Though he doesn't lay out a comprehensive blueprint for reform, he
goes beyond mere hints to fairly blunt indications of direction:

He calls for a "conversion of the papacy," saying he wants to promote
"a sound decentralization" and candidly admitting that in recent years
"we have made little progress" on that front.
He suggests that bishops' conferences ought to be given "a juridical
status ... including genuine doctrinal authority." In effect, that
would amount to a reversal of a 1998 Vatican ruling under John Paul II
that only individual bishops in concert with the pope, and not
episcopal conferences, have such authority.
Francis says the Eucharist "is not a prize for the perfect, but a
powerful medicine and nourishment for the weak," insisting that "the
doors of the sacraments" must not "be closed for simply any reason."
His language could have implications not only for divorced and
remarried Catholics, but also calls for refusing the Eucharist to
politicians or others who do not uphold church teaching on some
matters.
He calls for collaborative leadership, saying bishops and pastors must
use "the means of participation proposed in the Code of Canon Law and
other forms of pastoral dialogue, out of a desire to listen to
everyone and not simply to those who would tell him what he would like
to hear."
Francis criticizes forces within the church who seem to lust for
"veritable witch hunts," asking rhetorically, "Whom are we going to
evangelize if this is the way we act?"
He cautions against "ostentatious preoccupation" for liturgy and
doctrine as opposed to ensuring that the Gospel has "a real impact" on
people and engages "the concrete needs of the present time."

On two specific matters, however, Francis rules out change: the
ordination of women to the priesthood, though he calls for "a more
incisive female presence" in decision-making roles, and abortion.

Francis says the church's defense of unborn life "cannot be expected
to change" because it's "closely linked to the defense of each and
every other human right."

The pope's toughest language comes in a section of the document
arguing that solidarity with the poor and the promotion of peace are
constituent elements of what it means to be a missionary church.

Francis denounces what he calls a "crude and naïve trust" in the free
market, saying that left to its own devices, the market too often
fosters a "throw-away culture" in which certain categories of people
are seen as disposable. He rejects what he describes as an "invisible
and almost virtual" economic "tyranny."

Specifically, Francis calls on the church to oppose spreading income
inequality and unemployment, as well as to advocate for stronger
environmental protection and against armed conflict.

In the end, "The Joy of the Gospel" amounts to a forceful call for a
more missionary Catholicism in the broadest sense. The alternative,
Francis warns, is not pleasant.

"We do not live better when we flee, hide, refuse to share, stop
giving and lock ourselves up in our own comforts," he writes. "Such a
life is nothing less than slow suicide."


http://ncronline.org/news/theology/evangelii-gaudium-amounts-francis-i-have-dream-speech

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segunda-feira, novembro 25, 2013

# Referendo. Suíços recusam impor limites a salários desiguais

Suíços foram às urnas votar proposta que procurava limitar leque
salarial máximo de uma empresa

Os suíços recusaram ontem a proposta que visava impedir que o salário
mais alto de uma empresa fosse mais de 12 vezes o salário mais baixo
pago pela mesma empresa.

A proposta foi ontem referendada e mais de 65% dos suíços recusaram a
imposição de um limite aos salários mais elevados, isto numa altura em
que na maioria dos países europeus a crise serviu para aumentar o
fosso de rendimentos. Com este resultado, uma empresa que opere na
Suíça e que pratique como salário mais baixo os dois mil euros, por
exemplo, pode continuar a pagar 40 mil ou 150 mil euros a um só
quadro. A proposta pretendia que esta mesma empresa não pudesse pagar
mais de 24 mil euros.

Os resultados do referendo mostraram que dois em cada três suíços
(65,3%) não concordaram com a proposta, isto depois de uma forte
campanha do governo, economistas e gestores contra a limitação dos
salários altos - que, dizem, travava a prosperidade económica e a
atractividade do país.

O referendo colocou ainda ao julgamento dos suíços duas outras
propostas, igualmente chumbadas, uma sobre o aumento das deduções
fiscais das famílias sem filhos em creches, chumbada por 58%. A
votação esteve ainda o aumento da taxa anual de auto- -estradas para
os 100 francos suíços (cerca de 80 euros), face aos 40 francos pagos
hoje, medida rejeitada por 60% da população.

A iniciativa de limitação dos salários, denominada de "1:12" e
apresentada pelos Jovens Socialistas da Suíça, era mesmo a proposta
mais polémica em referendo. Esta visava controlar os altos vencimentos
de dezenas de milhões de francos dos patrões das multinacionais
instaladas na Suíça, e que são frequentemente alvo de polémica, mas
não obteve sucesso. Em Março deste ano, os suíços aprovaram em
referendo uma iniciativa já direccionada aos salários astronómicos
pagos no país, mas esta apenas vai obrigar os conselhos de
administração das empresas a fixar salários, o que antes não era
obrigatório, mas não impõe qualquer tipo de limitação aos valores que
uma empresa pode pagar a nível de remunerações altas.

A atenção dos suíços às questões salariais, contudo, não vai ficar por
aqui. Já no próximo ano, e num novo referendo, os eleitores do país
vão ser chamados a decidir sobre o salário mínimo (SMN) praticado no
país, em resposta a uma proposta da União Sindical Suíça, que colocou
em discussão a hipótese do SMN na Suíça ser oficializado nos 3 300
euros. Actualmente não existe qualquer legislação relativa à
retribuição mensal mínima na Suíça, sendo esta estabelecida pelos
diferentes acordos colectivos. A proposta dos 3 300 euros apresentada
é pensada para um cenário de 42 horas de trabalho/semana.

http://www.ionline.pt/artigos/mundo/referendo-suicos-recusam-impor-limites-salarios-desiguais/pag/-1

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sábado, novembro 23, 2013

# República Centro-Africana em risco de novo genocídio

Milícias descontroladas esquartejam crianças, cortam a cabeça a
aldeãos e lançam dezenas de pessoas aos crocodilos num país fora da
lei

Há milícias rebeldes do movimento Séleka na República Centro Africana
envolvidas em massacres sangrentos, cortando gargantas a crianças,
destruindo aldeias e atirando jovens a crocodilos.

