# Criminalidade em Portugal atingiu o valor mais baixo dos últimos 10 anos
Relatório anual mostra que em 2013 houve menos menos 2123 crimes
violentos e graves. Furto oportunista de malas, telemóveis é dos
poucos que subiu no ano passado
São os números mais baixos de criminalidade em dez anos e as
autoridades estão convictas de que não existe relação entre crise e
mais violência. Entre todos os indicadores, um tipo de crime contudo
parece ter aumentado significativamente em 2013, revelam os primeiros
dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) divulgados ontem.
Registaram-se, no ano passado, mais 19,8% participações dos chamados
furtos oportunistas ou de objectos não guardados.
Foram participados mais 1573 destes crimes, num total de 9533. São
situações em que, como diz o ditado, a ocasião faz o ladrão. Os donos
esquecerem os carros abertos, carteira no balcão do café, o telemóvel
no banco do ginásio ou na toalha da praia são alguns exemplos. Tal
como acontece noutras áreas, isto poderá significar um aumento dos
furtos ou maior participação à polícia, algo que os dados ontem
disponibilizados não detalham.
No global, o retrato do RASI mostra um país com cada vez menos
criminalidade e neste momento a maior preocupação das autoridades em
matéria de violência prende-se com a tendência crescente de
maus-tratos em ambiente familiar (ver texto ao lado). À excepção da
área da violência doméstica, onde ontem o secretário-geral do Sistema
de Segurança Interna Antero Luís lembrou ser difícil fazer prevenção,
2013 reforçou a tendência de diminuição nos crimes mais violentos.
Houve menos 33 homicídios (-29%) e menos 1382 crimes de ofensa à
integridade física (-5,2%) do que em 2012.
Nos crimes contra património registaram-se também descidas
significativas nos roubos a ourivesarias (-45,1%), de viaturas
(-29,3%) e também nos roubos por esticão e via pública, os crimes
violentos ainda assim mais expressivos a nível nacional com
participação de cerca de 35 ocorrências por dia em 2013. Se a
tendência global é de decréscimo, verificaram-se aumentos nos roubos a
postos de abastecimento, em transportes públicos e a estações de CTT.
No panorama geral, GNR, PSP e PJ registaram em 2013 368 mil
participações de crimes, menos 27 mil que no ano anterior. Destes, 20
147 dizem respeito a crimes violentos e graves, total 9,5% inferior ao
registado em 2012. O maior aumento deste tipo de criminalidade a nível
nacional verificou-se em Bragança. "Os resultados são globalmente
bons", considerou ontem Antero Luís.
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