# Na Alemanha não há salário mínimo
Disparidades de rendimento na Alemanha alimentam reivindicação de salário mínimo
29.08.2008 - 13h28 Lurdes Ferreira http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340948&idCanal=57
Embora a profissão de cabeleireira registe as maiores diferenças, outras estão em situação semelhante, como os talhantes, empregados de hotel e restaurantes. Os primeiros ganham 4,5 euros por hora na Saxónia, mas podem chegar aos 7,33 euros na Renânia da Vestefália do Norte, os segundos podem auferir 7,1 euros à hora em Hesse ou ficar pelos 6,39 euros na Saxónia.
Estas disparidades têm alimentado a discussão sobre a introdução de um salário mínimo, sendo que o próprio Destatis lembra que nos sectores citados "aumenta a reivindicação de um salário mínimo legal".
Numa economia que não tem um salário mínimo geral e cuja tradição tem atribuído à negociação entre empregadores e sindicatos a tarefa de definir salários, sem intervenção do Estado, a disparidade salarial provocada com a reunificação da Alemanha e que persiste até hoje tornou-se num grande elemento de discussão.
A disparidade salarial equivale a que haja cada vez mais trabalhadores considerados pobres, ou seja, com direito a ajudas do Estado, que têm aumentado, sobretudo nos serviços. Por outro lado, as profissões com forte influência sindical registam os maiores aumentos salariais. É o caso, segundo o Destatis, da siderurgia (mais 5,2 por cento), função pública (4,6 por cento) e química (mais 4,4 por cento).