Em meados de Dezembro, os rebeldes do Séleka pegaram em armas e
acabaram por derrubar o presidente François Bozizé em Março. Depois da
assinatura de um acordo de paz, a 11 de Janeiro, em Libreville, os
rebeldes aceitaram participar num governo de união nacional, cujo
presidente está agora no poder.

O presidente da República, Michel Djotodia, anunciou ontem o
restabelecimento do recolher obrigatório entre as 22 horas e as 6h00
da manhã em Bangui.

A medida havia sido levantada no mês passado após uma anterior vaga de
banditismo armado na capital.

Foram anunciadas em comunicado presidencial "medidas excepcionais" com
o objectivo de pôr fim à violência, sobretudo na capital, onde os
ataques à mão armada e os crimes sem provocação atribuídos às
milícias.

Os bandos armados violentos circulam com total impunidade pela capital
cometendo todo o tipo de crimes sangrentos.

A violência permanente teve o seu ponto alto no domingo passado com o
assassinato de um alto magistrado "abatido friamente" na rua pelos
rebeldes.

Milhares de pessoas, encabeçadas por juízes, manifestaram--se ontem
nas ruas de Bangui contra a desordem e a violência reinantes.

Entretanto, fonte do Ministério da Defesa francês, citada pelo
Libération, disse que Paris está pronta a intervir militarmente na
República Centro-Africana: "Será uma operação directa, limitada no
tempo, para restabelecer a ordem e permitir uma melhoria da situação
humanitária."

A União Europeia também já se mostrou preocupada com as "violações
sistemáticas dos direitos humanos que se produzem com total
impunidade". O porta-voz de Catherine Ashton, a responsável pela
diplomacia europeia, considerou existir "um risco considerável de uma
nova escalada da crise, devido a tensões intracomunitárias e
religiosas".

As Nações Unidas admitem aprovar de urgência na segunda-feira o envio
de 6 mil capacetes azuis para o país no âmbito de uma operação de
manutenção de paz.

Em várias regiões do país, os actos de violência assumiram carácter
étnico e religioso, opondo cristãos e muçulmanos, o que levou os
Estados Unidos e a França a considerarem que se assiste a uma situação
de "pré-genocídio" na República Centro-Africana.

Washington, cuja embaixada está encerrada há mais de um ano,
aconselhou os seus nacionais a abandonar "imediatamente" o país.

Em 2011, o presidente Barack Obama chegou a enviar uma centena de
militares para tentar capturar Joseph Kony, o chefe do Exército da
Resistência do Senhor no Uganda, que se havia refugiado neste país.

Ontem, na reunião anual do Sistema de Certificação do Processo de
Kimberley (KPCS), em Joanesburgo, foi decidido que a República
Centro-Africana vai continuar a não poder exportar os diamantes que
extrai.

http://www.ionline.pt/artigos/mundo/republica-centro-africana-risco-novo-genocidio/pag/-1

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sexta-feira, novembro 22, 2013

# Matar cristãos já é desporto olímpico

Henrique Raposo

Expresso, Quinta feira, 21 de novembro de 2013

As tais prisões-fábrica da China tem muitos prisioneiros religiosos.
Sim, pessoas presas devido à sua fé, e muitos são cristãos. Aliás,
prender cristãos já é desporto olímpico em Pequim. É a resposta da
liderança comunista ao crescimento exponencial do cristianismo na
China. Em Regresso de Deus, Micklethwait e Wooldridge falam em cerca
de 60 milhões de protestantes e 12 milhões de católicos, mas o número
real deve ser mais alto, porque grande parte da acção religiosa é
feita na clandestinidade. Existe, por exemplo, uma Igreja Católica
clandestina. São estas células clandestinas que, volta meia, acabam na
prisão ou no gulag fabril .

Prender e matar cristãos não é desporto apenas na China. Um sujeito
olha à volta e só vê cristãos a cair como tordos. Ele é cristãos
estilhaçados no Paquistão. Ele é cristãos estorricados na Nigéria. Ele
é cristãos atacados no Egipto e na Síria. Ele é igrejas destruídas na
Índia. Como podem ver, partir o fofinho teológico do cristão é um
desporto em alta. Na Arábia, o governo chega ao ponto de pagar um
salário a quem denunciar uma reunião cristão, mesmo que seja numa
garagem. "Salva Alá, sê um bufo", podia ser o slogan.

Curiosamente, este fenómeno marcado pela violência está a passar ao
lado das percepções dos média europeus. O que faz sentido. Estamos na
presença de dois factos que não encaixam nas narrativas do costume. Em
primeiro lugar, o crescimento exponencial do cristianismo no resto do
mundo não combina com a - suposta - morte de Deus. Em segundo lugar,
as vítimas desta violência são cristãos e não muçulmanos, budistas ou
focas, o que complica um pouco o ângulo narrativo da coisa.

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terça-feira, novembro 19, 2013

# Escolher

O fazer deve estar sempre depois do pensar.

A ação nunca deve ser impulsiva, mas sempre acompanhada de um
objetivo, inserida num projeto.

Nunca por reação! Quem reage não escolhe.

A capacidade de projetar, de criar, pertence à pessoa. Saber optar é
típico da pessoa consciente.

Saber escolher permite que o meu homem avance ao longo do seu caminho
de crescimento psicoespiritual.

Não vale a pena determo-nos por alguma coisa que não seja importante,
por maledicências, por mexericos.

Lembra-te de que tens de morrer e logo darás o sentido certo às coisas.

