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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

quarta-feira, dezembro 31, 2008

# Lei anti-tabaco: Cerca de 94 por cento da população entende que a nova lei protege a sua saúde

 
Estudo apresentado amanhã sobre o impacte da lei
Lei anti-tabaco fez reduzir a população de fumadores em cinco por cento
30.12.2008 - 15h21 Lusa

Um ano depois, a lei anti-tabaco já fez reduzir o número de fumadores em cinco por cento, anunciou a hoje a ministra da Saúde. A nova lei também mudou os hábitos de cerca de 30 por cento dos fumadores em relação ao tabaco.

"Um estudo feito por uma empresa científica aponta entre os primeiros dados que cerca de cinco por cento dos fumadores deixaram de fumar" no último ano, sustentou a ministra da Saúde, Ana Jorge, em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, em que estiveram em análise os resultados de um ano de aplicação da lei contra o tabaco.

De acordo com os mesmos dados, a ministra da Saúde advogou que a nova lei também permitiu que "28 por cento dos fumadores tenham alterado os seus comportamentos em relação ao tabaco", já que "fumaram em média menos nove cigarros por dia".

"A lei do tabaco gerou uma apreciação positiva por parte dos cidadãos que foram inquiridos no estudo, que abrangeu mais de seis mil cidadãos com idade a partir dos 15 anos e distribuídos por todo o território nacional", acrescentou.

Ainda em relação ao universo de inquiridos pelo estudo, a ministra da Saúde referiu que "94 por cento entende que a nova lei protege a sua saúde".

"O Governo conseguiu atingir dois objectivos: diminuir a prevalência do tabaco e reduzir o próprio consumo", acrescentou.

Ana Jorge disse ainda acreditar que "muitas das doenças respiratórias tiveram já uma apreciação pelo estudo, concluindo-se que, na sequência da diminuição dos locais públicos em que se pode fumar, houve uma melhoria para a saúde das pessoas em geral".

Com a nova lei do tabaco, que entrou em vigor a 01 de Janeiro deste ano, passou a ser proibido fumar nos espaços públicos, locais de trabalho, unidades de saúde, estabelecimentos de ensino e locais como museus, centros comerciais, aeroportos e meios de transporte.

Nos restaurantes, as excepções estão condicionadas à dimensão dos locais e à criação de espaços próprios para fumadores devidamente sinalizados e separados fisicamente das restantes instalações ou com dispositivos de ventilação e sistema de extracção de fumo directamente para o exterior.

O estudo vai ser apresentado oficialmente amanhã, às 10h30, no café Mexicana em Lisboa.

terça-feira, dezembro 30, 2008

# Reclusos vão cultivar hortas para dar produtos a populações desfavorecidas

Os terrenos são cedidos pela tutela liderada por Alberto Costa

29.12.2008 - 22h55 Romana Borja-Santos
Que alguns voluntários dos Bancos Alimentares desenvolviam actividades junto de reclusos para promover a cidadania e a responsabilidade social não é novidade. A novidade é que chegou a oportunidade de retribuírem. A partir de amanhã, reclusos de cinco estabelecimentos prisionais distintos vão contar com 25 hectares de terreno para cultivar. Os produtos que conseguirem retirar da "Horta Solidária" serão distribuídos pelas populações mais desfavorecidas.

O acordo de cooperação entre a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome será assinado amanhã, às 15h30, na Quinta da Várzea, em Setúbal, e conta com a presença do ministro da Justiça, Alberto Costa.

"Horta Solidária" é o nome deste novo projecto que conta com terrenos cedidos pelo Ministério da Justiça a cinco estabelecimentos prisionais: Santa Cruz do Bispo, Alcoentre, Setúbal, Pinheiro da Cruz e Especial Leiria.

Assim que colherem os primeiros resultados do que semearam, os reclusos vão entregar os produtos aos Bancos Alimentares que, por sua vez, os fazem chegar a quem mais precisa. Esta é uma forma de agradecimento pelo projecto "Educar para a Cidadania", através do qual voluntários de associações de caridade desenvolvem acções com os reclusos com o objectivo de lhes transmitir competências na área da cidadania e responsabilidade social.

 

sábado, dezembro 27, 2008

# "O poeta beija tudo"

O poeta beija tudo, graças a Deus... E aprende com as coisas a sua lição de sinceridade...
 
E diz assim: "É preciso saber olhar..."
 
E pode ser, em qualquer idade, ingénuo como as crianças, entusiasta como os adolescentes e profundo como os homens feitos...
 
E perde tempo (ganha tempo) a namorar uma ovelha...
 
E comove-se com coisas de nada: um pássaro que canta, uma mulher bonita que passou, uma menina que lhe sorriu, um pai que olhou desvanecido para o filho pequenino, um bocadinho de sol depois de um dia chuvoso...
 
E acha que tudo é importante...
 
