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PENSANTES

Outros pensamentos, ideias e palavras que nos fazem pensar...

sexta-feira, dezembro 30, 2011

# "Laços de luz"

A natureza é um dos meus refúgios, concede-me tranquilidade, paz de espírito...
Ela liberta-me do desterro da insegurança, das noitas longas da ansiedade...

Embala-me nos seus braços de beleza interior, de simplicidade, de ternura...
Na verdade, concede-me mais acolhimento do que alguns humanos que se
encontram perto de mim!
Partilha o seu tempo comigo, e não cria, à sua volta, um clube de
eleitos onde só entra quem tem um convite.

A natureza é minha irmã porque nos encontramos ligadas por laços de
luz que não se vêem mas que o coração sente...
Por ela, sinto uma enorme gratidão porque aconchega a minha alma,
esteja desesperada ou eufórica, triste ou alegre ou tão somente
tranquila e meditativa...

Não me pergunta o que lhe dou em troca da prenda da sua presença!
Simplesmente, me recebe, e numa linguagem que é só sua um cântico me
sussura:
"Eu... Tu... Estamos bem!"

Mónica Claro, 1999

quinta-feira, dezembro 29, 2011

# Mais de 60% das rendas em Portugal são inferiores a 300 euros

Quase um terço abaixo de 75 euros
18.11.2011 - 07:37 Por Lusa, PÚBLICO

(Joana Camões (arquivo))
Mais de 60% dos contratos de arrendamento existentes em Portugal têm
uma renda inferior a 300 euros, segundo um estudo da Confederação
Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), a que a Lusa teve
acesso.

"A apenas 297.345 contratos de arrendamento, ou seja, 38 por cento do
total, corresponde uma renda superior a 300 euros, o que demonstra que
este mercado não demonstra qualquer dinâmica e se encontra totalmente
estagnado", lê-se no estudo da confederação liderada por Reis Campos.

O documento, que cita dos dados provisórios dos Censos 2011,
divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), adianta que
"62,4 por cento dos contratos paga uma renda inferior a 300 euros e
cerca de metade destes situa-se abaixo dos 75 euros".

O estudo, intitulado "Impactos da criação de uma taxa liberatória no
arrendamento", que já foi entregue ao Governo, salienta ainda o facto
de "o arrendamento ter pouca expressão no mercado da habitação" em
Portugal.

Muitas casas próprias

De acordo com o documento, "Portugal é o segundo pais onde se verifica
um maior número de casas próprias (76 por cento)", apenas superado
pela vizinha Espanha (85 por cento).

A CPCI afirma que este é um "fenómeno relativamente recente na
sociedade portuguesa", uma vez que "no início da década de 80 este
valor era de apenas 52 por cento".

Citando os dados provisórios dos Censos 2011, a confederação afirma
também que existem em Portugal "786 mil alojamentos familiares
arrendados, o que representou um diminuto crescimento de 43.479 fogos
face a 2001".

Entre 2001 e 2011, "o peso dos alojamentos familiares arrendados no
total de alojamentos familiares ocupados reduziu-se de 20,8 por cento
para 19,7 por cento", segundo o estudo.

A CPCI reafirma ainda que a Lei das Rendas, em vigor há quase cinco
anos, "falhou os objectivos anunciados", recordando que foi
estabelecida como meta a revisão de 20 mil rendas antigas no primeiro
ano, mas até Outubro do ano passado "apenas tinham sido actualizadas
2614".

quarta-feira, dezembro 28, 2011

# Como as crianças reagem a um prato vazio

http://sorisomail.com/partilha/217214.html

terça-feira, dezembro 27, 2011

# Portugal registou em 2010 mais 1931 nascimentos do que no ano anterior

Estudo da Direcção-Geral da Saúde
26.12.2011 - 14:27 Por Lusa (Jorge Silva/Reuters)
http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-registou-em-2010-mais-1931-nascimentos-do-que-no-ano-anterior-1526506

A taxa de natalidade voltou a crescer em Portugal em 2010,
registando-se mais 1931 nascimentos em relação ao ano anterior,
segundo o estudo Natalidade, Mortalidade infantil, fetal e perinatal
2006/2010 da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

"Observou-se para Portugal um recrudescimento da taxa de natalidade
para 9,5 nascimentos por cada mil nados vivos, correspondendo a mesma
a um aumento de cerca de 1931 nados vivos face aos valores do ano
anterior", referem os dados da DGS elaborados a partir de informação
disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a DGS, registou-se um comportamento idêntico em quase todas as
Regiões de Saúde, com excepções no Norte, que manteve a taxa de
natalidade, e na Região Autónoma da Madeira, cuja taxa diminuiu em
relação a 2009.