Quem se deixa envolver demasiado pelo exterior não tem a sua
existência nas suas mãos.

Além disso, saber escolher significa que se sabe dar prioridade às
coisas que deverão ser feitas ao longo da jornada, como as situações a
enfrentar, as pessoas a encontrar.

Por fim, saber escolher provém de um sentimento e de uma ação segundo
o nosso eu analisado, não com uma taxa reduzida de neurose pessoal e
aceite.

Infelizmente, muitas pessoas não escolhem, mas delegam noutros a escolha.

Mas viver plenamente só se for como primeira pessoa!

Esta é a condição humana.

Quem não vive na primeira pessoa não pode dizer que está vivo.

Saber escolher é uma capacidade, não se pode atingir gratuitamente,
mas é o resultado de um exercício, de um percurso.

Só se chega lá através da prática, mediante o exercício.

Se cresceres em conhecimento e consciência, então poderás orientar
melhor as tuas escolhas.

Todos os dias, o ser humano é inserido num fluxo contínuo de escolhas.

Mesmo quem julga que não escolhe, já está a escolher: escolhe não escolher.

Muitas são as pessoas que, em vez de assumir a responsabilidade de
escolher e de tomar nas suas mãos a sua própria vida, preferem delegar
noutros as suas escolhas.

Mas, ao fazerem assim, não vivem.

Creem que, ao não escolher, encontram a tranquilidade; mas, na
realidade, morrem.

Creio que este é o mais grave pecado de um ser humano.

Vir à terra e não viver.

A mais terrível blasfémia.

Não realizar a sua tarefa.

Escolhe! Não adies para amanhã!

As coisas fazem-se ou não se fazem!

Se não se fazem, não são feitas; não adiadas.

É preciso viver a vida; não deixar-se viver pela vida.

Valerio Albisetti Psicólogo, professor universitário
In Felizes apesar de tudo, ed. Paulinas

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# Teresa Forcades, a freira sem medo

MARIA JOÃO LOPES 19/11/2013 - 07:49

Conhecida como "a freira mais radical da Europa", Teresa Forcades
esteve em Portugal para apresentar o livro A Teologia Feminista na
História.

A monja beneditina Teresa Forcades está em divergência com a Igreja em
muitos temas fracturantes, é anticapitalista e espera uma "revolução
pacífica" na Europa, mas elogia o Papa Francisco por ter vontade de
mudar as coisas.

Já recebeu uma carta da Santa Sé e foi alvo da ira de católicos mais
conservadores. Não rejeita cegamente o aborto, aceita o casamento gay,
a adopção por parte destes casais, defende o acesso das mulheres ao
sacerdócio. Catalã, de 47 anos, estudou Medicina e Teologia, e aos 30
abraçou a vida monástica. É anticapitalista e faz parte de um
movimento que reivindica a independência da Catalunha. Do vocabulário
que usa fazem parte palavras que causam desassossego na Igreja:
revolução, ruptura, mudança, política, desobediência civil.

O encontro de Teresa Forcades com a fé dá-se aos 15 anos. Como não
cresceu numa família religiosa – os pais eram católicos
não-praticantes – sempre achou que Igreja era uma instituição
"caduca". Na adolescência leu os evangelhos: "Quando terminei, tive
uma sensação de indignação. Vivi 15 anos sem saber isto? Foi muito
forte", recorda a irmã beneditina que, apesar de este ano estar em
Berlim a dar aulas de Teologia, vive no Mosteiro de St. Benet de
Montserrat, perto de Barcelona.

Estudou Medicina, que já não exerce, na Universidade Estatal de Nova
Iorque e Teologia em Harvard. Doutorada em ambas as áreas, tem uma
tese sobre medicinas alternativas. O recurso excessivo a medicamentos
é outro dos temas que a preocupam. Escreveu um livro chamado Crimes
das Grandes Companhias Farmacêuticas e ficou conhecida por se ter
oposto à vacina da gripe A e desmontado vários aspectos ligados a este
mediático caso de saúde.

A vocação monástica só surgiu aos 28 anos, aos 30 entra para o
mosteiro. Na adolescência, nunca pensou que iria ser monja: "Por causa
do celibato; imaginava que não se podia ser feliz sem um par", conta.

Na Igreja Católica é muito fácil esconder-se atrás da tradição e ele
[Papa Francisco] não faz isso

Teresa Forcades

Hoje aceita que o repto da vida religiosa passa por trabalhar a
afectividade: "As pessoas casadas ou com um par também podem ter esta
experiência de se sentirem atraídos por outra pessoa, e têm igualmente
de trabalhar isso". As pessoas da Igreja também se apaixonam. Já lhe
aconteceu e teve de trabalhar a emoção: "É um desafio, sempre",
admite.

Teresa Forcades esteve em Lisboa na sexta-feira, dia 15, a falar sobre
As Falsas Democracias e as Consequências Políticas da Noção Cristã de
Pessoa, no III Colóquio de Teologias Feministas, organizado pela
Associação Portuguesa de Teologias Feministas em colaboração com o
Policredos – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. No
sábado, apresentou A Teologia Feminista na História, que o padre e
poeta José Tolentino Mendonça considera um "verdadeiro livro do
desassossego". Nele, Forcades pergunta: "Por que é que as
contribuições intelectuais das mulheres tiveram tendência a
desaparecer da História?"

"É verdade que os homens dominam a História ou o mundo? Porquê? É
verdade que não quiseram ou não puderam preservar as contribuições
intelectuais das mulheres ou tê-las em conta? Porquê? E Deus, o que
diz de tudo isto?". Ela faz muitas perguntas

Muitas das posições que assume estão no livro Conversas com Teresa
Forcades. Aceita o casamento entre homossexuais, que adoptem crianças
e defende que uma mulher que aborta não deve ser perseguida nem
punida. "Para uma pessoa religiosa, católica, cristã, e para qualquer
pessoa, o respeito pela vida é fundamental, e eu não vou contra isso.
O que se passa é que eu não quero que a mulher que aborta vá para a
prisão. Entendo que as circunstâncias são complexas. Mas sou contra
que a pessoa que aborta tenha essa pena e seja perseguida", sintetiza.