E pega no braço dos homens que estavam tristes e vai passear com eles para o jardim...
 
E reparou que os homens estavam tristes...
 
E escreveu uns versos que começam desta maneira: "O segredo é amar..."
 
Sebastião da Gama
Sent by: Mónica Claro

segunda-feira, dezembro 22, 2008

# Portugal emite 6,4 toneladas de CO2 por habitante

Dados estatísticos sobre a Península Ibérica publicados hoje

22.12.2008 - 14h54 Lusa
Portugal emite 6,4 toneladas de CO2 por habitante, menos duas do que a Espanha, que desde 1996 tem vindo a aumentar as emissões de gases com efeito de estufa. Os dados vêm publicados hoje e foram reunidos pelos institutos de Estatística português e espanhol.

A publicação "A Península Ibérica em Números", apresentada pelo INE português e INE espanhol pelo quinto ano consecutivo, compara indicadores dos dois países relativos a várias áreas sócioeconómicas, como Território e Ambiente, Educação e Cultura, Saúde e Protecção Social, Mercado de Trabalho, Transportes, Comunicações e Turismo.

Na área ambiental, os números hoje divulgados demonstram que enquanto Portugal tem mantido, desde 2003, emissões de dióxido de carbono em torno das seis toneladas por habitante, Espanha tem vindo a aumentar. Neste momento, emite 8,4 toneladas por habitante, valor muito próximo da média da União Europeia.

Portugal encontra-se entre os países menos poluentes na União Europeia, com emissões de 6,4 toneladas de CO2 por habitante. Menos poluentes que Portugal em 2005, só a Letónia, a Lituânia, a Roménia, a Suécia e a Hungria.

Em comparação com os espanhóis, os portugueses são também menores produtores de lixo. A maior parte do território nacional produz entre 250 e 500 quilogramas de resíduos indiferenciados, de vidro, papel e cartão, abaixo da média de Espanha que produz entre 500 e 650 quilogramas.

Enquanto em Portugal só as regiões de Lisboa, Algarve e Madeira registavam uma maior quantidade de resíduos urbanos recolhidos por habitante, em Espanha, só as regiões da Galiza, Astúrias, Extremadura, Catalunha, Ceuta e Melilla têm baixos níveis de produção de lixo.

Segundo os mesmos dados, em 2005, as regiões de Lisboa, Algarve, Açores e Madeira eram, a par com a Andaluzia, Astúrias e Cantábria, as regiões da Península Ibérica mais gastadoras de água. Naquelas regiões, cada habitante consumia, em 2005, entre 180 a 420 litros de água por dia, enquanto o consumo médio na maior parte das regiões da Península Ibérica é entre 150 e 180 litros de água por dia.

Ao contrário, as regiões Norte de Portugal e Navarra, La Rioja e País Basco, Baleares, Ceuta e Melilla e Canárias, de Espanha, registavam um menor consumo, já que cada habitante gastava apenas entre 100 e 150 litros por dia, segundo os mesmos dados.

# "There's probably no God. Now stop worrying and enjoy your life"

'PROVAVELMENTE DEUS NÃO EXISTE' 
 
É possível que já em Janeiro, nas ruas de Londres, as pessoas se deparem com cartazes no exterior dos autocarros com estes dizeres: "There's probably no God. Now stop worrying and enjoy your life" (Provavelmente Deus não existe. Então, deixe de preocupar-se e desfrute a vida).

Trata-se de uma campanha publicitária a favor do ateísmo, promovida pela Associação Humanista Britânica e apoiada pelo célebre biólogo darwinista R. Dawkins, professor da Universidade de Oxford, ateu militante e, segundo muitos, fundamentalista.

A campanha foi um êxito, pois rapidamente conseguiu fundos - dezenas de milhares de euros - mais que suficientes para pô-la em marcha. Segundo a jornalista Ariane Sherine, que a tinha sugerido em Junho, "fazer uma campanha em autocarros com uma mensagem tranquilizadora sobre o ateísmo seria uma boa forma de contrabalançar as mensagens de certas organizações religiosas que ameaçam os não cristãos com o inferno".

Para Dawkins, "a religião está acostumada a ter tudo grátis - benefícios fiscais, respeito imerecido e o direito a não ser ofendida, o direito a lavar o cérebro das crianças". Assim, "esta campanha de slogans alternativos nos autocarros de Londres obrigará as pessoas a pensar. Ora, pensar é uma maldição para a religião".

Logo que apareceu o anúncio da campanha, fui confrontado por um jornalista da TSF: se a achava provocatória. Respondi que até a achava interessante. De facto, era isso mesmo: obrigaria as pessoas a pensar nas questões essenciais, e Deus é uma dessas questões decisivas.