Por distritos o padrão observado foi muito semelhante ao das
respectivas Regiões de Saúde tendo-se mantido a subida desta taxa, com
excepção nos distritos de Braga e Guarda, que registou uma quebra, e
nos de Leiria e Viseu, onde esta se manteve nos valores do ano de
2009.

A mortalidade infantil apresentou uma diminuição de 3,6 para 2,6/1000
nados vivos (nv), o que representa um decréscimo de 1,0/1000 nv em
relação ao ano 2009, resultante da observação de menos 103 óbitos
infantis.

Em todas as Regiões foi consistentemente verificada a diminuição desta
taxa excepto na Região Autónoma dos Açores. Nas Regiões de Lisboa e
Vale do Tejo e na Região Autónoma dos Açores esta taxa foi superior à
taxa nacional, adianta a DGS. Por distritos também se verificou a
genérica diminuição da taxa de mortalidade relativamente a 2009, com
excepção dos distritos de Bragança e Guarda.

A taxa de mortalidade neonatal – número de óbitos de crianças com
menos de 28 dias de idade observado durante um determinado período de
tempo – também baixou, registando-se menos 76 óbitos em relação a
2009.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo e nos Açores registaram-se valores
acima da taxa nacional. Por distritos também se verificou o decréscimo
desta taxa com exclusão nos distritos de Bragança e Guarda, onde
cresceu, e Braga onde a taxa foi exactamente a mesma do ano anterior,
adianta a DGS.

A taxa de mortalidade perinatal – número de mortes fetais de 28 ou
mais semanas de gestação até sete dias de idade – fixou-se em 2010 em
3,5 por mil nados vivo, uma diminuição de 1,1 relativamente ao ano
anterior. Segundo a DGS, foram registados menos 100 óbitos nas suas
componentes (fetal tardia e neonatal precoce com menos 51 e 49 óbitos,
respectivamente em 2009 e 2010).

As Regiões de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo, do Algarve
e a Região Autónoma dos Açores registaram taxas com valores superiores
à taxa nacional. Por distritos esta taxa manteve o comportamento de
redução, relativamente a 2009, com excepções nos distritos da Guarda e
Beja onde ocorreram aumentos dos respectivos valores.

terça-feira, dezembro 20, 2011

# A troca

DESTAK | 14 | 12 | 2011 20.42H

No início de 2012 o Parlamento, apoiado pelo Presidente da República,
tomou uma decisão insólita: indigitar para formar Governo o líder da
CGTP, Manuel Carvalho da Silva, colocando como Vice Primeiro Ministro
o dirigente da UGT, João Proença. Entretanto Pedro Passos Coelho e
Paulo Portas eram nomeados secretários-gerais das duas centrais
sindicais.
Carvalho da Silva começou por denunciar essa proposta como um golpe do
capital para o denegrir mas, pressionado pelos camaradas, viu-se
obrigado a aceitar. Logo que entrou em funções começou a desmantelar a
«política de empobrecimento» de que acusava o antecessor, eliminando
os cortes de salários, melhorando as regalias dos trabalhadores e
promovendo o investimento público.
As consequências não se fizeram esperar. A troika rompeu as
negociações e os mercados internacionais fecharam-se. Os bancos
ameaçavam falência e era cada vez mais provável a renegociação da
dívida e a saída do euro, que aliás o Primeiro-ministro apoiava. A
fuga de capitais e a emigração dispararam e a economia caiu na maior
recessão da sua história. As coisas só se começaram a recompor quando
o ministro das Finanças, Francisco Louçã, fez um discurso que ficou
célebre, afirmando que a austeridade era democrática e a revolução
exigia sacrifícios aos trabalhadores.
Então o Governo decretou o despedimento de 300 mil funcionários
públicos e o corte geral de 40% todos os salários. Essas medidas foram
denunciadas violentamente pelos líderes sindicais, Passos Coelho e
Portas, como «política de empobrecimento».
João César das Neves

sexta-feira, dezembro 16, 2011

# Casamentos atingem valor mínimo desde que há registo

16.12.2011 - 16:31 Por Natália Faria
http://www.publico.pt/Sociedade/casamentos-atingem-valor-minimo-desde-que-ha-registo--1525399