Convicções que lhe valeram uma carta do Vaticano em 2009, em que lhe
era pedido que se explicasse. Ela fê-lo, mas não recuou. "O conflito
entre o direito à vida e à autodeterminação do próprio corpo é um tema
complexo", diz. Dá um exemplo: no caso de um pai que tenha um filho
que precise de um rim para sobreviver, a Igreja não o obriga a dar
esse rim. "Por que é que não fazemos uma lei católica que diga que tem
a obrigação, naturalmente, de dar o rim ao filho? O pai não vai
morrer, só vai salvar a vida do filho", questiona.

Creio que temos uma Igreja que, na sua estrutura, é patriarcal e
misógina. Realmente discrimina as mulheres. Impede o acesso ao
sacerdócio e as tomadas de decisões também não estão abertas às
mulheres

Teresa Forcades

Ser polémica não lhe agrada, mas é impossível não agitar as águas. Foi
alvo da indignação de cerca de cinco mil católicos que assinaram uma
petição a pedir que fosse suspensa. A esta seguiu-se outra de apoio,
que reuniu cerca de 12 mil subscritores.

Agitar as pessoas
Com tanta abertura em relação a temas fracturantes, não é de estranhar
que se entusiasme com o inquérito do Papa Francisco para a preparação
do Sínodo da Família. Para este sínodo – que vai ter duas assembleias
gerais, uma extraordinária, em Outubro de 2014, e uma ordinária, em
2015 – o Papa quer ouvir as bases sobre temas como o aborto, a
contracepção, o divórcio, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a
adopção por parte destes casais. Não é um referendo, mas está a dar
que falar.

"É um primeiro passo. A solução de um conflito é dar-se conta de que
existe e quantificá-lo. É muito importante. O que está a pedir o Papa?
Que os bispos saibam quantas pessoas divorciadas têm nas suas
dioceses, quantas gostariam de receber o sacramento da comunhão e que
agora estão impossibilitados por culpa do divórcio. É muito bom, saber
quantos há", diz, repetindo os mesmos argumentos para casais que vivem
juntos, sem ou antes do matrimónio, sejam heterossexuais ou
homossexuais.

Para a irmã beneditina, este levantamento permite outro olhar
sociológico sobre estas questões. "Uma coisa é saber em genérico que
existe o divórcio, os casais homossexuais, outra coisa é quantificar
em cada diocese. O mesmo para a contracepção. Quantas mulheres
utilizam? É óbvio, também em Portugal, que as famílias católicas não
têm 20 filhos. Algo se passa...", diz, sorrindo.

Apesar das expectativas criadas em torno do inquérito, no final da
reunião da assembleia geral da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP),
que decorreu em Fátima na passada semana, o assunto mereceu apenas dez
linhas num comunicado de sete páginas. O patriarca de Lisboa e
presidente da CEP, D. Manuel Clemente, defendeu que o protagonismo já
tinha sido dado pelo Papa e garantiu que a CEP abraça, e vai cumprir,
o apelo, sendo bem-vinda a contribuição de todos os católicos.

No entanto, na carta pastoral A Propósito da Ideologia de Género, os
bispos deixam bem clara a posição em relação ao aborto ou ao casamento
gay, e apelam mesmo à revogação das leis. Entre outros excertos, pode
ler-se que "os cidadãos e legisladores que partilhem uma visão mais
consentânea com o ser e a dignidade da pessoa e da família são
chamados a fazer o que está ao seu alcance para as revogar".

Na carta, lê-se ainda que "nunca um ou mais pais podem substituir uma
mãe, e nunca uma ou mais mães podem substituir um pai" e que "uma
criança desenvolve-se e prospera na interacção conjunta da mãe e do
pai, como parece óbvio e estudos científicos comprovam".

Representa isto um retrocesso em relação à abertura pastoral do Papa?
Teresa Forcades entende que é uma defesa de alguns sectores da Igreja.
Como se, diante de tanta agitação, estivessem a dizer: "Não pensem que
algo vai mudar": "Não sei o que se vai fazer com os resultados do
inquérito, por isso poria aqui uma nota de precaução. Porque podemos
ter uma decepção. Creio que é positivo que se estude isto, mas não
quer dizer que vá haver mudanças. Pode haver, e é positivo, mas vamos
ver...", acautela.

Apesar de a última palavra vir sempre do topo, Teresa Forcades diz que
só a expectativa já é de saudar: "Mesmo que a resposta oficial seja a
de que não há alterações, já se está a gerar uma expectativa social, e
depois não há quem a pare. É bom que as pessoas se agitem, para que
haja mudanças".

De uma forma geral, o que Teresa Forcades destaca no Papa Francisco é
"essa vontade que tem demonstrado em mudar coisas": "Na Igreja
Católica é muito fácil esconder-se atrás da tradição e ele não faz
isso". Além disso, não tem dúvidas de que está a tornar-se uma ameaça
para muitos "interesses". Notícias recentes deram conta de que os
alertas do Papa contra a corrupção – dentro e fora do Vaticano –
poderiam tê-lo colocado na mira da máfia. O procurador responsável
pelos processos da N'drangheta, a organização criminosa calabresa, diz
que os grupos estão "nervosos e agitados" com tantas chamadas de
atenção do Papa.