Constatei, mais tarde, que essa foi também a posição de líderes religiosos britânicos, que responderam favoravelmente à iniciativa. Aliás, qualquer um tem o direito de promover as suas ideias através de meios apropriados. A Igreja Metodista agradeceu inclusivamente a Dawkins pelo facto de encorajar um "contínuo interesse por Deus". A rev. Jenny Ellis disse: "Esta campanha será uma boa coisa, se levar as pessoas a comprometer-se com as questões mais profundas da vida." E acrescentou: "O cristianismo é para pessoas que não têm medo de pensar sobre a vida e o sentido."

É significativo aquele "provavelmente". Dawkins não sabe que Deus não existe e, por isso, escreve: "Provavelmente." A existência de Deus não é objecto de saber de ciência, à maneira das matemáticas ou das ciências verificáveis experimentalmente. Nisso, Kant viu bem: ninguém pode gloriar-se de saber que Deus existe e que haverá uma vida futura; se alguém o souber, "esse é o homem que há muito procuro, porque todo o saber é comunicável e eu poderia participar nele".

Afinal, também há razões para não crer, mas, quando se pensa na contingência do mundo, no dinamismo da esperança em conexão com a moral e na exigência de sentido último, não se pode negar que é razoável acreditar no Deus pessoal, criador e salvador, que dá sentido final a todas as coisas. Numa e noutra posição - crente e não crente -, entra sempre também algo de opcional.

Mas, nos cartazes, o mais impressionante é a segunda parte: "Deixe de preocupar-se e desfrute a vida." É claro que o que está subjacente a esta conclusão é a ideia de um Deus invejoso da vida e da alegria dos homens e das mulheres.

Se a primeira parte obriga os crentes a pensar, retirando da fé tudo o que de ridículo - pense-se em todas as superstições - lhe tem andado colado, a segunda tem de levá-los a "evangelizar" Deus. É preciso, de facto, reconhecer que houve e há muitos a quem "Deus" tolheu a vida, de tal modo que teria sido preferível nunca terem ouvido falar no seu nome - pense-se no horror do inferno, nas guerras e ódios em seu nome, no envenenamento da sexualidade, na estreiteza e humilhação a que ficaram sujeitos.

Agora que está aí o Natal, é ocasião para meditar no Deus que manifesta a sua benevolência e magnanimidade criadoras no rosto de uma criança. Jesus não veio senão revelar que Deus é amor, favorável a todos os homens e mulheres e querendo a sua realização plena. Perante um "deus" que os humilhasse e escravizasse, só haveria uma atitude digna: ser ateu.
 
Anselmo Borges
Padre e professor de Filosofia

terça-feira, dezembro 16, 2008

# Maus chefes provocam ataques de coração

26 | 11 | 2008 08.07H Destak.pt

Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.

A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.

Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.

Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.

A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo.

Isabel Stilwell

quarta-feira, dezembro 03, 2008

# Bombas de fragmentação oficialmente proibidas

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1351963&idCanal=11
03.12.2008 - 10h46 Susana Almeida Ribeiro

Uma centena de países, incluindo Portugal, estão hoje em Oslo para assinarem um tratado que passa a proibir o uso de bombas de fragmentação, que devastam as populações civis, numa cerimónia marcada pela não assinatura do tratado pelos Estados Unidos, Rússia e China, três dos maiores produtores deste tipo de armamento.

"O mundo é hoje um lugar mais seguro. Este é o acordo humanitário mais importante do último decénio", declarou à AFP Richard Moyes, co-presidente da Coligação contra as Bombas de Fragmentação (CMC), uma organização que agrupa cerca de 300 ONG.

Na origem do processo de interdição, a Noruega deu início ao processo formal de assinaturas, rubricando em primeiro lugar o acordo, que proíbe a produção, utilização, armazenamento e comércio deste tipo de armas e que obriga os países signatários ajudar as pessoas e os países vítimas deste tipo de munições.

As bombas de fragmentação podem conter centenas de outras bombas mais pequenas, que se dispersam por um vasto perímetro mas que não explodem no imediato, transformando-se "de facto" em minas antipessoais, interditas em 1997 pela Convenção de Otava.

De acordo com a Handicap International, cerca de 100 mil pessoas, 98 por cento das quais civis, morreram ou ficaram mutiladas na explosão de bombas de fragmentação um pouco por todo o mundo desde 1965. Mais de um quarto são crianças, atraídas pelas suas formas e cores.

Hoje e amanhã, uma centena de países, incluindo Portugal, deverão assinar o texto negociado em Maio último, em Dublin.

Mas a eficácia do tratado fica limitada pela ausência dos principais produtores e utilizadores deste tipo de armamento: Estados Unidos, Rússia, China, Israel, Índia e Paquistão.

Em Oslo está o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, a fim de assinar o tratado. "Num momento em que as tensões se desenvolvem perigosamente em alguns teatros (…), é bom que haja apesar de tudo um esforço da comunidade internacional para controlar os efeitos mais negativos que se associam à guerra e aos conflitos", disse o ministro português, citado pelo Diário Digital.