Em 2010 houve 3,76 casamentos por mil habitantes (Adriano Miranda)
É uma tendência que se vem acentuando desde há vários anos: os
portugueses casam-se cada vez menos e divorciam-se cada vez mais. Em
2010, segundo as estatísticas demográficas do Instituto Nacional de
Estatística (INE), realizaram-se 39.993 casamentos e 27.903 divórcios.

Quanto aos casamentos, o número verificado em 2010 dá uma taxa de
nupcialidade de 3,76 casamentos por mil habitantes, o valor mais baixo
de que há registo. Em sentido inverso, os divórcios decretados no ano
passado consubstanciam uma taxa de 2,6 divórcios por mil habitantes,
atingindo assim o valor mais alto desde 2002 – ano em que, fruto de
uma alteração legislativa, se verificou a taxa mais alta desde que se
fazem estas estatísticas (2,7 por mil habitantes).

De acordo com os especialistas, a tendência dos portugueses para se
casarem menos e divorciarem-se mais não significa que a conjugalidade
esteja em crise. Aliás, do total de casamentos celebrados no ano
passado, 25,8 por cento referiam-se a segundos ou terceiros
casamentos. Por outro lado, em quase metade dos casamentos (44,2 por
cento) as pessoas já viviam juntas.

As estatísticas demográficas do INE apontam ainda para um ligeiro
aumento dos bebés nascidos face ao ano anterior: 101.381 nados-vivos
contra os 99.491 de 2009. Esta ligeira recuperação não inverte, porém,
o saldo natural negativo que tem sido uma constante dos últimos anos.
Em 2010, morreram 105.954 pessoas, o que, feitas as contas, dá um
saldo natural negativo de 4.573 indivíduos.

Nos últimos dez anos, entre 2001 e 2010, a idade média da mulher ao
nascimento de um filho aumentou de 28,8 para 30,6 anos. Paralelamente,
a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho passou de 26,8
para 28,9 anos. De resto, as mulheres de nacionalidade estrangeira
residentes em Portugal reforçaram o seu peso nas taxas de natalidade:
em 2001 foram responsáveis por 5,2 por cento dos nascimentos; em
2010l, esse valor aumentou para os 10,6 por cento.

terça-feira, dezembro 13, 2011

# Nascer com menos de 300 gramas e sobreviver

Estudo acompanhou dois casos de sucesso
13.12.2011 - 10:18 Por Romana Borja-Santos
http://www.publico.pt/Sociedade/bebes-mais-pequenos-do-mundo-nasceram-com-menos-300-gramas-mas-sobreviveram-sem-sequelas-1524848

Em Portugal, todos os anos há quase dez mil prematuros
Madeline e Rumaisa nasceram com 280 e 260 gramas, respectivamente.
Não eram maiores que um telemóvel e o parto foi de tal forma prematuro
que poucos acreditaram que fosse possível sobreviverem. Contudo,
apesar da pressa para nascer, não só resistiram como tiveram um
desenvolvimento considerado normal pelos especialistas.

Madeline Mann nasceu em 1989 no Centro Médico da Universidade de
Loyola, nos Estados Unidos, com 26 semanas de gestação e pesava apenas
280 gramas. Na altura, tornou-se no bebé mais pequeno do mundo a
sobreviver a um nascimento prematuro. Um recorde inscrito no livro do
Guinness e que foi suplantado em 2004, quando na mesma instituição
nasceu uma outra menina, Rumaisa Rahmam, com 260 gramas e 25 semanas
de gestação. O recorde em questão é de peso e não de semanas de
gestação.