No capitalismo posso contratar alguém com o seu trabalho, ganhar mil
euros e pagar-lhe um euro. Não me parece bem. É imoral. Não quero esse
mundo

Teresa Forcades

Deus e dinheiro
Também em relação às mulheres, esta monja defende que teologicamente
nada impede não só que sejam cardeais, como acedam ao sacerdócio.
"Creio que temos uma Igreja que, na sua estrutura, é patriarcal e
misógina. Realmente discrimina as mulheres. Impede o acesso ao
sacerdócio e as tomadas de decisões também não estão abertas às
mulheres", diz. Não é só isto que "tem de mudar radicalmente", a
Igreja também tem de ser entendida "de um modo menos clerical",
acrescenta.

Multifacetada, gosta ainda da palavra política. Faz parte do movimento
de cidadãos Procés Constituente, que está a criar um modelo para um
estado independente e livre do capitalismo na Catalunha – e que tem
acções de desobediência civil marcadas para dia 30.

No Evangelho diz-se que não se pode servir a Deus e ao dinheiro, isto
é anticapitalismo. "No capitalismo posso contratar alguém com o seu
trabalho, ganhar mil euros e pagar-lhe um euro. Não me parece bem. É
imoral. Não quero esse mundo", esclarece. Entre outros modelos de
organização, defende, por exemplo, as cooperativas. "Esta sociedade
que imagino não é uma sociedade controlada por um comité central. Não
quero o capitalismo nem um governo que controle tudo. Não quero isso
para nada, já vimos isso na História e é um desastre", frisa.

Diz que os partidos políticos, tal como existem e são financiados, são
reféns do poder económico e não estão a servir a democracia. No livro
Sem Medo, escrito com a especialista em movimentos sociais Esther
Vivas, defende, entre outras ideias, a incompatibilidade entre
capitalismo e democracia.

Esta monja beneditina, para quem o mundo é hoje um conjunto de "falsas
democracias", foi considerada pela BBC como uma das mais influentes
intelectuais de esquerda e "a freira mais radical" da Europa. Ela
acredita que o momento que se vive na Europa é uma "oportunidade
política" para a mudança. Não uma mudança "de cosmética", não uma
"reforma", mas uma ruptura, uma revolução: "Uma revolução pacífica e
democrática".

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/teresa-forcades-a-freira-sem-medo-1612959

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# Cartoons que nos fazem pensar...

http://justsomething.co/15-cynical-minimalistic-illustrations-that-reflect-our-times/

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segunda-feira, novembro 18, 2013

# Portugal é o terceiro país do mundo com melhores políticas ambientais

MARISA SOARES 18/11/2013 - 11:49

Índice que avalia o desempenho de 58 países no combate às alterações
climáticas coloca Portugal nos lugares cimeiros. Mas o país pode não
aquecer o lugar.

Portugal ainda colhe os frutos dos investimentos feitos pelo Governo
anterior nas renováveis RUI GAUDÊNCIO/ARQUIVO

Num ranking sobre os países com políticas mais eficazes no combate às
alterações climáticas, Portugal ficou classificado em terceiro –
apesar de figurar em sexto na tabela, os primeiros três lugares não
foram atribuídos. Está atrás da Dinamarca e do Reino Unido, subindo
uma posição em relação ao ano passado. No entanto, Portugal pode não
aquecer o lugar.

O índice Climate Change Performance (CCPI), elaborado pela Rede
Europeia de Acção Climática (na qual se inclui a organização
ambientalista Quercus) e pela organização não-governamental de
ambiente GermanWatch, avalia o desempenho ambiental de 58 países –
responsáveis, no total, por mais de 90% das emissões de dióxido de
carbono associadas à energia. Os resultados foram apresentados nesta
segunda-feira em Varsóvia, na Polónia, onde decorre a Conferência das
Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP19).

O documento aponta os factores que explicam a posição de Portugal, que
a Quercus considera uma "surpresa". Por um lado, o país soube usar a
crise económica para fortalecer as políticas ambientais e reduzir a
dependência de recursos energéticos. "A crise está a fazer descer os
consumos de gasóleo e de combustíveis fósseis na indústria", nota o
dirigente da associação ambientalista Francisco Ferreira, presente na
conferência. Por outro lado, o país colhe ainda os frutos do
investimento feito pelo Governo socialista de José Sócrates nas
energias renováveis.

No entanto, os autores do documento deixam um alerta. "Parece que o
novo Governo de Portugal [PSD/CDS-PP] está a tomar uma posição menos
construtiva e já abrandou alguns dos desenvolvimentos benéficos",
lê-se no relatório.

O bom desempenho português está "ameaçado pela paragem, que pode estar
em jogo, dos investimentos nas renováveis", sublinha Francisco
Ferreira. "O Governo tem de conseguir preparar o país de modo a que,
através da eficiência energética e da continuação do recurso às
renováveis, consigamos uma retoma económica no pós-crise sem aumentar
as emissões", defende.

O índice CCPI avalia indicadores de emissões, eficiência energética e
recurso a energias renováveis, por considerar que estas são as
principais vias para a mitigação das emissões de gases com efeitos de
estufa. Analisa também as emissões associadas com a desflorestação.
Francisco Ferreira lembra que, embora positiva, a avaliação de
Portugal no que toca a cada um destes factores não é "muito boa" – de
resto, nenhum país conseguiu esse resultado. "Não nos destacamos
propriamente em nenhum dos factores de avaliação, apenas somos 'bons'
ou 'moderadamente bons'", afirma.

"Se esta tendência continua, acreditamos que o país pode perder
terreno no próximo ano", continua o relatório, dando o exemplo da
Grécia, que já abandonou "quase totalmente" todas as políticas
ambientais desde que está sob em crise e sob o programa de assistência
financeira da troika. Na tabela, a Grécia surge em 47.º. Também a
Irlanda, outro país sob assistência, desceu três lugares no ranking,
está em 12.º.

