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segunda-feira, janeiro 13, 2020

# Alizadeh, atleta olímpica e uma entre "milhões de mulheres oprimidas do Irão", abandona o país e arrasa-o

https://observador.pt/2020/01/13/alizadeh-atleta-olimpica-e-uma-entre-milhoes-de-mulheres-oprimidas-do-irao-abandona-o-pais-e-arrasa-o/

"Levavam-me para onde queriam, vestia o que me diziam. Sempre que
achavam bem, exploravam-me", escreveu nas redes sociais Kimia
Alizadeh, a única vencedora de uma medalha Olímpica do Irão.

Gonçalo Correia 13 jan 2020, 00:09 25

Conhecida pela alcunha "tsunami", a atleta fez críticas duras ao regime do país

Aquela que já é aos 21 anos uma das mais importantes atletas da
história do Irão, que ficará na história como a primeira mulher a
vencer uma medalha nos Jogos Olímpicos enquanto representante do país,
confirmou ter desertado. Kimia Alizadeh, conhecida no Irão pela
alcunha "tsunami", revelou a razão da saída do país numa publicação
emotiva divulgada na sua conta oficial de Instagram, em que arrasa o
Irão.

Na publicação em que anuncia a deserção, Kimia Alizadeh, atleta de
taekwondo e vencedora de uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do
Rio de Janeiro de 2016, faz duras críticas à forma como as mulheres
são tratadas no Irão. "Deverei começar com uma saudação, uma despedida
ou condolências? Sou uma das milhões de mulheres oprimidas no Irão com
a qual têm brincado há anos", lê-se no texto, traduzido pela estação
norte-americana CNN.

Levavam-me para onde queriam. Vestia o que me diziam. Todas as frases
que me mandavam dizer, eu repetia. Sempre que achavam bem,
exploravam-me. Nunca fui importante para eles. Nenhuma de nós
[mulheres e atletas] importava para eles, éramos ferramentas",
escreveu a atleta.

Ainda de acordo com a CNN, Kimia Alizadeh conta no seu texto que a
escolha de praticar taekwondo não foi bem vista no país e ainda hoje é
alvo de críticas, apesar dos bons (históricos, até, atendendo à sua
idade e falta de antecessoras) resultados obtidos. Muitos diziam-lhe
que "a virtude de uma mulher não é esticar as pernas".

A atleta acrescentou ainda que não queria mais "ficar sentada numa
mesa de hipocrisia, mentiras, injustiça e bajulação. O meu espírito
inquieto não se adequa aos vossos laços económicos sujos e aos vossos
lobbys políticos apertados. Permanecerei uma filha do Irão onde quer
que esteja".

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