Em ambos os casos na origem do parto prematuro esteve a pré-eclampsia
das mães – uma patologia comum na gravidez e que se traduz em
hipertensão, sendo que a tensão arterial elevada pode comprometer o
desenvolvimento do bebé e impedir que a gestação seja levada até ao
fim.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, nascem anualmente no mundo 13
milhões de prematuros. Em Portugal, todos os anos há quase dez mil
prematuros (bebés que nascem com menos de 37 semanas de gestação), o
que corresponde a cerca de 10% dos nascimentos. O número tem estado a
aumentar com a maternidade tardia e com os tratamentos de fertilidade.
Em Portugal, 40% dos bebés que nascem com 24 semanas de gestação
sobrevivem. Há 30 anos, a taxa de partos prematuros era de 5%. Hoje, a
percentagem é muito superior, mas o Plano Nacional de Saúde previa
reduzir os nascimentos prematuros para 4,9% em 2010 – um objectivo que
continua por atingir.

A história das duas prematuras, que tiveram um desenvolvimento normal
e sem sequelas significativas, acaba de ser publicada na revista
científica Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria. De acordo
com o artigo, Rumaisa continua a ser o bebé mais pequeno do mundo a
sobreviver e Madeline ocupa o quarto lugar no pódio. Os dados são
registados pelo Hospital Infantil da Universidade de Iowa.

Jonathan Muraskas, coordenador do estudo, e os seus colegas são, no
entanto, cautelosos e alertam que casos bem-sucedidos como estes não
são comuns. E adiantam que na maioria dos nascimentos muito prematuros
o mais comum é que os bebés não sobrevivam ou que fiquem com problemas
de desenvolvimento muito graves, como paralisia cerebral, atraso
mental ou cegueira. "Madeline e Rumaisa podem propagar falsas
expectativas para as famílias, profissionais de saúde e comunidade
médico-legal", diz Muraskas no estudo.

O trabalho salienta também que regra geral as meninas prematuras
tendem a ter um melhor prognóstico que os meninos. Madeline e Rumaisa
tinham também um desenvolvimento relativamente avançado para o tempo
de gestação que apresentavam. Além disso, as mães receberam esteróides
antes do nascimento, o que ajuda a desenvolver os pulmões e o cérebro
dos bebés mais rápido.

Madeline acabou por estar 122 dias internada nos cuidados intensivos
de neonatologia do hospital de Loyola e Rumaisa 142 dias. De acordo
com o trabalho de Jonathan Muraskas tanto Rumaisa, de sete anos, como
Madeline, de 22, têm um desempenho muito bom na escola e um
desenvolvimento normal. Apenas são mais pequenas do que o que é comum
nas suas idades e continuam a ter pouco peso.

terça-feira, dezembro 06, 2011

# Pais portugueses são os que dedicam mais tempo a brincar com os filhos

06.12.2011 - 11:49 Por Rita Araújo
http://www.publico.pt/Sociedade/pais-portugueses-sao-os-que-dedicam-mais-tempo-a-brincar-com-os-filhos-1523953

As crianças portuguesas preferem brincar com os seus irmãos, noutros
países os amigos são os preferidos Os pais portugueses são aqueles
que mais tempo dedicam a brincar com os seus filhos. Esta é uma das
conclusões de um estudo elaborado pela empresa espanhola de brinquedos
Imaginarium e que envolveu seis países e 1800 famílias.

Comparando as prioridades e inquietações dos pais sobre o acto de
brincar e os brinquedos em Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, México
e Hong Kong, a investigação conclui que a maioria dos pais europeus
dedica entre 30 a 60 minutos por dia a brincar com os filhos. Portugal
destaca-se dos restantes países, pois apresenta uma maior percentagem
de pais (34%) que brinca mais de uma hora diária com os filhos.

Os pais portugueses defendem o acto de brincar, sendo que 67%
considera que brincar é o factor mais importante para o
desenvolvimento dos seus filhos. As maiores diferenças entre países
estão nos benefícios associados aos brinquedos. Em Espanha, Itália e
Portugal, a maioria dos pais considera o desenvolvimento psicomotor o
mais importante, enquanto na Alemanha e Hong Kong o desenvolvimento da
imaginação é destacado como a competência mais positiva associada ao
uso de brinquedos. Em todos os países analisados, os pais estão de
acordo quanto aos benefícios em termos de conhecimentos culturais e
científicos.