Países europeus no top 10
O índice deste ano mostra, tal como no ano passado, que os países não
têm conseguido tomar todas as medidas necessárias para assegurar, à
escala global, um aumento de temperatura inferior a dois graus, em
comparação com a era pré-industrial. Os autores do documento notam que
foi atingido um pico de emissões, pelo qual é responsável sobretudo a
China (em 46.º), e não o resto do mundo, onde a tendência é de
estabilização.

"A China, com a implementação de políticas energéticas mais
sustentáveis, poderá assim vir a fazer toda a diferença. Existe porém
a ameaça de novas fontes de emissão de dióxido de carbono, como a
exploração do gás de xisto, em particular nos Estados Unidos da
América", refere a Quercus, num comunicado em que analisa os
resultados do índice.

Os dez melhores lugares foram para países europeus. A Alemanha saiu do
top 10, ocupando agora o 19.º lugar, "muito penalizada pela atitude
que tem tomado em decisões de política climática à escala europeia, na
área do comércio de emissões e da melhoria de eficiência dos
automóveis", considera a Quercus.

A Índia voltou a recuar seis lugares e os Estados Unidos mantêm o 43.º
lugar, à custa da crise económica e também da redução do uso de
carvão. Os piores países são o Canadá, Irão, Cazaquistão e Arábia
Saudita.

http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/portugal-e-o-terceiro-pais-com-melhores-politicas-ambientais-1612936

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terça-feira, novembro 12, 2013

# Coreia do Norte executou 80 pessoas por verem filmes ou lerem a Bíblia, diz imprensa sul-coreana

PÚBLICO

12/11/2013 - 09:16

Dezenas de milhares de pessoas, incluindo crianças, terão sido
obrigadas a assistir às execuções realizadas numa acção concertada em
sete cidades do país.

A notícia da execução pública de 80 pessoas na Coreia do Norte neste
mês foi dada por uma única fonte, anónima, a vários jornais da Coreia
do Sul, mas rapidamente se espalhou na imprensa internacional.

Segundo jornais de Seoul, como o JoongAng Ilbo, um dos maiores e mais
influentes do país, as 80 pessoas, algumas consideradas culpadas de
actos delituosos para o regime de Pyongyang, como ver vídeos de
entretenimento sul-coreanos ou estar em posse de uma Bíblia, foram
executadas em público em sete cidades, perante o olhar de milhares de
pessoas onde se incluíam crianças, forçadas a assistir. Numa das
cidades, as autoridades juntaram dez mil pessoas para assistir.
Algumas das vítimas tinham sido acusadas de disseminar pornografia.

A confirmarem-se, estas execuções, realizadas numa acção coordenada no
mesmo dia, terão constituído o acto mais brutal do regime desde que
Kim Jong Un chegou ao poder depois da morte do pai Kim Jong Il, em
2011.

Familiares e amigos das vítimas terão depois sido enviados para
centros de detenção, para impedir que a informação das mortes fosse
divulgada. "Relatos de execuções públicas teriam certamente um efeito
muito negativo nas pessoas", disse ao jornal inglês Daily Telegraph
Daniel Pinkston, analista do instituto de investigação International
Crisis Group em Seoul.

A notícia nos jornais sul-coreanos tem uma única fonte e esta coincide
com os rumores de mortes em sete cidades na informação dada por uma
agência de notícias de dissidentes da Coreia do Norte.

Testemunhos publicados na imprensa descrevem um caso, no Estádio de
Shinpoong, na província de Kanwon, em que oito pessoas foram alinhadas
com fardos colocados por cima da cabeça enquanto soldados disparavam
de forma ininterrupta. "Ouvi relatos de residentes que dizem ter visto
os cadáveres [dos executados] de tal maneira perfurados pelas balas
que depois foi impossível identificá-los", disse a fonte citada também
em jornais como oLos Angeles Times ou o Daily Telegraph.

As execuções terão ocorrido em cidades onde o líder norte-coreano
estará a tentar intimidar trabalhadores que desafiam as regras do
regime, considera oLA Times. O Daily Telegraph refere a tentativa do
regime em esmagar qualquer suspeita de descontentamento popular e cita
um relatório do think tank Rand Corporation em como Kim Jong Un terá
sobrevivido a uma tentativa de assassínio em 2012, o que, desde então,
motivou um reforço substancial da sua guarda.

http://www.publico.pt/mundo/noticia/coreia-do-norte-executou-80-pessoas-por-verem-filmes-ou-lerem-a-biblia-diz-imprensa-sulcoreana-1612177

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segunda-feira, novembro 11, 2013

# Marriage Isn’t For You

Seth Adam Smith / 1 week ago November 2, 2013

Kim and I

Having been married only a year and a half, I've recently come to the
conclusion that marriage isn't for me.

Now before you start making assumptions, keep reading.

I met my wife in high school when we were 15 years old. We were
friends for ten years until…until we decided no longer wanted to be
just friends. :) I strongly recommend that best friends fall in love.
Good times will be had by all.

Nevertheless, falling in love with my best friend did not prevent me
from having certain fears and anxieties about getting married. The
nearer Kim and I approached the decision to marry, the more I was
filled with a paralyzing fear. Was I ready? Was I making the right
choice? Was Kim the right person to marry? Would she make me happy?

Then, one fateful night, I shared these thoughts and concerns with my dad.

Perhaps each of us have moments in our lives when it feels like time
slows down or the air becomes still and everything around us seems to
draw in, marking that moment as one we will never forget.

My dad giving his response to my concerns was such a moment for me.
With a knowing smile he said, "Seth, you're being totally selfish. So
I'm going to make this really simple: marriage isn't for you. You
don't marry to make yourself happy, you marry to make someone else
happy. More than that, your marriage isn't for yourself, you're
marrying for a family. Not just for the in-laws and all of that
nonsense, but for your future children. Who do you want to help you
raise them? Who do you want to influence them? Marriage isn't for you.
It's not about you. Marriage is about the person you married."

It was in that very moment that I knew that Kim was the right person
to marry. I realized that I wanted to make her happy; to see her smile
every day, to make her laugh every day. I wanted to be a part of her
family, and my family wanted her to be a part of ours. And thinking
back on all the times I had seen her play with my nieces, I knew that
she was the one with whom I wanted to build our own family.

My father's advice was both shocking and revelatory. It went against
the grain of today's "Walmart philosophy", which is if it doesn't make
you happy, you can take it back and get a new one.

No, a true marriage (and true love) is never about you. It's about the
person you love—their wants, their needs, their hopes, and their
dreams. Selfishness demands, "What's in it for me?", while Love asks,
"What can I give?"

Some time ago, my wife showed me what it means to love selflessly. For
many months, my heart had been hardening with a mixture of fear and
resentment. Then, after the pressure had built up to where neither of
us could stand it, emotions erupted. I was callous. I was selfish.

But instead of matching my selfishness, Kim did something beyond
wonderful—she showed an outpouring of love. Laying aside all of the
pain and aguish I had caused her, she lovingly took me in her arms and
soothed my soul.

Marriage is about family.

I realized that I had forgotten my dad's advice. While Kim's side of
the marriage had been to love me, my side of the marriage had become
all about me. This awful realization brought me to tears, and I
promised my wife that I would try to be better.

To all who are reading this article—married, almost married, single,
or even the sworn bachelor or bachelorette—I want you to know that
marriage isn't for you. No true relationship of love is for you. Love
is about the person you love.

And, paradoxically, the more you truly love that person, the more love
you receive. And not just from your significant other, but from their
friends and their family and thousands of others you never would have
met had your love remained self-centered.

Truly, love and marriage isn't for you. It's for others.

http://sethadamsmith.com/2013/11/02/marriage-isnt-for-you/

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quarta-feira, novembro 06, 2013

# O que nos motiva?!

Excelente animação:

http://www.youtube.com/watch?v=u6XAPnuFjJc

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# A reenvangelização benigna de Francisco

Daniel Oliveira
Expresso, Terça feira, 5 de novembro de 2013

Em mais um gesto significativo, o Papa Francisco enviou um inquérito
às conferências episcopais para conhecer a posição dos fiéis sobre
várias matérias, onde se inclui o divórcio, o casamento entre pessoas
do mesmo sexo e a contracepção. Não espero que a Igreja Católica mude
o fundamental suas posições sobre estas matérias. Apenas celebro o
facto de surgir uma nova atitude, mais aberta ao diálogo e à
compreensão, em matéria que não é de dogma, e menos dedicada ao
julgamento e punição. O próprio Papa já tinha defendido que "todos,
especialmente bispos e conferências episcopais, vão sentir a
necessidade de recalibrar as suas prioridades, o seu estilo, o seu
tom". Lamentando que a Igreja muitas vezes coloque "as questões morais
à frente da fé e não o contrário".

Talvez influenciado pela crise que vivemos em Portugal, devo dizer que
me impressiona bem mais a atitude social deste Papa, que em tudo se
distingue da atitude do Cardeal Patriarca Emérito de Lisboa, D. José
Policarpo, aplicado advogado do poder político e da austeridade. A
posição do Papa começa pelo exemplo. Não apenas o do seu despojamento,
que se evidencia na recusa em viver nos aposentos papais, mas no
episódio que levou ao afastamento temporário do bispo de Limburgo, por
este ter gasto milhões na sua residência oficial. Tratar o
esbanjamento pornográfico de dinheiro e a exibição despudorada da
riqueza pelo menos com a mesma severidade com que se tratam outros
pecados menores, é um sinal muitíssimo importante a ser dado a todos
os fiéis. Devo dizer que não são tanto os pequenos sinais de vida
austera que me impressionam no Papa. Eles até poderiam ser vistos como
meras operações de marketing. É a consistência e coerência da sua
postura social que, mais através de gestos do que de palavras, é de
uma importância central no tempo em que vivemos. Até porque a exibição
de poder que a opulência do Vaticano garantia já não consegue
competir, no seu aparato, com a do clero das finanças e da banca.

Outro momento relevante no seu ainda curto papado, foi quando decidiu
deslocar-se ao Casal del Marmo, uma casa-prisão que alberga jovens
delinquentes, para participar no tradicional lava-pés (que costuma ser
no Vaticano). E escolheu aí, entre vários encarcerados, duas
raparigas, uma delas muçulmana.

Escolhi estes três momentos e poderia ter escolhido outros. São muitos
os sinais de mudança através do exemplo que este Papa exibe, que se
concentram todos na ideia de humildade e tolerância. E, já agora, de
inteligência política. Porque os papas tratam, sempre trataram, de
política. Bem sei que alguma intelectualidade católica apreciava mais
a inegável sofisticação do papa anterior. Não perceberão que a crise
da Igreja não é teológica. É, entre outras razões que lhe são
externas, uma crise do exemplo. É disso que as pessoas estão carentes.
E que seria normal encontrarem, antes de tudo, nos seus líderes
espirituais. Porque, afinal de contas, essa é uma das funções da
religião, ou pelo menos do cristianismo: dar ordem e sentido à nossa
existência, ajudando-nos a encontrar o caminho da virtude trilhado, de
forma ideal, por outros.
Dirão que, sendo eu ateu, nada que diga respeito à Igreja Católica e
ao Vaticano me deveria interessar grandemente. Mas interessa-me muito.
Vivemos num tempo de domínio duma corrente cultural (e ideológica) que
valoriza o individualismo levado até às suas últimas consequências.
Ela alimenta-se da destruição de todas as redes estáveis de
solidariedade e pertença, elogiando cada individuo que,
solitariamente, se exponha ao risco absoluto e desprezando todos os
que acreditam na capacidade coletiva de interajuda. E alimenta-se dum
hedonismo extremo, de que Wall Street, em vésperas de 2008, é só o
exemplo mais flagrante. Esta moral dominante, pela desintegração
social e moral que promove, é inimiga da Igreja Católica e da
manutenção do seu próprio poder social, político e espiritual. E, por
razões diferentes, é inimiga dos que, como eu, defendem uma sociedade
baseada num espírito igualitário e na mutualização do risco. O que faz
das áreas de pensamento em que me situo e de uma igreja empenhada em
pôr travão ao que considero ser a maior regressão civilizacional em
alguns séculos, bem representada por este Papa, potenciais aliadas nas
atuais circunstâncias.