Relativamente ao dinheiro destinado a brinquedos, este Natal o
orçamento médio europeu situa-se entre os 50 e os 100 euros por
criança, sendo que 41% dos portugueses se incluem nesta faixa, face a
60% dos alemães. As características mais valorizadas pelos pais de
todos os países analisados na altura de escolher os brinquedos são a
segurança e a qualidade, aspectos que ficam acima do preço (que é o
principal aspecto a ter em conta para 10% dos portugueses e dos
alemães).

A maioria dos entrevistados prefere o atendimento personalizado, a
variedade e os serviços dos estabelecimentos especializados para
comprar brinquedos na época de Natal. No geral, a internet continua a
ser pouco utilizada para comprar brinquedos (uma média de 2% em
Portugal, Itália e Espanha), embora na Alemanha e em Hong Kong 10% dos
pais optem pela compra online.

Relativamente às preferências das crianças na companhia escolhida para
brincar, o estudo revela que em todos os países os mais pequenos
preferem brincar acompanhados do que sozinhos. Em Portugal, e ao
contrário do que acontece nos outros países da Europa, onde a
preferência é para brincar na companhia de amigos, as crianças
preferem divertir-se com os seus irmãos (35%) em primeiro lugar.

O estudo conclui ainda que a televisão exerce pressão sobre as
crianças através do aparecimento de brinquedos em séries infantis. As
crianças são a principal influência sobre os pais na hora de escolher
os brinquedos, tendência que se nota em todos os países.

Por fim, é de destacar a fraca popularidade dos livros, pois apenas 5%
dos pais portugueses, espanhóis e italianos escolheriam o seu livro
preferido como presente para os filhos.

# Contra a Popota? Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, mas faz pensar...

O Natal não é uma campanha
Miguel Alvim

Portugal tem a alma doente.
Uma empresa com responsabilidades, líder do retalho em Portugal (dona
de mais de 700 lojas em Portugal e com 39.400 colaboradores ao seu
serviço), decidiu partilhar connosco a sua concepção de Natal.
Para a SONAE, o Natal é uma diversão.
Uma diversão atrevida e sensual.
De ginásio pop foleiro e adereços rascas de licra.
É a mensagem deprimente e má (porque falsa), da campanha comercial
para a época do humano-animal Popota - mascote da insígnia Modelo
agora integrada no universo Continente -, ao som de uma adaptação da
música On The Floor, de Jennifer Lopez.
Uma campanha que está maciçamente presente em televisão, rádio,
imprensa, internet e exterior.
Alegadamente, o conceito "remete para uma viagem pelos vários mundos
da Popota, através de vários cenários que marcam as brincadeiras das
crianças".
Infelizmente, este apelo não nos remete nem para as crianças, nem para
a sua santa inocência, nem para o sagrado acontecimento do Natal de
Jesus Cristo.
Devolve-nos, antes, para uma verdade gravemente lesada e ofendida.
Como é óbvio trata-se de uma vergonhosa aplicação comercial que troça
de coisas sérias e importantes, um indutor de consumo que a Sonae
descarregou (vomitou) na praça pública.
Esta "coisa" só merecia uma coisa do povo católico, a verdadeira
revolução nos seus hábitos de consumo e no panorama comercial
português (tal como dizia a implementação do primeiro hipermercado
português pela SONAE, em 1985): um maciço e definitivo boicote.
É Natal.

domingo, dezembro 04, 2011

# Balada de uma tarde de Inverno

Vieste com o melro da Primavera
Em mim, fizeste um ninho
Presença inesperada
Aconchego suave
Sorriste
e a espuma do mar envolveu-me como um manto perfumado
Calaste o frio que me quebrava os ossos da alma
e o vento da surpresa embalou a tempestade que me amordaçava
A tua paz limpou o meu céu carregado de cinzas
Fechei os olhos desenhando um sorriso que enrolei nas tua mãos
Não voltaremos a sentir frio

M. C., 2011