O que é novo neste Papa não são as suas posições, são as suas
prioridades. E ter um Papa concentrado na desigualdade social, pondo-a
à frente da moral sexual, é um avanço de enormes proporções. Até
porque, como na vida nada é simples e linear, encontramos entre os
liberais mais radicais alguns devotos católicos, que reservam o seu
conservadorismo para a moral sexual e para a defesa da estrutura
familiar tradicional (que o modelo económico e social que defendem
torna, na realidade, inviável). Ou seja, que apenas valorizam a
liberdade individual, tratada como um privilégio, na medida em que ela
resulte do poder económico de cada um. A postura deste Papa pode vir a
ser um terramoto para muitos dos ideólogos deste liberalismo
conservador, nascido nas fileiras da direita protestante
anglo-saxónica e importando para as hostes intelectuais católicas.

Mas seria um pouco cínico e até oportunista ficar-me por este
interesse mútuo. Valorizo a postura deste Papa por mais algumas
razões. Num tempo em que, para o mal e para o bem, tudo é fugaz,
etéreo e inseguro, falta a cada vez mais humanos aquilo de que
precisam, sempre precisaram e sempre precisarão: segurança. E falta
horizonte que dê esperança, sem a qual o espírito humano definha. E
esse conforto da segurança e da esperança, sem os quais somos
paralisados pela nossa própria solidão, também é dado por
instituições. Com a crise das grandes narrativas políticas, a perda de
poder dos Estados Nacionais, a degradação dos partidos políticos e a
perda de influência das igrejas na Europa e na América do Norte, o
Ocidente paira sem rumo, transido de medo e esmagado por uma
complexidade que não consegue compreender e dominar. E faltam exemplos
que contradigam o cinismo que alimenta o pensamento amoral da
ideologia dominante.

Por mais estranho que vos pareça, não considero, por isso, negativo
que a Igreja Católica, desde que respeite a laicidade dos Estados e
consiga conviver com sociedades plurais e tolerantes, recupere, na
Europa e na América do Norte, um pouco do poder que perdeu. Sobretudo
se isso permitir enquadrar moralmente alguns comportamentos sociais e
económicos das elites, predominantemente cristãs. Com a sua postura,
este Papa dá sinais de poder ser um factor muitíssimo positivo para
uma "reevangelização benigna", se me é permitida esta liberdade
retórica.

Quando este Papa foi escolhido, fui, justa ou injustamente,
desconfiado com o seu passado na Argentina. Mas concluí, no fim, que é
de homens completamente integrados que "podem muitas vezes vir as
condições para a regeneração das instituições que dirigem". Recordei
que a opulência e a corrupção no Vaticano, que tanto choca muitos
crentes, resulta da maior contradição da Igreja Católica: "a
manutenção do poder da instituição sempre esteve à frente dos valores
cristãos que ela deveria representar". Que o mais difícil dos desafios
seria exatamente o de "manter o poder e a coesão da Igreja e ser
coerente com a mensagem cristã". E concluía que num mundo marcado pelo
ritmo do escândalo televisivo, espera-se o impossível: "que um Papa se
comporte como se o seu poder dependesse da sua popularidade
mediática".
Como se viu com os dois últimos papas, para o mal ou para o bem, a
popularidade também conta no Vaticano. E é através dessa ilusão,
comportando-se como se o seu poder se legitimasse no apoio dos homens,
que o Papa Francisco poderá mudar a Igreja. Já o está a fazer. E o
gesto de mandar ouvir os fiéis sobre matérias tão polémicas para os
católicos, mais pela forma do que pelo conteúdo, é de uma enorme
radicalidade. Não faz da Igreja o que ela não pode, por natureza, ser:
uma instituição democrática. Mas cria pontes mais sólidas entre ela e
as sociedades democráticas. E são essas pontes que poderão contrariar
a sua decadência no Ocidente.

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terça-feira, novembro 05, 2013

# Rebeldes do M23 anunciam fim da rebelião na RDCongo

A notícia surge horas depois de o Governo da República Democrática do
Congo anunciar uma "vitória total" sobre a rebelião do grupo M23

Os rebeldes do grupo M23 anunciaram hoje o fim da luta armada, após um
ano e meio de combates contra o exército da República Democrática do
Congo e as forças da ONU.

Em comunicado intitulado "Anúncio do fim da rebelião", o presidente do
grupo, Bertrand Bisimwa, afirma que o M23 "decidiu a partir de hoje
pôr fim à sua rebelião e prosseguir, por meios puramente políticos, a
busca por soluções para as causas profundas que presidiram à sua
criação".

A notícia surge horas depois de o Governo da República Democrática do
Congo anunciar uma "vitória total" sobre a rebelião do grupo M23.

"Os últimos rebeldes do M23 abandonaram as trincheiras em Chanzu e
Runyonyi devido à pressão militar", disse o ministro da Comunicação e
porta-voz do Governo congolês numa mensagem de telemóvel enviada a um
jornalista da agência AFP.

http://www.ionline.pt/artigos/mundo/rebeldes-m23-anunciam-fim-da-rebeliao-na-rdcongo

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